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O peso do silêncio

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A noite no hospital era silenciosa, quase pesada de tão quieta. Jungkook, talvez por causa dos medicamentos, dormiu profundamente. E eu? Não saí do lado dele nem por um instante. Permaneci imóvel naquela cadeira ao lado da cama, os olhos fixos em seu rosto. Cada expressão que ele fazia enquanto dormia parecia um enigma a ser decifrado, e eu me pegava admirando cada mínimo detalhe — os traços delicados, o leve movimento de sua respiração. Por um momento, jurei ter visto um sorriso sutil surgindo no canto de seus lábios, como se ele pudesse sentir minha presença mesmo inconsciente.

Eu sabia que, ao amanhecer, precisaria dizer adeus. Um adeus que parecia pesar mais do que qualquer despedida que já vivi. E o pior? Não tinha nenhuma certeza de que o veria novamente. Mas ali, sob o véu da noite, enquanto o observava dormir, algo dentro de mim mudou. Esse sentimento que eu insistia em chamar de amizade havia crescido, ganhado raízes que iam muito além disso.

Era amor.

Mas, junto com essa certeza, veio outra: eu estava errado ao acreditar que poderia simplesmente lidar com isso. No fundo, sabia que, no meio desse turbilhão de emoções, seria eu quem acabaria perdendo.

Claro, aqui vai a continuação da cena, mantendo o tom emocional e introspectivo:

O sol começou a despontar no horizonte, tingindo o céu com tons suaves de rosa e dourado. A luz invadia o quarto aos poucos, tocando o rosto de Jungkook de forma quase angelical. Ele começou a se mexer levemente, e meu coração deu um salto. Era como se, naquele instante, o tempo desacelerasse. Eu sabia que, assim que ele abrisse os olhos, a realidade me alcançaria.

— Bom dia… — sua voz saiu rouca, ainda carregada de sono. Ele abriu os olhos devagar, e por um breve momento, nossos olhares se encontraram. Havia algo neles, algo que eu não conseguia decifrar. Era carinho? Gratidão? Ou será que era apenas a projeção dos meus próprios sentimentos?

—Bom dia.— Minha voz saiu mais baixa do que eu esperava, quase um sussurro.

— Você passou a noite toda aqui?— Ele arqueou levemente a sobrancelha, mas não parecia surpreso, apenas... curioso.

— Claro que sim. Não podia te deixar sozinho. — Tentei sorrir, mas o nó na minha garganta dificultava até isso.

Ele ficou em silêncio por alguns instantes, como se estivesse processando algo. Então, com um movimento lento, levou a mão até a minha, que descansava na beirada da cama. Seus dedos tocaram os meus, quentes e firmes. Meu coração disparou, e, por um momento, achei que ele poderia ouvir o ritmo acelerado que tomava conta do meu peito.

— Eu não sei o que fiz pra merecer isso… você, sua companhia. — Ele falou com sinceridade, seus olhos fixos nos meus, como se estivesse tentando dizer algo mais.

— Jungkook...— Minhas palavras vacilaram, o peso do que eu sentia estava prestes a transbordar. —Você não precisa fazer nada. Eu só... eu só quero estar aqui, saber que está bem.

Ele apertou levemente minha mão, um gesto simples, mas que dizia tanto. Por um instante, o silêncio voltou a reinar entre nós, mas desta vez era um silêncio diferente — carregado de significados não ditos, de sentimentos que nenhum de nós parecia pronto para nomear.

E eu sabia que, em breve, teria que soltá-lo. Que aquele momento seria apenas mais uma memória para guardar. Mas naquele segundo, com sua mão sobre a minha e o sol iluminando nossos rostos, parecia que o mundo inteiro havia parado.

E eu desejei, mais do que qualquer coisa, que aquele instante durasse para sempre.

Antes que eu pudesse controlar, as palavras que estavam prestes a escapar da minha boca ficaram presas no ar. O som da porta se abrindo interrompeu o momento, e o médico entrou na sala com passos firmes, segurando a prancheta e examinando os papéis com atenção.

— Jeon Jungkook? — chamou ele, sem desviar os olhos das anotações.

— Sim, doutor — respondeu Jungkook prontamente, ajustando-se na cama e sentando-se com cuidado.

O médico ergueu os olhos, lançando um olhar profissional e avaliador.

— Está sentindo alguma coisa? Alguma queixa?

Jungkook balançou a cabeça e sorriu levemente. — Não, senhor. Na verdade, me sinto muito bem.

