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   Às vezes, ocorre que o correto nem sempre quer dizer o melhor para nós.

Faça sua escolha final. Você está pronta para derrubá-lo ou mudou seus princípios? Não há volta agora, nós ou encerramos nossa investigação ou nosso trabalho fracassa.

— Kazutora, sinto muito, mas...

Você quer dar a ele uma segunda chance?

— Há bondade nele, eu sei disso! Eu gostaria de uma tentativa para colocá-lo nos trilhos mesmo que eu tenha que arriscar tudo... Tudo que eu preciso é da palavra dele...

Eu não te sigo mais, Katherine. Em um dia você quer pará-lo e no outro você quer salvá-lo!

— Eu sinto muito, Kaz. No entanto, se eu não tentar tudo ao meu alcance para redimi-lo, não serei mais capaz de viver comigo mesma...

Eu.. Eu não sei o que dizer. Você sequer pensou em Keisuke? Oh, céus. Bem, falo com você mais tarde.

   Você termina sua conversa com Hanemiya certa de uma coisa. Você mesma irá derrubá-lo, negociar algum tipo de termos da paz com ele... Ou irá colocá-lo no caminho certo. Você tem o controle total dessa situação. E essa história? É uma história de amor, uma entre Kokonoi e você. Uma fodidamente e insanamente apaixonada. Além de isso ter se tornado mais pessoal, mais íntimo... Você com seu coração em uma mão e na outra um revólver, e isso significa que é necessário encontrar o caminho para encerrar esse livro por você mesma.

   No entanto, uma dúvida a abate... E se sua fé em Koko for infundada e ele não mudar?

   Sua resposta vem tão ligeira quanto a pergunta veio. Você irá dar um jeito nele assim como ele lhe disse para "cuidar" de Keisuke... Apesar de destruir seu coração, apesar de comprometê-la eternamente. É seu propósito de vida derrubá-lo se não tiver sua palavra.

[...]

   Assim que entra em casa, há uma luz acesa e seu corpo tensiona e sua ergue sua guarda, pronta para lutar se preciso. Contudo, relaxa quando percebe que é seu irmão, mas não é como se relaxasse cem por cento, pois sua careta séria e irritada não é um bom presságio.

— Eu tinha que ver você por mim mesmo, mas não queria acreditar que era verdade. Eu sei de tudo. Você não tem que esconder mais nada de mim, Katherine. Sem mais segredos, sem mais mentiras.

— Como você descobriu? — Isso é tudo que consegue dizer, e a expressão do de cabeleira escura relaxa um pouco, porém ainda profundamente chateado.

— Eu sou um policial, é meu trabalho descobrir esse tipo de coisa. E eu estava preocupado com você, okay? — Então, de novo ele está irritado ao bater o punho contra a parede e você estremece — Eu achei que você estava com depressão ou algo assim, mas não! Você estava na cama com a máfia! Como você pôde?

   As palavras de Keisuke soam como facadas em seu abdômen.

— Não é o que você pensa! Eu estou investigando Kokonoi e conseguindo provas contra a Black Dragons.

— Mas você mentiu para mim! Você me excluiu, quando eu poderia ter te ajudado, é meu trabalho porra! Isso é o que dói mais, descobrir que você não confia em mim, seu irmão!!

— Eu não queria ser um fardo para você. Eu tentei processar Koko a uns meses atrás e o julgamento falhou. Eu assisti você rastreá-lo por anos e não chegar a lugar algum! Eu tive que me infiltrar na máfia para desmantelá-la!

   Keisuke estreita os olhos e enruga a ponta do nariz, ainda obviamente irritado com você. Entende que ele esteve assustado por você, mas ele não está sequer tentando entendê-la!

— Ouça, Katherine, ao final do dia, você não é uma policial! A máfia não é brincadeira. Pessoas são mortas, e tudo que a compõe é violência, sangue e destruição. Você não está pronta para isso!

— Bem, eu sobrevivi até agora! E eu juntei muito mais informações em semanas do que o LVMPD inteiro sequer conseguiu em anos!! — Sua voz gradativamente se eleva, esbravejando realmente irritada agora também, os olhos de Baji estavam esbugalhados em surpresa, apesar de ter conhecimento de sua parte raivosa, porém ele os desvia assim que bate com o dedo no peito — EU verdadeiramente fui capaz de entender o funcionamento da máfia de uma forma que ninguém construindo um caso contra a Black Dragons foi capaz. E como uma testemunha, não vou recuar até um novo julgamento. Eu não sou intimidada facilmente.

— Mas você pode ser morta! Não posso deixar isso acontecer com você! Não posso apenas sentar e não fazer nada!

— Hajime nunca me mataria!

— Então o chefe da máfia de Las Vegas é "Hajime" para você, huh? Você criou laços com o homem que destruiu a nossa família?

— Você não sabe de tudo, porém acredite em mim, se seus métodos são questionáveis, seu coração é bom. E preciso te contar, a Black Dragons não ordenou os homicídios na Noite Diabólica. Nossos pais foram pegos no fogo cruzado, foi trágico e horrível, mas não é culpa de Hajime. Ele acha que ele está ajudando a cidade. Ele está providenciando uma saída para pessoas desesperadas, mas... é da maneira corrupta.

— Você terminou?

— Não. Eu quero que você entenda que eu não estou apenas ficando parada passivamente, e que estive trabalhando arduamente esse tempo, e agora sei que posso pará-lo. Conheço Hajime e acredito que ele pode mudar. A violência e derramamento de sangue vão parar, e eu vou ajudá-lo!

   Os olhos de Keisuke arregalam em puro choque.

— A maneira a qual você fala sobre ele... Eu nunca a vi assim antes, Katherine. Você genuinamente ama esse monstro? — Em súbito, ele está estranhamente calmo, atenção focada em você de forma intensa. Em seu interior, há uma batalha invencível cravada. Como dizer para Keisuke que apaixonou por Kokonoi sem machucar seus sentimentos? — Você ama? Você genuinamente o ama?

— Sim, é verdade. — Não adianta mentir, se o fizer não será para seu irmão, mas sim para si mesma — Eu nunca achei que eu ia me sentir dessa forma por alguém um dia. Mas sim, eu o amo. Hajime não é nada parecido com o Koko sobre o qual eu li quando advogada. Ele não é sanguinário e louco, nem um mercenário insano! Ele é somente pragmático e apaixonado.

— Putamerda, Katherine, você está se ouvindo? Estamos falando da porra chefe da máfia!

— Meus sentimentos não importam. O que importa é do que estou certa. E tenho certeza que ele é mutável.

