1.3 Capítulo ' 𝙸𝚗𝚜𝚒𝚍𝚎 𝚝𝚑𝚎 𝚕𝚊𝚋𝚢𝚛𝚒𝚗𝚝𝚑
A falta de ar não é mais um problema depois de estar acostumada. Só torna apenas uma consequência em meio a minhas ações. Correr por entre esse muros se tornou algo que foi esperado, mas só eu não tinha percebido, se tornou apenas natural.
O silêncio enquanto corremos parece insudecedor, não nos falamos a minutos, e eu odeio isso. Desvio meu olhar um pouco mais para frente, onde está Minho, correndo no mesmo ritmo que todos, hoje somos apenas eu, Minho e Ben. O que consequentemente me faz ficar mais entediada o possível.
Minho desvia seu olhar para cima, onde pode ver o sol ainda sim no alto. Ele suspira e para de correr colocando as mãos na cintura.
— Melhor descansarmos um pouco. — o asiático diz se virando para Ben e eu, que já aviamos parado de correr.
Apenas assentimos ainda o olhando. Desvio meu olhar e me viro de lado para pegar a garrafa de água no momento em que Minho olha em minha direção.
Vejo de canto de olho o garoto desviar seu olhar e se apoiar na parede também tomando água. Assim que termino fecho minha garrafa e a guardo novamente. Desvio meu olhar para os meninos que estão quietos.
— Vocês são chatos. — resmungo alto o suficiente para que me ousam e desviem o olhar até mim.
Vejo Minho arquear as sonbracelhas para mim e perguntar:
— Ah é?
— Sim, com certeza. Vocês deixam o clima parecer velório. — digo caminhando até eles e me apoiando na parede ao lado do moreno.
— Bem, pelo que sei a sua companhia não é a mais agradável. — Minho diz me fazendo o olhar indignada.
— Eu? Pelo que saiba as pessoas não gostam de ficar perto de você. Na verdade elas me amam, pergunta para a Lyd. — digo de braços cruzados desviando para olhar para cima.
— Sério, a Lydia? Ela é uma das únicas que gosta de você, já falou com os outros? Eles te acham grossa.
— A culpa não é minha se eles não aceitam a verdade. — o olho novamente e cerro os olhos minimamente. — E você não tem o direito de dizer nada, a sua vida gira em torno do labirinto, as pessoas não gostam desse mal astral que você carrega, devia se benzer.
— Com certeza. E você deviria ser menos hipócrita. — ele resmunga.
— Não estou sendo hipócrita! — o observo com raiva.
— A não? Porque pelo que lembre foi você que...
— Gente, acho que nós deveríamos ir, sabe para voltar cedo. — Ben o interrompe, nós fazendo o olhar.
Reviro os olhos, esperando que Minho apenas concorde como sempre faz.
— Ben tem razão, deveríamos ir. — o asiático diz, se afastando da parede se preparando correr novamente.
— Claro que tem. — resmungo fazendo o mesmo que ele.
— Tá querendo me dizer alguma coisa? — Minho diz virando na minha direção.
— Na verdade eu estou sim...
— Para que lado é melhor irmos? — Ben pergunta me interrompendo dessa vez.
Eu e Minho continuamos nos fuzilando com os olhos por alguns segundos que pareciam minutos, antes dele desviar o olhar e apontar para um dos lados. Nós mostrando a direção que é para correr.
Ignoramos a breve discussão que tivemos, e começamos a correr em passos lentos por início. Eu e Minho ficamos na frente e Ben corre atrás de nós. Ficamos em silêncio por início, sem começar nenhuma conversa ou algo do tipo. Até Minho quebrar o silêncio com algo sobre o labirinto me fazendo revirar os olhos.
— Devemos fazer uma reunião na casa de mapas quando chegarmos. Para ver que área devemos vasculhar amanhã.
— Já vasculhamos todas as áreas, Min-ho.
— Pode ser que deixamos passar algo.
— Pode ter certeza. Depois de três anos vamos encontrar uma saída misteriosa que não vimos antes. Tão inteligente, gatinho. — o olho prensando meus lábios um no outro.
— Deveria pensar positivo uma vez na sua vida.
