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𝟶𝟸𝟿 ─ sobreviventes


꒰ 🥀 ꒱ capítulo vinte e nove:
── sobreviventes

꒰ঌ 🗡 ໒꒱ hannah grimes:


ENTREI PARA DENTRO DO bloco de celas logo atrás de Daryl. No lado de dentro, vi Beth cuidando da minha irmã. Apenas passei retorno e fui até a minha cela, entrei e me sentei na minha cama, enquanto ficava observando o topo do beliche. 

Alguém entrou e se sentou ao meu lado, me fazendo sair dos devaneios, era Glenn.

── Você e o Daryl se resolveram pelo visto. ── O coreano puxou assunto.

Eu me ajeitei na cama, me encostando nas almofadas. ── Eu resolvi desculpar ele.

── Por isso ele não tá mais nos cantos da prisão com aquela cara emburrada. ── Glenn brincou, me tirando uma risada. ── Eu também me resolvi com a Maggie. 

── Fico feliz pelo casal de pombinhos. ── Disse, com um sorriso largo no rosto.

Rhee deu um sorriso também. ── Quero pedir a Maggie em casamento.

Fiquei surpresa. ── Casamento?

Glenn assentiu. ── Mas eu ainda não tenho um anel adequado.

── Ah, rouba de um zumbi. ── Disse em tom de brincadeira, dando de ombros.

O coreano me olhou, como se estivesse considerando a ideia. ── Não é uma má ideia, sabia?

── Eu falei brincando, seu bobo. Você não vai mesmo dar um anel de uma zumbi pra Maggie, vai?

── Tem ideia melhor? ── Glenn questionou, me fazendo ficar em silêncio. 

É… eu realmente não tinha nenhuma ideia melhor e também não fazia ideia de onde achar uma joalheria para roubar um anel.

Eu dei um suspiro e forcei um sorriso. ── Bem, acho que o que vale é a intenção. A Maggie vai amar de qualquer maneira. 

── Espero mesmo que ela goste. ── Disse o mais velho, com um brilho em seus olhos. 

──Eu não tenho dúvidas. Isso vai ser perfeito. ── Respondi.

── E você, senhorita Grimes, quando vai namorar com aquele Shrek? ── Apontou para Daryl que havia acabado de passar pela nossa cela.

Eu observei o Dixon. ── Quem sabe um dia.

Glenn sorriu e se levantou da cama. ── Quem sabe em breve, daqui a um milhão de anos. ── Brincou e saiu andando da cela. ── Espero estar vivo até esse casamento.

Me levantei e segui o meu amigo. ── Você vai. Vai ser o convidado da primeira fileira. Você e a Maggie. ── Respondi. Nós dois andamos para o lado de fora juntos.

Segui Glenn até o gramado da prisão, onde nós começamos a ajeitar algumas armadilhas para furar os pneus dos carros do Governador quando ele viesse nos atacar.

Maggie, eu e meu irmão ficamos batendo em panelas atrás das grades, chamando a atenção dos zumbis, enquanto Glenn dirigia e Daryl jogava a armadilha, Michonne e Tayssa também estavam lá e nos ajudavam matando alguns zumbis.

Saímos de lá assim que terminamos de ajeitar as armadilhas. Quando chegamos ao pátio, vi meu pai. Michonne, Tayssa, Maggie e Daryl começaram a se afastar, indo mais na frente e eu fiquei atrás, andando ao lado do meu pai. 

── Vai dar a Michonne e a Tayssa pro Governador? ── Indaguei.

Papai me olhou confuso. ── Como sabe?

── Ouvi a sua conversa com o Daryl e o Hershel hoje cedo. ── Respondi, dando de ombros.

O mesmo ficou em silêncio. ── Merle disse que eu não teria coragem, e acho que não tenho. ── Confessou. ── Mas se não fizermos, ele vai atacar. Vai nos atacar.

── Então a gente vai à luta. ── Respondi de forma firme, notando o olhar dele. ── Ele vai nos atacar de qualquer maneira.

── Não quero pôr você, o Carl, Judith e os outros em perigo.

── Acho que o risco vale a pena. ── Olhei ao redor da prisão e voltei a olhar até meu pai. ── Olha esse lugar. É bom viver aqui, eu até me acostumei. A Michonne nos ajudou a salvar a Maggie e Glenn, a Tayssa nos ajudou a montar os planos contra o Governador. Elas duas provaram que fazem parte do nosso grupo.

