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𝟶𝟹𝟷 ─ medo inconsciente


꒰ 🥀 ꒱ capítulo trinta e um:
── medo inconsciente

꒰ঌ 🗡 ໒꒱ hannah grimes:


QUANDO ME DEITEI SOBRE a minha cama, tentei relaxar e esquecer de tudo que existia ao redor. Infelizmente eu estava tão ansiosa que aquela missão se tornava impossível.

Virei os pés para me levantar e quando olhei para a entrada da minha cela, tive a visão de Daryl se aproximando. Ele parou e se encostou no limiar, me fitando intensamente. Seus olhos azuis estavam escuros e seu semblante calmo. Mesmo depois daquele dia tenso, Daryl conseguia ficar pleno.

── Falei com a Beth. ── A voz rouca dele quebrou o silêncio. ── Contei sobre o que aconteceu com o Zack.

── E como ela reagiu?

Ele deu de ombros. ── Do jeito dela. Ela vai ficar bem.

Acenei com a cabeça, absorvendo aquela informação. Beth era forte – de um jeito que as pessoas subestimavam.

Sem mais palavras, me agachei para pegar minha caixa de roupas. Eu escolhi uma troca limpa e confortável e joguei minha toalha sobre o ombro.

── Vou tomar uma ducha. ── Fiz uma pausa, olhando para ele com um sorrisinho. ── Quer vir?

Um sorriso quase invisível se formou no canto dos lábios de Daryl. ── Banho é só sábado. ── Descontraiu.

── Tem exceções. ── Brinquei de volta, dando uma risadinha.

Nós dois caminhamos até o banheiro e antes de entrarmos em um box para ligar o chuveiro, começamos a nos beijar intensamente. Daryl me deixou contra a parede, dando apertos em minha cintura e explorando cada centímetro da minha boca.

Quando o fôlego começou a faltar, separamos nossos lábios e terminamos com um selinho. Foquei meus olhos nos olhos de Daryl, vendo toda a luxúria que brilhava em sua íris.

── Vamo’ tomar nossa ducha logo. ── Dixon murmurou.

Assenti com a cabeça. Ele me virou de costas, tirou minha regata, desabotoou meu sutiã e em seguida afagou minha nuca, deixando algumas mordidas, me fazendo morder fortemente meus lábios.

── Caralho, você é muito gostosa! Eu não resisto. ── Daryl sussurrou em meu ouvido, me fazendo começar sentir tesão.

Eu me virei para ele e tirei sua camisa, enlouquecendo com a visão de seu peitoral definido. ── E você é um safado, Daryl Dixon.

Entrei no box, abrindo o chuveiro e molhando meu cabelo na água morna. Com nós dois pelados, eu podia ter visão do membro endurecido de Dixon. A visão me deixava cada vez mais molhada. Ele me olhou de cima a baixo, se aproximou e pegou o sabonete que estava na saboneteira.

Outra vez ele se aproximou, me virou delicadamente de costas e começou a ensaboar sensualmente meu corpo, deixando mais mordidas e chupões em meu pescoço e me arrancando arfadas baixas.

Me virei para ele e senti meu corpo ferver por inteiro. Era impossível resistir a Daryl. Mais uma vez começamos a nos beijar intensamente. Eu atacava os lábios dele de forma necessitada, enquanto sentia o mesmo agarrar minha cintura e retribuir o beijo, aumentando a intensidade do momento. Com nossos corpos praticamente colados, eu pude sentir o volume embaixo, me fazendo arfar e morder os lábios dele durante o nosso beijo. Daryl me pegou em seus braços, me fazendo entrelaçar minhas pernas em volta de sua cintura.

Senti quando ele se separou do beijo, me arrancando um baixo resmungo manhoso. De repente, ele afundou a cabeça no meu pescoço, deixando uma mordida forte e me penetrou sem nenhum aviso prévio. Nesse momento, afundei minhas unhas em sua pele e soltei um gemido com seu nome um pouco mais alto.

