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𓏲 ⟡ ﹒ Deixe o futuro vir . . . ⊹₊ ⋆ ❞

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✨ 𖦹 𝐌𝐀𝐈𝐒 𝐐𝐔𝐄 𝐌𝐄𝐓𝐀𝐒,
𝐌𝐎𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 ˚˖𓍢ִִ໋
  ˗ˏˋ 𝖺𝗍𝗌𝗎𝗅𝗎𝖼𝗒 ꕤ*.゚♡💐

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Esse ano, a minha meta é não ter metas.

Porque, sejamos honestos, de que adianta traçar planos quando o universo parece ter uma diversão imensa em embaralhá-los? Foi exatamente isso que pensei enquanto ajeitava a cama no quarto da Anne, o som suave do lençol se arrastando pelo colchão me acalmando. Olhei ao redor, o ambiente familiar, a janela levemente aberta, deixando um toque de vento fresco entrar. Tudo estava em paz, até o momento em que ele apareceu, com aquele sorriso bobo, como se fosse um desastre anunciado.

— Você tem planos para o dia? — Ele perguntou, a voz carregada de uma inocente curiosidade.

Meu cérebro, que até aquele instante parecia ter encontrado sua paz em absoluto nada, teve um curto-circuito. E foi assim, como sempre acontecia quando Atsushi estava por perto, que minha certidão de tranquilidade foi rasgada e jogada pela janela.

— Se não vai fazer nada, posso pelo menos te fazer companhia? — Ele perguntou, o olhar perdido como de um cachorro que nunca soube como pedir algo.

Eu deveria ter dito não. Eu queria ter dito não. Mas, em vez disso, ouvi minha própria voz sair de mim, como se estivesse fora de controle:

— Só se você me prometer que não vai falar demais.

Ele sorriu. Maldição.

Em um movimento fluido, como se não houvesse espaço para qualquer hesitação, ele se sentou à minha frente, seu corpo relaxado de uma forma que parecia tão natural que me fez questionar se ele já não fazia parte daquele cenário. O simples gesto de se aproximar já era uma invasão silenciosa à minha paz.

— Então… qual seria a sua ideia de um dia perfeito sem metas? — Ele perguntou, os olhos brilhando com uma curiosidade ingênua, mas teimosa. Revirei os meus, tentando encontrar alguma resposta sensata.

— Dormir até esquecer que o mundo existe.

— Acho que posso me adaptar a isso.

Estava prestes a lançar uma resposta cortante, algo que me permitisse retomar o controle da situação, mas, antes que as palavras escapassem, percebi algo. Ele não estava brincando. Ele não estava tentando me puxar para fora da minha zona de conforto nem me forçando a sair. Ele só queria... estar ali. Não para mudar nada. Só para estar. Balancei a cabeça, afastando os pensamentos desconcertantes.

— Você é esquisito, sabia? — Eu disse, desviando o olhar para qualquer coisa que não fosse ele, mas ele não se moveu.

— Eu sei, Montgomery-chan. Mas acho que você gosta disso, mesmo que não queira admitir.

A maneira como ele disse aquilo, com tanta convicção, fez uma onda de desconforto invadir meu peito.

— Eu não gosto de nada disso, gato-tigre — falei, tentando me convencer, mas a própria mentira que saia da minha boca soava frágil. Ele sorriu, um sorriso tão simples que quase me fez perder toda a minha postura.

— Será mesmo? — Ele provocou com um sorriso gentil, e foi o suficiente para me fazer vacilar. Eu tentei mudar de assunto, qualquer coisa que me tirasse daquela conversa, mas ele não se moveu. Estava ali, observando-me com uma paciência que me desarmava. — Você é teimosa, sabia?

Ele estava certo, e isso me fazia querer desaparecer de vergonha. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, mas havia algo nas suas palavras que impossibilitava ignorá-las.

— Eu não estou sendo teimosa — respondi, minha voz mais suave do que eu queria. Ele me estudou por um momento, e seu sorriso suave me atingiu como uma flecha certeira. Meu coração deu um pulo.

— Você pode tentar negar, mas seus olhos já dizem tudo.

