❝ 𝙻𝚒𝚐𝚊𝚍𝚘𝚜 𝚙𝚘𝚛 𝚞𝚖𝚊 𝚊𝚍𝚊𝚐𝚊 ❞
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Killian olhou com uma linha inexistente entre o pálido com a boca cheia de rosquinhas, lábios salpicados de açúcar, e o grupo. Pan ouviu os ruídos seguidos deles, isso fez com que ele arrastasse o prato de porcelana para longe dele. Dadá a sua situação, ninguém poderia vê-lo comendo como se fosse débil como qualquer outro e que ele precisasse de algo tão inútil quanto comida. Já era demais gancho ter visto comer desta maneira, mas parece que o principe, regina e branca de neve não teriam essa cena de vê-lo como indefeso. Jones fitou demoradamente no garoto, Peter arqueou uma sobrancelha.
Gancho ameaçou com ameaça sútil em expressão:
— Não saia daqui seu demônio.
O embaraço de sua garganta saindo com o som de um riso entre cortado, esboçando nada além de seu sarcasmo trivial.
— Como se eu fosse conseguir ir muito longe. Pirata idiota. — Resmungou o de olhos verdes, observando na porta David e Regina. Um personagem chato e certinho, outra extremamente dependente de um filho que não é seu. Sinceramente, se Peter tivesse algum poder iria se divertir com todos esses fantoches meia boca. Personagens banais e nada espertos em todas as suas histórias, suas habilidades caindo por terra quando se trata de terem fraquezas.
Muitas vezes é pelo amor, não importa qual amor seja. Eles sempre perdem pelo amor, é por isso que Peter Pan sempre será superior e nunca irá se perder. Ele sacrificou o amor, seus sentimentos e tudo oque há de humano. E tudo oque ele queria ele conseguiu. Poder, jovialidade e sem responsabilidades. Porém, ele perdeu duas dessas coisas.
Mas ele terá de volta. De algum modo, ele sempre consegue.
Killian abriu espaço para eles entrarem, ele não viu Emma em nenhum lugar e presumiu que ela estava com Henry e logo em seguida fechando a porta. Regina examinou de canto de olho o garoto, Mary é claro ficou um tanto surpresa ao ver Pan sentado na mesa com aqueles olhos presunçosos e desafiadores.
— Oh meu, você e-está... — ela parou no meio do restaurante, Pan mirou nela por um segundo antes de revirar seus olhos.
— “Oh, meu Deus é Peter pan...” — ironizou o menor, com um bufo impaciente ele ergueu o canto de sua boca. — Ninguém sabe dizer mais nada, que coisa, troca o disco. — Seu último som foi um zunido insatisfeito, no tempo em que Killian atrás dele, bateu na pele exposta de sua nuca imaculada.
O garoto inspirou e nada mais disse.
Branca de neve sentou-se após o ato gentil do príncipe de puxar seu banco, Regina com seus olhos escuros guardando até o último momento de silêncio. Sua boca vermelha ergueu-se com aquele entusiasmo maléfico olhando em direção aos dois homens, Killian mirou em sua direção quando notou suas íris negras junto dele.
— Encontraram alguma coisa? — Perguntou Jones, Regina pigarreou, com sua felicidade pouco escondida esperando revelar.
— Gold está vivo. — Regina deverás triunfante disso, observou o rosto de Peter. Ela fixou suas pedras negras perversas a cena. Seus olhos minuciosamente se arregalaram, como se estivesse escondendo qualquer emoção. O loiro franziu seu cenho, desviando seus globos sobre as mãos juntas na mesa. — Rumpelstiltskin vai acabar com você, garoto. — O tom da mais velha saindo muita baixo, como uma ameaça silenciosa. Peter mirou em sua face onde a maldade ali era evidente, suas esmeraldas queimando em uma provocação.
“ Eu vim muito antes de você. Bruxa, então não tente me ameaçar. ” Seus olhos foram rebeldes e cheia de gana, Pan demonstra o quão diabólico ele poderia ser com seus poderes. Peter remoendo por dentro que se seus poderes não estão com ele, estão com Rumpelstiltskin, e isso será muito ruim para ele. Gold se matou uma vez, se ele chegar até Pan estará disposto uma segunda vez?
