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"Entre a Razão e o Desejo"


Pensamentos a mil. O coração disparado, como se quisesse sair do peito. Medo, insegurança... tudo misturado com o gosto amargo das bebidas. Nunca fui bom em permanecer no mesmo lugar, na mesma situação. E lá estava eu, passando a madrugada inteira sentado na cozinha, sozinho, com meus pensamentos turbulentos, um cigarro queimando entre os dedos e uma garrafa após a outra esvaziada.

Não conseguia parar de pensar no que quase aconteceu. Jungkook. Tão perto de mim que parecia impossível não senti-lo, mesmo sem tocá-lo. O calor dele, o som da respiração... tudo ainda tão vivo na minha mente. E o que mais me destruía era saber que ele veio até aqui porque não queria perder a nossa amizade. Amizade. Como eu poderia voltar a ser apenas isso?

Levei as mãos ao cabelo, puxando de leve, tentando desesperadamente afastar essas imagens da cabeça. Suspirei pesado, o peito apertado, e procurei a cartela de remédios que costumava usar para dormir. Peguei um comprimido, engoli com um gole de uísque. O calor da bebida queimava a garganta, mas não era suficiente. Tomei outro logo depois. Eu só queria apagar.

Mas bastava fechar os olhos para sentir a respiração dele, o peso da presença dele tão próximo...

— Eu não posso... Não posso! — murmurei para mim mesmo, a voz falhando. Era como se repetir isso em voz alta fosse me fazer acreditar. Jungkook é casado. Eu estava cometendo o pior erro ao amá-lo dessa forma.

Perdi a conta de quantas garrafas esvaziei naquela noite, tentando me anestesiar, tentando me segurar para não piorar tudo entre nós. Por que ele tinha que ser tão importante? Eu me odiava por amá-lo tanto. Sentia raiva de Han por ter contado tudo. E, acima de tudo, me sentia inútil por não saber como consertar isso.

Levantei, os passos cambaleantes, e fui até o banheiro. Molhei o rosto, deixando a água fria tentar me trazer de volta ao controle. Quando levantei o olhar, encarei meu reflexo no espelho. Os olhos fundos, o rosto cansado. Quem era essa pessoa que eu estava me tornando?

Ao voltar para o quarto, percebi que o céu já começava a clarear. A luz tímida da manhã invadia o espaço, e eu me aproximei da janela. Abri-a, deixando a brisa gelada tocar minha pele. Fechei os olhos por um instante, tentando encontrar algum alívio naquele frio.

Mas a verdade era que, não importava o quanto eu tentasse, Jungkook estava ali. Dentro de mim. E eu não sabia mais como viver com isso.

Enquanto me perdia na sensação fria e calma do amanhecer, ouvi um barulho vindo da sala. Abri os olhos lentamente e deduzi que Jungkook havia acordado. Saí do quarto e o encontrei sentado no sofá, os olhos semicerrados, ainda tentando se acostumar com a luz do dia. Seus cabelos estavam bagunçados, o rosto levemente inchado, e a expressão denunciava a ressaca.

— Bom dia, hyung — murmurou ele, a voz rouca e preguiçosa. — Posso usar seu banheiro?

— Bom dia. Pode sim. Tem uma escova nova lá também. Eu vou preparar café pra você. — Respondi, tentando soar normal, como se a noite anterior não tivesse existido.

Enquanto Jungkook seguia para o banheiro no quarto, fui para a cozinha. Preparei um café forte, não só para ele, mas também para mim. Eu precisava. A ressaca emocional e física começava a pesar.

Pouco tempo depois, ele voltou para a cozinha. Eu estava ocupado limpando a bagunça quando ouvi sua voz:

— Senta, já fiz café pra você.

Ele se aproximou da mesa, mas parou de repente. Seus olhos fixaram em algo na superfície. Segui o olhar dele e percebi o que era. A cartela de remédios. Minha respiração travou.

— V-você... Você não fez isso, Yoongi... Você...

— Não liga pra isso. Senta... — Tentei desconversar, começando a recolher tudo da mesa, mas antes que pudesse terminar a frase, senti meu pulso ser agarrado com força.

— Jungkook, espera... — Tentei soltar meu braço enquanto ele me puxava em direção ao quarto, mas ele estava determinado.

— Você vai colocar essa porra pra fora agora! — Sua voz estava carregada de preocupação e desespero.

Ele me arrastou até o banheiro e me forçou a ajoelhar diante do vaso sanitário.

— Vomita isso agora mesmo, Yoongi!

— Não tem como. Eu tomei durante a madrugada.

— Foda-se! Coloca pra fora! — Ele tentou forçar meus dedos na garganta, desesperado para me fazer vomitar.

