⠀⠀ 🎰┇𝗻𝗶𝗻𝗲; 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘪𝘰𝘯 𝘰𝘳 𝘤𝘳𝘪𝘮𝘦
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Examina de perto o rosto de Kokonoi ao que ele abre os olhos, ele obviamente demonstra um sincero arrependimento em como e porquê a Noite Diabólica nasceu. Então, desconcertada pelo olhar no rosto do platinado, deixa sua mão cair entre seus corpos.
— Eu gostaria que houvesse uma maneira de tornar o mundo mais simples, mas não há. Às vezes, para fazer a coisa certa, precisamos fazer a errada.
Hajime tenta alcançar sua mão mais uma vez, porém você hesita e ele nota isso, erguendo as íris jabuticaba sob os cílios compridos e pálpebras pintadas em confusão.
— Mas, Haji... Há outras rotas. Maneiras legais de conseguir o quê você quer feito. O sistema de justiça não está irrevogavelmente quebrado.
— Não está? — Ele sorri, achando graça — Eu não sou a prova do sistema quebrado?
— Mas você sequer tentou? Soa como se você tivesse chegado a esse conflito interno com uma dura e violenta retaliação que te colocou no poder.
— Sim, para que eu pudesse proteger a minha família.
— Só que você nem tentou a coisa certa antes! Pense como tudo poderia ter sido diferente se você tivesse! Eu vi em primeira mão a extensão de sua família. Eles te amam e te veneram, e contam com a sua proteção, mas eles também te pagam por isso.
— Eu não posso ter uma instituição de caridade, [Nome]. Você sequer já tentou possuir poder sem dinheiro? Isso é definitivamente impossível.
— Você não precisa aplicar isso em tudo. Se você trabalhasse com a lei, todo esse sistema... não é necessário.
Kokonoi tem em seu rosto um olhar calculista e afiado enquanto procura pelo seu.
— Eu nunca achei que por trás dessa máscara dura que você veste, fosse realmente tão ingênua.
— Ter ética não é ingenuidade.
— Você honestamente acredita que você pode apenas dar o seu melhor e então terá só boas consequências? — O platinado se torna muito sério, cada resposta se tornando ácida, o tom de voz frio e cortante — A porra do sistema todo é falho! Estou somente usando isso ao meu favor para, de fato, fazer algo útil para a comunidade. A ironia é... — Ele sorri debochado, o olhar agora distante e pensativo — Que eu costumava pensar como você, mas a realidade me deu um soco no estômago muito forte. E eu sinto muito, darin, porém com certeza vai te bater também.
— Eu não sou inocente, não importa o quê diga. E eu entendo o conceito de sujar as mãos para ter um trabalho bem feito. No entanto, mesmo que os fins justifiquem os meios, eu ainda tenho ideais fundamentados no sistema legal.
De qualquer forma, agora estava dito, a sua "eu justiceira" acabou falando por sua razão.
— Sério? Então o quê você verdadeiramente quer conquistar, [Nome]? Qual foi o momento decisivo pra você?
— Conhecer você pessoalmente mudou o curso da minha vida para sempre. — Solta sincera, sem articular uma resposta mais elaborada, apenas permitindo que a sua "ingenuidade" não curada continuasse a desabafar — Me fez perceber que as coisas não são preto e branco, como você disse. Além disso, você adicionou... intensidade à minha vida.
— Paixão? — Koko sorri.
— Paixão, sim. Mas também ela tem sido mais vívida desde que entrei na Black Dragons. Eu me sinto viva. — Você se perde como uma criança ao contar algo maravilhoso que simplesmente não consegue descrever e o platinado sorri admirado diante do seu jeito — Não é apenas adrenalina e emoções, porém mais...
— Sim. Sim, você realmente enxerga agora. Eu me sinto da mesma maneira.
Seu olhar acaba se estendendo pela mesa, descansando sobre a taça de Kokonoi ainda intacta e esperando que recolha sua digital. Oficialmente confusa e encrencada pelo caminho que essa conversa tomou, metade ética e romântica e outra apaixonada e criminosa. Contudo, está claro que Hajime é o atual todo poderoso da máfia veguense e que ele não tem nenhuma intenção de mudar essa atitude. Independentemente dos sentimentos que alimenta por ele e das descobertas que fez durante o encontro, sua investigação deve continuar. E a chave aqui é a impressão digital de Koko.
Podendo tirá-la da taça de vinho dele e depois entrar no cofre em seu escritório no cassino e roubar as provas de que precisa. Sua própria taça está vazia, dando-lhe uma desculpa para pegar a dele. Você age rapidamente e de forma discreta, pressionando a fita contra o vidro onde o dedo dele estava, então bebe o vinho em um gole só.
— Você não tem vergonha de nada. — Ele sorri provocativo — Você pega o que você quer, e eu amo isso sobre você.
Fitando-o atrevidamente, você escorrega a fita para longe, de volta onde estava.
— O que você estava esperando? Essa é quem eu sou, e eu nem sempre peço permissão. — No segundo seguinte, está a guardando em segurança e quando tem certeza que conseguiu toda a digital e escondeu sem ser vista, comemora internamente.
— Ah, darin, você me encanta.
Você também, Haji.
Porém não pode perder a vista sobre o seu objetivo e a pergunta silenciosa que continua no ar é: Será que vai sair dessa viva?
[...]
— Você sabe o quê "darin" significa?
— Darling. Japonês. Claro que eu sei! De qualquer forma, não me pergunte se eu sei o porquê você me chama assim, eu não falo Haji fluentemente.
O platinado sorri para você, divertido ao que o chama "Haji" e abaixa os braços. Então ele alcança sua mão, levando-a até o próprio peitoral e pressionando a palma de sua mão sobre seu coração enquanto um sorriso terno e bochechas suavemente coradas adornam sua face.
— Sério? Você entende agora? — Seu coração baqueia sob o seu toque, ao mesmo tempo que o seu próprio esteja agitado de forma quase selvagem. O aperto em sua mão... não é suficiente, desejando que elas percorram cada centímetro de sua pele, reivindicando-a da mesma forma que você quer reivindicá-lo. Então, Hajime deixa escapar uma risada baixa e rouca — Além disso, havia um cookie que eu adorava quando criança. Ele era doce e delicado... e provocava desejo, como você! Seus lábios são macios e doces como meus biscoitos darin.