Ele permaneceu em silêncio, cauteloso movendo seus dedos e coçando a carne de baixo das unhas. Ignorando os alarmes de perigo ressoando em sua cabeça, ele tem um plano. Ele jura que tem. Ele só percebe que Killian se afastou depois das batidas ecoando, Emma chegou. Pouco perturbada e ventilando, Killian marchou até estar na vista de todos menos de Regina. Peter remexeu-se em seu lugar, e um arrepio quando ele sentiu os olhos azuis formigando nos seus, sua testa franziu trocando um olhar de discórdia com o pirata. Ele parece tentar se defender dizendo que não havia feito nada, apenas mudou a posição de sua perna esquerda.
— Algum sinal do desaparecido? — Pan olha na direção do príncipe, não só ele como os demais naquele restaurante.
— Eu passei pela casa da fazenda e arredores e nada. — Disse Emma carregando sua xícara de café quente junto dela, negando com a cabeça. Seus olhos voaram para Killian, que, para o azar dela manteve sua promessa.
Cada cinco segundos ele mantinha suas orbes azuis no garoto isolado, e Swan pode notar isso. Mesmo Emma sabendo da promessa de Killian, fitando de relance o diabo cínico que ela desconfia. Sem poderes? Sorte demais, possivelmente.
— Já que amanheceu deveríamos ir ao lugares que ele iria, a casa dele, a loja o chalé. — Indica David.
— Rumpelstiltskin é covarde, imagino que ele esteja fugindo. — Peter anuncia alto, todos olharam em sua direção. Ele tombou a cabeça com seriedade, tão confiante de suas palavras.
— Ele tem que ficar aqui mesmo? — Indagou Emma e Jones assente.
— Perto dos meus olhos, longe dele ser um perigo. — Emma revirou os olhos, ignorando qualquer atitude de Pan. O pirata descansou sua palma no bolso da jaqueta e a mão de gancho em sua cintura, um suspiro nada mais dado.
— Mortos adoram passar as férias em casa, alguém pode me explicar como é possível? Nós vimos o Gold e o...— Emma não olhou, mas sua palma levantou em direção ao garoto no canto do restaurante e como um grande julgador, seus olhos verdes desceram com desdém pela silhueta da loira.
— Desapareceram no nada, eu sei. — Terminou Mary Margaret.
Suas sobrancelhas mudaram, sempre demostrando em primeiro lugar suas expressões. É patético dizer que ele consegue sentir, o peso da adaga atravessando Malcolm. E a pior parte não foi o encontro com a morte, mas ser novamente “Malcolm”, ele odiava. O homem que ele detestava ver todos os dias, a verdade é que Malcolm nunca será Peter Pan. Sua carne velha e cansada, o trabalho, os roubos e toda a vida medíocre de alguém que se contentava com pouco. Malcolm sempre viveu no mundo da fantasia, onde ele iria chegar e vencer, mas ele só imaginou em sua cabeça. Peter Pan fez, oque ele queria ele pegava para ele. Peter Pan tem, ele consegue e vive do jeito que quiser. Deste modo, Peter Pan pode dizer que Malcolm morreu. Ele se foi, é uma lembrança desagradável de um homem que ele sente nada mais que pena.
— Talvez eu tenha uma idéia, — Peter olhou para ele, ele também queria respostas. Mesmo que já tivesse suspeitas. — quando voltamos á floresta encantada Neil falou sobre, a possibilidade de trazer o pai dele de volta. — Pan pendeu sua cabeça para o lado, seus olhos fixos no chão voando para as últimas lembranças.
❝ 𝐎 𝐮́𝐧𝐢𝐜𝐨 𝐣𝐞𝐢𝐭𝐨 𝐝𝐞 𝐯𝐨𝐜𝐞̂ 𝐦𝐨𝐫𝐫𝐞𝐫, 𝐞́ 𝐬𝐞 𝐧𝐨́𝐬 𝐝𝐨𝐢𝐬 𝐦𝐨𝐫𝐫𝐞𝐫𝐦𝐨𝐬. ❞
— E o único jeito de eu viver é se você viver...— Sussurrou Peter. Mas como?