O médico assentiu, satisfeito, e passou a folhear mais alguns papéis antes de anunciar:

— Você precisará de alguns dias de repouso para garantir a recuperação completa, mas, fora isso, sua saúde está revigorada.

As palavras trouxeram um alívio imediato, quase palpável. Meu corpo relaxou, mas algo no peito ainda pesava, como se a despedida iminente fosse uma sombra sobre aquele momento.

— Ah, que bom! — Jungkook exclamou, e seu sorriso iluminou o ambiente de uma maneira que fez meu coração apertar. — Não vejo a hora de chegar em casa e ver meus filhos.

Filhos.

Aquela palavra ressoou como um eco dentro de mim, lembrando-me de tudo o que ele tinha, de tudo o que fazia parte da vida dele... e do quanto eu era apenas um fragmento temporário naquele quadro.

O médico sorriu com leveza. — Aproveite bem. Assim que o soro acabar, você já estará liberado para ir embora, certo?

— Certo, obrigado, doutor.

O médico assentiu, deu algumas instruções finais, e deixou o quarto com a mesma serenidade com que havia entrado. Assim que a porta se fechou, o silêncio voltou a pairar entre nós, mas desta vez parecia diferente, mais pesado.

Eu me esforcei para parecer tranquila, mas por dentro tudo era um caos. Ele estava bem, e isso deveria ser suficiente para me deixar feliz. Mas o pensamento de vê-lo partir, de saber que aquela seria a última vez que estaríamos juntos assim, me consumia.

Jungkook olhou para mim e sorriu de novo, mas agora, aquele sorriso parecia distante, como se um oceano inteiro estivesse entre nós.

— Está tudo bem? — perguntou ele, sua voz baixa, mas carregada de preocupação.

— Está, claro — menti, desviando o olhar.

Porque o que eu poderia dizer? Que cada palavra, cada gesto dele, fazia meu coração querer gritar algo que eu não tinha coragem de admitir?

— Tem certeza? — insistiu Jungkook, seus olhos penetrantes fixos em mim, como se conseguisse enxergar além das minhas palavras hesitantes.

— Claro — forcei um sorriso que eu sabia não ser convincente. — Eu só...

A frase ficou suspensa no ar, quebrada pela porta se abrindo mais uma vez. Desta vez, Lee e Han entraram no quarto, acompanhados por seu pequeno filho. O silêncio desconfortável que havia se instalado foi imediatamente substituído por uma onda de alegria que inundou o ambiente.

Jungkook, ao vê-los, abriu um sorriso ainda mais radiante, um daqueles sorrisos que transformavam tudo ao seu redor.

— Lee! Hannie! — chamou ele, a animação clara em sua voz. — Oi, pequeno!

I.N, com seus passos apressados e um brilho nos olhos, tentou subir na cama para alcançar Jungkook. Ele lutava contra o peso de seu próprio corpo pequeno, mas determinado. Jungkook riu baixinho, estendendo os braços para ajudar o menino a se acomodar.

— Oi, Kookye! — exclamou I.N, devolvendo o sorriso com o mesmo entusiasmo. Ele segurava uma folha de papel e alguns lápis de cor nas mãos pequenas, erguendo-os como se fossem um tesouro. — Olha, eu trouxe papel e lápis! Vamos desenhar?

— Ah! Adorei a ideia! — respondeu Jungkook, seus olhos brilhando de excitação ao pegar o material que o menino lhe entregava.

I.N sentou-se ao lado dele com uma alegria contagiante, já organizando os lápis e rabiscando algo com movimentos rápidos e decididos.

— Eu vou desenhar um picolé de chocolate! E você? — perguntou I.N com empolgação, entregando algumas folhas para Jungkook.

Jungkook riu, pensativo, enquanto segurava o lápis em sua mão. Ele inclinou a cabeça para o lado, simulando dúvida, mas seus lábios curvaram-se em um sorriso brincalhão.

— Hummm... Eu vou desenhar o Suga hyung!

— O hyung do cabelo cinza? — I.N arregalou os olhos, já imaginando o desenho.

— Sim! Vou fazer ele comendo picolé também. Assim, combinamos.

O quarto se encheu de risos e conversas animadas enquanto os dois mergulhavam em seu pequeno mundo de desenhos e cores. Por um momento, era como se todo o peso das últimas horas desaparecesse.

Eu fiquei em silêncio, observando. Aquela cena era tão simples, mas tão cheia de significado. O brilho nos olhos de Jungkook, a alegria de I.N, o amor que transbordava de Lee e Han enquanto assistiam — tudo isso me fez perceber o quanto Jungkook era especial, o quanto ele era amado.

