𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐔𝐄
season 2x8
ESCORADA NA PAREDE, Cassidy observou o homem a sua frente olhar para o vidro. Clarke era sem dúvidas um mistério para garota.
— Pois é, eu fiz um feitiço pra alterar a sua aparência.— Então ele se virou para Cassidy com um sorriso zombeteiro.
— Me surpreende você ainda conseguir fazer um feitiço sem destruir tudo ao seu redor.— Ele riu.— A não me olhe assim querida.
— Eu te transformei no pior vilão que eu conseguia imaginar.— Ela levantou a pedra que brilhou em sua mão.
— Você me deixou mais bonito.— Clarke se gabou.
— Eu arrasei
— A me desculpe por ser sincero, não é como se eu estivesse mentindo. — Ele se aproximou das grades.— Gostei de te ver bruxinha.
— Vamos ser sinceros amor, claramente você me odeia.
— Porque ainda da tempo de você cair em si antes de deixar sua irmã me jogar no poço. — Ele realmente estava desesperado.— Qual é Cassy, você precisa de mim.
— Eu preciso de você?— Cassidy riu também se aproximando da grade.
— Você é uma bomba relógio prestes a explodir Cassidy!
Ele lembrava muito bem do dia em que viu Cassidy Mikaelson pela primeira vez. O dia que ele a viu passando por ele a tempos atrás quando fingiu ser um agente da Tríade, ele ainda se lembrava do olhar que trocou com a garota.
Se lembrava da conversa que tiveram quando ela se jogou em Malivore o puxando consigo. Naquele tempo juntos algo nele quis proteger a garota que era um perigo pra si mesma.
— Não vai me fazer te ajudar a sair daqui Clarke. — Cassidy chegou a centímetros da grade.— Você cavou uma prova pra si mesmo.
Cassidy virou as gostas e saiu indo em direção a sala. Hope havia saído, ou seja, não tinha oque fazer a não ser conversar com Clarke, mas como isso a irritou.
Ela era uma bomba relógio, ele tinha razão. Mas quando se nasce de uma mãe é um pai louco as probabilidades de ser normal são quase nulas.
Saindo para o lado de fora Cassidy sentiu algo gelado batendo em si, uma bola de neve? Mas que loucura era aquela? Todos estavam com roupa de frio e brincando na neve.
Mas como? Ainda era outubro.
— Kaleb! Oque é que tá acontecendo?— Ela gritou indo até o vampiro.
— Relaxa Cassidy, é Natal. — O vampiro falou, como se ela fosse louca.
— Não! Ainda é outubro.— Ela disse, segura de si.
— O Natal é um estado de espírito, a um clima no ar.— Ele foi até a garota passando seus braços pelos ombros dela..— E ai, Tá sentindo?
Aquilo só podia ser brincadeira. — Ae, com certeza eu tô sentindo.
Cassidy estava sem dúvidas entrando em desespero, pra começar a ideia maluca de Clarke de a ajudar e por fim todos pareciam estar enlouquecendo.
— Lizzie!— Ela gritou abrindo a porta.
A garota pulou em um susto.— Eu juro por Deus que vou te jogar naquele poço denovo se não me deixar dormir.
— Ah! Você ainda é você.— Ela exasperou.
— Que foi?— Lizzie perguntou retribuindo o abraço da garota.— O que tá acontecendo?
— Eu não sei, parece que tirando a gente todo mundo na escola tá feliz— Lizzie a olhou estranho. — Tipo feliz demais, feliz de um jeito estranho, de uma forma assustadora que chega a ser bizarro. E eles acham que já é Natal e essa neve não tá ajudando.
Lizzie correu até a janela.— Perai tá nevando? Como?
— É...acho que outro monstro.
— Essa é a pior notícia do mundo, a gente tá no outono, não no inverno.— Lizzie se desesperou indo até as gavetas. — O que é que eu vou vestir?
— Que tal algo pra viajar? Preciso que pegue a estrada.— Cassidy disse.— Não gosto del, mas ele faz Hope feliz.
Lizzie sorriu pegando nas mãos da garota, e então uma voz foi ouvida.— Ho Ho Ho trouxe um presente pra vocês.