Adaga. Adaga os ligava, eles morreram juntos, transformados em uma névoa escura e foi desta névoa junto a Rumpelstiltskin que ele ressurgiu. E depois daquilo apenas outra fumaça verde circulando, ele caiu sem nem ter tempo de assimilar que havia voltado dos mortos. Isso de alguma maneira é reconfortante para o mesmo. Mesmo ser idéia, Peter sempre terá uma carta na manga. Escondida até dele.
— Oque? Mas como? — Questionou David.
— Ele não sabia como, ele só...— um suspiro caiu dos lábios do pirata, olhando diretamente para Swan. — ele só sentia falta da família. — Peter Pan bufou nessa hora. — Ele queria uma maneira de voltar, a esse mundo, ele acreditava que trazer o pai dele de volta era a chave.
Uma coisa que Peter se vanglória é por não ser como Gold ou Baelfire, ambos fracos e cheios de sentimentos quais se tornam marionetes e vulneráveis a qualquer coisa. Pan não tem nada que torne-o vulnerável desse jeito, e ele acha isso um motivo de comemoração interna. O amor é a ruína, o amor te mata aos poucos. Porque afinal ele acaba, com morte ou decepção. Usar e acabar, é como uma bateria. No final será jogada fora, e outra ficará em seu lugar e assim por diante. Esse é o pensamento de Pan, e ele acha muito coerente.
— Com todo respeito temos assuntos mais importantes do que, quem ressuscitou o Gold. E o pestinha ali no canto. — Ela pausou antes de continuar. — O fato dele estar no porão da bruxa má, quero saber oque ela estava preparando com eles.
— A melhor maneira de descobrir seria perguntar ao Gold. — Comentou branca.
— Não diga Sherlock. — Debochou Peter com braços esticados no couro do sofá, seu olhar azedo para os demais. Decerto imaginam que ignorar seria melhor do que fazer Regina o calar.
— Eu vou voltar aquela casa de fazenda, é possível que essa bruxa tenha deixado algum rastro de poção ou ingrediente especial. — O modo como Regina olhou para Emma pode ser descrito como terno, algo naqueles olhos pretos encontraram carinho.
— Faça isso, mas tenha cuidado.
— Ela é quem precisa tomar cuidado, ela invadiu meu espaço. Quando eu retribuir isso, não pouparei esforços.
— Tão perigosa, parece uma vilã de verdade. — Regina olhou em sua direção, uma batalha de olhares fingidos. Dominância pairando, os saltos bateram no chão tomando o rumo do flautista sádico.
— Estou por um fio, de quebrar o seu pescoço. — Peter virou sua cabeça, sobrancelhas loiras mudando sua posição.
— Vai precisar de um fio mais resistente. — Regina fecha sua mão, como se seu autocontrole estivesse decaindo por terra. Antes mesmo dela fazer qualquer coisa, Pan se curva com um ganido dolorido. Gancho hesita em ajudar por alguns segundos, perguntando-se Peter valia o esforço. Tomando sua decisão com um gemido dolorido dado pelos lábios rachados do mais baixo, gancho marchou ficando lado a lado com Regina que sorriu ao sofrimento do pequeno demônio. Killian para por um instante, proferindo ao olhar vago de Mills:
— Já está bom, já chega.
— Seja oque for, não sou eu. — Confessou e deu as costas, Emma e os outros assistiram quando Jones se moveu ficando ao lado do garoto encolhido com as mãos na cabeça.
— Adaga, e-ela está chamando... — Choramingou Peter, nesse momento sua dor não passa de pedras batendo contra seu crânio. Ele escuta uma voz feminina, chamando por Rumpel. Porém, ele não consegue ter uma imagem de seu rosto ou qualquer coisa que possa mostrar quem é.
Emma foi até ele como um disparo.
— Oque tem a bruxa? Você está vendo onde ela está?
— Bruxa, está u-usando ela...— seus dedos esmagam seu couro, queimando ouvindo a voz dela funda e gritante. Como alarmes estourando em sua mente. — droga, eu vou matar e-ela... — ele odeia estar soltando esses sons como um animal sofrendo, ele odeia cair nas feridas de uma dor não proferida a ele. Mas sofrendo as consequências dela.