— Não sou pessimista, sou realista. — soletro última palavra pausadamente enquanto o olho. Assim termino minha fala, sorrio de canto desviando meu olhar para frente.
— Assim, isso vai nos levar a tantos lugares.
— A lugares a mais que estamos nesse momento, com certeza.
— Não consegue ter uma conversa normal uma vez? — ele pergunta me olhando.
— Sim, com todos na verdade. Mas você só sabe falar do labirinto, dificulta o meu socialismo com você. E não é como se eu gostasse disso. — digo o fazendo revirar os olhos.
O silêncio nos atinge mais uma vez. Não dura muitos segundos já que não consigo ficar quieta por muito tempo.
— Deveria casar comigo, Min-ho. — digo atraindo sua atenção instantaneamente.
— Estamos brigando a segundos atrás, e agora quer que eu case com você? — ele pergunta disfaçando seu sorriso.
— Exatamente.
— Muito obrigado, mas eu dispenso. — ele diz voltando a olhar para frente, dessa vez me fazendo revirar os olhos.
Assim que percebo a ausência de Ben, desvio meu olhar para trás e o vejo que está mais afastado do que devia. Ameço parar um pouco para o garoto nós alcançar.
— Ben... — o chamo mas Minho me interrompe colocando sua mão nas minhas costas me fazendo correr em seu ritmo também.
O olho e ele continua olhando para frente.
— Deveríamos correr mais rápido, não quero chegar tarde na clareira. — Minho diz sem cortar seu contato físico com meu corpo. Mais tempo que o normal.
— Tá bom. — digo o olhando confusa. — Ben, vamos mais rápido, venha mais para perto. — o garoto assente correndo até nós.
Minho finalmente percebe que ainda está com as mãos nas minhas costas e a tira rapidamente. Sorrio minimamente, desviando meu olhar para frente, para finalmente corrermos em um ritmo maior.
[...]
Assim que chegamos na clareira fomos direto para a sala de mapas. O que nos faz entrarmos no assunto do labirinto e conversarmos uma discussão novamente.
— Amanhã podemos dar mais uma olhada na área 6. Ver se achamos algo que não tínhamos visto antes. — Ben sugere apoiando as mãos na mesa.
— Algo que não vimos antes? Qual é Ben, já vasculhamos aquele lugar inteiro. — passo as mãos pelo cabelo me apoiando na estrutura de madeira em frente a maquete do labirinto.
— Então o que iremos fazer? Já corremos por todos os lugares daquele labirinto.
— Não pergunte para mim, pergunte para o Minho. — digo vendo Minho revirar os olhos.
— Vamos fazer o que Ben disse. — o asiático fala enquanto respira fundo. Apenas reviros os olhos.
— Claro. Por que não, não é? Vamos fazer a mesma coisa pela milésima vez.
Caminho até a saída da casinha de madeira, emburrada. Enquanto saiu olho para uma das portas do labirinto, onde vejo provavelmente o novato caminhar até lá junto de Chuck.
— Quinn. — Ouço Ben me chamar correndo até mim. — Ai, o que vai fazer na festa da fogueira de hoje? — ele pergunta um pouco ofegante enquanto tenta demostrar um veslumbre de sorriso.
— Não sei, provavelmente vou estar com a Lydia, por quê?
— Você... Quer, sabe ficar comigo, não ficar, mas conversar, essas coisas?
— Ah, eu vou pensar...
Sou interrompido por um gritaria que vem da entrada do labirinto, vejo o novo clareano no chão, e Gally na frente dele.
— O que tá acontecendo? — Escuto Minho ao meu lado e dou de ombros caminhando até lá.
Vejo os outros dois garotos vindo comigo. A sala de mapas fica um pouco afastada, mas mesmo assim chegamos rápido. Mesmo com a gritaria que daria para ouvir do outro lado da clareira
— Não, tá bem? Por que não me dizem o que tem lá?
— Temos que parar de nos encontrar assim, fedelho.
— Sai da minha frente! — ele fala se levantando.
— Tá legal, calma, calma, calma! Tranquilo, fica tranquilo.
— Novato, relaxa!
Não demora muito e logo os clareanos começaram a vir em direção ao novato. Situação já estava saindo do controle.
