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𔘓 prólogo

𔘓 prólogo (00)
━━ girls need love.
𝔯𝔢𝔠𝔠𝔞𝔴 𝔞𝔫𝔡 𝔪𝔰𝔲𝔤𝔲𝔯𝔬

atualmente em
Shibuya, 2023

Emi já estava cansada da noite mal começada. Podia sentir seus cabelos loiros já brancos de cansaço. Recentemente estudou tanto que mal podia deixar os olhos abertos enquanto Haruka contava sobre sua vida amorosa e os encontros desastrosos que teve nos últimos cinco ou seis dias.

Ela sorriu forçadamente, debruçada nas mãos que apoiavam o queixo. Engraçado como não queria perceber o olhar de todos nela. Às vezes chegava a ser chamada de sonsa, mas realmente não ligava.

Também preferia nunca beber. Se possível, evitava. Para ela era doloroso demais acordar no dia seguinte, sem ninguém, sem comida pronta e sem a casa arrumada. Quem sabe quando tivesse um namorado no final da noite. Enfim, tinha mais amor por si do que por um copo qualquer.

Mas não julgava quem tinha preferência pelos copos. Ao contrário disso. Nem tentava convencer Haruka de que seu comportamento nada responsável no quesito amoroso era tóxico e muito menos tentava explicar para ela como era errado estar em um relacionamento e flertar com outras pessoas.

Elas eram uma boa dupla. Emi e Haruka. Nomes próprios que juntos eram melhores que a combinação de gohan e salmão. Emi Haruka. E se juntassem os sobrenomes? Nossa, era melhor ainda.

Nasceu no mesmo hospital que a garota, um dia depois, com direito a estarem em quartos vizinhos. E assim a vida seguiu. Embora aos olhos nus Emi tivesse a vida perfeita, aos olhos cobertos também era difícil reparar alguma dificuldade.

Não dava para reclamar com gosto. Era puramente da boca para fora em momentos estúpidos e extremos. Vinha como um tornado apenas de vez em quando, ciente de que sua falta de atenção lhe causaria problemas.

- Terra chamando Emi. Você está me escutando?

A garota deu um pulo da cadeira, tomando susto com a voz da amiga e, além, com as luzes esverdeadas da balada. Pensou nesses poucos milésimos de intervenção em como a vida do adolescente estudante universitário era horrível. Mal tinha tempo de respirar e agora estava babando de sono na frente de um barman, como se não bastasse o sofrimento. Maravilha.

- Eu estou ouvindo. Pode falar.

- Então sobre que eu estava falando?

- Sobre como você adorou foder o Tanako. - Desistiu de continuar. Ficou claro que não sabia do que se tratava a conversa. - Não lembro. Haru, fala sério, eu estou morrendo de sono.

- Emi, eles vão chegar daqui a pouco! Já disseram que estão a oito minutos daqui.

- Quem vem mesmo?

- Meu irmão, a namorada dele e um amigo deles. Soube que ele é um gatinho.

- Você acha todo mundo gatinho.

- Agora você vai esquecer daquele escroto.

Era nessas horas que a loira gostaria de tomar o maior gole possível de vodka, mas nada disso melhoraria seu humor pela manhã. Pediu ao barman para que misturasse uma água com gás, xarope de maçã verde e um pingo, literalmente, de gin só para fazê-la conseguir ignorar o comentário sem bater na amiga.

Conheceu o garoto há um tempo e apenas teve uma queda por ele. Daquelas que te fazem ficar vidrado por um tempo e depois, se dispersam por completo. Obsessões de momentos que nunca passariam disso.

O único detalhe era que Haruka era maluca e inventava cenários que não existiam na cabeça. Foi o que fez se algum dia pensou que Emi iria gostar de um merda daqueles. A loira tinha padrões altos.

Altos do tamanho do Burj Khalifa e tão raros quanto alguma educação vinda de adolescentes. Às vezes pensava que morreria sozinha, porém no fundo ainda morava esperança.

Seus pais a criaram com elegância. Jóias, roupas caras, vaidade e um pouco de dramaturgia excessiva. Criaram a receita perfeita da garota mais deseja da universidade que mal ligava para outras coisas a não ser livros, tabuleiros de xadrez, shows de pop e matemática. Sim, era quase um pecado.

E não deixava de ser popular por isso. Na verdade, todos a chamavam de "pacote completo" por ser bonita, inteligente, rica e bem humorada - o que não significa que se você chegasse do seu lado ela te daria bom dia.

Só era ela mesma.

