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7° CAPÍTULO

Axel estava deitado em sua cama, o quarto mergulhado em penumbra, iluminado apenas pelo fraco brilho do sol que escapava pelas frestas das cortinas da janela. O silêncio ao seu redor era quase absoluto, exceto pelo som ritmado de sua própria respiração. Ele mantinha os olhos fixos no teto, mas sua mente estava longe dali, girando em torno de um único nome: Alissa.

Era impossível apagar a lembrança do toque suave dos lábios dela contra os seus. A cena se repetia em sua cabeça como um filme, cada detalhe gravado com precisão dolorosa: o calor que subiu pelo seu rosto, a timidez nos olhos dela antes de fechar, o jeito que o mundo pareceu desaparecer naquele instante. Axel tocou os próprios lábios, ainda incrédulo de que aquilo havia mesmo acontecido.

Por toda sua vida, Axel havia aprendido que carinho era um luxo que não lhe pertencia. Crescera à margem, acostumado a olhares frios e palavras cortantes, um garoto invisível em um mundo indiferente. Ninguém jamais se preocupou em perguntar como ele estava, muito menos em tentar entender o que ele sentia. Até Alissa.

Ela tinha algo diferente, algo que o desarmava. Não eram apenas as palavras gentis, mas o jeito como ela as dizia, como se cada uma carregasse um peso genuíno. Ela o via — realmente o via — de um jeito que ninguém nunca tinha feito antes. Axel não sabia como lidar com isso. Era uma sensação nova, assustadora, mas ao mesmo tempo reconfortante, como encontrar abrigo no meio de uma tempestade.

De repente, sentiu o peito apertar. Ele não sabia o que aquilo significava, mas temia que, de alguma forma, pudesse estragar tudo. Afinal, o que alguém como ele poderia oferecer a Alissa? Ela era luz, e ele... Ele sempre fora sombras.

Mesmo assim, o beijo não saía de sua mente. E pela primeira vez, Axel sentiu algo que jamais havia experimentado antes: esperança. Talvez, só talvez, ele também merecesse ser amado.

O som de três batidas firmes na porta quebrou o silêncio do quarto, puxando Axel de seus pensamentos.

── Axel, eu sei que está aí.—  A voz do outro lado era grave, mas controlada, carregada de uma confiança que só poderia pertencer a Terry Silver. Axel franziu o cenho. O que ele estava fazendo ali?

Relutante, ele caminhou até a porta e a abriu com cuidado, deixando apenas uma fresta para encarar o homem mais velho. Terry estava impecável, como sempre, trajando um terno sob medida e aquele sorriso calculado que nunca revelava inteiramente suas intenções.

── Posso entrar? — perguntou ele, mas não esperou pela resposta. Com um gesto, abriu a porta o suficiente para se esgueirar para dentro, deixando Axel sem escolha a não ser recuar.

── Eu... o que você está fazendo aqui? — Axel perguntou, tentando soar firme, mas a incerteza em sua voz o traiu. Ele sabia que Terry Silver era um homem perigoso, não apenas pelo poder que tinha, mas pela habilidade de manipular qualquer um ao seu redor.

Terry fez um gesto despreocupado, como se estivesse apenas visitando um velho amigo.

── Queria falar com você. Conversar, só isso. Algo me diz que você pode me ajudar.—  Ele olhou ao redor do quarto simples, seus olhos analíticos absorvendo tudo em segundos, antes de se virar novamente para Axel.

── Ajudar com o quê? — Axel cruzou os braços, tentando esconder o nervosismo. Ele não gostava de ser pressionado, e Terry tinha o dom de fazê-lo se sentir pequeno, como uma peça em um jogo maior do qual ele não conhecia as regras.

── Alissa. — O nome dela saiu da boca de Terry como um golpe, fazendo Axel enrijecer. ── Ela é talentosa. Muito talentosa. Alguém como ela tem um futuro brilhante pela frente, mas ela precisa estar no lugar certo para isso. Precisa de uma equipe que a impulsione, que a leve ao topo. Eeu posso proporcionar isso.

── Você quer que ela entre para a equipe  — Axel estreitou os olhos. Não era uma pergunta. Terry sorriu, satisfeito

── Exatamente. Mas, como você sabe, ela é... relutante. Acha que pode fazer as coisas do jeito dela, sozinha. Porém, eu acredito que você tem influência sobre ela. Afinal, vocês são próximos. — Ele deu um passo à frente, seu tom se tornando mais persuasivo. ── Eu não estou pedindo muito, Axel. Apenas uma conversa. Convença-a de que isso é o melhor para ela.

Axel sentiu uma mistura de indignação e dúvida crescer dentro de si. Ele tinha percebido o quanto Alissa valorizava sua independência e odiava ser manipulada. Mas Terry era persuasivo, e havia algo em seus olhos que prometia mais do que palavras: poder, segurança, talvez até aprovação. Algo que Axel nunca teve.

── Por que eu faria isso? — ele perguntou, tentando ganhar tempo para organizar seus pensamentos.

── Porque você se importa com ela — Terry respondeu sem hesitar. ── E porque, se ela fizer parte do Iron Dragons, terá uma chance real de alcançar algo grande. Além disso — ele inclinou a cabeça, com aquele sorriso enigmático ── Eu sei reconhecer talento e ela aquela garota tem a chance de brilhar, juntos, lutando lado a lado, você pode levá-la ao topo ao seu lado.