— Estou lisonjeada, eu amo este apelido. Prefiro ser comparada a um cookie a que uma flor.
— Eu também prefiro comer um cookie a que comer uma rosa. — Kokonoi lança uma piscadela para você — Especialmente se for caseiro!
— Não me diga que você também fez a sobremesa?
— Não estou te contando nada. Tudo é conquistado, você sabe disso...
Apesar de quem Hajime Kokonoi é, a comida é deleitante e tudo que você mais quer é colapsar em seus braços. E... dane-se, quem se importa! Não quer esperar mais, não quando deixou de ser desejo e atração carnal para necessidade. Você segura a mão de Koko e puxa o peso do próprio corpo para ele, aproximando-se.
— Nós realmente temos que esperar muito tempo pela sobremesa? — Encara-o com uma falsa inocência carregada em suas feições, as palavras banhadas em malícia — Um cookie é para ser devorado, não é?
— Não... — Apesar do evidente desejo recíproco, o platinado a provoca com a recusa — Deve ser saboreado. E eu estou planejando aproveitar cada gosto.
Você inclina seu rosto para ele, e nem Hajime é capaz de se impedir de clamar seus lábios em um beijo apaixonado e deslizar sua mão até a parte de trás da sua cabeça, emaranhando os fios de seu cabelo ao agarrá-los com furor. Enquanto seu outro braço serpenteia envolta de sua cintura, puxando-a da cadeira sem quebrar o seu abraço, e então no segundo seguinte os lábios escorregam de sua boca para seu pescoço. Os beijos de Kokonoi estão repletos de urgência, como se ele estivesse salivando de fome e somente o seu sabor pode saciá-lo.
Inconscientemente, tomba a sua cabeça para trás em resposta, dando lhe melhor acesso para provar de sua derme sensível. O platinado grunhe com apetite dando vez aos seus instintos primitivos, varrendo os braços sobre a mesa ao jogar as louças de porcelana para longe e seu ventre vibra em excitação ao assisti-lo abandonar sua postura, e perder o controle ao entrar em contato com seu corpo e sorri ao ver que não o deixa indiferente, e por mais que tente se conter, atrás da fachada de líder da máfia impassível, há um ser selvagem dentro de si.
Então, Hajime a levanta com uma facilidade desconcertante e a põe sobre a mesa, não tardando e se colocar entre as suas pernas, sem deixar um mísero milímetro de distância e seus corpos se tocando com nada além da barreira de suas roupas. Você também não demora em envolver suas pernas ao redor da cintura do platinado e prendê-lo ainda mais perto de si, se possível, um ofego escapando da sua garganta ao sentir seu desejo eminente por você acariciando-a em uma tortura suave. Definitivamente, não pode aguardar nem mais um segundo, ansiando por Koko!
Livrando-se de suas inibições, você arranca a parte superior de seu conjunto com destreza e treme em antecipação ao que ele umedece os lábios e os mordisca com a visão de seu busto que o presenteia. Você tem apenas uma ideia em mente: que Hajime mergulhe sua boca faminta em seu peito, o que ele se apressa em fazer.
— Eu quero você. — Suas palavras soam como um gemido, derretendo sob o calor de sua boca. É como se o homem conhecesse cada parte de seu corpo, o qual subitamente parece incendiar, cada centímetro consciente do toque de Koko, quem segura seu seio, o polegar encontrando seu mamilo, circulando-o. Nesse momento apenas suspirando e rezando a qualquer entidade para que suas vestes evaporem!
— E eu quero você. — As íris castanhas cintilam brasa, acesas com a verdade e os dentes brancos são revelados em um sorriso lento e diabólico, tentador demais que a deixa molhada.
Só que... um pensamento cruza sua mente em meio à luxúria. Será que Kokonoi quer mais que apenas um contato carnal? Afinal, o amor não conquista tudo?
Você se curva para a frente, correndo a ponta de seus dedos com cautela sobre a tatuagem curiosa em seu couro cabeludo, escovando os fios raspados antes de resvalar ambas as mãos pelo rosto, a pele tão macia como a de um bebê, e o trazendo para perto de si. Desejando confessar como verdadeiramente se sente, sem que a paixão e desejo nublem suas palavras.
— Hajime... Eu preciso ser honesta. Eu gosto de você. — Ele sorri divertido, encarando seus lábios.
— Eu gosto de você também, darin.
— Não, eu quero dizer... Eu realmente gosto de você, em um sentido a mais da palavra, um que pode ser mais. Eu nunca senti tamanha intensidade por uma pessoa.
A face de Kokonoi suaviza em um sorriso doce e ele junta suas testas, colando ambos os lábios, não um beijo apaixonado, porém um cheio de promessas.
— É o mesmo para mim. Eu também nunca me senti assim. — Então ele estica o canto da boca provocativamente, arqueando a sobrancelha — Estou sendo tentado por você desde o instante em que pisou na minha casa. — O platinado deixa suas mãos caírem por seus ombros, braços desnudos, então por sua coxa coberta até a bainha de sua saia, varrendo-a para cima — Esse conjunto... combina com o seu corpo. Me provoca e me seduz.
Não faz muito tempo desde sua noite juntos em seu escritório no cassino, contudo parece que Hajime enlouqueceu tão saudoso como você, e a julgar pelo olhar em seu rosto e pelo seu comportamento, ele pretende mostrá-la o quanto ele sentiu sua falta e desejou você...
No segundo seguinte está o trazendo para si em um beijo necessitado, entrelaçando suas línguas em sons obscenos até que fiquem sem fôlego.
— Darin...
O apelido acorda em você um furioso desejo de devorá-lo, e não sabe se é o efeito do vinho, se é o efeito de Koko em você ou ambos, mas a única coisa que almeja agora é fazê-lo inteiramente seu e então ele não estará pensando em nada além de você, seu corpo, suas palavras, seus beijos, sonhando com seu toque, e que você não é, nem será reduzida a um objeto, ou a uma foda de uma ou duas noites como disse Takuya em sua primeira noite como membra. Você retoma a posse dos lábios de Kokonoi com sede, mordiscando sua boca e a sugando em um estalo baixo. Seus músculos magros, porém musculosos são duros e fortes ao que os toca com a palma de sua mão, descobrindo-o e rapidamente você está abrindo seu holoun, livrando-se dele enquanto o empurra para fora de seus ombros e deixando o tecido esvoaçar no chão ao lado da mesa.