Meu pai ficou com um olhar pensativo enquanto ouvia minhas palavras, devagar ele assentiu com a cabeça, me abraçou por alguns segundos e se afastou até o nosso bloco de celas

Talvez eu tenha feito ele mudar de ideia.

….

Mais tarde, o meu pai foi atrás da Michonne e de Tayssa porém o mesmo não as encontrou. Ele entrou junto de Daryl, pareciam um pouco ansiosos, então os segui até uma sala nos fundos da prisão onde tinham umas máquinas.

── Ele tava aqui, falou que tava procurando drogas. ── Disse Daryl. Eu me aproximei devagar e passei pela entrada. ── Falou um monte de besteira. 

── O que aconteceu? ── Perguntei olhando para ambos.

Papai me observou de forma hesitante. ── Merle, Tayssa e Michonne sumiram. ── Em seguida, fitou Dixon. Eu andei um pouco atrás de meu pai, ambos analisaram a sala. ── Que besteiras ele falou? 

── Que você ia mudar de ideia. ── Daryl se agachou e pegou um pano. ── Olha só. Ele trouxe elas pra cá, eles já foram. 

── Droga! Vou atrás deles.

── Você não sabe seguir rastros. ── Daryl impediu meu pai.

O mesmo parou e nos olhou. ── Então, vamos juntos. 

── Não, só eu. Eu disse que ia, eu vou. ── O mais velho respondeu. Eu me aproximei dos dois mais uma vez. ── Eles vão voltar pra cá, você tem que ficar pronto. Sua família também. ── Olhou para meus olhos.

Olhei de volta para os olhos dele. ── Posso ir junto. ── Falei, enquanto apalpava meu bolso e verificava se minha arma ainda estava ali. 

Daryl negou com a cabeça. ── Não. Fica aqui com seu pai.

Antes que eu respondesse algo, Dixon foi ágil em abrir a porta e sair para ir atrás do irmão. Eu soltei um suspiro pesado e olhei para meu pai, me virando para ir de volta ao bloco de celas.

Papai e eu caminhávamos em silêncio lado a lado pelo túnel da prisão, o único som era de nossos passos arrastando. Ele parecia meio perdido em seus pensamentos.

── Lembra daquele dia na fazenda? ── A voz dele quebrou o silêncio, e eu olhei para ele, confusa. ── Aquele dia em que perdi a cabeça com você. ── Ele esclareceu, e eu assenti, me relembrando do dia. Rick parou de andar, me encarando com um olhar arrependido. ── Eu errei, Hannah. Falei coisas que nunca deveria ter dito. Eu estava perdido… quebrado… mas isso não é desculpa. Te afastei, e você não merecia isso.

Fiquei em silêncio, surpresa, enquanto ele continuava:

── Nunca te pedi desculpas de verdade por aquilo. ── Ele respirou fundo. ── Mas saiba que tenho orgulho de você. Você é forte. Você é uma Grimes. Mesmo depois de tudo, você ficou do meu lado, me ajudou a segurar as pontas aqui. Isso significa muito mais pra mim do que você imagina.

Um pequeno sorriso escapou dos meus lábios. ── Tudo bem, pai, eu te perdoo.

O ex-xerife deu um meio sorriso de volta, com aquela expressão que ele quase sempre tinha, e me puxou para um abraço apertado. Quando se afastou, seus olhos me estudaram com uma certa intensidade. 

── Quanto ao Daryl… eu sei que peguei pesado. Mas entendi que ele é um bom homem. E você… não é mais uma adolescente. ── Papai hesitou por um momento, como se fosse difícil de dizer as próximas palavras. ── Se vocês querem ter algo, eu vou respeitar. Não vou me meter.

── Quem é você e o que fez com o meu pai? ── Descontraí.

Papai riu de leve, balançando a cabeça. ── Eu tô falando sério, Hannah.

Suspirei, ainda processando tudo. ── Bom, só de você dizer isso já é um avanço.

── Eu só quero que você seja feliz.

Sorri de canto mais uma vez, dando um abraço em meu pai e o apertando. Quando o soltei, olhei para seu rosto.

── Eu te amo.

── Eu também te amo, filha.

Após a conversa, meu pai seguiu e foi cuidar de outras coisas. Eu mal entrei no bloco de celas e pude notar um certo coreano andando em minha direção, com um sorriso largo estampado em seu rosto.