— Eu nunca me importei sobre com que você namorava, mas... por que ele? De todos os homens em Las Vegas... ele?!

— Ao que eu conhecia ele, eu percebi que Hajime tem o mesmo apego por justiça que eu tenho. A abordagem é errada, sei disso, só que suas intenções são boas. Isso significa que ele pode ser salvo! — Baji permanece cético, e isso a deixa nervosa, no entanto irá debater pelo menos se seu irmão não a aceitar, ele irá ter que respeitar! — Esses são meus sentimentos, e não estou pedindo a sua aprovação. Você pode ser meu irmão, mas não permitirei você julgar quem eu posso amar ou não. Então sim, eu amo Kokonoi. Não posso controlar meu coração, e pois saiba que eu tentei... foi inútil. As coisas são como são.

— Bem, você enfrentará algumas escolhas difíceis em breve, irmãzinha. — Baji fecha sua boca e desvia o olhar com as bochechas coradas — Nem no inferno estarei tendo um jantar relaxado com Koko! Ele é um assassino, e não faz parte da minha família.

Não pode acreditar nisso! Baji está lhe dando um ultimato terrível: amor ou família. Porém se as coisas serão assim, está equiparada.

— Se você realmente me ama, você terá que se comprometer, Keisuke.

— Eu prefiro morrer! — Não há flexibilidade aqui, e nenhum dos dois quer dar o braço a torcer. Enquanto você está certa de seu novo propósito e aceitação de seus sentimentos, Baji se recusa a enxergar sob a sua perspectiva, de qualquer forma não adianta, ele não mudará sua opinião hoje — Você tem noção, ou melhor, você esqueceu do caralho da lista enorme de crimes conectados ao nome de Kokonoi? A extorsão, a exploração e a crueldade na qual ele pressiona incontáveis pessoas nessa cidade. Para não dizer nada sobre os seus chefes, quando finalmente são presos, misteriosamente morrem na prisão, as testemunhas quem são obrigadas a silenciarem... Depois da morte de nossos pais, eu achei que você tinha entendido. Eu não estava esperando isso e... você me desapontou, Katherine. — Há tristeza nas íris douradas de seu irmão agora, uma profunda e amarga tristeza — Amor não supera tudo. Especialmente quando a mão a qual você está tentando segurar está cheia de sangue.

Suspirando, você esfrega a testa e se joga no sofá desleixadamente. Não há razão para continuar debatendo, Keisuke nunca vai se curvar diante disso. Ele é muito mais teimoso do que você é!

— Você não precisa acreditar em mim. Somos adultos e temos nossas próprias visões das coisas, porém sei que posso fazer isso. Irei provar a você que existe uma forma de acabar com a violência nessa cidade. A menos que você esteja com ciúmes... Ciúmes de que eu manobrei para conseguir alcançar o quê você não foi capaz durante os anos?

— Eu repito: você não é uma policial. Você não tem ideia do quanto isso pode dar errado. Você não enxerga o perigo a sua frente. — Ele pareceu enfurecido, mas respirou fundo e resguardou qualquer ressalva — Deixe-me fazer um telefonema. Eu posso te colocar no programa de proteção a testemunhas.

— Eu sei o quê eu estou fazendo, Keisuke. Não me trate como criança. Eu sou uma advogada. Trabalhei de mãos dadas com o Departamento Metropolitano de Polícia, eu conheço o serviço assim como você.

— Claramente você não conhece! — Cada vez mais ambos vociferam mais alto, e não dá a mínima para vizinhos.

— Se você é mesquinho o suficiente para não ouvir o meu ponto de vista, terminamos aqui.

— Kokonoi nunca vai mudar. Ele é um mercenário criminoso, não um menino da igreja. Ele só vai parar quando as leis o impedirem. — A expressão de Baji se suaviza, porém você pode ver que seus pontos de expressão tremem com uma vontade de chorar, sabe disso porque reconhece em si mesma — E eu te amo, não vou perdê-la para ele, não você também.

É provado quando uma lágrima escorre pelo canto do olho de seu irmão e ele gira nos calcanhares, e você se levanta o seguindo com um súbito aperto no peito e curiosidades sobre suas ações ao segui-lo. Keisuke fecha a porta em um baque sem olhar para trás, correndo escadas abaixo, querendo que você não o veja nesse momento de fraqueza, antes que você tenha a chance de agarrá-lo e então você grunhe alto com furor, batendo na porta e fechando os olhos, sentindo-se perdida. Por conseguinte, encosta sua testa contra a porta ainda com as pálpebras cerradas e as mãos espalmadas

Não quer perder seu irmão, não quando não restou mais ninguém, e seria egoísmo não querer abrir mão daquele que a faz se sentir tão vívida? Portanto, não seria mais fácil se ele apenas compreendesse? No entanto, lá no fundo você sabe... Sabe que não se pode ter tudo.

Sente-se desolada e confusa, mas irá provar a si mesma. Nada é um verdadeiro obstáculo quando se possui força de vontade.

[...]

No próximo dia, requereu algumas boas horas à fio e aplicativos de GPS pagos em seu smartphone, todavia você eventualmente descobriu onde fica a cobertura de Hajime... Os sons, as construções, o ritmo do tráfego... Conhece a cidade muito bem, mesmo de olhos fechados.

Seu colar e o gravador escondido estão de volta em casa. Você precisa conversar com Kokonoi pessoalmente, sem a presença de microfones. E se o todo poderoso não abrir a boca... Terá de encontrar um outro caminho para resolver isso.

— Eu fiquei bastante surpreso quando o porteiro me interfonou avisando que [Nome] Banks estava subindo.

O platinado está vestindo roupas de academia, seu cabelo comprido preso em um coque e suor escorre de seu rosto ele definitivamente é pego de surpresa com a sua chegada.

— Como você sabe exatamente onde eu moro?

— Eu tenho uma boa memória, e eu conheço muito bem a nossa querida Cidade do Pecado. Inupi me vendou, mas ficou óbvio que você morava em um prédio alto em Las Vegas Beach.

De primeira, as írises castanhas — agora suas pálpebras sem o evidente e marcante delineado vermelho — estão esbugalhadas, porém ele arqueia uma das sobrancelhas, um sorriso lento se espalhando por sua face, claramente surpreso mas acaba aceitando sua história.

— É exatamente esse tipo de talento que me fez pessoalmente selecioná-la e querer convidá-la para a Black Dragons, em primeiro lugar. Você tinha essa reputação por eficiência, comportamento calmo, boa argumentação e uma persuasão categórica. — sjdkshfi — Eu sabia que fiz uma boa escolha ao trazê-la para a cerimônia de posse.