Enfiando suas mãos em suas calças sob o cós, você usa o passante para alavancá-lo para si enquanto abre o botão. Por conseguinte, está puxando para baixo suas calças juntamente de sua boxer com o auxílio de seus pés, então o Hajime está exposto para você assim como veio ao mundo e assim que ele está em seu estado de nudez, não pode evitar tomar um segundo verdadeiramente longo para admirá-lo, seu corpo esbelto bem trabalhado em linhas que guiam seu olhar para o objeto de seu desejo, no entanto, mesmo assim seu corpo por completo é divino.
Descaradamente, você segura seu membro enrijecido, saboreando a maneira como ele suga a respiração entredentes ao seu toque, revirando os olhos. Então esfrega seu polegar e a umidade sedosa a encoraja a continuar.
— Darin, você não pode brincar comigo assim tão tentadoramente...
As veias de seu pescoço estão proeminentes quando Hajime faz um gesto com a cabeça claramente tenso ao cerrar a mandíbula, como se estivesse se contendo e fazendo tudo ao alcance para não perder o controle, suas íris castanhas quase implorando piedade. Porém, quando ele geme roucamente, parecendo espantar qualquer pensamento que estava o impedindo, você é pega desprevenida quando o platinado afasta sua mão abruptamente, as mãos agarrando seus quadris e puxando seu corpo de forma que fique deitada sobre a mesa.
Kokonoi vai subindo a sua saia, trilhando suas coxas com as pontas dos dedos ao arrastar calor e eletricidade em seu rastro, e você geme.
— Agora você está me provocando... — O platinado sorri vitorioso enquanto solta sua cinta-liga. Então ele corre os dedos por sua calcinha, traçando a renda de uma maneira que tem você derretendo.
Impaciente, ergue seu corpo e o prende pelo pescoço antes que caia para grudar suas bocas novamente. Embora com falta de ar, mostrando lhe como o deseja e a imensurável paixão por ele. O olhar castanho é intenso ao rastejar sobre sua pele e curvas, seduzido com a visão ao que suas bochechas pálidas se tornam um rosa atraente, queimando com depravação.
— Você é sublime, darin... — Hajime ergue a mão, roçando os nós dos dedos sobre seu queixo, enquanto a outra abraça seu ombro com firmeza. — Sente-o tremer, e pode dizer que além do desejo absurdo de tomá-la ali e agora, ele quer saborear o momento, eternizá-lo na memória. Então o platinado empurra seu peito para baixo, porém você se apoia nos antebraços, tombando a cabeça para trás, embebedada em puro prazer ao que ele a segura pela lombar e você arqueia suas costas. Koko aperta firme sua cintura e a puxa para mais perto da beirada da mesa, e consequentemente dele. Através da calcinha de renda fina, sentindo a protuberância dura de sua masculinidade, implorando por entrada — Você vai ser a minha morte, amor.
Você levanta seus quadris, pressionando contra ele ao que a mão de Hajime a aperta com tanta força que acha que pode lhe machucar, mas o lampejo de dor é ainda mais sensual do que um toque gentil. Finalmente, ele puxa sua calcinha, esfregando o material fino e rendado entre os dedos.
— Eu preciso perguntar... Você vestiu essa renda vermelha e essa roupa exclusivamente para mim, certo?
Cogitou em negar para provocá-lo, mas em outras circunstâncias em que não estivesse tão necessitada o faria.
— Quando os vesti essa manhã, eu esperava que você fosse o único a tirá-los. — Um sorriso lento ilumina o rosto do platinado em satisfação.
— Nada me dá mais prazer do que fazer exatamente isso. — Então Hajime solta a peça no chão como se não fosse nada, e de fato, inútil nesse momento. De algum lugar, Hajime tira uma camisinha e a enrola rapidamente em seu comprimento, arqueando seu corpo com as mãos e se posicionando em sua entrada — Você tem certeza que quer isso, darin?
— Quero você dentro de mim, agora. Encha-me.
E Koko obedece, penetrando-a com imensa força que a arranca um arfo. Ele não enrola, cada uma de suas estocadas ficando mais fortes e seus dedos continuam a vagar pelo seu corpo, traçando linhas imaginárias por seu estômago antes que os finque em sua cintura... Segurando-a de uma forma que poderia fazê-la se desmanchar ali mesmo. Ambos encontram um ritmo perfeito, o platinado a invadindo ao que guia seus quadris, corpos em uníssono, suados, chocando-se um contra o outro em uma música erótica, suspiros e gemidos desinibidos, seus corpos feitos um para o outro.
De repente, o peso de seu corpo está em suas mãos espalmadas na sua bunda, erguendo-a para cima para que possa atingir aquele ponto dentro de si que a tem implorando por libertação. Sentindo muito mais cada investida e o comprimento dentro de si.
— Koko... Koko!!
Você revira os olhos, rolando os quadris para montá-lo ainda mais e se contorce com a onda de calor e tensão crescendo e torcendo apertada em seu ventre. Hajime cai de boca em seu seio, sua língua quente e ágil o circula, chupando-o no mesmo ritmo que seus quadris chocam contra você. E agarra seus fios compridos cor de neve, gemendo em prazer ao que seu corpo é alavancado para cima com os golpes e um raio eletrocuta de seus seios até seu ventre.
— Mais doce que qualquer cookie, darin. — Hajime empurra mais uma vez e sua cabeça cai para trás.
— Caralho, por favor Haji!
— Por favor? — O mesmo revela seus dentes em um sorriso divertido — "Por favor me faça gritar?" Não tenho certeza de ter entendido o quê você quer de mim, darin... — O platinado sorri ainda mais ao que você grunhe em frustação e move seus quadris contra ele. Então no segundo seguinte está pescando sua mão e a guiando para a fonte de seu prazer, e seus dedos encontram seu clitóris, o qual queima em desejo. Esfregando o ponto sensível de nervos, moendo em um círculo diabolicamente lento e quente. É fato, está cega por desejo e quaisquer pensamentos estão nublados por um único homem e seu toque: Hajime Kokonoi — Você sabe o que precisa fazer para conseguir o quê quer.