Ele sente os dedos frios da mão de Killian em seu joelho, suas pálpebras se apertam e a sensação é que a qualquer momento seu crânio vai se partir em dois. Rachaduras formando nos ossos, como uma cratera, tempestades turbulentas e fortes. Suas pálpebras se erguem-se minimamente, apenas um pouco e foi o bastante para ter um vislumbre daquilo que ele nunca esperava ver em alguém como Killian Jones. Oceânicos cheio de alguma preocupação, dedos profundos e um tanto nojentos de falso conforto. Massageando seu joelho, Peter sentiu seu rosto queimar, seu peito palpitar enquanto encara-o com uma mistura de dor e desdenha que ele forçou-se a ter.
— Consegue saber quem ela é? — Perguntou Emma mais alto, Pan zumbido um alto “aii” e tremelicou.
— Droga, eu não estou vendo. — Ele suspirou massageando seus cabelos, seus olhos se abriram com mais calma e sua respiração voltando ao normal. — Ela se foi, não consigo vê-la. — Emma trocou um olhar decepcionado com seus pais.
Peter mirou para o mesmo lugar que Jones olhou em segundos, suas sobrancelhas arquearam com desconfiança e Killian levantou a cabeça ao mesmo tempo. Eles trocaram um olhar constrangido, é claro que Jones não pareceu se importar tanto quanto Pan. Falando no garoto, ele decaiu em seu banco quase semelhante alguém que saiu de uma maratona, menos suor é óbvio. Suas esmeraldas encaram o homem ao seu lado, caçando sua barba e olhos que pairam na família. Eles são chatos, suas histórias são insuportavelmente longas. Peter toca no início da fivela da jaqueta enorme do pirata ao seu lado, ele parece pensativo e cansado não dando tanta importância no que está mexendo.
A confusão de Killian permaneceu por um instante ao notar, se desenvolvendo em uma feição serena olhando para os outros despreocupado com o jovem loiro ao lado. Peter temporariamente estremece ao tocar na ponta das orelhas sentindo vermelhas, ele pendura a fivela na ponta do dedo e seus olhos verdes sustentam seus oculares em Killian. Seu pomo de Adão não está evidente, ele consegue distinguir as duas veias uma de cada lado deixando a pele funda no começo. Sua palma paira no ombro coberto de roupas feitas de folhas, Peter sente-se relaxado, mas seus olhos saltam e ele se recompõe. Essa agonia em seu crânio causou algo nele, ele solta a fivela da jaqueta de Killian qual ele brincava e novamente deita sua cabeça no couro do sofá longe o bastante do pirata.
— Killian. — Chama Pan, o homem move sua cabeça olhando diretamente para ele. Esses olhos azuis parecem profundo vistos de onde ele está, e sendo bom ou não. Peter sente arrepios, quais ele já sabe que os abomina.
— Sim?
— Eu quero um milk shake. — Sua voz é baixa, olhando em direção a velha na cozinha
— Não.
Conversa vem e conversa vai, Peter não sabe exatamente oque fazer quando todos estão saindo e Killian segue-os com a mão na porta e esperando pelo flautista. Ele não estava escutando sua conversa, ele levanta com um tremendo tédio encostado em seu corpo, ao comandos de Jones ele se mantém ao lado do pirata. Alheio em todos os diálogos, Peter se depara com a sofisticada e rústica loja de penhores de Gold e daquela moça...
Como é o nome dela mesmo? Sua companheira? Ah, tanto faz. Ele não precisa se lembrar. Será toda aquela coisa entendiante novamente. O abismo de medo e surpresa por Peter estar novamente vivo, ressurgindo do nada. Ele refez todo o seu plano, era simples. Sua primeira opção é recuperar seus poderes, só saber como. E a segunda é matar todos eles. Fácil e praticado. Entre tanto, pensar é mais fácil do que fazer. Possivelmente ele terá um encontro com a bruxa em algum momento, ele não nada para oferecer agora, mas quando ela estiver nas mãos de qualquer um deles. Pode oferecer um acordo, se ela estiver com seus poderes será fácil.
Mas e se ela não estiver com eles?
