𝐎𝐍𝐄; A dog outside
「 O CACHORRO, O TELEFONEMA
E O FORMULÁRIO 」
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Hanna se encontrava no chão do quarto de maneira despojada juntamente de Celinne, a loira havia ido passar alguns dias na casa da amiga, quase como um presente de aniversário, assim como Hermione. A Potter também havia convidado Gina, mas, a mesma não pode ir por conta de coisas familiares, tais como uma viagem que fariam. De qualquer forma, as três garotas vinham se divertindo naqueles dias, principalmente quando tiravam o tempo para falar sobre as outras pessoas de hogwarts, mas elas não eram fofoqueiras, é claro.
Era bom ter um tempo apenas ela e as amigas, já que Eleonor estava na casa de uma tia meio distante, uma prima de John.
Hermione retornava do banheiro e também se jogou ao chão junto das outras duas.
Celinne e Hermione provavelmente deixariam a casa no dia seguinte, já que, o aniversário da Potter havia sido no dia anterior e elas já haviam passado outros dois dias por lá.
- Meninas, vocês viram sobre aquele fugitivo de Azkaban? - Hermione perguntou enquanto se ajeitava em meio as almofadas no chão.
- Com certeza, acho que todo mundo está sabendo sobre isso. - Hanna respondeu.
- Disseram que ele é extremamente perigoso, imagina só um cara desses solto por aí, é terrível - Hermione voltou a falar.
Celinne suspirou e olhou para as outras duas parecendo entediada.
- Vamos falar sobre algo interessante. - celinne fez uma careta sugestiva - mione, já está ciente que neville foi o autor de um cartão romântico pra Hanna?! - soltou uma risadinha depois de falar.
Hanna sentiu as bochechas esquentarem levemente e revirou os olhos. enquanto Hermione ria em surpresa.
- é sério?! - mione disse surpresa. - por que eu não soube disso antes?!
- Não sabemos se foi ele mesmo! - Hanna contestou.
- Ah, mas foi bem a cara dele, admita! - a loira ria - e não fui só eu quem achei, Malfoy disse a mesma coisa.
- Oh, nossa, que grande confiança isso me passa, viu? - ela respondeu rindo debochadamente.
- Acho que estou mais surpresa porque eu sinceramente esperava outra pessoa mandar algo... - Mione diz e Celinne automaticamente se vira curiosa.
- Quem?! - Celinne e Hanna perguntam.
- Fred, oras! - diz como se fosse óbvio e Hanna suspira - ah, que foi? ele parece gostar de você. - ela justifica.
Hanna sentia o rosto queimar mais a cada segundo que permaneciam naquele assunto.
- Uh! É verdade! Tinha me esquecido disso... ele deixa bem na cara mesmo, fica te olhando de um jeito engraçado... -celinne era nitidamente a mais animada.
- Vocês não acham que assumem coisas demais? às vezes é só o jeito dele... - Hanna olha para elas.
- Eu acho surpreendente a sua capacidade de ser tão inteligente para algumas coisas e tão burra para outras, Hanna... - Celinne responde.
hanna faz uma feição ofendida enquanto a risada de hermione ecoava pelo quarto
- Você é uma péssima amiga, celinne! - Hanna exclama e lhe bate com uma almofada.
- Eu sou uma amiga sincera, minha querida, Hanna. - ela diz e sorri convencida.
As três garotas passaram uma boa parte da noite assim, rindo e conversando e até comendo restos do bolo do dia anterior.
Em algum momento, Hanna começou a se sentir estranha, não sabia o motivo, mas sentia que precisava falar com harry e rápido.
- Hanna, o que foi? - linne perguntou.
- Eu não sei... só, acho que vou ligar para o Harry... - ela se sentia desconfortável.
Se levantou com o coração palpitando e foi até a sala onde havia um telefone que john havia adquirido especialmente para que a menina falasse com Harry se precisasse. discou o número que o irmão havia lhe passado até que a voz de uma mulher, que ela assumiu ser tia petúnia, soasse pela linha.
Hermione e Celinne logo desceram também e aguardavam paradas ao lado da garota. já estavam de certa forma acostumadas com esses acontecimentos estranhos com Hanna, mas ainda não entendiam bem o que era, afinal, nem a própria hanna entendia.
- Alô? - a voz de petúnia soou calma
- Tia petúnia? - Hanna nem mesmo a conhecia, mas, era inconsciente a chamar assim.
- Quem está falando? - ela diz confusa
- Hanna, sua sobrinha. - ela disse se sentindo levemente nervosa.
Ouviu-se um suspiro do outro lado da linha e um breve silêncio.
- O que quer? - disse fraco, com a voz em um fio, como se se esforçasse para continuar ali.
- Eu... só gostaria de falar com Harry...- permanecia educada por mais que seu interior a mandasse gritar para que passasse o telefone para o garoto logo.