— Para com isso! Não vai adiantar! — Gritei, afastando suas mãos. — Eu tomei faz tempo. Não vai acontecer nada!

Jungkook parou, os ombros caindo, e se abaixou no chão, as mãos cobrindo o rosto.

— Não... Não. Por que você fez isso? — Sua voz saiu abafada, carregada de dor. — É culpa minha. Eu tô te fazendo mal...

Me aproximei, os olhos já cheios de lágrimas, tentando encontrar uma forma de acalmá-lo.

— Para... Olha pra mim, Jungkook. — Segurei seu rosto com as mãos, forçando-o a me encarar. — Olha pra mim. Eu não tomei os remédios por sua causa. Foi pra tentar dormir.

— Por quê? — Ele me olhou, os olhos marejados, a voz trêmula. — Por que você fez isso?

— Eu não tomei pra morrer. — Minha voz falhou, mas continuei. — Eu só precisava dormir. O primeiro não fez efeito, então tomei outro. Só tinha dois comprimidos. Não foi pra morrer.

— MAS VOCÊ VAI MORRER SE CONTINUAR ASSIM! — Ele gritou, levantando-se do chão e indo para a sala. — Não percebe que é isso que vai acontecer se você não parar? Se continuar se drogando, bebendo feito louco todo dia...

— Isso não tem nada a ver com você! — Falei, seguindo atrás dele. — Isso tem a ver comigo! O que você tá vendo aqui, Jungkook, sou eu. Eu sou o caos, a loucura, tudo de ruim que você pode imaginar.

— Você não é assim. — Ele se virou para mim, a voz firme, mas os olhos ainda cheios de dor.

— Eu sou exatamente assim. — Retruquei, minha voz carregada de amargura.

— Você tá bêbado. — Ele balançou a cabeça, frustrado. — Não tá falando porra nenhuma que preste.

Jungkook passou as mãos pelos cabelos, bagunçando ainda mais os fios já desordenados. Ele parecia lutar contra um turbilhão interno, tentando encontrar as palavras certas, mas tudo o que saía era um suspiro pesado, quase um lamento.

— Você acha que isso é normal? — Ele me olhou, os olhos vermelhos, a voz baixa, mas carregada de frustração. — Acha que é assim que deve ser, Yoongi?

— Eu não sei o que é normal, Jungkook! — Respondi, quase gritando. — Eu não sei mais como deveria ser nada. Eu só... — Minha voz falhou, e eu desviei o olhar, sentindo o peso da vergonha.

Ele deu um passo na minha direção, hesitante, como se não soubesse se deveria se aproximar ou manter distância.

— Yoongi, você não pode continuar assim. — A voz dele agora era mais suave, quase implorando. — Eu tô aqui. Eu quero te ajudar, mas você precisa deixar...

— Me deixar ajudar? — Interrompi, soltando uma risada amarga. — E como você acha que vai fazer isso, Jungkook? Você nem deveria estar aqui. Você tem uma vida, uma esposa, um mundo inteiro que não inclui o desastre que eu sou.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, mas seus olhos não desviaram dos meus. Havia algo ali, algo que ele estava segurando, mas que parecia prestes a explodir.

— Eu tô aqui porque eu me importo, Yoongi. — Ele finalmente disse, a voz firme. — E eu não vou embora enquanto você continuar se destruindo assim.

— Se importar não é suficiente! — Gritei, sentindo as lágrimas finalmente caírem. — Você não entende! Você não sabe como é acordar todos os dias e sentir que tá tudo errado, que você é um erro!

— Então me explica! — Ele rebateu, a voz elevada agora. — Me faz entender! Porque o que eu vejo é um homem que eu admiro, que eu... — Ele parou, respirando fundo, como se estivesse tentando se conter. — Que eu me recuso a perder.

O silêncio que se seguiu foi ensurdecedor. As palavras dele pairaram no ar, pesadas, carregadas de algo que nenhum de nós estava pronto para enfrentar.

— Jungkook... — Comecei, mas minha voz saiu fraca, quase um sussurro.

— Não. — Ele balançou a cabeça, os olhos marejados. — Não me pede pra ir embora, porque eu não vou.

Eu não sabia o que dizer. Não sabia como reagir. Só sentia o peso de tudo aquilo me esmagando, me deixando sem ar.

Jungkook deu mais um passo, agora tão perto que eu podia sentir o calor da presença dele. Ele ergueu a mão, hesitante, e a pousou no meu ombro.

— Você não precisa passar por isso sozinho, hyung. — Sua voz era um sussurro agora, mas cada palavra parecia cravar fundo em mim. — Por favor, me deixa ajudar.