Daryl começou a aumentar a velocidade de suas estocadas, me fazendo derreter de tesão e prazer em seus braços. Por um momento, esqueci completamente que estávamos transando no banheiro, deixando meus gemidos saírem de forma descontrolada.

Eu enchia o caçador com vários arranhões. Apertava seus ombros com força, passava minhas unhas por seu pescoço e apertava seu cabelo com força.

── Geme meu nome, princesa… ── Daryl pediu com uma voz rouca próxima ao meu ouvido.

Princesa… aquele apelido me fez delirar. Nós dois trocamos olhares e eu mais uma vez aproximei minha boca do ouvido de Daryl e comecei a gemer seu nome.

Eu podia sentir o membro dele pulsando dentro de mim, me fazendo delirar e estremecer cada vez mais. Aos poucos, podia sentir meu ápice se aproximar.

De repente ele parou a penetração e se agachou na minha frente, desceu alguns beijos pela minha barriga, enquanto um de seus dedos foi até a minha parte sensível e começou a massagear a região.

Daryl chegou na minha intimidade, deixou alguns beijos e logo em seguida começou a me chupar, fazendo movimentos circulares com sua língua, enquanto um de seus dedos me penetravam. Eu apertei minhas unhas contra a minha mão enquanto com a livre, eu puxava os fios de cabelo dele.

── Daryl… eu vou… ── Falei entre gemidos.

O mais velho continuou me chupando com intensidade. Depois de alguns minutos, me desfiz em sua boca. Daryl lambeu seus lábios e também seus dedos, me arrancando um sorriso.

── Sabe que eu amo quando faz isso?

O homem assentiu e deu um sorriso repleto de luxúria, querendo me provocar. ── Eu sei.

Sem dizer mais nada, eu o puxei para perto e o deixei contra a parede, olhei no fundo dos olhos do mais velho e apenas disse:

── Agora é minha vez.

Eu fiquei de joelhos na frente dele e sem delongas, coloquei seu membro em minha boca, começando a chupá-lo devagar. Eu pude ouvir um gemido rouco escapando dos lábios de Daryl e também pude senti-lo prendendo meu cabelo e apertando.

Aos poucos, eu comecei a tentar ir fundo e aumentei minha velocidade e algumas vezes eu lambia sua glande. O membro de Daryl batia em minha garganta e eu podia senti-lo pulsando com aquilo. Cada vez mais ele soltava gemidos roucos e me dava fortes puxões no cabelo.

Não demorou muito para que ele acabasse se desfazendo na minha boca. Engoli tudo e logo me levantei com um sorriso, limpando o canto da boca.

Daryl atacou meus lábios. Nós ficamos naquele beijo por quase um minuto e nos separamos pela falta de fôlego. Depois disso, nós nos lavamos e quando o banho acabou, fechamos o chuveiro e vestimos nossas roupas.

Quando terminei de abotoar meu jeans, olhei para ele que secava seu cabelo. De repente, me lembrei do teste de gravidez e fiquei hesitante.

Eu não sabia como contar.

── Daryl. ── Quando ele terminou de abotoar a calça, me olhou nos olhos. ── Eu… menti. Minha menstruação não desceu.

Ele parou tudo o que estava fazendo. A toalha permaneceu em sua mão e ele apertou o tecido, como se precisasse de algo para agarrar. O olhar que ele me lançou era sério e direto, carregado de preocupação que ele sequer verbalizou.

── Então você tá…

Cortei suas palavras e tirei o teste do bolso de trás da calça. ── Não sei.

Eu pude sentir que Daryl ficou tão ansioso quanto eu com a situação, o que me fez ficar de cabeça baixa, com medo de ter irritado ele.

── Você já fez? ── Neguei com a cabeça e ele foi paciente e apenas suspirou. ── Vai. Eu vou te esperar lá no bloco de celas. ── Assenti com a cabeça.

