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𝟎𝟏𝟎. 𝖺𝗌𝗍𝗋𝗈𝗇𝗈𝗆𝗒 𝗍𝗈𝗐𝖾𝗋

𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐃𝐄𝐙
𝗍𝗈𝗋𝗋𝖾 𝖽𝖾 𝖺𝗌𝗍𝗋𝗈𝗇𝗈𝗆𝗂𝖺

𝐉𝐔𝐍𝐄 𝐄𝐒𝐏𝐄𝐑𝐀𝐕𝐀 pacientemente na torre de astronomia, e mesmo que estivesse nervosa, sua tristeza a consumia mais. Fazendo sua face parecer tristonha.

Ela só pensava em tudo que estava acontecendo ultimamente, nem sabia como havia se enfiado nessa confusão toda, nem sabia qual momento deixou de querer parar de sentir para sentir qualquer coisinha.

E ela estava tão imersa em seus pensamentos que nem notou Regulus subindo as escadas, hesitando um pouco olhando para ela antes de subir completamente. Pensando se valia mesmo a pena se abrir para uma completa estranha.

— Ei — Colocou a mão em seu ombro, fazendo ela se esquivar de susto — Vamos sentar — Falou cuidadoso.

Assim que ela se sentou, olhou em seus olhos, os encarando profundamente, como se tivesse um ímã forçando os dois a se olharem, e era muito difícil parar.

E o olhar dos dois significavam a mesma coisa, contariam qualquer coisa com facilidade, mesmo não sendo próximos, mesmo não sendo amigos, seus olhos só faziam os dois quererem gritar seus segredos mais profundos.

— O que você queria me falar? — Disse com indiferença.

— Você me lançou um feitiço? — Perguntou parecendo sinceramente assustado.

— O que? — Riu alto — Que ideia é essa? — Franziu o cenho.

Mas Regulus não respondeu, preferiu ficar calado, com medo que se abrisse a boca, iria falar mais coisas do que pretendia.

— Me conte uma coisa sobre você — Gesticulou com as mãos para a menina se abrir.

— Por que eu faria isso? Você é só um estranho, Black — Sorriu falso.

— Porque eu vou falar uma coisa minha, e agradeceria se fosse também em troca — Deu um sorriso debochado.

— Quem me chamou aqui foi você — Deu de ombros.

— Você é realmente um coração de pedra, hm? — Olhou para baixo procurando suas mãos.

June não respondeu, tentou fingir que nem ouviu o comentário, mas aquilo tinha a machucado, sabia que era como todos a viam, mas ouvir aquilo na sua cara doía mais.

— Então? — Coçou a garganta tentando mudar de assunto.

— Quando eu era menor.. — Respirou fundo — Aconteceram algumas coisas, que vamos só dizer que queria esquecer — Suspirou e June concordou novamente — E eu tinha conseguido esquecer algumas coisas, mas recentemente, lembrei de absolutamente tudo — Bufou.

— Ah — Falou June sem saber o que responder.

— June! — Gritou fazendo a menina se assustar, nunca tinham se chamado pelos primeiros nomes — Fala alguma coisa! — Disse frustrado.

— O que você quer que eu fale? — Falou com uma voz fina encolhendo os ombros.

— Você tá com... medo? — Falou triste.

— Não, claro que não — Se recompôs.

— Faz semanas que to tentando ter uma conversa civilizada com você! — Disse irritado — Me fala o que tá acontecendo!

— Não sei o que você quer que eu faça! — Falou sentindo o nó em sua garganta se apertar.

— Talvez falar alguma coisa, expressar alguma coisa, ou até mesmo fazer qualquer movimento que mostre que você têm emoções! — Gritou.

— Isso não é justo! — Gritou de volta.

— Não é justo o que? Que eu acabo de me abrir para você e fica calada? — Disse indignado.

— Não sabia o que falar — Abaixou o tom de voz sentindo seu pulmão doer.

— Por que? — Lançou as mãos pro alto.

— Não.. — Tentou falar alguma coisa mas nada saiu.

— June... — Tentou chegar perto mas a menina se afastou — Por que você tem medo de mim? — Perguntou parecendo chateado.

— Não tenho medo de você — O olhou com seriedade.

— Abaixa esse muro que você construiu em sua volta! — Falou cansado — Do que você tem medo? — A olhou com esperança.

Tenho medo do que você é capaz de fazer comigo. Era o que ela queria falar, mas nenhum som saiu de sua garganta, só conseguia ouvir seu pulmão chiando, implorando por oxigênio.

— Se vira também — Saiu andando em direção as escadas bravo.

— Black! — Sussurrou June, e infelizmente para ela, ele ouviu.

— O que? Fala comigo — Disse chegando perto dela, sem ela se afastar dessa vez.

— Eu sou completamente quebrada — Falou de uma vez só não querendo olhar em seus olhos — Óbvio que sinto sentimentos! — Falou rápido sem pensar. E assim que dissolveu o que disse, percebeu realmente o que aquilo significa, ela sentia sentimentos. Ela realmente sentia sentimentos.

— Eu também sou — Puxou seu queixo para o olhar.

— Mas eu não consigo... — Falou com a voz falhando puxando seu rosto longe dos dedos dele.

— O que? — Falou carinhoso.

— Você é demais pra mim, Regulus — Falou sincera suspirando.

— Você me faz esquecer de muitas coisas que queria lembrar e me lembrar de tudo que gostaria de esquecer — Desabafou — Não sei o que fazer — Olhou em seus olhos.

— Por que você insiste em se aproximar de mim? — Falou irritada — Não sou só uma sangue ruim? — Franziu o cenho chateada.

Regulus estremeceu com a voz de sua mãe novamente, mas se forçou a continuar olhando para ela, para não mostrar fraqueza.

— Você sabe que não concordo com essas baboseiras — Falou enrugando os ombros.

— Sei mesmo?

— Sabe.

— Então por que seu amigos fazem bullying comigo? — Disse com a voz trêmula, prestes a chorar.

— Eles não são meus amigos — Disse sentindo culpa.

— Você sabe de tudo que eu passei por ter nascido bruxa em uma família trouxa? — Disse sentindo uma lagrima escorrer — O tanto de coisa que já vivi por conta de algo que não tive escolha? — Olhou em seus olhos.

— June.. — Sussurrou limpando a lágrima de sua bochecha.

— Você me lembra disso, Regulus, você me lembra de todos os meninos que falaram que iriam brincar comigo para acabar me torturando — Sentiu uma farpa sair de seu coração, assim que disse isso e sentiu alívio.

— Você me lembra de toda vez que minha mãe me enfeitiçou para eu aprender a não mexer com seu tipo — Apontou o dedo para ela — Toda vez... — Sussurrou.

— Não sei o que você quer que eu faça sobre isso — Deu de ombros saindo de perto dele.

— Harris! — Gritou frustrado por ela ter se fechado novamente.

— Já disse para parar de me chamar assim — Disse indiferente e desceu as escadas ouvindo seus gritos.

Mas tudo que sentia era sua bochecha molhada de lágrimas que novamente não paravam de escorrer. Ela sentia, ela realmente sentia.

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