— É mais uma oferta de paz na verdade.— Hope segurava uma bandeja nas mãos.
— Mas eu achei que nós já estivéssemos resolvidas. — Cassidy se desesperou junto a Lizzie.
— Esse ano eu tenho sido muito malvada, não tenho sido a irmã presente que gostaria de ser.— Hope segurava aproximou.— E sobre o papai...
— É melhor correr.— Cassidy não pensou duas vezes em seguir o conselho e sair correndo.
Seu pai era o último assunto que ela gostaria de falar, principalmente com Hope.
Precisa existir alguém que se sentisse tão mal quanto ela.
— Você tá certa, eu me sinto péssimo.— A cela de Clarke foi sua última opção e em um ato de desespero lá estava ela.— Então porque eu ajudaria você?
O observando se virar ela revirou os olhos.— Não finja que não estava implorando pra que eu aceitasse sua ajuda a horas atrás. Você foi meu último ato de desespero, e uma das únicas pessoas que não tá nesse clima de Natal.
— É, mas pelo lado bom eu estar me sentindo tão mal e ficar imune ao espírito do Natal.— Ele suspirou.— Mas qual a sua desculpa?
— Eu adorava essas festas, mas eu perdi muitas pessoas da minha família e tudo mudou. E com todo mundo andando por aí agradecido por tudo...
— Faz você pensar em tudo que você perdeu.— Ele proferiu. — Que foi? Se tem alguém que se identifica com solidão aqui sou eu. Eu nunca tive um Natal.
Ela sentiu pena, pena pelo homem a sua frente talvez nunca ter sido feliz ou saber oque era uma família.
— Querem minha ajuda pra pegar o monstro? Me deixa comer, beber e ser feliz uma vez na vida.— Ele pediu.— A gente pode esquecer oque passou?
Talvez não fosse uma ideia tão ruim.
Foi uma péssima ideia, uma ideia terrível. Clarke não parava de comer e não havia feito nada de útil.
— Você é realmente filho de um poço sem fundo. — Ela resmungou.
Então ele mandou ela se virar anotando em um papel em suas costas, ela já estava sem paciência. — Me diz logo oque eu tô procurando antes que eu perda a paciência.
— O meu melhor chute, Krampus.
— O que é um Krampus?— Ela questionou o seguindo.
— E um monstro que trouxe todo frio e a neve pra cidade. Acho que é um anti Natal.— Ele foi até a lareira. — O papai Noel da presentes pra crianças boazinhas, o Krampus faz o oposto, ele ódio e vingança ao invés de paz e amor.
— Estamos literalmente cercados de paz e amor.
— Vai ser rápido. — Ele sorriu.
— Clarke oque foi que você fez?— Ela questionou.
— Devia ter orgulho de mim Cassy, te enganei mais uma vez bobinha.— Ele se aproximou. — Encontrei uma saída. E um dia, um dia você vai querer ter querido aceitar minha ajuda.
— Então é tudo por isso? Porque não aceitei sua maldita ajuda?— era inacreditável.
— Você sabe que vai precisar de ajuda ou vai explodir, e sabe que só eu posso te ajudar.
Ele afastou alguns fios rebeldes de sua bochecha e sorriu virando as costas.
Ninguém acreditava nela, todos estavam em um tipo de mundo paralelo e feliz, feliz demais.
Ela estava pensando se deixava a criatura fazer o serviço, afinal ele estaria morto depois de meia meia noite de um jeito ou de outro. Pobre Clarke, ainda achava que sairia vivo.
Jogando a lamina em direção a grande língua da criatura a cortando fazendo Clarke se soltar ela disse.— Então você é o Krampus?
Ela o jogou na parede com um simples gesto de mão.— Eu sou Cassidy, é acho essas festas bem estressantes.
Clarke se levantou pegando a lamina e foi para frente da bruxa, Cassidy sentiu vontade de rir, porque se alguém ali fosse sair ileso seria ela, e sem a ajuda dele.
Cassidy bateu o pé irritada quando a criatura se transformou em fumaça e saiu pela lareira.