Antes dele ir para o bloco de celas, ele se aproximou de mim e me deu um selinho, então nós trocamos olhares. Quando ele vestiu sua camisa, ele saiu e foi em direção ao nosso bloco de celas.

O que tiver de ser, vai ser. Murmurei para mim mesma. Quando terminei de me vestir, eu tirei a capa de proteção do teste, fui até o vaso e fiz minha necessidade. Depois disso, coloquei a capa novamente e esperei os minutos necessários.

Eu olhava ansiosamente para aquele teste de gravidez, esperando que o resultado aparecesse logo, aqueles minutos pareciam eternidades.

O peso em meu coração aliviou no instante em que vi aquele único tracinho. Negativo. Exatamente o resultado que eu queria… certo?

Deixei uma risada fraca escapar, um som meio trêmulo, enquanto meus dedos ainda seguravam aquele teste. Soltei o ar que nem percebi que estava prendendo e senti o alívio tomar conta do meu corpo. Mas, estranhamente, logo em seguida, veio algo a mais. Algo que não fazia tanto sentido.

Eu estava feliz. Livre de uma preocupação gigante que me consumiu nos últimos dias. Mas mesmo assim, uma pontada estranha persistia no meu peito. Talvez por um momento eu tenha torcido para dar positivo.

Meu olhar ficou fixo no teste por mais alguns segundos, até eu apenas jogar no lixo e dar as costas. Eu não deveria ficar presa àquele pensamento. Não era o momento certo.

Chegando à minha cela, encontrei Daryl sentado sobre minha cama com um olhar ansioso, seu olhar focado em um ponto aleatório.

── Deu negativo. ── Eu o informei, me aproximando e sentando ao seu lado.

Ele soltou o ar do seu pulmão, parecendo aliviado. ── Isso é bom, né? ── Indagou, sem saber lidar bem com a situação.

Dei um suspiro, hesitante. ── É… acho que sim. ── Minha voz arrastou, mas olhei para ele. ── Não é o momento certo.

O caçador acenou positivamente sua cabeça. ── É, seria complicado… Você tá de boa com isso?

── Por que eu não estaria?

Ele deu de ombros. ── Às vezes a gente pensa que quer uma coisa mas na verdade quer outra… fica um sentimento esquisito.

── Eu tô de boa. ── Forcei um sorrisinho e puxei o rosto dele, deixando um beijo em seus lábios.

Daryl segurou meu queixo e deixou mais alguns beijos em meus lábios, puxando meu corpo para mais perto. Durante os beijos, não pude deixar de sorrir. Aquele homem realmente me fazia sentir nas nuvens.

….

Pela manhã eu costumava cuidar de Judith junto de Beth, porém hoje foi diferente. Eu e Daryl fomos acordados com sons abafados de tiros vindos do bloco ao lado. Quando me levantei da cama, rapidamente vesti uma roupa e peguei minha arma e minha faca, enquanto Daryl pegou sua besta.

Assim que saí do bloco de celas, pude ouvir meu pai e Glenn falando sobre zumbis no bloco D da prisão, depois passei por Sasha e Tyreese saindo de um dos blocos. Avisei ao meu pai que iria com eles e mesmo sendo repreendida pelo olhar do Dixon, corri logo atrás deles.

Quando chegamos no local, estava uma histeria coletiva. Puxei a faca do meu coldre e com a ajuda de Daryl, Glenn e Carol fui matando os zumbis que tentavam atacar os sobreviventes. Enquanto isso, meu pai ajudava os outros a evacuarem.

Quando terminamos de eliminar os podres, notei os vários corpos de sobreviventes que foram mortos e dos zumbis que estavam no local. Eu subi para o andar de cima e quando um zumbi atacou Glenn, o matei. Rhee me agradeceu, então nós entramos na cela ao lado, vendo o corpo de um garoto.