— Estamos tentando te proteger. — Lydia diz me fazendo desviar meu olhar a ela. — Vai por mim, isso é pro seu próprio bem!
— Não podem me prender aqui.
— Não posso te deixar ir.
— Por que não!?
Apoio meu braço no ombro de Minho que está do meu lado, ele ignora e continua de braços cruzados observando a situação em nossa frente. Ele é mais alto que eu, então faz com que estique meu braço para cima. Desvio meu olhar ao novato que ainda continua confuso.
Um som estridente atravessa a porta do labirinto vindo em nossa direção. Viro meu rosto por conta do vento forte, e apenas consigo ouvir o som das portas se fechando, não demora muito tempo, segundos talvez. Mas assim que olho para frente novamente está tudo igual, todos na mesma posição. O novato agora parece perplexo, de boca aberta enquanto olha para as portas fechadas.
Alguns dos garotos começam a ir embora. Me afasto de Minho, o fazendo apenas me olhar brevemente antes de se virar e começar a caminhar para longe.
— Da próxima vez, eu deixo você ir. — Gally disse esbarrando no novato.
— Bem-vindo a clareira — diz Alby se afastando junto aos outros.
Desvio meu olhar para Lydia, que avia dito algo a Thomas antes de virar na minha direção e caminhar até mim.
— Oiê, garota bonita. Esse é o tal novato? Já sabem o nome?
— Não. E se ele sabe, não quer falar para nós.
— Ah, legal. Podemos prender ele, da uma refeição por dia até ele falar, né?
— Seria uma boa. — Lydia diz enquanto começa a caminhar, a sigo. — Mas sei lá, esse garoto é esquisito... ficou me encarando o tempo todo.
— Quê? Por quê? Quer que eu mate ele? Ele sabe que você tem dona, não é? — pergunto indignida.
— Quinny! — a loira me repreende sorrindo. — Não precisa matar esse menino, ele só está assustado, assim como os outros. Mas ele é diferente... sei lá, eu sinto isso. Deve me achar uma maluca agora, né?
— Sério mesmo que você tá perguntando isso? Se já olhou pra mim? E fora que o pela primeira vez eu acho que o Gally fez certo, não gosto de gente que se mete com mulher comprometida!
Lyd ri mais uma vez revirando os olhos. Não temos nada que não seja amizade, mas flertar com garotas bonitas e bem divertido.
— Tá bem, mudando de assunto, como foram as coisas no labirinto?
— Como sempre. Correr. Bebe Água. Correr mais. Procura algo que pode ser uma saída. Ah, também correr. E não encontra nada. Correr mais só pra confirmar. E volta pra clareira.
— É, eu sei, é frustante.
— E como. O pior e que os meninos sempre acham que uma saída vai aparecer misteriosamente no meio do labirinto enquanto corremos por lá. — Reviros os olhos cruzandos os braços.
— Bom, ainda temos que ter uma pequena centelha de esperança.
— É, eu até concordo. Mas é irritante. O Minho só quer falar do labirinto. O Ben não fala do labirinto. Mas eu não quero falar com o Ben coisas que não é do labirinto, eu quero falar com o Minho de coisas que não é do labirinto, me entende?
— Por mais que parece estranho, sim, eu te entendo. Quinn, são garotos.
— Por isso que no fim eu vou me casar com você, garota bonita.
— Tá, mas como estão as coisas com o Minho? Ainda brigam muito?
— E como falar com falar com uma ovelha. Ela é linda, mas não me entende. Toda a hora que tento falar de algo diferente, ele arruma uma desculpa e sai, ou começa a falar do labirinto, o que faz a gente brigar.
— É, o Minho é meio complicado às vezes. Homens são complicados, Quinn.
— Por que eu tinha que me apaixonar justo por ele? — bufo irritada enquanto desvio meu olhar para o chão.
Não é como se eu realmente estivesse apaixonada por Minho, mas a algo nele que sempre me atraí.
— Vai passar. — a loira diz me empurrando levemente pelo ombro. — Mas agora temos que tomar um banho, especialmente você.
— Finalmente. Preciso de um banho urgente.
— Precisa mesmo. — diz soltando uma leve risada.
Caminhamos até o banheiro com conversas aleatórias.
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