O mesmo se aproximou de mim e mostrou um anel bonito e brilhante. ── Finalmente tenho o anel.

Dei um sorriso pegando o objeto em mãos. ── Roubou de um zumbi? ── Quando ele concordou com a cabeça, dei uma risada. ── O que vale é a intenção, mas isso é esquisito. 

Rhee deu uma risada anasalada e guardou o anel em seu bolso. ── Acha que ela vai gostar? ── Olhou para meu rosto.

── Acho que ela vai amar. ── Respondi. ── Boa sorte, japa. ── Me aproximei dele e lhe dei um abraço. ── Você merece. 

O garoto retribuiu o abraço ainda com um sorriso estampado no rosto. ── Valeu, Hannah banana.

Dei uma risada e revirei os olhos. ── Eu te amo, coreano tonto.

── Eu também te amo, boba. ── Demos uma risada e logo após isso nos separamos.

Andamos até o lado de fora, onde eu me sentei em uma mesa com os outros. Glenn andou até Maggie que estava um pouco mais afastada, retirou o anel do bolso e passou para a mão dela. Maggie ao ver o anel, deu um sorriso largo, abraçou ele e deixou um beijo longo nos lábios do noivo.

── Eles são tão lindos juntos. ── Comentei, feliz por vê-los bem e juntos. 

── É. São sim. ── Beth respondeu, também feliz pela irmã.

O casal andou até nós e meu pai se aproximou da mesa em que todos nós estávamos reunidos. O ex-xerife ficou na frente de nós e começou a a falar:

── Quando me encontrei com o Governador, ele ofereceu um trato. Ele disse que deixaria a gente em paz se eu entregasse a Michonne e a Tayssa. E eu ia fazer isso pra nos manter a salvo. Mas eu mudei de ideia. E agora o Merle pegou elas pra cumprir o trato e o Daryl foi atrás dele e eu não sei se é tarde demais. Eu errei em não contar pra vocês. Sinto muito. O que eu disse no ano passado, naquela primeira noite depois da fazenda, não pode ser desse jeito. Não dá. O que nós fazemos, o que nós queremos fazer, o que nós somos, não é decisão minha. Não pode ser assim. Eu não posso sacrificar um de nós por um bem maior porque nós somos o bem maior. Nós somos o motivo de estar aqui, não eu. É questão de vida ou morte. Como a gente vive, como a gente morre, não cabe a mim. Não sou governador de vocês. A gente escolhe ir, a gente escolhe ficar. A gente fica junto. Vamos votar. Podemos ficar, podemos lutar, ou podemos ir. ── Dito isso tudo, meu pai apenas se virou e saiu andando.

Por mais que fosse arriscado, resolvemos ficar e lutar pelo lugar que era nosso. Nós somos fortes, unidos, espertos… eu sei que vamos conseguir vencer isso. Não passamos por tudo isso para simplesmente morrermos para um idiota que diz ser governador.

Michonne e Tayssa tinham voltado, porém Merle não estava com elas. As mulheres nos explicaram que o Dixon às soltou e foi sozinho atrás do Governador. 

Depois de uma hora e pouco, Daryl também chegou na prisão, passou por todos nós com um olhar quebrado por choro e fui até sua cela. 

Pois é, Merle havia morrido.

Hesitante, subi as escadas e fui até a cela, encontrando o caçador sentado em sua cama com aquele mesmo olhar. 

── Merle morreu ou você só não o achou? ── Perguntei.

Dixon mal olhou para minha cara. ── Morreu. ── Disse de forma curta e direta.

── Eu sinto muito. ── Falei com pesar.

Daryl ficou em silêncio. Eu me aproximei devagar do mesmo, me sentei e o puxei para um abraço. Ele chorava em silêncio no meu colo, eu não ouvia seus soluços, mas podia sentir suas lágrimas molhando a minha camiseta.

Eu o apertei contra o meu corpo e apenas permaneci fazendo uma leve carícia em seu cabelo.

Demorou um tempo, mas aos poucos ele se acalmou. Eu afundei meu nariz em seus cabelos e deixei um beijo curto. Daryl levantou sua cabeça e eu passei meus dedos polegares abaixo de seus olhos para arrastar suas lágrimas.

Em um gesto simples, Dixon me puxou para deitar na cama junto dele. Me aconcheguei ali e deixei que ele dormisse com a cabeça próximo ao meu corpo, então nós adormecemos juntos.

….