- Eu nem lembro da cara dele. Troca o disco, flor.

- Deixa eu ver se é verdade. - Haruka encarou sua alma através da íris e toda frase de efeito da loira caiu por terra assim que começou a rir. - Sabia.

- Você está me olhando com uma cara de bunda tremenda. Quer que eu faça o que? Chore?

Ambas riram tanto que nem viram o tempo passar. A porção minúscula de álcool entrou na corrente sanguínea de Emi sorrateiramente e quando deu por si, já estava na pista. A mini saia curtíssima cobrindo pouco enquanto sua bunda balançava de um lado pro outro, grata por não passar vergonha por aí depois dos três anos de aula de dança que fez no ensino médio.

Tinha puxado o corpo da mãe. Norte-americana bronzeada com as coxas grossas e definidas por genética. Claro que alguns traços eram do seu pai, mas graças a deus a maior parte foi da mãe. Não que seu pai fosse feio. Ele só teve que fazer sete voltas, no mínimo, com seu caminhãozinho para aguentar Olivia, sua esposa.

Mas não pensava em nada disso no momento em que subia e descia na frente de meio mundo de pessoas encarando-a como se estivessem hipnotizados. De repente, as coisas voltaram ao eixo.

Emi ouviu Haruka dar um gritinho animado e virar na direção oposta. A viu cumprimentando um homem idêntico a ela - olhos e cabelos castanhos, magro e de mais ou menos um metro e setenta e sete - e uma garota de enormes cabelos pretos cacheados.

Logo atrás do que Emi supôs ser um casal, já que estavam de mãos dadas, viu outro homem. Ele beirava um metro e noventa, tinha os cabelos loiros penteados da maneira mais bagunçada possível e uma blusa azul que lhe tirou o fôlego. Seus músculos marcados através do tecido o vestiam como uma luva, se é que caberia nessa definição tão rasa.

Um calor subiu por toda sua espinha na hora, o que a fez engasgar por três segundos. Sua tosse chamou atenção de Haruka, que lembrou de apresentá-la ao grupo. Puxou sua mão e começou a falar.

Todavia, Emi só sabia olhar de cima a baixo aquele homem. Parecia esculpido por deuses de tanta perfeição. Quando forçou um sorriso forçado para cumprimentar sua amiga foi o ápice. A loira estava sendo metralhada por uma paixão sem fim.

- Haibara, você já conhece a Emi, né? Dispensa apresentações.

- E aí, pequena?

- Oi, Haibara. Tudo bem?

Eles se abraçaram antes de ela cumprimentar Leya, a de cabelos cacheados.

- Essa é minha namorada, Leya.

- Olá!

- Oi. É quase um milagre ver o Haibara gostando de alguém, então sinta-se especial. - Emi sorriu.

- Realmente. Não tem ninguém que aguente ele.

Haibara deu um soquinho no braço da irmã e sorriu.

- Pelo visto é de família... - Leya entrou na brincadeira com o comentário.

Emi riu e respondeu:

- É mesmo.

- E esse daqui é o Nanami.

Ele a encarava como se olhasse para uma formiga. Tanto que por um momento Emi duvidou que sua voz conseguiria chegar até seus ouvidos numa boa daquela distância, ainda mais com a música alta e os barulhos.

Mas tentou. Ficou sem graça. Perdeu todo jeito. Sem reparar, colocou os braços atrás do corpo em claro sinal de vergonha e corou. Suas palavras soaram como uma melodia suave:

- Oi.

- Emi, não é?

- É...

- Emi é seu nome?

- É. - Paralisou. Não conseguiu falar nada até sua amiga cutucar seu braço. - Muita gente acha que é Emily, Emilian, Emini, mas é só Emi.

- Muito prazer, Emi só Emi.

Emi que acabara de se tornar só Emi pensava em quem, pleno século vinte um, beijava as mãos de quem conhecia. Mesmo se houvesse quem não o fizesse, Nanami fez. Seus lábios pressionaram como seda sua mão e deixaram um rastro molhado que a loira se recusaria a limpar pelo resto da noite.

- O prazer é meu, Sr...

- Ah, não faça isso. Eu não sou velho assim para você me chamar de senhor.

- Olha lá! Agora já faz jus a idade. - Haibara fez piada.

- Claro que não...é só...respeito.

- Pode me chamar de Nanami. Não há problemas nisso.

- Bom, muito prazer, Nanami.

O loiro sorriu. Seu sorriso era de deixar qualquer um extasiado.

- Já que vocês já se conheceram, podemos saber em que mesa estavam?