Koko empurra antes de sair para fora, apenas para investir novamente, o tempo todo girando seu dedo na sua sensibilidade contra o comprimento de seu membro. Você grita com prazer, e finalmente, desmancha ao toque daquele quem você jurou lealdade e quem segurava seu corpo enquanto espasmos fortes corriam por ele e você desmorona em êxtase. Seu coração está acelerado e você estremece, ainda sentindo as estocadas do platinado, até que ele a golpeie uma última vez e encontre o próprio orgasmo.
Ele a recolhe em seus braços, levantando-a como se pesasse o peso de uma pena.
— O paraíso não pode ser comparado a estar com você. Você me encanta, [Nome]. — Hajime toma seu assento na grande cadeira na ponta, acomodando lhe em seu colo. Você se acomoda em seu peito com o pensamento de que este é o homem mais perigoso em Las Vegas, senão em Nevada ou no mundo, e ainda assim se sente segura em seus braços — Embora, embora, venha embora comigo. Entregue-se a este amor sombrio. — Kokonoi acaricia seu cabelo, murmurando em japonês, embora não saiba que você entende tudo completamente. Sua voz rouca ressoando profundamente em seu coração, enraizando-se em suas entranhas e você sente uma breve sensação de dúvida sobre o futuro. Seu corpo inteiro, por fim, relaxa. Desde que entrou na Black Dragons, parece que cada momento está no fio da navalha. Contudo, agora nos braços de Hajime, finalmente sente como se tudo que ousou esperar pudesse se tornar realidade. — Tanto quanto eu gostaria de vê-la nua por mais tempo, deveríamos nos vestir, darin.
Suas roupas estão em uma pilha emaranhada no chão, e Koko lhe entrega seu top enquanto pula para dentro de suas calças, então o platinado alcança sua calcinha de renda preta, fitando-a com um olhar travesso.
— Atreva-se a não colocá-la de volta. Nua, sob sua a saia, só para mim...
Acho que não me importo com essa ideia. Por conseguinte, está abaixando sua saia e a ajeitando, sentindo-se sexy.
— Se isso é o que você quer.
Hajime joga sua calcinha para o outro lado da sala e umedece os lábios. Então você se vira para o espelho para arrumar seus cabelos desgrenhados ao que o platinado abotoa seu holoun.
— Bem, já é hora de comermos nossa segunda sobremesa. — Quando você se vira para ele, já está completamente vestido.
— Oh? E o que é?
— Algo... único. — Ele sorri perverso.
Está definitivamente intrigada. Se o melhor sexo de sua vida não é o auge desse encontro... o quê vem em seguida, então?
[...]
Kokonoi volta com a sobremesa coberta por uma cúpula, colocando-a sobre a mesa e você se pergunta o quê ele tem preparado para ambos?
— Antes de irmos para as coisas mais doces, eu tenho uma missão especial para você. — O platinado arqueia a sobrancelha, impassível. Lá está, ele assumiu a máscara de chefe frio, calculista, impiedoso, ganancioso e mercenário, a faceta do todo poderoso da máfia em Vegas. De Haji para Kokonoi em segundos, sem uma transição gradativa — É uma das razões as quais eu te convidei aqui, e eu estarei esperando resultados infalíveis. Claro, eu te convidei para esse encontro pelo prazer de sua companhia, também...
— Mas temos de manter sempre os interesses da família em mente. — Você completa, e o platinado assente, apreciando o sentimento. Mesmo em dias de lazer pessoal, a família Black Dragons vem primeiro.
— Essa é uma missão na qual não posso confiar a qualquer um. Exigirá.. habilidades inigualáveis. Posso confiar em você para executar essa tarefa especial?
— É uma destas missões de guarda-costas? Acredito que eu já provei meu valor.
— É semelhante, de certa forma. Qual é a sua resposta? — O tom de voz é áspero, e mesmo que saiba que não é pessoal não pode evitar ficar intimidada.
— Você pode confiar em mim. Como posso ajudar? Farei qualquer coisa que você queira que eu faça.
Uma luz brilha através das orbes castanhas de Hajime. Esperança. No segundo seguinte ele está sorrindo ternamente, inclinando-se para lhe dar um beijo carinhoso e sincero.
— Obrigado, [Nome]. Sua devoção... Honra-me. — O platinado se vira para o prato abobadado na mesa, e sem enrolação, ele levanta a tampa, revelando não uma sobremesa, mas um revólver! — Um certo policial precisa... tomar um pouco de ar fresco nas próximas quarenta e oito horas. Eu quero que você cuide disso.
— Você quer que eu mate um policial?! — Seu coração parece errar uma batida, e o homem arqueia a sobrancelha, sério demais.
— Deixe-me ser claro. Eu não disse "matar". — Internamente, você resmunga. Isso é claramente o truque de fala da máfia, e isso significa que ele é cuidadoso o suficiente para não patrocinar um crime, apenas no caso de qualquer dispositivo de gravação estar espionando, o quê no caso realmente está acontecendo.. Koko observa a arma, e você reconhece ser do mesmo modelo que a dele, e os lábios avermelhados dele se esticam em um sorriso fino de canto — Eu nunca diria para você matar alguém. Eu quero que você "cuide" de um policial. Não qualquer policial. Esse em especial tem sido uma dor na bunda. Ele está investigando minhas propriedades em Henderson.
Bile sobe em sua garganta. Há apenas um policial investigando Hajime em Henderson. Ele age solo, e ele é seu irmão, seu Keisuke.
Você permanece em silêncio, processando a nova informação. Tudo é um teste com Kokonoi, e claro que não pode matar um policial, especialmente se ele for Keisuke.
— Você tem aquele olhar de novo. — O Hajime sorri — Você tem algo a dizer sobre isso?
— Não, estou esperando que você esclareça. — Soou mais ríspida do que pretendeu, no entanto, como pôde esquecer quem Hajime verdadeiramente é? Esse não é um simples encontro com um homem charmoso e atraente... ele é a porra de um mercenário, o todo poderoso da porra de uma máfia.