Com tudo o que vem acontecendo, preparamos a prisão para o ataque que o Governador provavelmente iria fazer. Papai, Daryl e Michonne ficariam escondidos nos corredores e eu, Maggie, Tayssa e Glenn iríamos atirar assim que os soldados deles saíssem correndo. Hershel, Carl e Beth iriam se esconder em um local seguro e tomar conta de Judith.

Atualmente, todos estavam ocupados com alguma coisa. Eu ajudava meu irmão a levar algumas mochilas para o carro. As mochilas tinham os nossos pertences. Se os planos dessem errado, teríamos que fugir. 

── Obrigada. ── Disse para meu irmão após ele colocar uma bolsa no porta-mala do carro, porém o menor não disse nada. 

Carl estava tão fechado. Ele mal falava uma palavra. Estava trancado em seu próprio mundinho. 

── Dá um tempo pra ele. Ele vai ficar bem. ── Disse Daryl quando se aproximou de mim.

Olhei para o homem e dei um suspiro desanimado. ── É. Espero que sim.

Dixon sabia o quão aquela preocupação mexia comigo. Posso ser durona às vezes, porém eu sempre fico mal quando quem eu amo está mal.

Daryl deu leves batidinhas amigáveis no meu ombro e andou até sua moto, então o segui. ── Você deveria ir com seu irmão.

Neguei com a cabeça. Eu me agachei e comecei a ajudar ele com suas coisas. ── Não. Eu quero lutar pelo o que é nosso.

Daryl olhou brevemente para mim. ── Seu pai se preocupa com você. 

── Eu vou ficar bem, sempre fico. ── Estendi minha mão para ele se levantar.

── Nós vamos ficar bem. ── Assenti com a cabeça quando ouvi as palavras de Daryl. 

── Nós vamos. ── Completei. ── Aliás… ── Me agachei e tirei o colete dele da minha mochila. ── Eu disse que sabia costurar.

Daryl pegou, observou e vestiu. ── Valeu, Grimes.

Antes que ele se afastasse, chamei sua atenção. ── Ontem à tarde eu e meu pai tivemos uma conversa… ── Vi o olhar curioso do mais velho, aguardando pelo resto. ── Meu pai disse que se quisermos ter algo, podíamos. Ele não vai se meter. 

Daryl pareceu surpreso. ── Sério?

Assenti com a cabeça. ── Eu falei que ele tava de boa com você.

O homem deu uma risada mínima. Sem dizer nada, ele se aproximou de mim e deixou um selinho longo em meus lábios, o qual eu retribuí, transformando em um beijo de língua breve.

Quando o carro partiu em direção à floresta, eu e Tayssa formamos duplas, enquanto Maggie e Glenn formaram outra dupla. Nós quatro ficamos em silêncio e escondidos, e vimos os carros chegando e tendo os pneus perfurados pelas armadilhas, o grupo foi para dentro do nosso bloco de celas.

Nesse momento, eu já estava preparada, esperando o grupo do Governador sair correndo. 

Quando a correria começou, destravei meu rifle junto da Parker, nós duas começamos a atirar, afastando aquelas pessoas para longe.

Depois de algum tempo, os inimigos apenas foram em direção aos carros e saíram da nossa prisão. Dei um sorriso satisfeito ao ver que eles foram embora e me levantei do chão.

Eu, Tayssa, Glenn e Maggie nos entreolhamos felizes, comemorando com o olhar por eles terem ido embora e nosso plano ter dado certo. Com toda nossa distração, não percebemos que um homem ainda estava ali escondido.

Eu apenas me dei conta quando meu pai gritou meu nome, fazendo nós quatro olharmos para o atirador. Ele atirou em minha direção e eu apenas senti a bala passando de raspão pela minha cintura, em seguida Daryl apareceu por trás e atirou na cabeça. Maggie, Tayssa e Glenn se aproximaram de mim desesperados e viram o sangue que manchou levemente minha camiseta.

── Que merda. ── Murmurei.

Mesmo que o tiro tenha sido de raspão, doía muito. Maggie me ajudou a caminhar em direção ao bloco de celas e meu pai correu para chamar Hershel. Depois disso, Daryl me levou até minha cela e me deitou na cama.

O ex-fazendeiro veio até mim, analisou a ferida e disse: ── Ela deu sorte. O tiro foi de raspão. Se tivesse sido um pouco mais perto, teria te perfurado. ── Disse olhando para meu pai. O mesmo logo fez uma feição de alívio. ── Vou limpar isso e dar pontos e você vai ficar bem. ── Assenti com a cabeça. 