- Naquela ali! - Haruka concluiu. - Querem ir para lá?

- Vamos!

Vários minutos de meia conversa se passaram. Todos interagindo, mas Nanami sempre mais calado que o contingente. Não dava conta de tanta socialização. Quando Watanabe se levantou, ele foi atrás. Se explicou pouco:

- Eu e Emi vamos pegar umas bebidas e já voltamos.

- Não se preocupada, cara. - Haibara não queria parecer folgado.

- Imagina, não tem problema algum. O que vocês querem?

- Eu vou querer um gin tônica, por favor. - Leya pediu, já falando o que o namorado queria. - E ele vai querer uma cerveja.

- Qualquer marca. Conheço meu irmão. E eu quero qualquer coisa que me deixe louca.

Nanami assentiu e foi atrás da loira, a qual quase esganou a amiga por não ter ficado ali para acompanhá-la nesse momento constrangedor. O mesmo silêncio de elevador pairou no ar por alguns segundos. Quem o interrompeu foi Nanami tentando puxar assunto:

- O que exatamente quer dizer "qualquer bebida que me deixe louca?"

- Ah, foi a Haruka que pediu?

- Sim.

- Ela tem essa mania.

- E o que isso significa?

- Significa que ela quer vodka pura. Só com uma rodela de limão, no máximo.

- Uau, você a conhece bem. Há quanto tempo são amigas?

- Eu e Haruka? Muitos anos. Desde a barriga das nossas mães. E você e Haibara?

- Fizemos o fundamental juntos. Perdemos para vocês.

- Impressionante que nunca tenhamos nos conhecido antes.

- É. É que eu costumo ser mais reservado quanto às minhas relações pessoais.

- Entendo. As pessoas podem ser um porre quando querem. - Tornou a chamar o barman. - Me vê uma cerveja, um cosmopolitan e...

Havia esquecido.

- Um gin tônica. Pode me ver um copo de whisky também. Você quer o que?

- Um sex on the beach sem álcool, por favor.

- Não bebe?

- Não se eu puder evitar. O dia seguinte é triste demais.

- Tem razão. - Ele riu de leve. A bochecha da garota corou. - Mas depois de um tempo não faz tanto efeito.

- Imagina. Um copo de whisky não deve ser nada. - Ironizou. - Moleza.

- Vou te contar um segredo. - Nanami se aproximou.

Seu hálito fresco e tropical batia contra o rosto da garota, a qual não conseguia nem mexer direito. Estava perplexa. Acabara de perceber que aquele homem se tornaria sua paixão de uma noite.

Ele assistia atentamente seus movimentos, maravilhado. Os olhos castanhos claros dela o fitavam com tanta firmeza que davam até calafrios em Nanami, homem mais velho com tantas e tantas experiências que agora parecia uma criança emocionada.

- Se algum dia quiser cuidar de alguém no final da noite, ofereça um whisky nas suas mãos. Você saberá o tipo de pessoa que está lidando.

- Bom, senhor Nanami, você não quer me oferecer um gole do seu whisky? Quero ver se sabe o tipo de pessoa que sou.

De onde vinha aquela coragem? Não soube dizer ao certo, mas lambeu os lábios e sorriu do jeito mais cafajeste que conseguia. Ninguém nunca era capaz de resistir aos charmosos olhos de Emi e seu charme voraz.

Pegou o copo recém chegado e olhando nos olhos do homem, rodeou a boca do copo com o dedo antes de tomar um belo gole. Tentou disfarçar a careta ao olhar pro outro lado, mas para os experientes ficava nítido o desconforto da ardência quando alguém se atrevia a aceitar o desafio.

Se arrependeu na mesma hora. Ia acordar na manhã seguinte com os ossos doendo e a cabeça pedindo arrego. O fígado já começara a se revirar desde já.

Nanami ficou boquiaberto. Era uma mulher surreal. Bonita, boa de conversa e de copo, além de ter um corpo de tirar o fôlego. Gostava de como não se encaixava nos padrões de beleza comuns e se destacava pelo tamanho das suas coxas - e a bunda que definitivamente reparou quando entrou no local.

Porra, não era de babar em qualquer uma. Mas parecia inevitável ao vê-la sorrir da maneira mais autêntica já vista. Ele bebeu dois goles inteiros para tentar enxergar melhor. Talvez deixando a visão embaçada pudesse ter certeza de ver algo claro.

Girls need love, Summer Walker, começou a tocar.

- Isso quer dizer que você quer algo de mim?

Ela sorriu, divertida. Não respondeu de forma direta.