Eu queria acreditar nele. Queria aceitar aquela mão estendida, mas a parte de mim que já estava quebrada há tanto tempo não conseguia.

— Eu não sei se consigo. — Murmurei, sentindo a voz falhar.

— Então deixa que eu consiga por você. — Ele respondeu, firme, como se fosse a coisa mais simples do mundo.

E naquele momento, com as lágrimas ainda escorrendo, eu percebi que talvez, só talvez, ele fosse a única coisa que me impedia de desmoronar de vez.

Jungkook se aproximou e colocou as mãos nos meus ombros, pressionando de leve para que eu me deitasse no sofá.

— Deita, hyung. Você precisa descansar.

Eu tentei obedecer, mas, no movimento de me apoiar, perdi o equilíbrio. Instintivamente, agarrei Jungkook para não cair, mas o puxei junto comigo. Ele perdeu o equilíbrio e caiu por cima de mim.

Por um momento, tudo ficou em silêncio. Ele estava tão perto que eu podia sentir o calor do corpo dele, a respiração quente contra meu rosto. Nossos olhares se cruzaram, intensos, como se o tempo tivesse parado.

— O que você tá fazendo? — Jungkook perguntou, a voz baixa e rouca, carregada de confusão.

Eu engoli em seco, meu coração disparado.

— Eu não sei. — Respondi, a voz quase um sussurro.

Ele permaneceu imóvel, os olhos fixos nos meus. Havia um conflito evidente em seu rosto, como se ele estivesse lutando contra algo dentro de si. Lentamente, ele começou a se inclinar, aproximando-se, mas hesitando a cada centímetro.

— O que você quer, Yoon? — Ele perguntou, a voz carregada de hesitação e algo mais que eu não conseguia decifrar.

Minha garganta estava seca, e as palavras saíram quase sem pensar.

— Agora... Beijar você.

Jungkook fechou os olhos por um instante, respirando fundo, como se tentasse absorver o impacto do que ouviu. Quando os abriu novamente, seus olhos estavam ainda mais intensos. Ele levou uma mão ao meu rosto, os dedos deslizando suavemente pela minha pele, como se estivesse tentando memorizar cada detalhe.

— Não faça isso. — Murmurei, sentindo meu corpo inteiro tremer. — Eu sei que vai se arrepender depois.

— E você? — Ele perguntou, a voz mal saindo. — Vai se arrepender?

— Não. — Respondi, com a voz embargada. — Mas isso não importa, porque você vai.

Nossos rostos estavam tão próximos que eu podia sentir o toque leve do nariz dele no meu. A tensão no ar era quase insuportável, nossas respirações entrecortadas se misturando. Por um momento, pareceu que ele ia ceder. Mas, no último segundo, Jungkook se afastou.

Ele saiu de cima de mim rapidamente, levantando-se com os olhos fixos no chão.

— Desculpa. — Ele disse, a voz baixa e cheia de culpa. — Isso não deveria ter acontecido.

Ele passou as mãos pelos cabelos, visivelmente abalado, tentando se recompor. Eu fiquei ali, deitado, sentindo uma mistura de frustração, desejo e algo mais que não conseguia identificar.

Mas, de repente, algo dentro de mim quebrou. Era como se uma onda de adrenalina, vontade e desespero tivesse me atingido de uma vez.

— Que se foda tudo. — Murmurei, quase sem perceber.

Levantei-me rapidamente, alcançando Jungkook antes que ele pudesse reagir. Minhas mãos foram direto para a nuca dele, puxando-o para mim. Sem pensar, meus lábios tocaram os dele em um selinho demorado.

Jungkook ficou completamente imóvel, os olhos arregalados, sem reação. Sua respiração travou, e ele apenas ficou ali, parado, enquanto eu me afastava lentamente.

— Me desculpa. — Murmurei, com a voz tremendo. — Eu... Eu não devia ter feito isso.

Sem esperar por uma resposta, virei-me e fui para o quarto, sentindo o peso de tudo que tinha acabado de acontecer. Fechei a porta atrás de mim, encostando-me nela enquanto tentava controlar a respiração acelerada e o caos que agora tomava conta de mim.

A porta do quarto se fechou com um baque surdo, e eu me deixei escorregar até o chão, sentindo minhas costas deslizar pela madeira fria. Meu coração ainda batia descompassado, e minha mente estava um caos. Tudo parecia tão errado, mas, ao mesmo tempo, eu não conseguia ignorar o que tinha acabado de acontecer.

Do lado de fora, o silêncio reinava, mas eu sabia que Jungkook ainda estava ali. Eu podia sentir sua presença, mesmo sem vê-lo. A culpa e o desejo se misturavam em mim, criando uma tempestade que eu não sabia como controlar.