Em meio a conversa mirabolante com sua consciência diabólica, Peter com suas botas velhas de couro, não notou o terreno irregular na calçada e a pedra tornado-se um volume. Sua bota descolou na parte de baixo rapidamente e Pan perdeu seu equilíbrio, seus joelhos vacilaram e seu peito irá de encontro ao chão. Maldito corpo humano, sem poderes. Que fracasso.
Antes da cena embaraçosa prestes a fazer Peter odiar mais sua vida frágil em Storybrooke, Killian segura-o pelo cotovelo puxando-o para cima. Pan vacila, olhando de esferas azuis, ele segura-se no mais velho mesmo sem perceber já que Jones o segurou primeiro e ele só pegou seu apoio. Se os olhos verdes forem algo falso, Killian não imagina, são silenciosos e a única coisa que pode esconder qualquer coisa são suas sobrancelhas que se igualam a maldade, mas tem sempre algo escondido diante daqueles olhos verdes. Uma grande cortina. E, muitas vezes Peter parece não conseguir fecha-las, o tempo em que se olham parece uma eternidade. Peter deixou-se de ser inexpressivo quanto a isso, no segundo que ele vê os olhos descendo mais do que altura de seus globos oculares ele parece irritado. Como se Killian estivesse provocando, tirando uma com ele?
O pirata ergue o canto de sua boca.
— Cuidado criança. — Peter puxou seu cotovelo de volta para ele, com fúria turbulenta saindo de seus olhos pequenos. Ele marchou duro em frente, ignorando o riso presunçoso e relaxado do pirata.
Ele quer tantos seus poderes, tanto. Ele quer tudo isso para destruir todos. Killian principalmente.
O idiota que sempre estremeceu ao saber que pisava em seu território, agora solta risos bem em sua frente como se Peter não fosse nada. Quem ele pensa que é? Como isso aconteceu? Com aquele bruxa conseguiu? pegar tudo dele tão rapidamente que ele nem se deu conta. Maldito seja, todos eles.
O idiota em questão parou por um segundo, um tanto intrigado com sua expressão de poucos segundos. Seus olhos, eles pareciam tão minimamente indefesos, sem dúvidas ele jurou ver algo solitário, enquanto ele estava sentado no canto longe todos, a vulnerabilidade que durou segundos em seu rosto jovial. Uma única vez, um instante e ele tem certas dúvidas de Peter Pan. Sem poderes, ele parece ser só um garoto. Sua aparência engana-o, porém ele continua sendo o mesmo. O manipulador e horrível Pan.
Okay, isso deveria ser pensado mais tarde. Oque ele tinha que fazer agora? Ah, sim. Gold e a loja de penhores.
Oque leva eles nesse momento em questão, onde David, branca e Emma estão sentados de frente para Bela, Killian está ao lado e Peter está um pouco adiante analisando os penhores. Cada objeto tirado de um dos contos, como o espelho mágico que não funciona, a maçã envenenada que é de cera obviamente, entre outros. Pan dedilha lentamente, mas não havia magia, e se houvesse ele não conseguia descobrir a maneira de como usar á seu favor. Houve toda aquela espanto inicial, os olhos familiares de assombro e receio. Entre tanto, com todo mundo explicando de novo e de novo que Peter Pan não tem mais nenhuma habilidade, a garota sossegou de sua desconfiança. Temporiamente.
— Então, o Rumpel está vivo, aaah. Como isso é possível? — Pergunta Bela, incrédula inspecionando o fio dourado.
— Esperávamos que você pudesse nos explicar? — Indaga Emma. — Você conhece ele e a loja melhor que ninguém. Se ele está em Storybrooke, deve haver uma pista de como ele voltou ou como descobrirmos onde ele está.
— Tá bom, eu vou começar a procurar.
O loiro vagamente perambulou em procura, batucando e mexendo em objetos quais ele não devolvia ao seu lugar de antes. Deixando um rastro de objetos mágicos caídos nos armários, ele fitou de canto de olho os mais altos no local. Pendendo sua cabeça para trás, distraidamente, quase como se não quisessem que ninguém notasse oque acabou de encontrar enfiando entre suas mãos. A peça em parte, era um colar com uma pedra moldada com raízes em volta dela. Reluzindo quase uma galáxia de cores inteiros, minimamente brilhante e aparentemente mágica. Pan segurou entre seus dedos, lendo o papel de aviso onde o colar estava preso, até Peter arranca-lo sem muita gentileza.