Você engole seu extremo choque... Koko pessoalmente a escolheu? Não fazia ideia! Escondendo qualquer pensamento e não esboçando reação, você ergue o queixo prepotente.

— Eu precisava ver você hoje.

Hajime se aproxima de você, meio hesitante, as mão se contraindo como se quisesse segurá-la, porém ele se contém.

— Por que você está aqui? Sério?

Escondido dentro da sua bolsa está uma arma. Ninguém sabe que você a tem, exceto — e especialmente — Kokonoi. Contudo, você não é idiota. Sabe que é bem capaz que seja preciso usá-la para lidar com ele se as coisas derem errado. Não quer isso, mas talvez ele não deixe outra alternativa para você.

— Vim até você por ajuda. Eu tenho algumas ideias, mas não estou cem por cento certa de como proceder. Eu sei como lutar, mas eu não sei como encurralar alguém...

— Pensei que já tínhamos conversado sobre isso noite passada. Eu lhe dei um comando, você o acata. Não sou um cúmplice.

— Tenho que admitir... Eu nunca fiz algo tão sério quanto atacar um policial antes. Eu somente quero confirmar que tenho sua proteção. Se eu fizer isso-

— Quando você fizer isso. — Leva um tempo para perceber, mas Hajime está lhe corrigindo.

— Vai mudar tudo. Eu não sei o quanto isso vai me afetar em um nível pessoal. Minha vida dará uma reviravolta. — Suspirando, decide apelar para a lógica dele — Você me disse antes que seu objetivo primário era fazer justiça, mas que o sistema era falho. Assassinar um policial não vai ajudar nos seus objetivos.

— Você realmente não sabe quais são meus objetivos, [Nome]. — Ele arqueia a sobrancelha, impassível — Você acha que eu gosto de atribuir missões como essa? Eu não gosto. E deve ser esse policial em particular, infelizmente. — O platinado acaricia seu rosto com os nós de seus dedos, um gesto que se tornou tão habitual que não se preocupa em relutar contra esse gesto tão carinhoso — Se algo que a posição de chefe me dá, é a visão geral de tudo, uma que nem você enxerga. Esse oficial... Caso ele prossiga sua brincadeira de Sherlock Holmes, ele vai começar uma reação em cadeia. Keisuke Baji deve desaparecer.

— Eu não acredito que isso seja verdade. Você não é um homem violento por natureza. — Hajime franze as sobrancelhas.

— Não, mas eu sou eficiente. E eu posso ver que Baji está ficando muito perto de mim e de meus aliados. A família inteira está esperando para ver o que fazemos. Se não formos fortes agora, nossos rivais vão aproveitar a brecha. — O platinado vai até a bancada de bebidas, de costas para você ao pegar uma garrafa de uísque antigo, caro e forte, servindo dois copos rocks — Se meus inimigos souberem o quão perto Baji está, então eles o oferecerão um acordo.

— Ele não parece ser do tipo de trabalhar com qualquer gangue, sua ou a inimiga.

— Talvez. — Kokonoi sorri ardiloso — Talvez não. Pessoas podem mudar quando lhes são oferecidas dinheiro. Mas se ele não aceitar, a informação seria apenas torturada fora dele. — Você gela, sentindo-se enjoada com a ideia. Não havia considerado isso! — Nenhum de seus superiores farão algo. Eles entendem a maneira que o mundo funciona. A única solução para ele é sumir.

— Você é o todo poderoso de Las Vegas, uma mente brilhante com anos de experiência como o cabeça da Black Dragons. — Resolve tentar persuadi-lo com suas habilidades de fala — Como possivelmente você pode se render a tal solução brutal sem sequer considerar outras opções?

Ele está irritado ao se virar para você, o brinco balançando em sua orelha chama sua atenção por um breve segundo, lembrando-a que não está com seu colar.

— Você acha que eu não considerei qualquer outra rota?! Não. Esta é a resposta única que fui capaz de pensar a qual resolve todos os meus problemas. — Ele ergue o dedo indicador, encarando-a fixamente nos olhos e engole em seco — Permita-me deixar uma coisa abundantemente clara: você recebeu a missão de cuidar de Keisuke Baji. Essa é uma ordem inegociável de seu chefe.

— Entendido. — Pigarreia — Tudo parece claro para mim agora. — Você puxa sua bolsa para cima em seu ombro e as orbes acastanhadas de Koko caem imediatamente nela.

— O que há na bolsa? — Ele sorri, porém com a resposta que recebe, acaba ficando surpreso ao que arregala os olhos.

— Apenas suprimentos. Eu gosto de estar preparada. Em caso das coisas darem errado... — É uma ressalva ácida, sem brincadeiras, embora esteja obviamente o alfinetando. Koko a observa como se ele quisesse a pressionar por mais informações, contudo ele apenas acena e seu comportamento alterna de exigente para empático, um vinco entre as sobrancelhas.

— Eu sei que isso é difícil. Eu compreendo seu estresse e sofrimento. — O platinado dá alguns passos até você, puxando-a para si próximo a bandeja de bebidas, a qual está localizada perto da janela que abrange desde o chão ao teto, então há uma brasa de paixão e calor em seu olhar, como se desejasse ser o seu centro de paz e conforto, seu lar — Venha até mim, tesoro. Venha para os meus braços. — O abraço de Hajime é suave, gentil e amoroso, e um calor agradável se instala em seu peito, deixando escapar um longo suspiro de contentamento, como se houvesse tirado um peso enorme de suas costas — Você é minha e seu lugar é nos meus braços. Eles nunca foram tão úteis como são quando a seguram.

A possessividade doce que abandona os lábios de Koko é tentadora, estabelecendo uma onda avassaladoras de hormônios em seu coração e em seu ventre. Embora sua inflexibilidade sobre a importância de "cuidar" de Keisuke, as palavras dele lhe dão esperança para atravessar toda a sua casca grossa e chegar em seu interior. Embora ele não esteja mudando de ideia, você pode sempre tentar aproveitar um último encontro com ele. Um momento final antes de seus caminhos se separarem para sempre.

Ele lhe entrega o copo de uísque e ambos tintilam a vidraria antes de assumir coragem o suficiente para a bebida de forte teor alcoólico descer queimando e rasgando a garganta. Você está estalando a língua quando abaixa o copo e começa a falar,

— Em caso de tudo dar errado, podemos estar juntos mais uma vez antes do fim?

