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𝐓𝐖𝐎; Annual Death Threat

AMEAÇA DE MORTE ANUAL

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As férias após aquele dia voaram depressa para a maioria, mas não para a Hanna, para ela foi lento, muito lento. Passou os dias buscando notícias de Harry, mas tudo o que conseguiu foi saber que o mesmo havia inflado uma tal Guida como um balão e feito a mesma voar por aí, ótimo, tudo ótimo.

Andava também conversando bastante com Rony e Hermione por cartas, organizaram de ir ao beco diagonal no mesmo dia.

Então, assim que o dia chegou ela se foi apressada junto dos Calliodor para lá, queria muito aproveitar para procurar Harry por lá, ela estava muito preocupada com o irmão. A garota chegou ao local combinado, logo vendo Rony a esperando, aparentemente sozinho.

— Ei, Hanna! — escutou a voz de Rony e se virou vendo o mesmo acenando para si com um sorriso ladino.

— Ron! — Ela respondeu empolgada.

Foi até ele em passos acelerados e já chegou o abraçando o que o mesmo retribuiu. Hanna não saberia dizer quando, mas de algum modo ela e Ronald haviam se aproximado bastante, e agora se consideravam bons amigos, finalmente.

— Quando saímos da fase de discutir o tempo inteiro para a que nos abraçamos? — perguntou ela rindo.

— Não faço a menor ideia. — Ele suspirou pensativo. — Tsc, e pensar que eu te detestava, é até engraçado. — ele riu pouco.

Ronald cumprimentou John e Annabel educadamente, de um jeito que era estranho ver Ron, já que, bem, ser educado não era lá o seu forte. A Potter e o Weasley mantiveram uma conversa até avistarem Hermione, os procurando.

— Mione! — Ron chamou a atenção.

Ela então veio em sua direção empolgada, abraçando os amigos.

— Agora que estamos os três aqui… podemos sair por aí e fazer o que precisamos? — Hanna pergunta. — Ah, e claro, tentar encontrar o meu irmão.

Ambos assentiram firmes e decididos.

Os Calliodor se afastaram, dando a Hanna liberdade de andar por aí com os amigos, e decidiram ir visitar os Weasley no caldeirão furado, onde Rony disse que estariam.

 Após horas, já haviam comprado a maioria das coisas que precisavam e Hanna se afastou deles para ir ao Olivaras como de costume anual, novamente tiveram uma longa conversa e ela arrancou risadas do mais velho, principalmente quando o contou sobre o merecido soco que deu em Malfoy. E agora, retornava para os dois, que se encontravam numa sorveteria.

 Assim que chegou perto, avistou uma terceira pessoa ali e quase infartou ao perceber que era Harry, o garoto se virou sorridente e acenou para a irmã. Hanna acelerou os passos e quase voou no menino o dando um abraço apertado, que foi retribuído na mesma intensidade.

Assim que se soltaram ela deu um tapinha estalado na testa do garoto, que reclamou.

— Harry James Potter! Você quase me matou de preocupação, sabia?! — Ditou séria e com a cara fechada.

— Desculpa, Lily, mas eu precisei sair de lá. — Tentou se explicar.

— E por que não foi para minha casa? — perguntou incrédula

— Eu cogitei, mas fiquei com medo do ministério aparecer por lá atrás de mim e acabar arrumando problemas para os Calliodor…

Ela suspirou ainda o encarando seriamente.

— Felizmente, o Ministério não está te caçando, Harry. — Rony comentou.

Hanna assentiu. E o garoto fez uma expressão confusa de alívio.

— Ah, quase me esqueci! Vocês dois poderiam ficar com a gente e irmos todos juntos para a estação amanhã! Quer dizer, se Hanna puder, né. Nós estamos hospedados no Caldeirão furado, Hermione também vai ficar por lá. — Rony convidou animado.

— Por mim está ótimo! — Harry disse.

—  Posso perguntar para Anna e John, eles provavelmente vão deixar, gostam da sua família. — Hanna disse.

— John não pareceu muito feliz com Fred, pelo que George me contou… — soltou uma risadinha

— É, mas podemos abrir uma exceção. — Ela responde.

— Ainda tenho dez galeões. — Hermione disse de repente — Meu presente de aniversário vai ser uma criatura mágica, estou querendo uma coruja na verdade. Sabe, o Harry tem Edwiges, Rony tem Errol... 

— Não, Errol é uma coruja de família, meu mesmo apenas o Perebas. — e ele puxou o rato esquisito do bolso. — Preciso examinar ele, acho que o Egito não o fez muito bem.