Ele lhe mostra uma foto do alvo. Obviamente, encontraria na gravura o seu irmão, não sabe o porquê esperou que não fosse, portanto um calafrio percorre sua coluna... Apenas o sorriso de Keisuke na imagem com seu costumeiro distintivo no pescoço, tem seu estômago retorcido em nós.
— Não se deixe enganar por seus olhos gentis. Ele perseguiu nossa família e se fez um inimigo.
Koko não deixa nada passar. Seus olhos frios a fitam desapaixonadamente. Está ferrada em níveis astronômicos, simples assim. Ou Kokonoi sabe sobre Keisuke e você ou coincidentemente está em um impasse impossível... Pior ainda, é xeque-mate. Não importa se isso é destino ou um de seus testes perturbados, ele espera que você mate Baji.
— Por que esse homem? Com certeza ele não é o único policial tentando te derrubar.
— Ele precisa desaparecer do quadro geral. — Há um vinco de furor entre as sobrancelhas do platinado, ele está irritado — Ele não está apenas me investigando, ele quer derrubar a família inteira. E você sabe que eu a protejo. — E você protege a sua! Já perdeu seus pais para a Black Dragons, recusa-se a perder seu irmão também! — Mas esse policial... Ele está começando a se aproximar das pessoas certas, a fazer muitas perguntas. Ele precisa ser colocado nos eixos. — Você inspira profundamente, e expirando de forma lenta, cerra as pálpebras por um segundo para recobrar as rédeas de sua mente frenética. O Hajime franze as sobrancelhas, suspeito e irritadiço — Você não parece convencida para mim. Um policial pode desmantelar a família, a sua família.
— Eu só gostaria de entender porquê você está me dando essa missão? Sou apenas uma guarda-costas. — Ele sorri diante da sua pergunta, como se houvesse perguntado algo óbvio.
— Porque você está entre os poucos em que eu verdadeiramente confio. Você é ágil e forte, além de inteligente e durona para fazer o que for preciso. Esse policial em particular tem se aproximado cada vez mais de mim, ano após ano. Até o momento, eu não sentia que alguém fosse capaz de lidar com ele. — Até eu... Claro — É hora de direcioná-lo para outros horizontes. — Este é o seu julgamento final para mim? Pelo que parece, ele tem consciência de sua identidade e ainda assim... Koko acaricia sua bochecha com os nós de seus dedos, encarando-a tão profundamente dentro de suas íris douradas apenas como se soubesse lê-las, e traduzir seus pensamentos como um letreiro neon enorme, enquanto nas orbes cor de jabuticaba ao usar toda a sua habilidade de leitura corporal e observação, enxerga paixão e devoção em seu mais puro estado nelas — Minha pequena darin vai superar minhas expectativas. Eu sei disso.
— Você sabe que sou devota a você, mas... — Decide tentar dissuadi-lo de matar um homem da lei, além de ser seu irmão — Porém parece que isso vai chamar muita atenção para a Black Dragons, tenho certeza que não será legal ter os holofotes na família. — Os olhos do platinado ficam esbugalhados conforme você atropela as palavras — A repercussão vai ser gigante. Isso pode desencadear uma guerra entre a máfia e a polícia! Se a verdade vir à tona...
Koko estica os lábios, parando-a e a interrompendo com seu indicador pressionado em sua boca, por conseguinte você recua, olhando levemente perplexa para o dedo.
— Shh... É por isso que essa missão deve ser indetectável. A polícia não faz a menor ideia de quem você é, ainda. — Hajime alterna para uma feição séria, focado — Você se lembra da bala a qual eu lhe apresentei na sua cerimônia de introdução?
Ambos se entreolham, dividindo um olhar de conhecimento, e a sua insinuação que ecoa no ar é clara: a hora de usá-la chegou, mesmo que não tenha a aceitado, e caso contrário...
— Se eu não utilizá-la para o bem maior da família, será utilizada em mim, correto? — Kokonoi não responde, e ele nem precisa quando seu sorriso macabro se alarga, já que suas intenções são claras, embora maquiadas por palavras ambíguas — Achei que ela seria usada para proteção.
— Você jurou lealdade. Essa foi sua escolha — O platinado arqueia a sobrancelha, devolvendo-a a vívida memória, e de fato, nesse momento, expondo os resultados que implicaram sua sentença — Não fique brava por eu estar reivindicando seu juramento.
No entanto, você não está brava por ele recordá-la de seu pacto, mas que ainda estejam debatendo esse ponto depois do que compartilharam, e já está infiltrada demais no crime para se preocupar com suas restrições e opiniões, expressando sua relutância.
— Eu não gosto disso.
Há um lampejo de pena nas írises castanhas, o qual você não aprecia, de qualquer forma, Koko tomba a cabeça para o lado, uma expressão suave e quase simpática.
— Eu entendo que é complicado e uma missão desagradável. Mas essa é a vida na qual você se comprometeu. — Ele estica ainda mais os lábios, o sorriso chegando em seus olhos, de orelha a orelha, e você se arrepia — Pense nas vidas que você vai salvar com um ato-! Centenas, talvez milhares de pessoas sob a minha proteção irão escapar da ameaça que é esse homem. — E não pode negar que é verdade, Kokonoi tem milhares e milhares de pessoas sob sua asa guardiã. Pessoas como Giuseppe que contam com sua ajuda e são gratas por isso... Entretanto, isso não está acarretando um cenário onde você assassina seu irmão! No segundo seguinte, antes que possa protestar, o platinado enfia a mão no bolso de seu holoun e pesca algo, e ao abrir a palma de sua mão ele revela a dita cuja bala. Um calafrio eletrocuta sua espinha, apenas descansando sobre ele o objeto que recusou no passado — O momento para usá-la chegou.
Amaldiçoa-se, putamerda!! Se arrependimento matasse... cairia dura no chão nesse instante, desejando tanto passar uma borracha nos acontecimentos em sua introdução e ter aceitado essa bala como evidência para Kazutora! Ele poderia ter checado o fabricante e ligado ao tráfico de armas de fogo. Contudo, é tarde demais. Ao rejeitar a bala anteriormente não a ajudou em escapar do seu destino na máfia... longe disso.