Daryl suspirou e concluiu: ── É o Patrick. Já foram todos. ── Começamos a passar pelas celas. ── Eu cuido disso.

Ele atravessou uma flecha na cabeça de uma morta. Nós verificamos as outras celas e logo em seguida eu desci as escadas para verificar os sobreviventes machucados e ajudar Hershel e Carol a cuidar deles.

Quando terminei de fazer o curativo no braço de um garoto, ouvi meu pai pedindo para que eu chamasse o doutor, então assim fiz. Quando ele veio, nós caminhamos até a parte de cima onde papai, Daryl e Hershel se encontravam.

Eu me encostei no limiar, ouvindo o que Rick tinha a dizer: ── Sem mordidas, sem ferimento. Eu acho que ele só morreu.

Caleb analisou o cadáver por um tempo até chegar em uma conclusão: ── E de um jeito horrível. Foi aspiração de pleurisia.

── Ele se sufocou com o próprio sangue. ── Falei, entendendo a linha de raciocínio dele. ── Causou esse rastro pelo rosto. ── Apontei.

Rick olhou para mim. ── Eu já vi isso antes num zumbi lá fora.

── Vi isso no Patrick também. ── Daryl completou.

Caleb olhou para nós e começou a explicar: ── É por conta da pressão que aumenta nos pulmões. É como uma garrafa de refrigerante sacudida. Só que imagina seus olhos, ouvidos, nariz e garganta são a tampa.

── É uma doença dos zumbis? ── Bob questionou.

── Não. Isso já acontecia antes deles aparecerem.

── Pode ser pneumococo causando uma gripe muito agressiva. ── Eu supus, olhando para Caleb que assentiu.

── Alguém trancou ele bem a tempo. ── Disse o Greene enquanto observava o corpo.

Daryl negou com a cabeça. ── Não foi não. O Charlie era sonâmbulo. Eu não entendo. Ontem o cara tava aí comendo churrasco. Como morreu de gripe no dia seguinte?

Fiquei pensativa por um tempo e cruzei os braços. ── Talvez a carne esteja infectada com a doença.

Papai assentiu com a cabeça. ── Talvez você esteja certa. Eu tinha um porco doente, morreu rápido. Eu vi um javali na floresta.

── Porcos e pássaros. Era assim que as doenças se espalharam no passado. ── Hershel concluiu e olhou para meu pai. ── A gente precisa se livrar daqueles porcos.

Caleb se levantou e olhou para nós. ── Talvez a gente tenha sorte. Pode ter sido só esses casos.

Bob cruzou os braços e negou. ── Eu não vejo tanta sorte há muito tempo. Os insetos gostam de ambientes fechados. Não tem nada mais fechado que uma prisão.

── Todos nós aqui fomos expostos.

── Irei reunir o conselho de tarde, então vamos ver o que fazer com tudo isso. ── Digo.  ── Por enquanto, vamos manter distância daqueles que não foram expostos e enterrar ou queimar os corpos dos mortos.

De tarde, por volta das três horas da tarde, o conselho se reuniu na biblioteca. Estávamos todos sentados em frente à mesa. Apenas Michonne não estava no local, pois havia sofrido um acidente mais cedo.

Sentada ao lado de Daryl, batucava os dedos levemente sobre a minha coxa, enquanto ouvia Carol falar.

── O Patrick estava bem ontem e morreu durante a noite. Duas pessoas morrendo rápido assim? Temos que separar todos que foram expostos. ── A grisalha disse olhando para mim.

── São todos do bloco de celas. Todos nós. Talvez mais. ── Daryl concluiu.

── Sabemos que a doença pode ser letal. Nós não sabemos como ela se espalha. Alguém mais mostrou os sintomas que conhecemos até agora? ── Hershel disse enquanto olhava para todos nós.