Hanna geralmente não recusava nenhuma criatura, mas sinceramente, aquele rato de Rony lhe dava arrepios.

— Nossa Ron... — Hanna fez uma careta olhando para o bicho que parecia deplorável. — Tem certeza que esse rato já não está com as patinhas na cova? Não querendo te deixar triste nem nada...

— Que nada, Perebas é um rato forte, está na nossa família faz anos! 

— Tipo, quantos anos? — Hanna perguntou curiosa.

— Talvez uns dez anos, eu acho. Ou mais... — respondeu simples

Hanna fez uma careta, ratos daquele não viviam tanto assim certo? A não ser que os Weasley já tenham tido uns três perebas diferentes mas nunca contaram a Rony.

— Enfim, vamos na loja de criaturas mágicas... — Hanna concluiu saindo do assunto.

Hanna seguiu animada, era sua parada favorita, com certeza. Ao adentrarem a loja barulhenta, tiveram de ficar esperando um bruxo com um tritão de dois rabos na fila, mas logo foram atendidos.

A bruxa de trás do balcão olhou o rato por alguns instantes com um olhar meio negativo, principalmente ao ver a falta de um dos dedos na pata e logo suspirou.

— Esse já sofreu muito na vida...

— Ele já estava assim quando Percy me deu! — Rony se defendeu.

— Ele idade ele tem? — Ela perguntou.

— Ah, é bem velho, foi do meu irmão...

— Quais os poderes? 

— Bem... ele nunca mostrou poderes...

— Não se pode esperar que um rato comum viva mais do que três anos, senhor. E esse aqui, já me parece bem vivido... se se interessar, temos esses aqui também. - apontou aos outros ratos que pareciam saudáveis ao contrário do sofrido perebas.

— Não, obrigado.

— Então, temos também um tônico para ratos — ela ergueu o frasco vermelho.

— Ah, quanto custa? — antes que pudesse terminar, um animal laranja pulou para cima de Rony, obviamente interessado em Perebas.

— Não bichento, não! — a bruxa gritava.

Ela apanhou o gato, mas perebas correu para fora da loja, fazendo Harry e Rony correrem atrás dele.

— Eu falei que aquele rato já estava com as patinhas na cova. — Hanna disse suspirando e Hermione assentiu, assim como a bruxa do balcão.

A bruxa então começou a falar sobre Bichento, disse que ninguém o havia pego e que já estava lá há bastante tempo, o que fez Hanna se lembrar de sua Pandora, que tinha a história parecida. Hermione acabou se encantando pelo gato e decidiu o levar ao invés da coruja.

As duas saíram da loja e viram Rony e Harry retornando.

— Ah, achou o rato. — Hanna disse.

— Você comprou esse monstro? — Rony disse ignorando Hanna e olhando para o gato nos braços de Hermione.

— Sim, ele não é adorável?! — Hermione dizia animada com o gato no colo.

— Como meu perebas vai ter paz agora? Ele precisa de descanso, coitado! — Rony choramingou.

— Não seja dramático, Ron. É só ficar de olho que o rato vai ficar bem. — Hanna tentou ajudar. — Ele convive com Pandora e a nunca o devorou. — Mas gostaria de ter devorado, com certeza.

Foram andando para o caldeirão furado ainda discutindo sobre os animais enquanto os gêmeos apenas suspira e riam. Encontraram o Sr. Weasley no bar lendo o Profeta diário juntamente de John e Anna, pareciam conversar sobre algo, mas cortaram quando as crianças chegaram.

— Olá Sr.Weasley! — Hanna o cumprimentou sorridente.

— Oh, olá, crianças — respondeu e voltou a ler o jornal.

— Ainda não pegaram o cara? — Rony perguntou.

— Não. O ministério nos tirou de nossa atividades normais para ajudarmos nas buscas, mas nada dele. 

— Será que ganhamos um prêmio se pegarmos ele? 

— Não seja ridículo, Ronald. Nenhum bruxo de treze anos conseguiria capturar Sirius Black. Quem vai o pegar vão ser os seguranças de Azkaban, estou te dizendo.

Então, a Sra. Wesley apareceu repleta de sacolas junto dos gêmeos, Percy e Gina.

— Olá Crianças! Hanna, Harry, que alegria vê-los! — A Sra. Weasley dizia feliz.

Fred passou os olhos pelo local até encontrar Hanna ali e sorriu abertamente logo em seguida deixando as sacolas no chão e indo até ela. George, ia em direção a Harry primeiro. Assim que chegou perto o suficiente já foi logo abraçando a garota, que obviamente retribuiu o abraço.