Aquelas palavras caíram sobre mim com um peso inesperado. Eu queria desviar o olhar, mas a verdade é que ele já havia me capturado. Eu só não queria admitir.

— Você não sabe do que está falando — murmurei, a voz falhando em esconder o quanto ele realmente sabia. Eu sabia que ele sabia. E era por isso que eu estava tão inquieta. Ele sorriu vitoriosamente, como se soubesse exatamente o que estava fazendo.

— Eu sei exatamente do que estou falando, Lucy.

“Lucy.”

Pela primeira vez, ele me chamou pelo nome. Não foi apenas uma palavra; foi como se o som do meu nome saindo de seus lábios tivesse mudado a textura do ar ao nosso redor. Olhei para ele, sem saber o que dizer, sentindo um calor inesperado subir pelas minhas bochechas.

— Você está certo… — murmurei, sem saber por que estava sendo tão honesta. De repente, eu não tinha palavras suficientes para esconder o que sentia. Olhei para Atsushi, que ainda me observava com uma curiosidade que se tornava cada vez mais desconcertante. — Eu... não sei se tenho muitas certezas sobre o que vai acontecer esse ano... — Eu me sentia vulnerável de uma forma que nunca imaginei. A palavra “certezas” parecia tão distante, tão inatingível. — Acho que a única coisa que eu sei é que, talvez, tentar controlar tudo só me causa frustração.

Atsushi ficou em silêncio por um momento. O som de sua respiração parecia preencher o espaço vazio, antes que ele falasse, com um tom de suavidade quase filosófico.

— Eu gosto dessa ideia, Lucy-chan. Às vezes, é preciso deixar o vento nos levar.

Fiquei em silêncio, absorvendo suas palavras, e, por um momento, a ideia de deixar as coisas acontecerem sem controle parecia mais atraente do que eu jamais imaginei. Como se ele tivesse trazido algo de calma para o meu turbilhão interno.

— Eu sei que isso tudo parece confuso — comecei a dizer, soltando uma risada baixa, quase sem querer. — Eu sempre tive medo de não estar no controle, de deixar tudo acontecer sem direção. Mas agora, ouvindo você, parece que... talvez o controle seja o que me impede de viver de verdade.

Atsushi parecia ter esse talento sobrenatural de me fazer questionar tudo. Eu não sabia se isso era bom ou ruim, mas eu estava começando a entender que talvez não fosse tão ruim assim.

— O controle te impede de aproveitar as pequenas coisas. E eu acho que, esse ano, o que você realmente vai perceber é que viver sem planos é... mais natural do que parece.

Antes que eu pudesse responder, ele se inclinou um pouco mais, seu gesto simples de tocar minha mão enviando um choque através do meu corpo. Eu tentei respirar fundo, tentando me recompor, mas a sensação do toque ainda pairava no ar, como uma melodia persistente.

— Você está me fazendo ver as coisas de outra forma — falei, a sinceridade escapando sem que eu pudesse evitar, um sorriso tímido surgindo no canto dos meus lábios.

Atsushi sorriu de volta, e tudo parecia fazer mais sentido naquele momento. — Eu acho que finalmente cheguei a um acordo comigo mesma — falei, um pouco mais baixa, com uma timidez que não esperava. — Eu não preciso ter tudo resolvido, não preciso ter uma meta para cada segundo. Às vezes, a única meta é simplesmente ser feliz.

Atsushi me olhou, como se estivesse realmente contente com a conclusão que eu mesma acabara de tirar.

— Não existe plano perfeito, Lucy. O importante é que você está se permitindo viver.

Eu ri suavemente, sentindo uma sensação irreversível de alívio, como se uma pressão invisível tivesse sido retirada de mim.

— Talvez esse ano eu finalmente esteja vivendo de verdade — murmurei para mim mesma, e ele assentiu, o olhar dele já tão seguro que parecia que ele soubesse disso muito antes de eu perceber.

— Você já está, Lucy. Só precisa continuar assim.

Com isso, o mundo pareceu desacelerar. Eu finalmente me senti em paz. Sem pressa. Sem metas. E, ao lado dele, eu sentia que, talvez, a única meta que importasse fosse essa: simplesmente estar ali, naquele momento.

© kazzwtora 2025

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