- ...bem, ele...- ouviu a frase ser cortada brutamente.
- NÃO HÁ NENHUM HARRY POTTER AQU! - uma voz masculina soou de repente.
Hanna pula pelo susto do grito repentino do outro lado da linha e no mesmo instante se irrita, obviamente era com valter que falava agora.
- Nossa, como é mal educado! Eu nem disse que Harry estava procurando, seu acéfalo! me deixe falar com o meu irmão! - Já disse irritada, apenas o som de sua voz e o tratamento rude já foram o bastante para a irritar.
- Ele fugiu, foi embora e eu espero que nunca mais retorne! - ele gritou bravo e desligou o telefone.
- Desgraçado! asqueroso! trasgo montanhês! e maldito filho de uma- - ela esbravejou antes de ser cortada por Hermione.
- O que aconteceu?! - Hermione a cortou soando afobada.
- Ele disse que Harry fugiu, simplesmente fugiu!
- Fugiu?! que maravilha! - Hermione negou com a cabeça, parecia preocupada.
- E agora? Como vou falar com ele?! será que ele está bem?! - Hanna disse tudo rápido.
Hanna suspirou pesado sentindo a preocupação a consumir de forma avassaladora e passou a mão pelos cabelos procurando se manter calma.
Nas escadas, John e Annabel desciam confusos pela gritaria na casa.
- O que está acontecendo? - Anna perguntou suave.
- Os dursley disseram que Harry fugiu de casa... - Celinne contou mantendo a calma.
- O quê?! - John disse verdadeiramente surpreso. - Por merlin, não é seguro esse garoto ficar andando por aí com Black a solta! - ele parecia preocupado.
Annabel lhe dá uma leve cotovelada como repreensão, não era a melhor hora para deixar Hanna ainda mais preocupada com o irmão.
Hanna permanecia ao lado do telefone olhando para o chão e criando milhares de teorias do que seu irmão estaria fazendo naquele momento, era como se seus cérebro estivesse funcionando em velocidade máxima e se enchendo de paranóias e medos.
- Infelizmente não temos como fazer muita coisa agora, querida. talvez seja melhor você só ir deitar e esperar que fique tudo bem... - Annabel repousa as mãos delicadamente nos ombros da menor.
- Anna tem razão, é melhor irem deitar e amanhã veremos se conseguimos algo dele.
Ela assentiu e as três então retornaram ao quarto ainda atordoadas pelo ocorrido.
A Potter se mantinha sentada na espécie de banco que havia acoplado a grande janela no quarto era o lugar perfeito para se sentar, olhar para fora e pensar. e era isso que ela fazia, olhava para o pedaço escuro do quintal de sua casa e a rua que havia logo atrás enquanto a chuva caía abundantemente.
Olhou para a frente da casa de seu vizinho, um senhor simpático que vivia cuidando das flores e conseguiu ver o gato do mesmo ali, então passou a prestar atenção. O bichano branco estava sentado graciosamente na beirada da cerca da casa quando repentinamente olhou para um canto escuro da rua e automaticamente se assustou fazendo uma típica posição de ameaça e correu para a sua casa. Hanna se fez confusa, olhou em volta procurando o motivo do susto mas não encontrou nada, até que ao olhar para o seu próprio quintal, de frente a sua janela, avistou algo que parecia um cão, porém do tamanho de um grande urso pardo, era tão escuro quanto o céu no momento e tinha grandes olhos brilhantes. Ela também se assustou e continuou olhando a figura, completamente desacreditada, era estranho demais para um cachorro. os olhos do animal se encontraram com os da garota e permaneceram se encarando por alguns segundos enquanto hanna sentia um misto de medo e nervosismo passar pelo seu corpo, e ao mesmo tempo, algo como uma suave nostalgia, já havia visto aquela coisa antes?
- Hanna. - Hermione a cutucou. - o que tava olhando?
Ela se virou levemente confusa, saindo do transe imposto pelo animal.
- Ah, nada, só vi um cachorro lá fora... - contou. - espantou o gato do vizinho...
-Pobrezinho. Não vai dormir? - ela perguntou.
Ela olhou para trás vendo que celinne já havia passado para o mundo dos sonhos e riu soprado.
- Sim, já estou indo...
deu mais uma olhada para fora, mas, não havia mais nenhum cachorro por lá, então ela decidiu pôr a culpa em sua fértil imaginação e ir dormir, era o melhor a se fazer.
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Levantou cedo na manhã seguinte, não havia conseguido dormir bem, provavelmente por conta da preocupação com o irmão, cujo ainda não tinha notícias. viu as duas amigas ainda dormindo e se levantou para ver se os Calliodor já estavam acordados. saiu do quarto já escutando o barulho de uma engraçada cantoria de John.
- Gostaria de acordar com pelo menos metade da empolgação que você tem... - ela disse atraindo a atenção dele.