“ O colar dimensional. Este objeto pode transitar em diferentes planos dimensionais, uma combinação perfeita entre manipulação dimensionar e teletransporte.
Aviso: Não teletransporte mais de cinco vezes em um dia. Devido a danificação deste artefato, é proíbido uso ”
Ele leu? Sim. Ele deu atenção ao aviso? Não.
Quem se importa com porcaria de aviso.
Foi por este motivo que possivelmente o pirata foi sua sorte, com a esperança de ter algo em sua mãos, mas de algum modo muito arriscado podendo ser trancado em uma dimensão que ele não faria a mínima idéia de como sobreviver. Killian inclinou-se acima do loiro e suas suspeitas de que o demônio estava muito quieto, era um péssimo sinal.
— Oque tem aí? — Perguntou Killian, mas Peter arregalou seus olhos e em um instante apalpou seus bolsos. Oque não funcionou, Jones segurou sua mão fechada e forçou seus dedos para se abrirem. Killian se vira, olhando diretamente para eles. Seu corpo inteiro cobre o de Pan, enquanto ele pressiona suas unhas na palma.
— Que droga Killian. — Resmungou o garoto, batendo nas costas do outro com seu corpo. Isso não surgiu nenhum efeito, a não ser que o suspiro do homem seja alguma coisa. Killian atravesse a sorrir disfarçadamente, atuando como se ninguém fosse notar o garoto contorcendo-se sobre a mão enorme do homem.
— Fique de olho também se ele vier a cidade.
— Ele virá a mim, é, eu sei. — Disse ela com um mínimo sorriso.
— De todos aqui essa garota é a mais inteligente. — Comentou ele, inclinado a cabeça longe da jaqueta que cobria o máximo de seu torço. — Me dá... — resmungou o garoto, foi uma expressão infeliz oprimida passando por seu rosto no momento em que a única mão que o pirata tem tirou de sua o colar danificado. Ele desviou seus olhos da expressão repentinamente mau humorada de Peter, para a família. E Emma lhe deu um sinal tanto quanto preciso.
Mas Peter não desistiu, enfiando a mão na corda do minúsculo colar. Repuxando com sua persistência.
— Eu vou ficar aqui com você, sou surpreendente bom em procurar. — Killian tocou a mão de Pan com força, entre os dedos na corda que ele pegou rapidamente. Sorrindo disfarçadamente enquanto lutava com o mais baixo atrás de sua enorme jaqueta, os outros olharam confuso.
— Você ficará comigo, com essa...coisa aqui — se Peter não tivesse tentando puxar o colar da mão de Jones, ele teria revidado seu comentário. Oque era previsto aconteceu, o colar arrebentou e a pedra rolou para baixo dos móveis de madeira maciça. Suas esmeraldas seguiram a pedra rolando entre as pernas de alguém e por em um armário de iguarias, e ali enquanto se perdia na escuridão de sujeira e poeira. Peter viu seu plano inicial partir-se no nada.
— Ele vai te proteger se a bruxa má vier. — Falou Emma com sua voz confortadora.
— Killian não protege nem suas cuecas. — Disse o loiro com seu enorme fracasso estampado na cara, e Jones impulsionou suas costas contra o lado de seu corpo.
— Vocês sabem que ele tentou me matar.
— Eu não tinha escolha, havia uma certa circunstância — Bela Interrompeu.
— Duas vezes. — Rebateu a garota.
— Duas vezes, só isso? — Indagou o garoto curvando seus lábios, os globos oceânicos voltaram em sua direção. Os olhos azuis brilhando em um trovejo de alegria desconhecida, Killian olha diretamente para o sarcástico Peter. Em seguida disso, Pan sente queimar, golpes incessantes e peculiares no fundo de sua garganta. Sua mandíbula inclina-se con seu sorriso zombeteiro, ele parecia pesquisar Peter. Oque o mais jovem não parece gostar.
Mas Pan parece estar bem humorado quando fez a pergunta, tanto que sua boca se abriu e seus dentes surgiram. Seus braços se cruzam e Killian jurou sentir uma sensação antiga, no tempo em que eles ficavam cara a cara e Peter fazia um acordo com o pirata. Um acordo de “ amigos. Colegas de trabalho ” dizendo assim Pan, ele se recorda da mão dele apertando a sua e depois aquela mesma expressão antes de Jones ir embora.
