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CAPÍTULO TRÊS
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AS COISAS ESTÃO RUINDO?
❨ 30 de março de 2023, 10h21. Mansão, Love e Pedro, Nova York. ❩
── O que aconteceu com você e a Love?
A pergunta fez a cabeça de Pedro girar, desde o dia da entrevista e de todo o burburinho que aquilo causou, o casal tem estado distante emocionalmente de alguma forma. Faltava pouquíssimo para o aniversário de Pedro e Love, data essa que eles passaram a comemorar juntos por serem muito próximas, mas agora a comemoração parecia meio impossível, principalmente porque eles não estavam bem de verdade e Love estava viajando a trabalho.
── Não sei. ── por fim, depois de muito pensar e suspirar, ele simplesmente admitiu em silêncio que não sabia o que dizer.
── Vocês vão mesmo deixar a internet estragar o que vocês tem? ── aquela pergunta também fez sua cabeça girar e a ideia de não saber o que ia acontecer lhe assustava um bocado.
── Eu não sei, Oscar. ── o outro homem sorriu levemente e se levantou, sua mão pousou no ombro do amigo, o que o fez olhar para cima.
── Te conheço bem o suficiente para saber que esse sentimento é verdadeiro, então vou ser um bom amigo e dizer: não a deixe escapar, Pedro, você sabe que vai se arrepender pro resto da vida se isso acontecer.
Oscar Isaac fora embora logo em seguida, ele tinha suas próprias coisas para fazer e só havia passado na casa para dar um olá aos amigos, encontrando só um Pedro solitário e pensativo, que acabará por ficar ainda mais pensativo, pois sabia que o amigo estava completamente certo.
── Eu não vou! ── sussurrou em resposta quando já estava sozinho, pois ele sabia que Oscar já tinha o conhecimento que ele jamais permitiria que Love escapasse.
Enquanto isso, na Califórnia, Love participava de uma reunião sobre uma nova temporada de Atlantis com os envolvidos, só que sua mente só conseguia pensar em Pedro, em como as coisas acabaram daquela forma mesmo quando amor havia selado o perdão, ela não entendia.
── Tá tudo bem? ── Sarah, que também participava da reunião, perguntou curiosa ao notar que a amiga estava distante mentalmente.
── Uhum! ── o sussurro em resposta veio segundos depois.
── Falta muito pouco tempo pro seu aniversário e pro aniversário do Pedro, o que vamos fazer?
Sarah perguntou despreocupadamente e com um sorriso animado no rosto, ela tinha o celular em mãos e rolava a tela sem muita preocupação também.
── Nada! ── Love respondeu sendo apática a situação.
── E por que? ── indagou a outra curiosa.
── Não estou afim de festas nesse ano.
── Deixe para entrar na crise dos 30 quando você fizer 30, Lovelyn, esse ano ainda é 29.
Sarah brincou e recolheu sua bolsa quando a reunião deu por encerrada, pelo menos para que todos pudessem almoçar.
── Não é crise de idade, Sarah, é crise de relacionamento. ── confessou suspirando, fazendo a amiga a encarar de forma séria agora.
── Vocês estão fazendo tempestade em copo d'água por causa daquela entrevista ainda?
── Não necessariamente, mas sinto que as coisas mudaram de alguma forma.
── Eu sinto que vocês estão paranóicos. ── murmurou e entrelaçou seu braço no de Love. ── Vocês são adultos, querida, conversem com sinceridade e tudo será resolvido.
── Talvez ele queira alguém mais adulto, como a O.W. ── Sarah soltou sinceras gargalhadas ao notar que Love havia usado as iniciais de Olivia.
── Bem, eu acho que: "O.W? Bem, eles podem sonhar, mas isso nunca vai acontecer."
Pela primeira vez naquela semana Love riu de forma sincera, aquela frase realmente havia se tornado algo e algumas pessoas também passaram a usá-la, principalmente quando tinham que defender Love.
── Você não presta. ── falou suspirando fundo após rir tanto.
── Mas sou tudo o que você tem como melhor amiga, só lhe basta aceitação. ── Lovelyn sorriu e a abraçou.
── Já aceitei há muito tempo. ── Sarah então também sorriu.
── Escute, se Holland e eu fossemos brigar por todas as coisas que disseram sobre nós duas no início ou que dizem de nós duas agora, não estaríamos juntas, Love. ── Sarah falou tentando ajudar. ── Sempre terá uma O.W por aí, uma pessoa revoltada que se diz fã ou um paparazzi traiçoeiro, aprenda a filtrar o que é bom ou ruim, se não esse relacionamento de fato não funcionará.
Silêncio foi tudo o que se seguiu disso, Lovelyn ficou extremamente pensativa, a verdade era que sua melhor amiga tinha razão.
No final daquele dia e por algum motivo sem explicação todas as ferramentas midiáticas passaram a publicar que o relacionamento de Love e Pedro estava em algum tipo de crise, usando da falsa verdade que um amigo próximo havia lhes dado tal informação, a verdade era que aquilo era muito pouco provável, principalmente porque os poucos amigos próximos deles podiam ser contados nos dedos e eles eram extremamente leais e também muito reservados para saírem falando sobre suas vidas ou as vidas alheias de seus amigos para a mídia.