- Vamos. Me adivinhe.

- Bem, a bebida ainda não fez efeito. Precisamos esperar um pouco.

- Posso fingir estar bêbada.

- Até ficar de verdade. Aposto que não vamos esperar tanto.

- Ah, Nanami, não quebre o meu barato! Tudo tem sua hora certa, não é?

- Por falar em hora, devemos levar as bebidas para eles. Estão nos esperando.

- Deixem que venham até nós. Aposto que se não vieram buscar até agora, não sentiram falta.

- Você é um tipo bem específico. - Pareceu se dar conta de algo.

- Isso é bom ou ruim?

- Depende pra quem.

- Pra você é o que?

- Bom.

- Hum, continue.

- Acho que preciso de outras provas para descobrir melhor. - Ele a desafiou.

- Mais um gole no whisky? Nem pensar!

- Faça o que faria se eu não estivesse aqui.

- Não. Eu vou parecer uma idiota dançando sozinha.

- Já tentou convidar alguém?

Emi avançou em sua direção com passos incertos. Pegou em sua gravata com uma leve vergonha, mas fez de tudo para curtir o momento. Fez uma dancinha de um lado para o outro e o puxou para mais perto.

O corpo retesou e a mente já não batia mais consigo mesma. Aquele homem olhava cada centímetro do corpo dela sem disfarçar, vidrado em todo movimento que fazia. Sentiu uma excitação percorrer os nervos quando foi puxado pela gravata. Puta merda, o que estava acontecendo?

- Me concede essa dança, Senhor Nanami?

- Claro, Senhorita Emi só Emi.

A loira já não via como se controlar e então, soltou os quadris. Com uma mão na gravata do homem e a outra em seu ombro, inclinou a cabeça para trás. Sentia as fibras do corpo esquentarem com a bebida e a sala rodar bem lento.

Queria sentir a música pelos ossos e aproveitar a felicidade que ela lhe proporcionava. Amanhã seria um dia normal como qualquer outro e isso a fazia querer guardar todos instantes ali nitidamente para poder reviver depois.

Nanami, por consequência de ter as mãos na cintura dela, acompanhava os movimentos que fazia. Admirava com tesão a menina à sua frente que mal conseguia falar agora. Deu uma risada sincera com o comentário dela:

- Fala sério, quem vem para uma balada de gravata?

- Eu estava no trabalho.

- Muitas horas extras? Trabalhar de domingo é novidade.

- Preparando algumas coisas. E não pense que é porquê eu quero. Odeio fazer horas extras.

- Quem gosta?

- Com certeza Haibara gosta.

- Isso é coisa de gente estranha. E esses irmãos são os mais estranhos que já vi na vida.

Quem permeava a pista era Doja Cat com a música Candy. A jovem Watanabe virou de costas e ficou com os músculos apoiados no peito do seu novo alvo, roçando a bunda um pouco abaixo do seu quadril. Pela diferença de altura ser tamanha, era difícil provocá-lo tão facilmente.

Mas não desistiu. Repousou a cabeça no seu torax e olhou para cima com olhos de cachorros. Olhos de "por favor, faça algo comigo" que Nanami não sabia como reagir. Embora fosse mais velho e devesse assumir o controle, aquela garota era imparável.

O fazia sentir todo suor acumulado do seu corpo ir parar na última camada da pele e transbordar. Quase não conseguia lidar com aquilo. Por isso, apertou com força a cintura da garota para parar seus movimentos assanhados que o levavam à loucura mesmo com o tecido.

- Isso é coisa de quem já bebeu demais.

- Que nada. Talvez eu esteja me fingindo de bêbada. Quem sabe, não é? Só testando para comprovar.

- Não consigo te decifrar, garota.

- Isso é bom também?

- Depende. Acho que bebi demais. - Os cinco copos que bebeu não estavam perto de fazer efeito, mas ele queria uma desculpa para não se render.

- Então está fazendo o que aqui? Pode muito bem ir pra casa e dormir.

- Ótima ideia.

Ela levantou uma sobrancelha diante da sua resposta. Decidiu continuar:

- Acho que também preciso ir, mas não posso dirigir e meu carro está no estacionamento.

- Quer que eu chame Haibara?

- Acho melhor deixá-los lá. Você se incomoda de me levar para casa?

"Essa era sua forma de me convidar para transar? Uau." Fico impressionado, mas não iria recusar. Ou melhor, tentava não ceder. Estendeu a mão, já olhando em seus olhos, e pediu:

- A chave do carro está no bolso esquerdo, Senhorita Emi.

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