— Fred Weasley! Não deixe minhas sacolas no chão! — Sra. Weasley reclamou.

— Estou recebendo as visitas, mamãe. — respondeu.—  Eai, tampinha, como tá? - pergunto no fim do abraço.

— Ah, estou bem, figurinha repetida. — riu fraco da cara que o outro fez ao ouvir o apelido.

George seguiu até ela a abraçando também. Gina deu um tímido "Oi" para Harry, sem nem o olhar diretamente e foi falar normalmente com Hanna, depois de alguns instantes, Percy veio também, andando com a coluna mais reta que já vira.

— Olá, Hanna. Como vai? — Apertou a mão da garota com um pequeno sorriso nos lábios.

— Vou bem, Percy. Espero que também vá bem. — retribuiu educada.

Ele fez o mesmo com Harry, quase como se não os conhecesse. Os gêmeos então foram até os Potter e começaram a os cumprimentar de forma extremamente educada e exagerada, numa nítida imitação ao irmão mais velho.

— Bem, Harry, Hanna, suponho que já tenham escutado a novidade — Sra.Weasley começou empolgada. — Percy é o mais novo monitor-chefe — apontou para o distintivo prata no peito do filho — O segundo da família.

— E o último. — Fred disse sincero.

— Estou reparando que vocês dois até hoje não foram promovidos a monitores... — ela disse desgostosa.

— E para que nós iríamos querer ser monitores? — George diz — Iria acabar com a graça da nossa vida.

Algumas risadinhas foram soltas.

— Olhem o exemplo que dão para sua irmã! — Molly disse desapontada.

— Gina tem outros irmãos para ter de exemplo, mãe. — Percy disse metido.

Ele saiu da sala e George suspirou

— Bem que tentamos trancar ele numa pirâmide, mas a mamãe nos pegou enquanto fazíamos... — disse melancólico.

— Hanna, querida, vai se juntar a nós para ir para a plataforma amanhã? — Sra. Weasley perguntou gentil.

— Não sei, Sra. Weasley, preciso perguntar aos Calliodor… — Respondeu suave.

— Pois não se preocupe, eu mesma coi falar com eles sobre. — Ela disse sorridente.

Hanna sorriu de volta, eles obviamente não recusaram o pedido vindo de Molly.

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O dia foi passando, e como o esperado, os Calliodor haviam permitido que Hanna ficasse com os Weasley. Já pelo início da noite eles levaram suas bagagens e Pandora para o lugar, que como o normal, estava dormindo. 

Hanna conversava com Gina e Hermione no quarto, estavam animadas sobre o ano, Hermione e Hanna teriam matérias novas e interessantíssimas, Gina começaria seu segundo ano em Hogwarts e não poderia estar mais empolgada com o assunto. Em um momento, Hanna decidiu ir tomar água, e assim o fez, porém, ao retornar ela encontra Harry no corredor, com um olhar preocupado. O mesmo a chama baixinho e assim que chega perto o suficiente, a puxa pelo pulso até um lugar mais afastado, parecia querer dizer algo importante.

— O que foi, Harry?! — olhou para o irmão dele entender o desespero.

— Eu acabei de escutar Sr e Sra. Weasley conversando... e eles disseram que Sirius Black está atrás da gente...

— O quê?! — O olhou atordoada e confusa.

— Eu escutei eles dizendo que Black era seguidor de Voldemort e que perdeu tudo naquela noite, por isso quer nos matar. — Ele dizia com medo.

— Estava demorando para aparecer nossa ameaça de morte anual, não é? Céus, Harry… — respirou fundo. — Tinha que ser logo o assassino sanguinário e maluco?! — reclamou.

— Não conseguimos definitivamente ter um ano tranquilo. — O garoto diz.

Ela então se lembrou da conversa que escutou entre John e Annabel, agora sim tinha uma razão. Ela resmunga um "droga! Agora faz sentido." enquanto bufa e Harry a olha confuso.

— Escutei John e Anna conversando, no dia que você fugiu, eles estavam discutindo porque John assinou meu formulário para ir a Hogsmeade e Anna disse que era uma péssima ideia com Black por aí, agora sim faz sentido estarem tão preocupados… — Ela explica.

— Mas estaremos seguros em Hogwarts, certo? — Harry perguntou soando levemente nervoso.

— Eu espero, Harry, espero de verdade. 

Então, escutaram alguém se aproximar e cortaram o assunto. Aparentemente, o ano os reservava muitas coisas e Hanna tinha medo de descobrir cada uma delas.

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