Fotos de uma Lovelyn mais quieta e pouco sorridente estampavam posts na internet, twitter e instagram eram as principais fontes de tal conteúdo e, de repente, Pedro sentiu sua vida invadida e seu relacionamento violado, era triste porque seu aniversário estava muito próximo e era ainda mais triste porque o de Love viria logo em seguida e ele sabia que ela não iria conseguir aproveitar da forma que gostava e ele sentia ainda mais porque sentia em seu coração que parte daquilo era culpa sua, o que também não era uma verdade.
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❨ 02 de abril de 2023, 06h00. Mansão, Love e Pedro, Nova York. ❩
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Era de fato cedo demais ainda, Lovelyn sequer conseguiu dormir mais do que três horas, estava ansiosa demais e decidida a acabar com qualquer clima ruim que estivesse rondando sua casa e seu relacionamento ── mesmo que a internet ainda estivesse crendo em um possível fim.
A mulher preparou o café da manhã de aniversário de seu amado, deixou tudo da melhor forma que podia e agradeceu aos céus por ser também excelente na cozinha. Balões de aniversário foram amarrados na cadeira da mesa da cozinha, uma velinha de '48' foi colocada sob a pequena torre de quatro panquecas e Love sorriu totalmente satisfeita.
Subiu correndo para o quarto, Pedro, que já estava acordado, riu baixinho com o barulho e fingiu continuar dormindo, mas Love pulou animada sobre ele e o encheu de beijos, o fazendo não mais conseguir fingir e voltar a rir, aquele era sem dúvidas o melhor presente de todos e estava tudo perfeito.
── Você tem que descer, não vou te dar parabéns aqui. ── o biquinho adorável de Love fez Pedro sorrir, até seus olhos sorriram juntos, então ele a beijou e a girou na cama, ficando dessa vez por cima.
── Você tá armando o que?
O tom de diversão na voz rouca do homem fez com que Love quase desistisse e ficasse ali, mas ela foi forte e conseguiu sair da cama, o puxando junto.
Pedro riu, era sempre assim que os seus aniversários começavam desde que Love chegou. Quando eles chegaram à cozinha, Lovelyn pulou animada e de abraços abertos.
── Feliz aniversário, Pedrito mi amor! ── o mesmo sorriu ainda mais abertamente e a beijou.
── Obrigado, mi vida.
── Vem, senta aqui. ── a loira o fez sentar, lhe colocou um chapeuzinho de aniversário personalizado com ele mesmo fazendo uma careta e acendeu a velinha logo em seguida. ── Faça um desejo, querido.
Pedro fechou os olhos e desejou com todo o seu coração que aquele sonho nunca chegasse ao fim, porém a campainha tocou e o momento feliz foi interrompido.
── Oscar e Sarah não viriam tão cedo. ── murmurou a mulher.
── Não deve ser nada, ainda não assoprei, olha. ── mostrou ele como uma criança, Love riu e beijou sua bochecha.
── Pode assoprar, docinho.
Assim, ele assoprou sua velinha e sorriu contente como se de fato fosse uma criança.
── Feliz aniversário, querido, eu te amo muito. ── desejou Love, o beijo que aconteceu em seguida foi cheio de amor e a caixa de presente posta por ela a sua frente foi aberta com animação.
── Você é o meu presente! ── então ambos sorriram.
Após o café da manhã, Pedro foi regar as plantas que Love nunca se lembrava de fazer e a mesma foi até a varanda da frente, curiosa para ver o que estava lá desde que a campainha havia tocado.
Infelizmente, aquilo estragou toda a manhã perfeita que havia se iniciado. Estragou principalmente o desejo de Love de consertar a situação estranha que estava o seu relacionamento.
A caixa, aparentemente tendo sido deixada ali pelo carteiro, estava assinada por um nome desconhecido e direcionada a Pedro, parecia um presente, no entanto se assemelhava muito ao início de um pesadelo. Ao entrar, Love rasgou o embrulho, havia todas as fotos de Pedro e Olivia no Oscar e mais um monte de coisas como chocolates e pétalas de flores.
Sem imaginar, Pedro apareceu no cômodo dançando e animado, afinal era o seu aniversário. Infelizmente Lovelyn estava cega pela ilusão que tudo aquilo lhe dava, a caixa logo voou nos pés descalços dele e soluço de Love foi audível em toda a casa.
── Que merda é essa?
── Não sei, Pedro, me diz você, que merda é essa? ── ela praticamente gritou.
── Tá brincando? ── indagou ele sério. ── Eu não sei nada sobre nada disso, Love.
── Que burra, burra... ── batendo em sua cabeça com as suas mãos, Love chorava de forma impulsiva, logo sendo parada por seu namorado assustado. ── Como eu fui burra.
As lágrimas molhavam todo o rosto dela e seu coração parecia não ter concerto, era óbvio que estava de cabeça quente, mas era também óbvio que ela não podia se conter e nem tentar pensar com clareza alguma naquele instante.
── Lovelyn, para!
── Não! ── gritou. ── Merda, você gosta dela!
A convicção dela era absurda, Pedro quis rir, porém se controlou, pois sabia que tudo faria aquela bomba explodir ainda mais rápido.
── Eu não gosto de ninguém além de você. ── de forma calma tentou o seu melhor para tranquilizá-la. ── Estão tentando te desestabilizar e estão conseguindo.
Mas Love não falou nada, ela se soltou, pegou suas chaves e praticamente correu para fora, descabelada, descalça e quebrada, totalmente incapaz de continuar ali.
── Onde você vai? ── gritou.
── Para o inferno! ── respondeu.
Então, as coisas estavam mesmo ruindo naquele momento.
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