E, mesmo sabendo que não pertencia a esse espaço, não pude deixar de sorrir ao vê-lo tão feliz. Porque, no fundo, meu maior desejo sempre foi que ele estivesse bem — mesmo que isso significasse que eu precisaria deixá-lo ir.

Assim que o soro terminou, o som do bip cessou, e uma enfermeira entrou no quarto para desconectar Jungkook e verificar os últimos detalhes. Ele se preparava para receber alta. O ambiente, antes leve e descontraído, começou a mudar. A despedida se aproximava, e ninguém parecia querer falar sobre isso.

— Pronto, Jungkook. Você está liberado. Pode se vestir, e logo a papelada será entregue — disse a enfermeira com um sorriso gentil antes de sair.

— Finalmente! — exclamou Jungkook, com uma mistura de alívio e animação. Ele olhou para Han e Lee, que estavam próximos, e sorriu. — Obrigado por virem, sério. Foi muito bom ver vocês e o pequeno.

— Claro que viríamos, Kook. Não podíamos deixar você aqui sem um pouco de alegria, né? — respondeu Han, cruzando os braços com um sorriso caloroso.

I.N, que estava ocupado colorindo seu desenho, olhou para Jungkook com um biquinho triste.

— Você vai embora agora, Kookye?

Jungkook se abaixou para ficar na altura do menino, bagunçando levemente seus cabelos.

— Vou, pequenino, mas prometo que a gente se vê logo. Quando eu estiver 100%, vou até a sua casa para a gente desenhar mais, tá bom?

— Promete mesmo? — perguntou I.N, apertando o desenho contra o peito.

— Prometo. — Jungkook sorriu, estendendo o dedo mindinho. I.N, satisfeito, entrelaçou seu mindinho no dele, selando o acordo.

Lee se aproximou, abraçando Jungkook com cuidado.

— Se cuida, tá? E, por favor, siga as recomendações do médico. Não queremos ver você aqui de novo tão cedo.

— Pode deixar, Lee. Vou descansar direitinho.

Han deu um tapinha no ombro de Jungkook.

— Falando nisso, trouxe seu carro — disse ele, virando-se para mim. — Estacionei aqui na frente. Levei o do Jungkook pra casa dele. Achei que seria mais fácil assim.

Eu assenti, agradecendo com um sorriso.

— Obrigado, Han. Foi uma boa ideia.

Han deu de ombros, com uma expressão despreocupada.

— Alguém tem que fazer isso, né? Vocês dois são terríveis com logística.

Eu ri, mas havia algo em meu olhar enquanto observava Jungkook. A proximidade dele com Han e Lee era linda, mas também me fazia lembrar que ele tinha um mundo próprio, no qual talvez eu nunca me encaixasse completamente.

Eu me aproximei, cruzando os braços e olhando diretamente para Jungkook.

— Vai direto pra casa?

— Vou, prometo. Não vou sair da linha.

— Melhor assim. Qualquer coisa, me liga, entendeu?

— Entendido.

Depois de mais alguns momentos de despedidas, Jungkook finalmente estava pronto para sair. Ele se virou para Lee, Han e I.N uma última vez, sorrindo calorosamente.

— Obrigado por tudo, pessoal. Vocês realmente fizeram o meu dia mais especial.

— Sempre estaremos aqui, Kook — respondeu Lee, com um aceno.

Com isso, Jungkook seguiu para fora do hospital ao meu lado, deixando para trás o quarto que, por um breve momento, havia se tornado um lugar de memórias marcantes.

Caminhamos lado a lado pelo corredor do hospital, o silêncio entre nós preenchido apenas pelo som dos nossos passos. Jungkook parecia animado, falando sobre como estava ansioso para voltar para casa e abraçar seus filhos. Eu apenas ouvia, respondendo com sorrisos e acenos, enquanto dentro de mim um turbilhão de emoções se formava.

Chegamos ao carro que Han havia deixado estacionado. Jungkook parou por um momento, olhando para mim com aquele sorriso que parecia ser capaz de iluminar qualquer escuridão.

— Obrigado por tudo. De verdade. Não sei o que teria feito sem você ao meu lado.

— Não precisa me agradecer, Jungkook. Eu só fiz o que qualquer amigo faria — respondi, tentando esconder a turbulência em minha voz.