Quando olhei em volta, notei que os outros me olhavam com preocupação. Todos se afastaram e apenas Daryl ficou comigo, encostado no limiar da porta. 

Meu pai foi conversar com Carl porque ele estava rebelde. O Greene nos contou que meu irmão atirou em um garoto do grupo do Governador, mesmo que ele tivesse se rendido, meu irmão o finalizou friamente.

Após o Greene terminar de dar os pontos no meu ferimento, ele saiu da cela, deixando eu e Daryl a sós. O mais velho puxou uma cadeira e se sentou à frente da minha cama, pegando em minha mão e apertando levemente.

── É melhor você ficar e descansar. ── Daryl olhou para meus olhos, enquanto acariciava delicadamente minha mão. 

Olhei de volta para os olhos dele e assenti. ── Eu vou, pode deixar. 

── Durma bem, morceguinha.

Antes de sair, o caçador ajeitou uma coberta sobre o meu corpo, se levantou da cadeira e depois saiu da cela. 

Eu fechei meus olhos e adormeci em questão de segundos.

….

A hora que eu acordei já era um pouco mais tarde. Aquela porcaria de ferimento ainda estava dolorida, mas pelo menos eu estava descansada.

Eu olhei para frente, onde era a porta e vi meu pai parado, me olhando com um semblante um pouco preocupado. 

── Eu tô bem, só doi bastante. ── Tentei tranquilizá-lo, forçando um sorriso e então tentei sentar.

Papai entrou na cela e veio até mim. ── Melhor você descansar, filha.

── Eu já descansei. O que aconteceu? 

── Seu irmão matou um garoto inocente do Governador.

Suspirei com um certo desânimo. ── Hershel me contou. Você conversou com ele?

O ex-xerife assentiu com a cabeça. ── Confisquei a arma dele. Ele não gostou nada. Ficou dizendo que o garoto ia atacar.

── Vou falar com ele. ── Virei minhas pernas para fora da cama e me levantei de forma desgrenhada, então meu pai me segurou e me ajudou a ficar de pé.

── Nós vamos voltar até Woodbury, só por garantia. ── O mesmo começou a me ajudar a caminhar para o lado de fora. ── Eu, Daryl e Michonne, acho que Maggie, Glenn e Tayssa também vão.

Quando chegamos no lado de fora, pude ver Michonne arrumando as coisas no carro e Daryl ajeitando a moto para irem até a comunidade.

Eu fiquei preocupada com a ideia, mas concordei. ── Certo.

Olhando ao redor, vi meu irmão sentado numa mesa de refeitório afastado dos nossos veículos, eu me soltei do apoio do meu pai e andei até o mais novo, me sentando ao lado dele.

── Oi. ── Murmurei, tendo o olhar dele. ── Fiquei sabendo que atirou em um garoto.

── Ele tinha uma arma. ── Carl respondeu erguendo seu olhar até mim.

── Hershel disse que ele ia entregar a arma.

── Mas ele tinha atacado a gente e o grupo dele era inimigo. ── Carl retrucou.

── Mas estava entregando a arma. Iria se render. ── Rebati de volta.

O mais novo bufou. ── Não sei por que você se importa tanto com isso. 

── Porque você é meu irmão. ── Pontuei, olhando para o mais novo. ── Você não deveria ter atirado em um jovem que ia se render.

── Papai não matou o Andrew e olha no que deu, a mãe tá morta e perdemos o T-Dog. E também aquele dia na fazenda eu não matei o zumbi que matou o Dale.

── Não é a mesma coisa. Não pode sair dando tiro nas pessoas assim, Carl. É errado.

Vi o olhar irritado do menor. ── Que saco! Você não é minha mãe pra me falar o que é certo ou errado! Eu fiz o que tinha que fazer. ── Exclamou e saiu andando batendo os pés.

Fiquei observando o mais novo. A famosa fase chata da adolescência… Dei um longo suspiro, me levantei e andei de volta até os outros. Eu vi Glenn e Maggie se aproximando de nós.

── Rick, vamos ficar. Não sabemos onde o Governador está. Se ele voltar, o detemos. ── Glenn explicou, olhando para meu pai.

── Eu vou ficar também e ajudar nas coisas por aqui. ── Tayssa exprimiu, recebendo um aceno do meu pai.