— O fim? — Ele tomba a cabeça, sorrindo — Esse não é o fim. É somente o começo de sua nova vida. Porém acredite em mim, eu compreendo a gravidade dessa situação. Se você falhar, eu estarei em um dilema maior que o seu... Keisuke é um estranho para você. Eliminar alguém que você ama, isso é mais complicado... — Você estremece, e Hajime a segura mais forte, apertado. Se falhar em matar Baji, será Koko o único a matá-la? — Eu preciso da sua ajuda. Prove para mim que você permanecerá fiel a mim. — O platinado a beija gentilmente, mal roçando seus lábios, as palavras suaves, roucas e baixas como um ronronar — Você entende, meu pequeno tesoro?

— Sim, cariño...

Você coloca suas mãos em seu peitoral, inclinando-se para alcançar sua boca e em resposta o platinado a empurra contra si, prendendo-a em seu aperto.

— Fique comigo, darling.

Assente, amedrontada que caso tente falar irá desmanchar em lágrimas. Entretanto, ao encontrar as orbes jabuticaba tudo que você pode ver é cuidado e afeição, e repentinamente suas lágrimas estão distantes. Delicadamente, plantando beijos molhados por sua bochecha e mandíbula, Kokonoi a carrega para seu quarto pela cintura. Sua bolsa cai de seu ombro na porta, e desnorteada, porém carente, cede mais uma vez aos instintos. Saudosa daquele que está em posse de seu coração, querendo apenas que ele a segure apertado contra si.

E se seu ciclo infernal fosse repetir esse momento, viver e reviver cada instante desde que pisou em sua casa, ficar em seu abraço para sempre... Uma bolha fantasiosa onde Hajime é um homem normal, apenas seu amor, estaria mais do que satisfeita.

Com o platinado acima de si, caem no acolchoado macio e o olhar fervente de Hajime desce para o corpo a sua mercê, inclinado e entregue totalmente para ele, devorando-a, porém de uma forma calorosamente amável.

— Tesoro mio...

Embriagada pelo desejo, você gruda suas mãos no colarinho de Hajime, para colar suas bocas mais uma vez, faminta e sedenta. Você enfia as mãos por seus ombros para empurrar a corta vento que ele vestia, meio atrapalhada e recebe a ajuda de Kokonoi, de repente ambos estão alarmando em urgência um pelo outro. No segundo seguinte, está se agarrando ao pescoço do platinado, abraçando-o e o puxando para baixo.

— Você estava longe demais de mim.

— Agora está perto o suficiente? — O platinado escova sua franja para atrás da orelha, mordiscando e beijando seu pescoço.

— Quase. Não o suficiente.

— Você quer mais de mim, darin?

— Eu quero você todo, Haji. Tudo de você.

Felizmente, as roupas de ginástica de Kokonoi são facilmente removíveis, e ele deixa uma chuva de beijos por sua pele, saboreando-a como se fosse uma iguaria. Então, já é possível sentir seu membro enrijecido não por desejo, mas por necessidade.

— Eu já sou seu...

As mãos de Koko estão lhe explorando como um pirata descobre um novo continente, uma nova terra, enviando arrepios deliciosos e tremores em suas pernas ao que o platinado brinca com as pontas dos dedos sob sua coxa em direção ao seu traseiro. Tanto quanto ele os desliza suavemente ele os finca na sua carne em possessão, eriçando todos os seus pelos. Além das pontas de seu cabelo branco agora soltas em sua barriga lhe fazendo cócegas.

Então Kokonoi trilha suas mãos para suas curvas, instintivamente você está partindo suas pernas para uma melhor recepção, arqueando as costas. Antes que possa proceder o que está acontecendo, prende o lábio inferior entre os dentes ao que o seu todo poderoso está sambando a língua por toda a sua carne encharcada, provando-a e a provocando. Você engasga com a sensação esmagadora do amor intensificando tudo, prazer atravessando seu ser.

No entanto você não quer isso. Você é uma pessoa recíproca, e no sexo não havia de ser diferente.

— Haji.. Eu quero... te dar tudo de mim. — Nunca foi tão difícil se concentrar em falar enquanto ele continuava a trabalhar sensualmente com seus lábios em torno de seu clitóris, ainda mais quando ele ergue as írises castanhas, líquidas de desejo, sob os cílios compridos, o rosto escondido nas suas profundas entranhas. Você soltou uma rajada de ar, entrecortada, em que cenário podia se imaginar sem o toque destruidor desse mercenário? Nenhum. Hajime cravou as unhas ainda mais, afundado ainda mais em sua essência que escorria por suas coxas e embebia sua boca. Você estava tão.. tão perto, mas queria fazer isso por ele, mostra lhe sua devoção e o efeito de seu amor destrutivo. Portanto, após lutar, levantou a cabeça, forçou os olhos a abrirem e agarrou seus fios platinados, erguendo a porção inferior da perna — Deixe-me mostrá-lo!

Kokonoi soltou uma espécime de rosnado, rouco e curioso, porém não menos esfomeado quando afastou a face de sua intimidade.

— Então, mostre-me, querida.

Você soltou um suspiro trêmulo, dividida entre implorar para ele tocá-la novamente, para terminar o que ele começou, e seu desejo de dar prazer a ele, seu clitóris pulsando com luxúria insatisfeita. Entre esta boca faminta, a qual a fez querer se contorcer ao se abandonar, e seu apaixonante sorriso devorador misturado com seus olhos intrigados, você estava completamente presa. Suspirando audivelmente, assim que o platinado subiu para nivelar seus olhos, circundou-o com suas pernas e inverteu suas posições.

Caiu com tudo em cima de Koko, embora não tivesse certeza se era porque suas pernas estavam muito fracas para segurá-la naquele momento ou se tinha feito isso de propósito. De qualquer forma, não se importou. Endireitando-se até que sua boca estivesse na altura do membro de Hajime. Movendo as mãos para seu pênis, arrastou os dedos ao longo do eixo levemente até que o agarrou na base protuberante, então um tremor sacudiu seu corpo, um arrepio delicioso correndo por sua coluna. Você se inclinou para frente e, enquanto mantinha os olhos fixos nos dele, enrolou a língua ao redor da ponta de seu pênis.

Kokonoi gemeu, e o som melódico fez seu ventre apertar e inundar com calor, as mãos esguias do platinado alcançaram seu cabelo, agarrando com força e emaranhando os fios. Ele parecia relutante, mas ao ser domado dessa forma, entregou-se às sensações que você estava proporcionando a ele, respirando irregularmente. Portanto, expectativa a atravessou, entrelaçando-se com seu desejo de agradá-lo, de conhecê-lo completamente, no momento seguinte estava roçando os lábios os na cabeça de seu membro em um beijo suave. Com uma mão agarrada à base dele, você separou os lábios, tomou a ponta em sua boca e a chupou.  Ele era quente e latejante. Seu cheiro afrodisíaco enchendo seus sentidos, excitando-a ainda mais elevando-a a alargar a boca para tomar mais dele. No entanto, ele não era nem tão pequeno e nem tão gigantesco, não conseguiria todo ele.  Então, pegou o máximo que pôde de seu membro, acariciando sua língua ao longo de sua parte inferior, provocando a fenda em sua ponta e bombeando a outra mão ao longo de seu comprimento.