Ele assentiu, mas continuou me olhando por mais um segundo, como se quisesse dizer algo mais. Então, balançou a cabeça e entrou no carro. Dei a volta e me acomodei no banco do motorista, ligando o carro enquanto ele ajustava o cinto de segurança.

A viagem até a casa dele foi tranquila, mas havia um peso no ar. Jungkook olhava pela janela, provavelmente perdido em seus próprios pensamentos, enquanto eu lutava contra os meus. Cada quilômetro que percorríamos me fazia perceber o inevitável: era hora de me afastar.

Quando chegamos, estacionei na frente da casa e desliguei o motor. Ele soltou o cinto e virou-se para mim, o sorriso ainda presente, mas agora mais suave.

— Obrigado mais uma vez. E não esquece, hein? Se eu precisar, vou te ligar.

Eu forcei um sorriso. — Pode ligar sempre que quiser.

Ele abriu a porta e saiu, mas, antes de entrar em casa, virou-se uma última vez, acenando para mim.

— Até logo. E... se cuida também, tá?

— Você também.

Fiquei ali, no carro, observando-o entrar. Ele abriu a porta, e o som animado das crianças correndo para recebê-lo encheu o ar. Jungkook riu, abaixando-se para abraçá-los, antes de fechar a porta atrás de si.

Por um momento, fiquei imóvel. Aquela cena, tão simples e cheia de amor, era exatamente onde ele pertencia. Ele tinha uma vida, uma família que o completava.

E eu? Eu era apenas uma peça temporária, alguém que estava ali por um breve momento.

Suspirei, encostando a cabeça no volante. A certeza me atingiu como um golpe: eu precisava me afastar antes que esse sentimento que crescia dentro de mim se tornasse algo impossível de controlar.

Liguei o carro novamente e comecei a dirigir de volta para casa, com a decisão firme de dar a ele o espaço que precisava, mesmo que isso significasse lutar contra tudo o que meu coração insistia em sentir.

Ao chegar no meu apartamento, estacionei o carro e entrei no prédio, sentindo o silêncio já familiar que parecia sempre me acompanhar. O elevador subiu devagar, cada andar aumentando o peso que carregava no peito. Quando cheguei à minha porta, destranquei-a e entrei, sendo recebido apenas pelo eco do vazio que chamava de lar.

Joguei as chaves na mesa próxima à entrada e tirei os sapatos, caminhando lentamente até o sofá. Sentei-me, soltando um suspiro longo, como se o peso das últimas horas finalmente estivesse me esmagando.

O silêncio parecia maior do que nunca. Olhei ao redor — a sala estava exatamente como eu a havia deixado, impecável, mas fria. A televisão desligada, as cortinas semiabertas permitindo que a luz da rua entrasse fracamente. Nada naquele espaço me acolhia.

Deitei-me no sofá, apoiando o braço sobre os olhos para tentar espantar os pensamentos que insistiam em vir à tona. Eu sabia que tinha tomado a decisão certa. Ficar perto de Jungkook só faria crescer um sentimento que eu não deveria ter. Ele tinha uma vida cheia, uma família que o esperava, enquanto eu... eu tinha isso. Um apartamento vazio e silencioso.

Meu celular vibrou sobre a mesa ao lado. Por um instante, pensei em ignorá-lo, mas algo me fez pegar o aparelho. Ao desbloqueá-lo, uma mensagem de Jungkook apareceu na tela.

Era uma foto dele, deitado na cama, o rosto iluminado por um sorriso tão bonito e despreocupado que meu coração deu um salto. A mensagem acompanhando a imagem dizia:

"Pra você não sentir saudades."

Eu não consegui evitar o sorriso bobo que se formou em meus lábios. Era tão típico dele, sempre tentando alegrar quem estivesse por perto, mesmo que não precisasse.

Mas junto com o sorriso veio um aperto no peito. Olhei para a foto por mais alguns segundos, e o sorriso foi se transformando em algo melancólico. Ele parecia tão feliz, tão leve. E eu sabia que não poderia ser parte dessa alegria. Não sem complicar as coisas, não sem permitir que esse sentimento me dominasse ainda mais.

Minha mão tremeu ao responder, mas optei por algo simples.

— Você é impossível. Descanse, Jungkook. Cuide-se.

Enviei a mensagem e larguei o celular ao meu lado. O sorriso ainda estava lá, mas agora carregava o peso de algo que nunca poderia ser dito.

Fiquei ali no sofá, olhando para o teto, perdido entre o vazio da minha vida e a lembrança daquele sorriso que iluminava tudo ao seu redor.

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