— Essa bala irá marcá-la pelo resto de sua vida. Pode colocá-la no caminho para o sucesso e a paixão... Ou pode resultar em um final muito pior. — Engole em seco, fitando o objeto mortífero na mão alva de Koko. O que diabos deveria fazer?! Os segundos passam e o platinado percebe sua hesitação, ficando sério mais uma vez — Você não tem nada a dizer? Que estranho... Diga claramente. Sim ou não? Você aceita essa missão?
Não existe livre arbítrio aqui, porra! Recusar essa missão significa que essa bala será usada em você e que este será o último lugar onde pisara em vida. Entretanto, você pode jogar este jogo por quarenta e oito horas se for preciso. Será suficiente para encontrar um plano B.
— Sim, eu aceito. Eu seguirei suas ordens, Don. — Ele sorri contente com sua resposta, parecendo satisfeito — Mas não finja que você está me dando opções aqui, Hajime. Porque você não está. — Você ergue o queixo em um gesto arrogante, quase esnobe se não fosse a veracidade em suas palavras — Se você tem qualquer carinho ou respeito por mim, saiba que cumprirei minha missão nos meus termos. Com ou sem a bala. — O cenho do platinado está franzido, agradavelmente surpreso por sua audácia —Você está me forçando a aceitar sua forma de operar, bem, então irei forçá-lo a aceitar meus métodos igualmente.
— Nesse caso, surpreenda-me.
— Oh, eu vou fazer muito mais que surpreendê-lo. Estarei excedendo suas expectativas.
[...]
Algum tempo depois, você se encontra com Inupi novamente, e ao mesmo tempo que pareceu voar, como se houvesse piscado e estivesse com o loiro rabugento novamente, parecia que estava há dias com Koko. Então, quando percebe, a porta do carro está sendo aberta por ele, quem a ajuda novamente a descer do veículo, removendo sua venda diante de sua casa. Ele parece ter perguntas queimando atrás dos lábios, porém se contendo ao máximo para deixar transparecer, mas de novo, é muito observadora para não notar. Inupi pigarreia, disfarçando sua curiosidade.
— Como foi o seu dia?
— Foi... inesperado. — O loiro sorri.
— Você está surpresa? Você está na Black Dragons há quase dez semanas, deve estar preparada literalmente para qualquer coisa, a qualquer hora. — Há um deboche em seus olhos azuis e a forma como sua postura está ereta que diz que Inupi sente algum tipo de satisfação em ser muito mais superior e experiente que você, embora isso seja óbvio porque enquanto você é parte da família há somente dois meses e meio, ele está com Hajime desde antes mesmo da fundação da Black Dragons, ou que soubessem da existência dela, pelo menos.
Não deveria confiar no Inupi mais do que confia em Hajime, porém está muito ferida e precisa desabafar.
— Eu só não sei mais o quê pensar sobre Hajime. — Você suspira — Ele muda tão rapidamente de alguém que parece amoroso e generoso para um criminoso sem remorso.
— Deve ter sido uma reunião e tanto para fazer você confessar seus pensamentos assim para mim. Particularmente quando usou o primeiro nome de Koko, o quê isso significa, que você seja são informal sobre o Don?
— Oh, você entendeu o que eu quis dizer. — Não sou idiota — Você sabe tudo que acontece na vida de Kokonoi. E em sua cama.
— Você acha? — Inupi arqueia a sobrancelha, reagindo a sua ousadia. De repente toda a intimidação que sentia por ele se esvaí, e daí que ele é o conselheiro fiel do todo poderoso? Ele não é Koko e principalmente não está dentro de sua mente — Eu não sei sobre tudo. Porém tenho ótimos instintos e um bom raciocínio.
— Nesse caso, não preciso dizer em voz alta o que fizemos?
Certamente a reação que você esperava para sua resposta malcriada não é a que o loiro lhe dá, usualmente frio e distante, o correligionário mostra verdadeira emoção em suas facetas com suas palavras afiadas. É pega de surpresa pelo olhar simpático.
— Você deve fazer as escolhas certas para você, também. Obviamente, você serve Hajime, mas há uma balança entre você mesma e a família. — Inupi dá um passo mais perto, as palavras suaves e baixas apenas para você, quase como um sussurro que faz cócegas em sua pele — Pelo o que vale a pena, eu nunca o vi tão próximo de alguém. — Ele lhe lança uma piscadinha desengonçada — Eu não quero que ele a perca. Me faz feliz em ver meu melhor amigo relaxar um pouco.
— Obrigada... Por mim e por ele. Ele é sortudo em ter você como amigo.
— E eu sou sortudo em tê-lo. Você sabe, lá no fundo, Hajime pode ser durão, mas ele é um cara que quer fazer o melhor para as pessoas. — Em súbito, o Inupi assume melancolia em seu tom de voz, um vinco de desalento entre suas sobrancelhas — Diferente de mim, Koko não abraçou totalmente a escuridão.
Isso a faz pausar, você tem consciência do passado de Inupi, pelo menos por sua reputação, e ele pode ser o único capaz de aconselhá-la agora.
— Qual é a sensação de tirar uma vida?
— Por que você assume que eu sei isso? — O loiro nem ao menos se esforça para agir surpreso ou envergonhado, de qualquer forma, há uma fagulha de empatia por trás de seus olhos azuis, os quais ele desvia — Talvez te marque para sempre, tirar uma vida. Não há volta para tal ação. — A atenção dele volteia para você, as palavras embebidas em uma profunda e sincera tristeza — Eu espero que você nunca tenha que enfrentar uma escolha como essa. Porém se você tiver... Sempre há uma saída, se você for cuidadosa o suficiente.
Inupi se cala, o peso de sua última frase fincando cada poro seu como inúmeras agulhas, e sabe que não vai tirar mais nada dele hoje.
[...]
De volta em segurança ao seu apartamento, sozinha, considera suas opções restritas.
Poderia telefonar para Baji e avisá-lo, entretanto existem tantas maneiras que isso pode dar errado. O rapaz é protetor demais em relação a si mesma, e ao invés de recuar, seu irmão com certeza se envolveria em sua investigação. Ou pior, ele iria confrontar Kokonoi diretamente! Caso você fuja, há uma chance de conseguir escapar, porém o todo poderoso possui boas conexões, eventualmente ele os encontraria. Além de que isso não salvaria Keisuke, apenas adiantaria seu fatídico e mortífero destino, e isso tem você andando de um lado para o outro em seu apartamento.