- Já de pé? espero que esteja com fome também. - john parou de cantar para dizer. - conseguiu dormir essa noite?
- Não muito bem, continuo preocupada com o testa rachada... - ela diz meio cabisbaixa.
- Ele vai ficar bem, Hanna. - ele pôs os ovos mexidos num prato grande. - Harry é esperto e bem sortudo, vai ficar bem.
- Realmente, ele é muito sortudo... nós somos, na verdade. - ela solta uma risadinha se lembrando dos anos anteriores. suspirou e decidiu perguntar sobre anna. - onde está Anna? ela sempre acorda tão cedo...
- Não saímos da rotina, ela já acordou, mas está lá em cima no escritório resolvendo alguma coisa do ministério, sabe como é... - ele diz simples.
- Ah, entendi...
John serve um prato para a garota que murmura um "obrigada" meio desanimado.
- Ei, se te anima um pouquinho... assinei seu formulário para hogsmeade. - disse se sentando.
Hanna então abriu um sorriso empolgado.
- sério?! - disse animada.
o outro apenas assente e continua comendo. pelo menos uma notícia boa naquele dia ela tinha que receber.
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A tarde já chegava ao fim e Hermione já havia voltado para casa, e no momento, Celinne aguardava pela hora em que seus pais chegariam ali.
Hanna havia concluído que deveria avisar os Calliodor que os pais de Celinne já chegariam ao local, afinal, não queria que eles fossem pegos de surpresa, então, a garota caminhou até a sala, mas não viu nenhum dos dois lá e após pensar por breves instantes imaginou que estariam no escritório. ela foi em rumo ao escritório calmamente, mas, ao chegar próxima a porta, a viu levemente entreaberta e percebeu que uma conversa ocorria por lá, mesmo achando completamente ruim de sua parte, ela não pôde deixar de ouvir.
- Eu não acredito que assinou aquele formulário... nós conversamos sobre isso, sabe que não é apropriado! não com Black solto por aí! - annabel estava nitidamente brava.
Aquilo já foi o suficiente para Hanna se alarmar, escutar Annabel falando naquele tom era extremamente raro, ela sempre gostava de manter a calma e tom suave, algo estava muito errado.
- Anna, vamos, não seja radical. Black não seria estúpido de invadir hogsmeade! além de se não ser um lugar tão grande, ainda é cheio de pessoas, ele seria facilmente pego por lá! - john respondia na defensiva.
Annabel soltou uma risada soprada cheia de deboche e irritação.
- Doze anos. black esteve doze anos em Azkaban, você acha que ele ainda tem o mínimo de sanidade?! acha que ele se importaria com quantas pessoas estariam assistindo?! raciocine, John! - Annabel respondeu ríspida.
John respirou fundo e passou as mãos pelos fios loiros.
- Me desculpe, está bem? eu devia ter falado com você direito antes. Mas, droga, Anna... é que Hanna já tem tanta coisa para se preocupar, passou por tantos problemas nos anos anteriores e obviamente vai ter outros esse ano. caramba ela é só uma criança! eu só... só queria que pelo menos dessa vez ela pudesse ser uma menina normal. - desabafou.
- Eu sei disso, John... Eu também quero isso, mas temos que encarar a verdade. - ela disse já mais calma - Hanna nunca vai poder ser uma menina normal, John. - ela soltou as palavras como se fossem um peso. - Nem ela, nem Harry, essa infelizmente é a verdade.
John pareceu atingido de verdade pelas palavras, como se engolisse uma verdade que não queria. Havia doído um pouco em Hanna também, mas alguma parte de si sabia que era verdade.
- Você já assinou, está feito, mas nós vamos ter que conversar com dumbledore novamente. Já tem um tempo desde que falamos com ele da última vez.
John apenas assentiu, sua expressão era pesada, dava pra ler em sua testa que se sentia culpado e triste de certa forma. Annabel também tinha uma expressão chateada, nenhum dos dois gostava da verdade.
Hanna, que ainda espiava, se sentia um pouco atordoada pela conversa, fazia sentido estarem preocupados com Black, mas não entendia o motivo de uma preocupação tão enorme assim, quer dizer, não é como se Black fosse atrás dela, certo? e ainda tinha outra coisa: Eles costumavam conversar com dumbledore? desde quando?
A Potter tomou coragem e bateu na porta suavemente, já se preparando para fingir que não havia escutado absolutamente nada.
- Pode entrar. - ouviu a voz de anna voltar ao tom normal.
Apenas abriu a porta um pouco mais, sem nem realmente adentrar o lugar.
- Só queria avisar que os pais da Celinne já devem estar vindo, então, quando escutarem alguém na porta, já sabem quem são.
- Ah, está bem. obrigada por avisar, meu bem. - ela respondeu sorrindo leve.
Hanna apenas deu um sorriso desajeitado e saiu permanecendo pensativa.
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