Encostei minhas costas e cruzei as pernas. ── Só sei que não podemos ficar esperando. Temos crianças. Não é só a doença, se as pessoas morrem se tornam uma ameaça. A gente precisa de um lugar para os doentes.

── Mas não podem ficar no D. Não podemos arriscar entrar lá e limpar tudo. ── O grisalho respondeu olhando para mim.

── Podemos usar o bloco A. ── Tayssa sugeriu olhando para nós dois.

── Corredor da morte? Eu não sei se seria uma boa ideia. ── Glenn se pronunciou.

── É limpo. Isso é bom. ── Dixon respondeu para o coreano. ── Tudo bem pro Doutor. S?

── Vou ajudar o Caleb com isso. ── O ex-fazendeiro disse.

Olhei para o grisalho. Ele claramente estava se oferecendo para ajudar os possíveis infectados junto de Caleb. Eu não achava isso uma boa ideia, porém fiquei em silêncio.

Antes que alguém dissesse mais algo, ouvimos alguém tossindo no corredor, o que chamou nossa atenção. Poderia ser mais um possível doente. Nos levantamos e fomos verificar, encontrando Karen andando com a ajuda de Tyreese.

── Você não parece muito bem. ── Carol exprimiu para o casal.

Ambos se viraram para nós. ── Tô levando ela pra minha cela, pra ela poder descansar.

Neguei com a cabeça e me aproximei. ── Tyreese, não acho que isso seja uma boa ideia.

Karen demonstrou um semblante de preocupação. ── Por quê? O que aconteceu agora?

Fiquei um pouco hesitante em responder, então troquei olhares com os outros. ── Achamos que é algum tipo de gripe. Foi o que matou o Patrick. ── Tayssa explicou.

Assenti com a cabeça e me aproximei do casal. ── Sem falar que minha irmã está naquele bloco de celas. Ela é vulnerável. Qualquer pessoa que pode estar doente ou exposta deve ficar longe.

── A gripe matou o Patrick? ── Karen ficou meio assustada enquanto me olhava.

── Ela vai ficar bem. ── Tyreese tentou tranquilizar, mas sabíamos que não era assim tão simples. ── E agora que nós sabemos como o Patrick morreu, podemos tratar, né?

── Não é tão simples assim. Não sabemos exatamente o que fez ele morrer. ── Eu falei, deixando Ty e Karen apreensivos.

── Sem pânico. Vamos resolver. Mas precisamos manter vocês separados enquanto isso. ── Hershel se aproximou, parando ao meu lado. ── Vou pedir pro Caleb te examinar. Vou ver o que temos de medicamento.

Karen assentiu com a cabeça. ── O David, do grupo de Decatur, também estava tossindo.

Glenn expirou. ── Tá bem, eu vou bucar ele. Tem umas celas limpas nos túneis.

── Eu te ajudo! ── Disse a Parker, dando um suspiro.

── A gente te encontra lá. ── Sasha respondeu e se aproximou de Karen. ── Vem, vamos te levar.

Hershel olhou para mim. ── Temos que fazer outra reunião depois.

Assenti com a cabeça. ── Tudo bem.

Dixon colocou a besta nas costas e falou: ── Eu vou lá enterrar os mortos.

── Vou te ajudar. ── Falei após o mais velho.

Hershel fitou nós dois. ── Usem luvas e máscaras.

Assim que Hershel e os outros se afastaram, Daryl se aproximou de mim e negou com a cabeça.

── Você não vai. ── Dixon murmurou. ── Você não deveria nem tá se expondo dessa maneira.

── Mas eu já me expus, não? Não vai cair meu braço te ajudar. ── Insisti.

── Não vai cair seu braço, mas você pode ficar doente, Hannah.

── Eu tenho uma imunidade muito boa.

Eu dei um passo à frente e comecei a andar na frente dele para que nós não começássemos uma discussão. Eu ouvi Daryl bufando e eu o entendia. Mas a última coisa que eu quero agora é me sentir inútil, me sentir um peso morto.