Não, há somente uma única coisa que pode fazer...
Como uma advogada, e como uma mulher apaixonada mergulhada no crime, deve tentar argumentar com Kokonoi, e principalmente não pode ignorar seus sentimentos, já que pelo que parece, não é a única a alimentá-los. Inupi lhe disse que você estava começando a romper as barreiras e derrubar a casca dura de Koko, talvez consiga fazê-lo ouvir a razão!
No momento seguinte, vai até a mesa próxima a porta e alcança seu celular pessoal. Há várias chamadas perdidas e mensagens de texto de Baji na tela de notificações.
"Por que você não está em casa? Onde você está? Por que você está me evitando o tempo todo? Você pode me dizer se eu estraguei algo ou se algo está acontecendo."
Quase esqueceu que Keisuke disse que estaria vindo para sua casa... bem antes de Inupi chegar e varrê-la fora para a casa de Hajime! Então você clica para ouvir o seu correio de voz.
"— Tem certeza que você está bem? Estou preocupado com você, é o estresse de seu novo emprego? Eu te amo, mana, e eu sinto sua falta."
A preocupação em sua voz lhe deixa consternada e seu coração aperta em seu peito! Você está prestes a começar a digitar uma resposta quando seu telefone vibra e a tela ilumina. Uma ligação de Hanemiya!
— [Nome]? Você está bem?
— Kazutora! Estou aliviada que tenha ligado, eu preciso da sua ajuda!
— Eu sei, eu ouvi... e gravei tudo.
— Foi uma ordem direta, Kaz. Ele quer que eu mate Keisuke!
— Isso... Na verdade é uma coisa boa! É exatamente o que queríamos o tempo todo!
— Com licença? Por que caralhos seria uma coisa boa para eu matar minha própria carne e sangue?!
— Uma ordem direta de homicídio de um oficial da lei? Essa é a prova concreta que precisamos para colocá-lo atrás das grades! Nós temos a gravação no microfone de seu colar. Mas por enquanto, você terá que se esconder para evitar a retaliação da máfia. Mude o seu nome, vá para Suíça ou Brasil, qualquer lugar! Contanto que proteja a si mesma.
— Você acha que eu estou correndo fora quando tudo para que trabalhei está se unindo e se moldando solidamente? Quando Kei está em perigo?
— Eu sei, mas eu não gosto disso... Você está correndo perigo. Especialmente agora.
— Exceto que, se agirmos com pressa, podemos deixar alguma coisa para trás. Kokonoi foi extremamente cuidadoso a todo momento em sequer mencionar o nome de Baji e nunca dizer diretamente que ele me queria o matando. — Você suspira, esfregando a testa ao fechar as pálpebras por um breve instante — Tudo foi insinuado, e você sabe que insinuações não se sustentam no tribunal. Além disso, qualquer evidência que não for coletada sob um mandado não pode ser enviada.
— Você está certa. Então, para resumir, nós não temos o suficiente nem para condenar Koko e nem um caminho para salvar Keisuke? — Você assente com um balançar de cabeça, esquecendo-se que o bicolor não pode realmente vê-la através do telefone, mas sabe que ele conclui isso quando você se mantém em silêncio — Bem, vamos um passo de cada vez... Enquanto isso, como você está lidando?
— Eu realmente acredito que o quê tenho com Hajime pode ser algo a mais que somente físico... se ele puder mudar. — Apesar de não estar nos seus planos se apaixonar por ele.
— Ele nunca vai. Você sabe disso, certo?
O problema é que não, não sabe. Duvida que seja impossível, e você não é uma mulher que desiste antes mesmo de tentar. O amor encontrará um caminho. Não vai?
— Que porra! — Murmurou para si mesma, grunhindo ao agarrar um punhado de seu cabelo em um súbito impulso de raiva — Como eu posso querer um cara que me ameaça de morte se eu não matar meu irmão?! — Pff, como se Hanemiya fosse ter a resposta, patética — Eu nunca quis estar em uma história de amor. Muito menos uma grande e de partir o coração.
— Você sabe que eu acredito em você e vou te apoiar, não importam as circunstâncias. Mas você precisa saber que essa não é uma relação saudável. Que tipo de romance você espera ter com um homem que constantemente a ameaça de morte cada vez que o vê?
Pode não estar perto de encontrar uma solução, mas pelo menos tem o conforto de saber que Kazutora irá tentar mantê-la sã. Vocês desligam após um breve adeus e o rosto de seu irmão é como uma captura de tela sob suas pálpebras fechadas, recordando-a de que precisa falar com ele antes que ele emita um boletim.
Você literalmente pula em sua cama, afundando contra o acolchoado, desejando que fosse um portal para teletransportar você e seu irmão para outra galáxia.
[...]
Na manhã seguinte, com seu microfone firmemente preso em seu colar ao redor de seu pescoço, vai direto ao Cassino Bonten. Não há nada a perder, nenhum risco sendo grande demais para impedi-la de salvar Keisuke. Hajime está fora, porém o cassino está lotado graças ao torneio de poker com apostas altíssimas.
Yamamoto está a espreita na porta, sem dúvida disfarçado como uma planta para tomar notas de quem entra enquanto o todo poderoso não está. Entre evitar ser vista e cumprimentá-lo, você não é amadora, então decide ir até ele com um grande sorriso no rosto, acenando para o loiro como uma antiga amiga.
— Takuya! Como você vai? Ainda não roubou o carro do chefe para ir se divertir no autódromo? — Ele dá um pulo, assustado mas ao reconhecê-la um sorriso cruza seu rosto.
— Hey, [Nome]! Por que você está aqui? Não me disseram que você viria essa noite. — Ele arqueia a sobrancelha, e então se inclina um pouco, bloqueando sua entrada.
— Por que eu não viria? Eu não sabia que tínhamos que bater ponto aqui. O que há com as novas regras?
— Verdade seja dita, eu não sei. Parece que a família está em alerta, esperando alguma coisa... Há muita tensão.
— Ok, bem, eu estou indo ao escritório.
— Eu te acompanho. — Não seria o ideal, porém pelo menos você não está sendo varrida para fora! Ao que vocês caminham, Takuya continua papeando, como de costume — Por falar nisso, parabéns! É impressionante o quão rápido você subiu nos ranques. A família inteira continua falando sobre você!