— Espera!— Ele gritou quando ela virou as costas.— Eu achei que meu pai tinha mandado o Krampus pra me salvar, mas eu tava errado. Ele deve saber que eu tava planejando passar pra outro corpo e estragar tudo.
Ela questionou.— Como?
— Eu não faço ideia, mas me deixa ir, eu posso chegar ao portal antes do Krampus me matar.— Ela riu.
— Boa tentativa, mas lembra da última vez?— Ela não iria ser idiota outra vez.
— Me deixa provar que tô do seu lado Cassy.— Ele se aproximou.— Eu prometo que vou te ajudar.
— Como? É preciso que eu te lembre que você não vai passar da meia noite?
Ele soltou a lâmina no chão e colocou suas mãos no rosto da garota. — Eu vou dar um jeito, eu prometo.
Talvez ele desse, mas qual era o plano? Porque de alguém como ele a ajuda não vinha de graça.
Nem ele mesmo sabia o porque disso, mas tinha algo em Cassidy Mikaelson que o puxava como um ima, ele venderia sua alma ao próprio diabo se fosse preciso, porque por algum motivo ele era o único que poderia a ajudar, seu tempo juntos em Malivore foi a prova viva disso.
Ela havia conseguido, a criatura estava morta e tudo havia voltado ao normal. Hope havia voltado, é nesse momento ela estava se escondendo da irmã mais velha.
Algo que Cassidy muito diferente de Hope não gostava de falar era sobre seu pai, ainda doia nela e a vida não havia sido uma das melhores com ela. Mãe e pai mortos, e uma mãe "adotiva" maluca em um sono profundo.
Aurora de Martel havia sido uma boa mãe, maluca, mas uma boa mãe. Mas a obsessão pelo seu pai a destruiu. Não que Cassidy concordasse com o fato dela a roubar da barriga da sua mãe, mas Aurora havia sido a única mãe que ela havia conhecido.
E quando ela se foi também, restou apenas seu pai que também não durou muito, ela era sozinha. Tinha a irmã, mas as brigas constantes por Cassidy reprimir seus sentimentos as atrapalhava.
Pegando o telefone que tocou ela ficou confusa. — Como vai bruxinha?
— Não posso dizer que esperava falar com você denovo.— Ela realmente estava surpresa, ninguém nunca ficava muito tempo na companhia da bruxa descontrolada.
— Só queria dizer antes de morrer que você tá errada, errada sobre muitas coisas.— Ele começou.— Eu não te odeio Cassy.
Talvez fosse o feitiço da verdade ainda nele, ele gostava de acreditar fielmente que estava gastando seus últimos dez minutos de vida conversando com ela.
— A neve derreteu, então o Krampus tá morto eu suponho.— Ele disse, quando recebeu apenas o silêncio do outro lado.
— E, o papai Noel matou ele, um natal bem caótico.— Ela riu.
— Então tenho o caminho livre até o portal.— Ele supôs.— Posso aproveitar os meus últimos dez minutos de vida.
— É, então se quiser conversar...
— Sabe Cassy, acho que deveria parar de ser dura consigo mesmo, você é tão complicada quanto eu. Mas você tem amigos e irmã que faria de tudo por você, e acho que sempre quis acreditar que meu pai pudesse fazer o mesmo por mim.— Ele desabafou, porque algo nele acreditava nisso.
— Tudo pode ser real se você acreditar o suficiente.
— Cassy?— Ele chamou, sentindo um aperto.
— Sim?— Ela questionou.
— Eu te fiz uma promessa, e eu vou cumprir.— Ele proferiu, mordendo o lábio.— Você não é uma causa perdida Cassidy Mikaelson, não pra mim.
Ela sentiu seu coração disparar.— Porque? Porque não pensa como todo mundo?
— Eu não sei, mas alguma coisa que puxa pra você de alguma forma, e eu vou conseguir um jeito de te ajudar.
— Não faça promessas a qual não vai poder cumprir Clarke.— Ela sussurrou, mas pra si mesma do que pra ele.
— Feliz natal Cassy.
E então ele desligou, e limpou uma lágrima solitária.
MILLA_PIERCE2024
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