   Espasmos balançaram o corpo de Kokonoi, e sua respiração estava entrecortada, ofegos ásperos. Ele rugiu alguma coisa, um xingamento atordoado, talvez, seguido pelo seu nome, as mãos segurando seu cabelo mais forte, instigando-a a continuar. Estimulada por suas reações, você fechou os olhos e trabalhou em um ritmo constante, puxando o objeto duro de seu desejo avidamente, lambendo e chupando, levemente roçando-o com os dentes. Repetidamente, ansiosa para descobrir o que ela sentiu dentro dela uma e outra vez. E embora você tivesse sido negada sua libertação, ouvir o prazer de Hajime enquanto realizava esse ato só aumentou o seu próprio. Seu ventre doía, seu clitóris latejava, ansioso para ser tocado, e uma gosma quente escorria por suas coxas.

   No mesmo momento imaginando seu pênis dentro de si enquanto o chupava em sua boca, imaginou o empurrando, estocando-a amplamente, enchendo-a tão completamente que não haveria espaço entre eles, golpeando-a tão intensamente que não existiria brecha para sequer pensar. Você desejava ser parte dele, ser uma com ele.  Um gemido escapou naturalmente, vibrando em Kokonoi.

— [Nome]... — O platinado empurrou os quadris contra sua boca. Sua respiração tambémacelerou e foi ficando cada vez mais irregular, você sabia, os pulsospoderosos erráticos corriam através dele, sabia que ele estava noauge de seu clímax, e isso só fez sua fome ainda maior. Deixando cair uma mão entre suas coxas, você acariciou seuclitóris ao mesmo tempo que realizava sua brincadeira. Gemeu mais uma vez,deixando-o usá-la, querendo que Koko a usasse, sem se importar com odesconforto em sua mandíbula. Tudo o que importava era isso. Ele. 

   Hajime parecia a beira de colapsar, e antes que investisse mais duramente, arrancou-a para longe, e imediatamente entendeu. Entendeu que ele queria se enterrar em você o mais rápido possível. Você limpou os lábios com uma lentidão diabólica, provocando-o ao limite até que Hajime agarrou sua cintura de forma abrupta e a ergueu.

    Então, usando uma mão para se apoiar em seu peito e a outra para se agarrar à base de seu desejo, empurrou-se lentamente para baixo, sensualmente. Permitindo que seus corpos falassem por si, em total harmonia do amor.

— Aishitemasu. Anata o totemo Aishitemasu, [Nome]. — A entonação de sua voz é um grunhido baixo, poderoso, contra seu rosto ao que seus corpos estão unidos como um único, uma simbiose onde você perdeu a noção de onde termina o seu corpo e onde começa o dele.

Continuando essa dança erótica, você não para até que esbraveja o nome de Kokonoi, quem a segura enquanto seu corpo é atravessado por espasmos violentos e atinge o ápice simultaneamente, relaxando eventualmente e um gesto gentil que a recorda de sua força física. Você cai para a frente, aconchegando-se nele, descansando a bochecha em seu peitoral, tão exausta que não pode impedir seus olhos de fecharem diante da carícia em suas costas.

— Descanse, meu amor. — O platinado planta um beijo doce em sua têmpora, empurrando seus cabelos para longe de seu pescoço mergulhado em suor. Segura em seu abraço, você relaxa quando um sono pesado lhe atrai... No entanto, ainda há mais coisas que precisa dizer a Hajime.

Apesar dos sentimentos que alimenta por Kokonoi, precisa salvar Keisuke de suas garras. E existe apenas uma maneira de fazer o todo poderoso da máfia escutá-la...

[...]

Horas depois, você está rastejando para fora da cama, cuidadosa em não acordar Kokonoi e alcança sua roupa íntima. No mínimo, estará coberta e minimamente vestida enquanto faz isso. Por conseguinte, silenciosa, você vai até sua bolsa caída próxima a porta e pesca seu revólver, com as mãos tremendo, você retorna até o acolchoado nas pontas dos pés.

Koko está dormindo tão pacificamente que amor preenche seu coração — amor e arrependimento —, e reza para que ele a escute... Porque senão, você não faz ideia se poderá puxar o gatilho. Você pondera por um instante a arma em sua mão trêmula, seu coração batendo dolorido em ansiedade, em pensar que está fazendo isso ele... por ambos... Que irônico!

Hajime abre os olhos enquanto você solta a trava de segurança, o revólver apontado para ele. As írises castanhas observando-a diretamente nos olhos, e engole em seco.

— Eu não queria que chegasse a isso, mas você me encurralou em um canto.

— Pelo contrário. — O platinado sorri divertido, arqueando a sobrancelha — Eu achei que a tinha encurralada em minha cama.

— Não é hora para joguinhos! Eu preciso da sua palavra, Haji...

— Você não vai atirar em mim. — A feição dele se torna séria.

— A arma na minha mão sugere outra coisa.

— Você teria puxado o gatilho antes de me deixar falar se me quisesse morto. — Hajime a lança uma piscadela.

— Haji, você não entende? Eu não te quero morto. Eu te a- gosto!

— A arma em sua mão sugere outra coisa. — A resposta é sarcástica.

— Eu estou apenas a segurando para me ajudar com as minhas negociações.

Ele gargalha. Céus...

— Apontando uma arma para mim... É isso que você chama de negociação?

— Eu não posso fazer você me ouvir de outra forma!

— Bem, se estamos "negociando"... — Há um brilho travesso no olhar dele, claramente se divertindo com tudo isso. Hajime levanta a mão e arranca um revólver o qual ele esteve escondendo sob seu travesseiro, apontando para você precisamente. Todavia, você não abaixa a sua arma um mísero centímetro, muito menos ele. Ambos em um impasse.

— Eu não me importo com o quê você diz ou faz, eu não sou mais sua saiko-ko. Eu não vou tirar a vida de Kei!!

— Enfim... Eu estava esperando você admitir. — Os cantos dos lábios de Hajime se erguem ainda mais, sinistramente, e você percebe duas coisas: primeiro, deu na cara que Keisuke é muito mais que um policial estranho para você ao usar seu nome assim. Em segundo... É óbvio que Kokonoi já sabia que você conhecia Baji.

