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𝐏𝐑𝐎𝐋𝐎𝐆𝐔𝐄

𝐏𝐑𝐎́𝐋𝐎𝐆𝐎
𝖼𝖺𝖽𝖾̂' 𝗆𝖾𝗎 𝖺𝖻𝗋𝖺𝖼̧𝗈?

𝐃𝐄𝐍𝐓𝐑𝐎 𝐃𝐀 𝐂𝐀𝐒𝐀 Harris, tudo era de ferro, nada ao menos se arranhava, menos a criança, que se sentia de vidro, como se qualquer coisa a quebrasse facilmente, e talvez isso seria verdade, mas ela nunca testou a teoria.

Sua vida inteira foi ela brincando sozinha no quintal de casa, mas fazendo o máximo para não se sujar de terra ou não se ralar. Então costumava brincar de coisas pequenas, simples, que não faziam seus pais brigarem com ela.

Mas ela sempre via as crianças no condomínio escalando árvores, correndo e pulando. Mas seus pais a proibiam de brincar com elas, dizendo que gostariam que fosse delicada e não espadanada. Mas mesmo June, que era nova demais, sabia o que queriam dizer com isso.

Ela costumava olhar para o céu, pensando em qual estrela a chamava mais atenção, mas nunca sabia qual era qual. Seus pais não gostavam de passar tempo com ela, desse jeito, a fazia ser uma pequena curiosa sem lugar para jogar suas perguntas.

Mas definitivamente o que June mais amava fazer era assistir seu pai, só olhando ele com diversas papeladas do trabalho, assinando coisas, a fazia pensar que gostaria de fazer aquilo um dia, queria assinar papeis e se sentir importante, mas nunca conseguia.

"Deixa eu assinar esse?" Perguntava June quase todos os dias com um sorriso enorme.

"Não, June, pare de me atrapalhar e vá arrumar o que fazer" Dizia seu pai todos os dias também, e sempre revirava os olhos quando falava.

June gostava de pensar que todos os pais eram assim, que todos não davam atenção o suficiente para os filhos, que todos não se importavam de verdade, mas ela sabia que não. Via os pais com os filhos na rua, os abraçando e os beijando, e quando ela via alguma criança afastar o contato dos pais, ela sempre ficava irritada e resmungava para si mesma "Se meus pais me abraçassem nunca mais iria soltar".

Sua infância em si foi sozinha, se sentia sozinha o tempo todo, sem pais e sem amigos, não tinha muito o que fazer. Todo dia seus pais iam trabalhar e ela ficava sozinha, e algumas vezes tentava fazer alguma comida para agradar os pais, mas pela bagunça acabava ficando de castigo, a fazendo se sentir mais sozinha ainda.

E foi assim que se passou seus onze anos, até que no seu aniversário, uma pequena carta chegou para a mesma, a fazendo ficar curiosa de como sabiam seu endereço e exatamente o lugar que ela dormia.

Saiu correndo para falar com seus pais sobre isso e ela gritou de felicidade quando descobriu que era uma bruxa, mas tinha uma vozinha dentro de si que falava que eles só estavam a deixando ir para a tal escola para ficarem sem ela.

E o único motivo dela acreditar naquilo é eles não terem feito o mínimo de esforço para saber informações sobre aquilo, a menina que foi atrás de tudo. E mesmo com as informações nas pequenas mãos, eles nem olharam e falaram que estava tudo bem.

Mas como ela fez em seus anteriores onze anos, ela iria ignorar e pensar positivo. Que eles estavam realmente felizes por ela, felizes e contentes, só não sabiam como demonstrar isso, mas estava tudo bem, afinal, ela sabia.

Primeiro de Setembro chegou, e antes mesmo dos pais acordarem, ela já estava no andar debaixo com as malas prontas e com um sorriso de orelha a orelha.

— June — Resmungou seu pai quando a viu sentada no chão enquanto as malas estavam ao seu lado — Por que você já está aqui? — A olhou com indiferença.

— Hoje é o dia, papai! — Sorriu ela — Vou me tornar uma bruxa hoje! — Se levantou pulando de animação — Vamos agora? — Quase gritou.

— Chamei um taxi para você, ele vai te levar na estação — Falou simples e o sorriso da menina caiu um pouco, afinal, pensava que iria com seus pais.

— Ah — Falou com um sorriso fraco — Tudo bem — Fingiu não se importar — E a mamãe? — Olhou para seu pai com seus olhos gigantes.

— Não vai acordar para se despedir, está muito cedo — Falou.

— Ah — Repetiu a menina diminuindo o sorriso cada vez mais — Mas por que você está acordado então? — Juntou suas mãos em esperança.

— Preciso trabalhar — Olhou ao redor da sala por seus materiais, a menina iria soltar mais um "Ah" mas ouviram uma buzina — Deve ser ele — A olhou abrindo a porta — Tchau, June — Falou e virou de costas entrando em casa.

— Cadê meu abraço? — Perguntou a menina sorrindo com os bracinhos abertos chamando a atenção de seu pai.

— Te dou um quando voltar — Falou e fechou a porta em sua cara.

— Ah — Sussurrou a menina sentindo uma lagrima cair de sua bochecha, mas rapidamente limpou e foi em direção ao táxi — Olá senhor! — Falou gentil colocando suas malas ao seu lado.

O resto do caminho era June tagarelando, não parava de falar sobre as oportunidades que iriam vir para sua vida, e mesmo o homem não entendendo, só acenava educado.

Chegando lá, a menina viu seu bilhete e franziu a testa, nove três quartos dizia no papel, e ela pensou o quanto de vezes ia lá mas nunca havia visto essa entrada.

Mas rapidamente raciocinou que deveria ser no meio da dez e nove, afinal, era uma entrada bruxa, não deveria ser descoberta por ninguém. E seu pensamento foi confirmado por ver uma mãe com a filha atravessando, ela ignorou o aperto em seu coração e as seguiu.

Chegando ao outro lado, ela viu muitas pessoas, fazendo com que quase fosse atropelada diversas vezes por ser muito baixa e não ter um adulto ao seu lado.

Ela tentava chegar a entrada do trem, mas parecia que toda vez que tentava chegar perto, via uma família se abraçando, pais chorando, mães beijando as filhas, e isso fez seu coração doer.

Sabia que não era todo mundo que havia pais igual os dela, mas essa era sua confirmação, e não pode evitar de querer chorar.

Chegando ao trem, entrou em uma cabine fazia rapidamente, e viu uma menina parecida com ela entrar junto, olhos castanhos e cabelos castanhos.

— Oi! — Falou a menina animada — Sou a Malia — Estendeu sua mão.

— June — Falou indiferente apertando sua mão.

— Que casa você acha que vai? — Perguntou se sentando em sua frente.

— Não sei — Deu de ombros e a Malia começou a tagarelar coisas que June nem mesmo prestou atenção.

E pelo caminho todo, dessa vez ela que ficou quieta, com seus pequenos olhos cheios de lágrimas encarando a janela.

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