Depois de alguns minutos que pareceram horas, ouvi passos hesitantes do lado de fora da porta. Meu coração disparou novamente quando ele bateu levemente, quase como se estivesse com medo de invadir meu espaço.

— Yoongi... — A voz dele era baixa, mas cheia de algo que eu não conseguia identificar. — Podemos conversar?

Fechei os olhos, respirando fundo, tentando me preparar para o que quer que estivesse por vir. Levantei-me devagar e abri a porta, encontrando Jungkook parado ali, com os ombros tensos e o olhar perdido.

— Não tem o que conversar. — Disse, tentando soar firme, mas minha voz saiu mais fraca do que eu esperava.

— Tem, sim. — Ele rebateu, dando um passo à frente, o olhar finalmente encontrando o meu. — Você não pode simplesmente me beijar e depois fugir como se nada tivesse acontecido.

— Eu não estou fugindo. — Respondi, cruzando os braços em uma tentativa de me proteger. — Estou tentando evitar que isso piore.

— Piorar? — Ele soltou uma risada curta, sem humor. — Yoongi, já passou do ponto de piorar.

As palavras dele me atingiram como um soco. Ele estava certo. Tudo já estava tão fora de controle que não havia mais como fingir que poderíamos voltar ao que éramos antes.

— Então o que você quer que eu faça, Jungkook? — Perguntei, exasperado. — Você quer que eu diga que foi um erro? Que eu não senti nada? Porque eu não vou mentir pra você.

Ele ficou em silêncio por um momento, os olhos fixos nos meus, como se estivesse tentando decifrar algo.

— Eu só quero saber... — Ele começou, a voz baixa. — Por que você fez isso?

Engoli em seco, sentindo a garganta apertar.

— Porque eu não consigo mais segurar o que sinto. — Admiti, minha voz quase um sussurro, mas já embargada. Senti meus olhos arderem, e, antes que pudesse me conter, lágrimas começaram a escorrer. — E porque, por mais errado que seja, eu queria, nem que fosse por um segundo, saber como seria.

Jungkook fechou os olhos, respirando fundo, como se estivesse tentando processar minhas palavras. Quando os abriu novamente, havia algo diferente em seu olhar.

— Yoongi... — Ele começou, mas sua voz falhou. Ele balançou a cabeça, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas. — Eu não sei o que fazer com isso.

— Nem eu. — Respondi, com honestidade, enquanto as lágrimas continuavam caindo. — Mas sei que não dá pra fingir que nada aconteceu.

Ele deu mais um passo à frente, ficando tão perto que eu podia sentir sua respiração novamente. Seus olhos desceram para os meus lábios por um breve instante antes de voltarem para os meus olhos.

— Isso não deveria ter acontecido. — Ele disse, mas sua voz estava carregada de hesitação, como se nem ele acreditasse totalmente no que estava dizendo.

— Talvez não. — Concordei, minha voz firme desta vez, mesmo com as lágrimas escorrendo. — Mas aconteceu.

O silêncio que se seguiu foi pesado, carregado de tensão e de todas as palavras que nenhum de nós conseguia dizer. Por fim, Jungkook deu um passo para trás, desviando o olhar.

— Eu preciso de um tempo. — Ele disse, quase num sussurro.

— Tudo bem. — Respondi, minha voz falhando. — Se isso é o que você precisa...

Ele levantou o olhar, e a culpa nos olhos dele era quase insuportável.

— Eu não sei como lidar com isso, Yoongi. — Ele admitiu, a voz cheia de pesar. — Acho que... Acho que não podemos mais nos ver por enquanto.

As palavras dele me atingiram como uma faca, e meu corpo inteiro pareceu paralisar.

— Você tá dizendo que... — Minha voz quebrou, e eu não consegui terminar a frase.

— Eu preciso de espaço. — Ele disse, desviando o olhar. — Pra mim, pra entender o que sinto, pra...

Ele não terminou, mas não precisava. Eu entendi. Ele estava indo embora, e não sabia se voltaria.

— Tudo bem. — Murmurei, as lágrimas escorrendo livremente agora. — Se isso é o que você precisa, eu não vou te impedir.

Jungkook me olhou uma última vez, como se quisesse dizer algo, mas desistiu. Ele se virou e saiu, deixando-me sozinho no quarto. Quando a porta se fechou, um soluço escapou da minha garganta, e eu me deixei cair na cama, sentindo o peso de tudo que tinha acabado de acontecer. Sabia que as coisas nunca mais seriam as mesmas, e isso me destruía.

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