— Você sabia o tempo todo quem eu realmente era. É por isso que você me designou uma missão tão específica e sem alternativas.

— É claro. — Novamente, o platinado lhe lança uma piscadinha, ainda sorrindo como se estivesse... orgulhoso?! — Mas eu só descobri a verdade há pouco tempo. O jeito que você debate comigo... — Então ele fica sério em um piscar de olhos, como se fosse bipolar — Eu finalmente percebi que você é uma advogada. Você discute ordens, busca por informações... Eu não sou estúpido! — Como dito, tripolar, já que as sobrancelhas do platinado se arqueiam em uma espécime de tristeza e desapontamento — Porém eu esperei que as coisas fossem diferentes.

— O quê você estava esperando? Achou que poderia mudar minha moral?

— Eu achei que o meu amor mudaria sua mente. E pensei que o mesmo era verdade para você. Estive esperando que você iria esquecer Kokonoi e descobrir quem eu realmente sou... — Focando em sua arma ao invés de seu rosto, evitando transparecer o abalo que essa resposta a deixou, e inconscientemente aperta ainda mais o seu revólver — Eu tenho um imenso respeito por você. Não fazia ideia que uma mulher com tal caráter tão forte como o seu existia. — Hajime continua a sorrir, vitorioso — E também, eu nunca conheci a mulher quem me trouxe a julgamento antes... No entanto, eu sabia que ela era inteligente, perspicaz e uma adversária digna. Você era irrastreável online, nem um sequer perfil nas redes sociais. Eu gostaria de saber... Por quê? — Você ajusta o seu aperto em sua arma, porém de resto permanece calada. Se deixá-lo falando, Hajime eventualmente chegará a resposta — A completa ausência de presença na internet parecia intencional. Como se você sempre soubesse que precisaria se esconder. Não importa quantos esboços você tenha feito para matérias, os artigos escritos sobre você, não existem fotos. Eu assumi que você ou era muito nova ou muito velha. — Ele tomba a cabeça para o lado em um beicinho, e também sua arma, porém ainda apontada para você, desviando o olhar por um milissegundo como se houvesse chego à conclusão, mas as sobrancelhas indicando que estava irritado ao lembrar do passado — Após o julgamento, eu te tirei da cabeça. Você não era mais uma ameaça, e eu nem sequer te segui ou a fotografei!

— Seu primeiro erro. — Koko arregala os olhos. Então encolhe os ombros, o revólver se inclinando ainda mais para você com uma precisão cuidadosa, e no segundo seguinte ele tem os lábios em um beicinho profundamente magoado.

— Eu realmente nunca achei que você se infiltraria na família, minha família, minha casa e até mesmo meu coração. — As palavras soam verdadeiras, destruiu o coração dele. E essa é a primeira vez que Hajime fala abertamente sobre seus sentimentos sem envolver sexo. Dessa vez, seus olhos falam por seu coração. Portanto, você morde seu lábio, não pode responder agora, não depois do que ele a fez passar. Por que ele a fez cruzar tantos testes se mantinha qualquer sentimento por você? Então resolve questioná-lo sobre o último.

— Eu estava começando a pensar que você me amava, mas aí você inventou esse teste, colocando-me contra o meu próprio irmão. Com certeza você enxerga o quão doentio é isso?!

— Não inverta os papéis. Você veio à minha procura, você me manipulou... — Koko desvia o olhar, meio envergonhado e ferido, tão amargo como se aquele ou aquela que finalmente abalaria o imponente e gélido todo poderoso da máfia houvesse chego e fosse você, ele parecia um cãozinho acuado. Seu coração estraçalha, contudo não mexe sua arma, você ainda precisa da palavra dele. Precisa saber que Keisuke estará seguro, não importa o quê — Eu confesso, desenvolvi o teste com o policial de Henderson alguns dias atrás, quando descobri sua identidade. Porém eu achei que isso iria quebrá-la e a faria parar de mentir para mim!! — Ele vocifera, bravo — Eu esperei que você me escolhesse. Achei que veria a missão, arrancaria seu disfarce e confessaria seu amor.

— Eu te amo, Hajime, mas você nunca me deu uma verdadeira escolha, não uma real.

— Entendo. Fui muito ganancioso. Eu quis muito de você, mas você deve saber... Eu sou um homem que vai com tudo. — O platinado estica os lábios, expondo seus dentes brancos — Eu quero você, inteiramente você, só para mim. — Em resposta, seu sorriso é amargo. Contudo, não abaixa a arma. Real ou um jogo para fazê-la baixar a guarda, seu objetivo aqui é claro: impedir que Hajime machuque seu irmão. E seu amor por Kokonoi não se sobrepõe ao amor que sente por Keisuke e vice-versa, ambos são um tipo de sentimento isolado que não podem ser comparados — Foi um teste de seu amor, não de sua lealdade.

— Que tipo de teste amoroso me teria matando o irmão que eu amo? O sangue que me resta?

— Eu assumi que você o tiraria de Las Vegas, que o levaria para algum lugar escondido para protegê-lo. Eu admito que a subestimei, nunca achei que estaria me confrontando com um revólver. — As orbes jabuticaba caem para sua arma, e você se pergunta se ele ainda se sente dessa maneira? — Suponho que eu esperava que seu afeto por mim superaria o seu amor pelo seu irmão. Colocando dessa forma, pode soar ridículo.

Você permanece com sua arma erguida, porém seus ombros cedem em alívio. Estava certa em acreditar em Hajime. O todo poderoso pode ser capaz de chantagear as pessoas, contudo ele não é irremediavelmente cruel, e no segundo seguinte, você deixa escapar uma risada nervosa.

— Essa é a primeira vez em que um dos meus namorados tem uma forma perturbada de testar o meu amor. — Dessa vez é o platinado quem está rindo de nervoso.

— Então você está admitindo que eu sou o seu namorado? O que eu posso dizer? Sou cativante, e gosto de manter as coisas picantes. Só que... meu teste não me disse tudo o que eu gostaria de saber sobre você. Você gostou de estar no meu mundo, mesmo que por um breve momento? E mais importante... Você me amou, afinal de contas?

— Eu me adaptei. Deixei-me habitar em seu mundo, entretanto ainda mantenho meus ideais. Eu não amo a máfia. Mas você... Bem, é uma história completamente diferente. Você me seduziu.

— Não, nós nos seduzimos. Infelizmente, nenhum de nós dois quer viver no mundo do outro.

Seu olhar deixa seu revólver para fitar Koko nos olhos.

— Você acha que poderia mudar? Por mim?