── Só nós três? ── Disse Daryl, ajeitando a sua besta nas costas. ── Tá bom. ── Olhei para o mais velho. 

── Agradeço por ficarem. ── Papai disse olhando o casal e a mais nova Eu me aproximei do mesmo e o abracei com força. ── Eu te amo. Até mais tarde. 

Dei um mínimo sorriso. ── Até mais tarde. ── Me soltei do enlace e caminhei até Dixon que já ia se sentar na moto. ── Tenham cuidado. 

O mais velho olhou para mim enquanto ligava sua moto. ── Vocês também tenham cuidado aqui.

Assenti com a cabeça. ── A prisão estará em boas mãos até vocês voltarem. 

Me aproximei do mesmo e lhe depositei um beijo na bochecha, então pude ver o fantasma de um sorriso em seus lábios. 

Eu me afastei e logo em seguida Daryl seguiu o carro do meu pai para fora da prisão, enquanto Maggie e Glenn abriam o portão para os veículos saírem. Em seguida nós todos entramos de volta para o bloco de celas. 

Rhee foi ficar de vigia junto da namorada, enquanto eu apenas me deitei no meu colchão, onde notei Carl no lado de cima em silêncio. Com o silêncio que tudo estava, não demorou muito para que eu apenas adormecesse.

Na manhã do dia seguinte, ouvi um som de ônibus vindo do lado de fora. Assustada, me levantei da cama e caminhei junto do meu irmão e os outros até fora do nosso bloco de celas. Ao chegar, vi a picape e a moto de Daryl e o suposto ônibus os seguindo. 

Quando estacionaram no pátio, pude notar várias pessoas saindo, me deixando confusa. Meu pai trouxe os sobreviventes para cá?

Quando Daryl desceu de sua moto, nossos olhares se encontraram. Nos olhamos por alguns segundos, mas logo quebrei aquele contato visual porque meu pai caminhou até eu e meu irmão.

── O que é isso? ── Carl perguntou indignado.

Papai olhou para nós dois e respondeu: ── Eles vão se juntar a nós. ── Carl apenas saiu andando irritado com a situação. 

Meu pai olhou para mim e esperou eu dizer algo. Talvez eu não achasse aquilo uma boa ideia, ou talvez eu só tenha me acostumado a sobreviver com somente pessoas que eu conheço. 

── Ele vai entender uma hora. ── Apenas disse isso, vendo que Rick assentiu.

E eu também iria entender aquilo alguma hora.

Meu olhar voltou até as pessoas que desciam daquele ônibus, todos eram de Woodbury. Havia idosos, crianças, mulheres, homens, bebês… Tinham muitos sobreviventes.

── O Governador foi embora. Sumiu e deixou essas pessoas sozinhas, ele matou os que fugiram da prisão. ── Contou para mim. ── Essas pessoas não tinham pra onde ir. ── Intercalou o olhar até o ônibus. 

── É legal que tenha os acolhido. ── Dei um mínimo sorriso. ── Fico orgulhosa de você e pode ter certeza que o Carl um dia vai admirar isso também. 

Eu andei até as pessoas que estavam com Tyreese, logo ouvi uma voz: ── Como você tá? 

Olhei para trás, vendo Daryl ali. ── Até que bem. E como foi lá? 

── Foi bem. ── Daryl olhou para meus olhos. ── A Andrea morreu. ── Confessou, me deixando surpresa, talvez um pouco triste.

── Mais uma que morreu. ── Disse com pesar. ── Já virou algo normal. 

Daryl assentiu com a cabeça. ── A morte sempre foi algo natural, Grimes. O Governador ainda tá por aí, mas eu vou ir atrás dele.

── Nós vamos. ── Mais uma vez Daryl concordou com a cabeça enquanto olhava para meus olhos.

── Vamos formar uma ótima dupla.

── É. Nós com certeza vamos. ── Sorri.

Tyreese e meu pai guiavam aquelas pessoas para dentro da prisão. Parece que teríamos um novo recomeço.

Tudo o que esperava era poder achar o Governador e fazer ele pagar pelo o que fez a essas pessoas e a nós. Vingança realmente não leva a nada, mas confesso que seria satisfatório ver esse babaca morto.


NOTAS DA AUTORA:

Eu tô tão feliz que chegamos ao fim de mais uma temporada. Finalmente concluímos o 1⁰ ato e iremos começar o 2⁰ ato em breve. Eu tô ansiosa já pra postar os capítulos. 🥳🎉

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