— Me desculpe. — Gancho deu de ombros com uma linha razoável em sua boca.
— Sabe mesmo encantar uma mulher.
— Essa vai ser minha forma de me retratar com você.
— Tuudo bem.
— É melhor irmos para a floresta. — Indicou Emma, e David olhou para Mary.
— Eu estava averiguando. — Peter estendeu sua mão, falsamente sincero. Com aqueles olhos de coelho, pequenos e ingenuamente adoráveis.
— Averiguando? Por qual razão? — Indagou gancho virando-se para ele, ele observou como suas sobrancelhas mudaram e um sorriso mínimo não durou nada antes dele voltar com sua falsa gentileza soando como um garoto bonzinho.
— Acredito que todos nós estamos aqui ajudando, estou apenas fazendo meu papel e descobrindo um jeito de ajudar Rumpelstiltskin. — Peter franziu suas sobrancelhas, ligeiramente sincero. Entre tudo, a mão de Killian pousou firme. Afastando o garoto de olhos verdes, até sentar-se obrigado em uma cadeira.
— Ninguém precisa de sua ajuda, sente-se e cale a boca. — Mandou o mais alto. Pan poderia tentar mil vezes, milhões de táticas. Convencê-lo? Isso já é quase impossível, Killian já foi um vilão. Ele sabe técnicas de manipulação do flautista. Ele já viu.
— Esse é o seu melhor, me mandar ficar sentado como uma criança. — Importuno e zombeteiro, Peter cruza seus braços na frente de Jones.
— Você é uma criança.
Seu comentário não foi nada positivo, enviado em abismo de espanto na direção do loiro. Pan arregalou seus olhos e estranhamente isso causou um inferioridade nele, ele rangeu seus dentes fechando seu rosto em menos de um segundo em que o pirata provocou. Ele pensa em gestos rebeldes, em palavras não ditas e xingamento. Sua boca diminui com o morder de lábios, tornando um cantarolar continuamente sem que ele revide a altura. No momento que seus olhos percorrem a mão branca pousando em seu ombro, Jones se vira e Emma se despede com reluta em deixá-lo sozinho com Pan, mas Jones promete que tudo ficará bem.
Em meio a conversa pacífica Peter virou suas costas acompanhado de sua careta e revirar de olhos, na linha tediosa de sua mente ele vagueia pelos armários e bancadas. Os objetos que alguns são conhecidos, mas sem nenhuma importância, qualquer valor sentimental nisso é pura idiotice. Ele se lembra da vela encantada, nos livros de história onde a bela conversa com esta vela. Ele imaginava diferente. Essa parece tão...? Sem graça.
— Você era muito melhor nos livros. — Reclama com seus dedos preguiçosos e decaídos, objeto caído no chão e o barulho chamando atenção de Bella e Killian.
Seus dedos leves como pétalas percorrem por livros de capa de veludo, a sensação é boa. Porém, ler é só em casos de emergência de extrema monotonia. Os livros vão caindo de acordo com seu gosto, então quando ele lê outro títulos que parece impactante ele larga o exemplar no chão sem nenhuma delicadeza ou cuidado.
— Meus livros... — Bela parece triste, desapontada em seguida que apanha eles do chão. Peter encosta na prateleira.
— Ah, que coisa. Eu nem notei. — Disse ele, mas seu indicar deslizou por outro livro enquanto olhava para Bela. E assim que chegou ao início da capa, ele empurrou com seu dedo e caiu sobre seus pés.
Gancho exala, e anda até o pirralho agarrando pelo cotovelo. Peter murchou rapidamente com um murmuro, obviamente era um xingamento direcionado ao homem mais alto. Seu braço foi apertado, Peter ganiu com resistência.
Killian queria tanto que Peter Pan tivesse um botão de desligar.
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VOTE E COMENTE
• Notas:
Obrigado por ler, se tiver algum erro. Troca de palavras ou letras, me marquem. As vezes meu teclado faz isso e eu leio muito rápido.
CONTINUA...
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