— Eu poderia, mas duvido que o faça. — O platinado pisca — Os fins justificam os meios, sempre. Além disso... — Ele sorri provocativamente, aproximando-se tão próximo que encosta o cano da arma dele com a sua e suas respirações se misturam — Não acredito que você me amaria metade do quanto ama se eu não fosse um menino tão mau.

— Sem dúvida. — Você umedece os lábios — Não posso negar que foi o quê me fez me apaixonar por você, pra começo de conversa.

— E ainda... Você continua apontando um revólver para mim, darin.

— Há somente uma opção sobrando se não podemos negociar. Nós resolvermos isso, permanentemente.

— Prefiro uma solução eterna a que uma cela de cadeia. — O platinado ri, meio amargurado porém com um toque de diversão.

— E eu não vou permitir que meu irmão seja morto. Se você não mudar sua mente ou ações, eu vou puxar o gatilho e aceitar as consequências.

— Tristemente, temo que eu discorde desse plano, tesoro mio. Levar um tiro não combina comigo. — A conversa é casual, como se ambos estivessem discutindo algo trivial.

— Pelo menos nós concordamos que morte é melhor que a cadeia.

— E que o amor é melhor que a morte. — Ele a interrompe, brasa crepitando nas orbes castanhas.

— Todavia, também podemos concordar que agora que as cartas estão na mesa, o amor não é mais uma opção.

Hajime aperta ainda mais seu revólver, com tanta força que parece que ele vai esmagá-lo. Imediatamente o imita, ao que seu coração tamborila freneticamente no peito.

— Ah, sim esse é o ponto de discórdia. Veja, eu finalmente entendo esse fogo por trás de seu olhar que me encantaram tanto. É paixão, mas uma paixão por uma justiça que é fraca, na melhor das hipóteses.

— Eu já não sei sobre isso. — Sorri de lado, macabra — Eu tenho preparado um caso fodidamente esplêndido contra você que vai te provar o contrário.

— Nós acordamos, sem prisão. A situação é muito mais complexa do que parece. — Kokonoi, quem tinha um sorriso até então o desmancha — Senhorita Banks, eu também não posso deixá-la viver.

Em um estalo de língua, você cerra seus dentes, dissuadindo-o ao levantar seu revólver e encostar a ponta dele na jugular de Hajime.

— Você não pode me culpar por exceder todos os seus testes. Essa é razão suficiente para acabar comigo? Ou você só não aguenta a competição, grandão?

— Não, não é isso. Eu não posso te deixar viver porque eu percebo agora.. Você é minha fraqueza. — Um sorriso magnífico enfeitou os lábios avermelhados de Hajime — Você será sempre o meu ponto fraco. Eu te amo demais, e amor não pode existir na máfia.

— Eu achava que como o todo poderoso da máfia, você era o único quem ditava as regras?

— Não brinque com palavras, darin. — Hajime se irrita — Somente um de nós pode caminhar para fora desse quarto, e você sabe disso. Você precisa da sua justiça...

— Especialmente preciso saber se minha família estará segura.

— Nós finalmente temos algo em comum. 

— Infelizmente, tenho medo que isso não seja suficiente. O chão que pisamos é frágil e o motivo de nosso impasse.

— Então, quem vai puxar o gatilho primeiro, darling? Você ou eu? — Kokonoi profere as palavras em um tom brincalhão, um humor sombrio, porém você enxerga que por trás de seus olhos há um brilho doloroso — Ou nós seremos os amantes de Verona, Romeu e Julieta deste século, e morreremos juntos?

   Por um momento, não há nada além do silêncio obsoleto que preenche o quarto. Silêncio e duas armas carregadas.

   Você cogita, o dedo coçando em uma agonia perversa e adversa para pressionar o gatilho, por um milissegundo, esteve prestes a fazer isso. Entretanto, simplesmente não consegue. Você ainda acredita no amor e em segundas chances, portanto abaixa o braço, desgrudando o cano do revólver da pele de Hajime. Então o platinado está sorrindo macabramente.

— Você deveria ter atirado em mim primeiro, darling. 

   Um tiro ecoa pelo cômodo!

   De pálpebras cerradas, você espera a dor atravessá-la, embora que com essa distância já deveria estar caída, esvaída de vida. No entanto, apesar do cheiro forte de pólvora, não há a fragrância acobreada de sangue e nenhum líquido viscoso vaza de sua barriga, onde a arma de Kokonoi estava apontada.

   Eventualmente a fumaça se esvoaça. O tiro de Hajime foi propositalmente pela culatra, intencionalmente não acertando seu alvo.

   Em um piscar de olhos, ambos os lábios se conectam, faíscas de sua paixão impossível emanando de seus corpos suados, tensos e agitados, suas massas corporais não sendo nada além de uma enorme bola de desejo, de necessidade, urgência. E ainda assim, mesmo com seu corpo sobre ele, um joelho entre as pernas de Kokonoi, o braço envolto do pescoço dele, enquanto o platinado segura firmemente seu pescoço, nenhum dos dois abaixam verdadeiramente suas armas, com ele apontando o próprio revólver para seu abdômen e você para seu queixo. A adrenalina pulsando dentro de você com o momento incrivelmente perigoso, mas delicioso. 

   Você não pode lutar contra seus sentimentos, muito menos Hajime.

   Os lábios dele devoram os seus, reivindicando-a de uma forma que a tem entregue para ele mais uma vez e seus corpos pressionados juntos.

— Você deixará tudo por mim, darin?

— Eu não deveria...

— Mas você quer?

— E-Eu... Deveria... — Você gagueja, mal formulando uma frase quando seu cérebro está com pura neblina, um turbilhão de sensações e pensamentos impedindo-a de pensar corretamente. Além de seu desejo por ele tomar conta, assim como Kokonoi, visto suas calças...

   Você se inclina, aprofundando o beijo lânguido ao mordiscar os lábios dele, estendendo-se para soltá-los. Revólveres, cheiro de pólvora ainda no ar, paixão me dominando, o membro de Koko me excitando. Tudo isso domina sua mente, arrastando de lado, Keisuke, as leis e sua investigação.

   Subitamente, a porta se abre em um estouro, chocando forte contra a parede, roubando tanto a sua atenção quanto a de Hajime enquanto Inupi corre para dentro!

— A polícia está aqui, liderada por Keisuke Baji. Eles tem um advogado entre eles, um homem classe média de cabelos negros e mechas descoloridas... — Keisuke e Kazutora estão aqui? Como eles nos encontraram? Eu fui extremamente cuidadosa ao sair de casa. O loiro arqueia a sobrancelha ao olhar para você, nada surpreso em vê-la — Ela deve ter os trago aqui, Haji. Você precisa de uma mão ou-

— Obrigado, Inui. Eu vou cuidar da situação. Prepare tudo. — Inui, huh? O mesmo parece chocado ao ser interrompido por Koko, ele parecia prestes a matá-la como se ansiasse isso. Porém, quando estava saindo do quarto, Inupi se vira e a fita, sorrindo.