O apoio do loiro parece sincero. Com certeza ele não é santo, mas é um bom rapaz... E seu estômago retorce em nós com a ideia dele sendo pego por todos os outros membros da máfia.
— Então, onde Koko está? Eu achei que ele estaria aqui.
— Você não sabe?! Você está em uma classificação mais alta do que a minha!
— Sim, mas você é o melhor fofoqueiro! — Yamamoto gargalha, totalmente à vontade com você.
— Tudo que eu sei é que Kokonoi apenas saiu. Ele tinha um peixe grande para pescar nas docas, mas amanhã ele estará aqui a noite inteira.
Está prestes a entrar no escritório de Hajime quando hesita. O loiro tem sido gentil com você desde o começo, ele não deveria estar aqui...
— Sabe, Takuya? Eu realmente acho que você deveria procurar uma nova carreira. Eu gosto de você, e-
— Eu sei! Eu não sou exatamente o cara adequado para esse tipo de trabalho, mas não se preocupe comigo! Estou quase pagando minha dívida.
Em resposta, adentra sozinha no escritório de Kokonoi sorrindo para o loiro uma última vez antes que ele desça de volta ao térreo. Está feliz que ele tenha uma alternativa.
Bem, de volta ao trabalho! Imediatamente cruza a sala, avançando para o anexo secreto e assim que entra mais uma vez no coração da toca do lobo, vai na direção do cofre. Será a impressão digital que você recolheu o suficiente para abri-lo? Respirando fundo, você a escaneia e um beep ecoa. Sucesso, yes!! Agora precisa digitar um código de oito dígitos. Portanto, busca na sua mente a conversa que teve com Hajime e os momentos importantes em suas vidas. Ele estava focado na Noite Diabólica, que o mudou para sempre e uma data que você conhece muito bem, a qual também a marcou eternamente, trinta de outubro. Além disso, o platinado também mencionou sobre treze de dezembro.
O mês de dezembro é 12 e o de outubro é 10. Combinados com os exatos dias 13 e 30 respectivamente... você tem a sequência numérica de oito dígitos para a senha! No entanto... qual a ordem? E precisa pensar rápido porquê sabe que existe um tempo limite e que após isso há um bloqueio no cofre, e caso esteja interligado com algum aplicativo no celular de Koko, ele irá saber! Então, usa toda a sua capacidade intelectual, recordando-se de seu encontro e os detalhes que o platinado a deu.
— Não foi um único estalo de dedos, mas em vez disso, dois dias específicos.
— Você tem marcado no calendário os dois dias exatos em que a sua vida mudou..?
— 13 de dezembro e 30 de outubro. Em dezembro, meu pai faleceu. Outubro é uma data que chamamos de "Noite Diabólica".
Kokonoi mencionou a morte de seu pai primeiro, apesar de ser um evento depois da Noite Diabólica, certamente existe um peso emocional sobre essa data, uma ferida que silenciosamente Hajime a carrega. Pessoas morreram em 30 de outubro, mas 30 de dezembro? É a morte de seu próprio pai, então assume que ela tem mais relevância. Contudo, ainda existe um detalhe: graças as suas origens japonesas, sabe que a data é escrita ao contrário, sendo a ordem "ano, mês e dia". Pai, mês e dia. Pai, mês e dia. Dezembro, 13 e outubro, 30.
12.. 13... 10.. 30.
A porta imediatamente abre ao som de um novo beep e você fica tonta de emoção.
Puta que pariu, eu sou muito inteligente!!!
Espiando dentro do cofre, você descobre um livro de notas. Está escrito em códigos, porém a formatação é óbvia! Isso é um logbook, onde ele registra todas as suas conquistas ilegais. Bingo! Por conseguinte, o código parece familiar para você, tem certeza que pode desvendá-lo! E quando o fizer, será de fato a evidência concreta que precisa para prender Koko para sempre! Agora sim, está certa de que tem informações o suficiente para atribuir os crimes de Hajime a ele, e mais do que o suficiente para um mandado e um processo de justiça assumir.
— Estou indo em direção ao estacionamento, pronta para entregar as provas.
Mesmo que não receba nenhum retorno do Hanemiya, é garantido que essa pequena frase irá tranquilizá-lo definitivamente. Uma vez que esteja fora do cassino, você reduz a velocidade de seus passos e pesa suas opções. Quando começou sua investigação ao se infiltrar na Black Dragons, acreditava fielmente que Hajime era um monstro. Agora, enxerga-o por quem ele é de verdade: um amante apaixonado e gentil que quer proteger as pessoas, e ele faz isso através de métodos equivocados.
Seu smartphone pessoal toca e interrompe a sua linha de raciocínio. Kazutora está te ligando!!
— Parabéns! Você tem provas o suficiente agora, correto?
—..Acredito que sim.
— Incrível! Eu já compilei tudo em um dossiê para apresentar os resultados de nossa investigação para a polícia. Sério, duvido que o caso maciço o qual construímos não o manterá atrás das grades perpetuamente!
Sua mandíbula está tencionada. Então... esse é o fim, eu suponho. Seu estômago azeda com a ideia de nunca mais ver Koko fora de um tribunal ou em uma sala de visitas, e você não consegue acompanhar. Tudo aconteceu tão rápido.
— Talvez nós deveríamos desacelerar. Tirar algum tempo para conferir e garantir que não há inconsistências e erros? Eu poderia reunir mais algumas informações...
— O quê há de errado com você? Isso encerra agora. Nós temos severas semanas de gravações, seu testemunho presenciado e cargas de evidência. Por que você i- — Então, o que se segue é apenas o silêncio — Espere... Não me diga que você está de verdade apaixonada? Que esse babaca a fez esquecer seus crimes?! — De jeito nenhum vai dizer isso em voz alta, contudo pelo que parece Kazutora advinha seus profundos e reais sentimentos, e o dilema que lhe dilacera enquanto há uma vontade estonteante de vomitar — Eu não vou listar os crimes dele, você tem que fazer sua escolha final.
Você está entre leis e justiça, entre amor e crime. A escolha final será ser a advogada do todo poderoso? Ou colocar grades em seu coração?
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