Quando chegamos, Daryl ficou cavando as covas, ele não me deixou fazer esforços, disse apenas para que eu o ajudasse com a picape e amarrasse alguns gravetos que seriam as cruzes dos túmulos. Com um barbante, amarrava os dois gravetos e gravava os nomes dos mortos com minha faca. 

── Você tá até que agindo bem com isso tudo. ── Comentou Daryl de repente enquanto tirava a terra. ── Você é uma boa líder.

Terminava de dar o nó na corda da cruz. ── Só tento ter calma e agir da melhor forma. ── Suspirei limpando o suor da testa. ── Se bem que às vezes acho que vou perder a cabeça.

── Talvez uma hora. Você é filha do Rick. ── Daryl brincou comigo, me tirando uma risada. ── Todos estão propensos a isso alguma hora, ninguém escapa.

Dei um suspiro enquanto riscava um nome numa cruz. ── Eu tenho um pouco de medo de quando esse dia chegar. Sinto que vou perder a minha moralidade, me tornar uma pessoa fria… Eu tenho medo do que o futuro me reserva. Eu tenho medo do que pode acontecer conosco. Tenho medo de mais perdas. ── Desabafei, com um olhar distante. ── E o principal… tenho medo de ficar irreconhecível.

── Talvez você escape disso. ── O caçador olhou brevemente para mim, mas voltou a cavar. ── Mas mortes sempre vão haver e você sabe bem disso.

Eu dei de ombros, o observando de volta. ── Talvez eu escape, talvez não… talvez eu me perca no caminho.

Daryl me olhou por um tempo. ── Você sabe que não vou deixar isso acontecer com você.

Olhei para ele e dei um sorriso canteiro. Meu coração ficou quente com aquelas palavras. Eu adorava quando Daryl demonstrava seus sentimentos.

── Ainda bem que tava lá.

Papai se aproximou de nós, parando ao nosso lado. ── Eu não sou muito útil sem a minha arma.

── Mas você foi útil. ── Me intrometi.

Ele fitou nós dois, então Daryl continuou: ── Esse tempo todo que você tirou, já mereceu. Não estaríamos aqui sem você.

O ex-xerife pegou uma pá para ajudar. ── Fomos todos nós.

Daryl se virou para o mais novo e respondeu: ── Não, foi você primeiro. Vai ajudar a gente a sair dessa?

── Daryl, eu sei que errei muitas vezes. Aquelas decisões que eu tive que tomar mexeram comigo. Eu quase perdi meus filhos, você sabe disso. ── O mais velho assentiu com a cabeça e apenas voltou a cavar. ── Pra qualquer outra coisa que precisar, vou estar aqui.

── Como eu disse, você mereceu. Se serve de consolo, você diz que errou, mas quando a merda aparece, você tá sempre lá pra ajudar.

Papai ficou em silêncio, parecia sem palavras ou pensando no que dizer. No momento que Daryl saiu de dentro daquela cova, ouvimos Maggie chamar nossa atenção:

── Hannah! Rick! Daryl!

Ao olhar para frente, notamos que a cerca iria ceder por conta dos zumbis. Nós três largamos tudo e corremos para ajudar.

Enquanto seguramos a cerca, outros tentavam golpear os zumbis, porém eram muitos e logo a grade iria ceder. Até mesmo tentamos colocar uns troncos que tinham ali, porém não adiantou. Meu pai então teve a ideia de jogar os pobres porcos para os zumbis famintos irem embora.

Daryl foi com ele, enquanto ele dirigia papai jogava os porquinhos doentes para os mortos, confesso que ouvir aqueles gritos fez meu coração arder e fazer um semblante triste. Então eu apenas saí andando, sem conseguir mais ver aquela barbaridade.

Eu era forte para matar zumbis e viver nesse mundo, porém fraca para ver animais sofrendo.


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