— Eu sabia que você iria exceder nossas expectativas. Bem vinda à nossa família.

   Entretanto, assim que a porta se fecha atrás de Inui, Koko volteia sua atenção para você, parecendo irritado. A arma dele pressionando em sua barriga desnuda enquanto a sua está em seu queixo. Pelo que parece, Kokonoi estava certo. Apenas um de vocês pode sair desse quarto vivo...

— Você trouxe a polícia para a minha casa?

— Não, eles devem ter me seguido. — Pleiteia sua inocência, e as írises acastanhadas estão esbugalhadas com sua resposta direta e rápida — Meu irmão descobriu o quê eu estive fazendo, acho que ele não confia mais em mim.

— Confiança é um conceito frágil, [Nome]. Assim como a paciência... — O platinado arqueia a sobrancelha.

— Você precisa acreditar em mim, Haji. Eu não os trouxe.

— Nesse caso, esse é o momento da verdade, pra valer. — Mortalmente sério, ele se afasta, abaixando a arma, então lhe oferece sua mão livre, sorrindo ardiloso no segundo seguinte — Se você realmente quer provar sua lealdade a mim, venha comigo. Katherine Baji, torne-se [Nome] Banks de verdade. E seja minha para sempre. — É a sua vez de ter seus olhos arregalados, esta não é a oferta que esperava! Além disso, seu nome soa tão saboroso nos lábios de Kokonoi que lamenta ele não ter tido a oportunidade de usá-los. Contudo, assim como ele não é mais Kokonoi, o todo poderoso e mercenário para você, mas sim Hajime, seu Haji, para ele você nunca foi Katherine, e sim sempre sua [Nome] — Eu quero você. Não quero nunca não tê-la ao meu lado. Essa é a única saída para termos nosso felizes para sempre, darin. Watashitoisshoni kite.

   Sem um pingo de hesitação, você descansa sua mão na dele. Irá segui-lo até o fim do mundo se for preciso. Em resposta, um esplêndido sorriso estica os lábios do platinado e não pôde conter o seu ao vê-lo tão radiante.

— Para ser honesta, isso é o que eu sempre quis. Como eu te disse, eu amo ser uma parte da Black Dragons... Eu amo estar a sua volta. Não consigo nos imaginar separados, eu não suportaria isso. Eu sou sua assim como você é meu.

— Eu não sei se essas são as palavras corretas, mas... Obrigado.

   Vocês selam o novo acordo com um beijo apaixonado, apenas como um casal que jura a eternidade perante uma igreja com seu beijo diante da divindade, um universo paralelo seu e de Kokonoi. Embora o tempo seja essencial, e saibam que a polícia está a caminho, torna tudo mais excitante.

— Não posso viver sem você. Você me torna mais forte em cada maneira possível. — No entanto, sabe que haverá uma queda com a escolha que está tomando. Kazutora possivelmente irá compreendê-la, mas Baji? Baji irá lutar com o caminho que está escolhendo — Eu preciso deixar uma carta para o meu irmão e meu amigo. Preciso assegurá-los que esta é uma vida que eu quero seguir.

— Eles virão atrás de você? — O platinado sorri, mas você é séria.

— Se eu não explicar devidamente que isso é o quê quero para mim, eles podem. Keisuke nunca desistiria de me procurar se ele achasse que eu fui sequestrada. — Você suspira profundamente, abraçando-o pela cintura e o platinado a devolve o calor — Isso vai prejudicar minha relação com eles, mas acredito que um dia seremos capazes de nos encontrarmos novamente.

— O tempo esfriará seus temperamentos. Eles terão tempo para discernir. Talvez...

"Queridos Keisuke e Kazutora,
Sei que isso vai ser complexo para aceitar,
mas devo seguir meu coração. Às vezes
o correto nem sempre quer dizer o melhor

para nós. Cancelem a investigação, pelo
afeto que vocês têm a mim.
Eu escolhi uma vida nova, com o homem
que amo. Um dia vocês irão entender, e 
nesse dia espero que possamos estar juntos
novamente."

   Assina seu verdadeiro nome — Katherine Baji — uma última vez ao final da página. De agora em diante, você é [Nome] Banks, e será uma verdadeira parte da Black Dragons ao lado de Hajime Kokonoi, o todo poderoso e o maior mercenário de todos os tempos.

— Palavras não são nada, são as nossas ações que nos definem, [Nome]. Porém as palavras mais significantes que posso dizer agora, a maior e sincera declaração que posso fazer e dá-la são simplesmente... — Ele suaviza sua expressão, as bochechas coradas de forma singela, segurando-a com ambas as mãos pelo pescoço — Eu confio em você. — Nesse momento, sabe que o peso que essas palavras carregam. Para qualquer outro homem, confiança é fútil, simples e fácil. O reverso é como funciona para Hajime, sua confiança é a base estrutural de sua nova vida com ele — Nós vamos construir coisas maravilhosas juntos, [Nome].

   Aproximando-se dele, seu hálito ventila seu rosto, suas respirações se tornam uma e seus lábios ficam a milímetros dos dele.

— Eu também confio em você.

   O platinado agarra sua cintura em um abraço, levantando-a do chão e a arrancando uma gargalhada e a beijando. Sua fantasia se tornando realidade, provando que o amor supera tudo, e dentre as milhões de oportunidades para tudo dar errado, seu amor recíproco superou tudo. E você finalmente teve seu final digno de livros românticos ou filmes clichês. Kokonoi a encheu de beijos como se a polícia não estivesse subindo até vocês

— Então... eu vou valorizar e recompensar sua confiança mais do que qualquer coisa no mundo! — Ele roça seus lábios em um selinho demorado, selando novamente seu pacto — Preparada para o perigo, darling?

   Os braços dele são fortes, estão tão próximos que sente o coração dele bater em sintonia com o seu, agitado, selvagem. Isso é intoxicante.

— Por que você continua me perguntando isso? Eu te disse uma vez na minha introdução, Haji. Você não pode me acompanhar? 

— Diga de novo.

— Eu estou sempre pronta. Na realidade, eu nasci pronta para você, cariño.

   Todo dia de sua nova vida será perigosa e incerta, mas você sabe que nessa hierarquia de sensações, a destruição serve ao amor... E seguirá com a certeza e a reconfortante ideia de que vocês terão um ao outro, principalmente para se ajudarem a serem bons.

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