── Não vou enganar ela — Axel disse firme.

Terry não parecia nem um pouco abalado pela firmeza de Axel. Na verdade, seu sorriso aumentou, como se a resistência do garoto fosse apenas mais um obstáculo para ser calculado e superado. Ele deu alguns passos pelo quarto, as mãos cruzadas nas costas, observando o ambiente com a calma de alguém que sabia estar no controle.

── Não vou enganar ela ─ Axel repetiu, a voz mais firme agora. Ele odiava aquele olhar de superioridade, como se fosse transparente para Terry.

── Enganar? ─ Terry parou e olhou diretamente para ele, a expressão simulando surpresa. ── Axel, meu garoto, não se trata de engano. Trata-se de mostrar possibilidades. Alissa tem um potencial gigantesco, mas... você acha que ela vai alcançar tudo o que pode sozinha? Você e eu sabemos que o mundo não funciona assim.

── Ela é capaz de fazer as coisas do jeito dela. E se você realmente acreditasse no potencial dela, deixaria que ela escolhesse.— Axel apertou os punhos.

Terry sorriu novamente, mas dessa vez, havia algo mais frio naquele gesto. Ele deu um passo à frente, se aproximando o suficiente para que Axel pudesse sentir o peso de sua presença.

── E você acha que o mundo vai esperar pela escolha dela? Você sabe como as coisas são, Axel. As pessoas como nós não têm o luxo de ficar de fora. Se você realmente se importa com Alissa, vai querer que ela esteja protegida, preparada, com as ferramentas certas.

Axel respirou fundo, mas o nó em seu peito só apertava. Ele sabia que Terry estava jogando com suas inseguranças, com o medo de não ser suficiente para Alissa, de não poder ajudá-la quando ela mais precisasse.

── E eu imagino que essas ferramentas certas são você e o Iron Dragons, não é? ─ Axel rebateu, tentando manter o controle.

Terry inclinou a cabeça, como se admirasse a ousadia do garoto.

── Exato. Porque, com ou sem a ajuda de vocês, o mundo vai cobrar um preço dela. A diferença é que, comigo, ela estará pronta para vencer.

Axel hesitou, as palavras ecoando em sua mente. Ele sabia que Alissa jamais perdoaria se sentisse que estava sendo manipulada. Mas, ao mesmo tempo, ele não podia ignorar o peso daquilo. A ideia de que, sozinho, ele talvez não fosse suficiente para proteger a pessoa que mais importava para ele.

── Eu não vou obrigá-la a nada ─ Axel murmurou, mais para si mesmo do que para Terry.

Terry deu um pequeno sorriso, como se já soubesse que havia plantado a dúvida. Ele deu meia-volta, caminhando em direção à porta, mas parou antes de sair, lançando um último olhar por cima do ombro.

── Pense no que eu disse, Axel. Porque, no final das contas, escolhas definem tudo. E, às vezes, fazer nada é a pior escolha de todas.

Quando a porta se fechou, o silêncio voltou ao quarto, mas Axel não conseguia mais encontrar paz. Ele sentou na beira da cama, os cotovelos apoiados nos joelhos, a cabeça entre as mãos. Terry havia jogado a semente, e agora ela crescia, lenta e inevitavelmente, em sua mente.

Axel levantou da cama e decidiu que era o momento de conversar com Alissa, ele lembrou qual era o quarto dela daquele dia que eles voltaram da praia juntos. O nervosismo tomou conta dele, ele ficou parado em frente a porta do quarto tentando criar coragem para bater.

Axel encarou a porta do quarto de Alissa, sentindo o coração bater mais rápido a cada segundo que passava. A conversa com Terry não saía de sua cabeça, e, apesar de odiar admitir, ela havia plantado dúvidas. Ele sabia que Alissa era forte e determinada, mas e se Terry estivesse certo? E se, ao tentar protegê-la, ele estivesse na verdade atrapalhando o futuro dela?

Respirou fundo, tentando acalmar os nervos. “ Você não vai manipulá-la, só falar. Deixar ela decidir. “ Repetia isso para si mesmo como um mantra. Mas, mesmo assim, sua mão hesitou antes de tocar a madeira fria.

Com um último suspiro, Axel bateu na porta.

Depois de alguns segundos que pareceram uma eternidade, Alissa abriu. Ela usava roupas casuais e tinha uma expressão surpresa, mas não desconfortável, ao vê-lo ali.

── Axel? O que você está fazendo aqui? ─ perguntou, inclinando a cabeça levemente.

── Eu... preciso falar com você. É importante. — Ele passou a mão pela nuca, nervoso.

Alissa franziu a testa, mas deu espaço para que ele entrasse. O quarto dela era simples, mas organizado, com uma leve desordem que parecia muito com ela: prática, mas cheia de personalidade. Axel ficou parado perto da porta, incerto de como começar.

── Então, o que houve? ─ Alissa perguntou, cruzando os braços enquanto se sentava na cama. Ela parecia tentar ler sua expressão, sempre atenta aos detalhes.

── É sobre o Terry. — Axel desviou o olhar por um momento antes de falar.

── O que tem ele? — Alissa ergueu uma sobrancelha.

── Ele quer que eu te convença a aceitar a proposta. — A honestidade a surpreendeu. Axel não queria jogar jogos, especialmente com Alissa.

── Imaginei que ele faria isso. Terry não é o tipo de pessoa que aceita um "talvez" como resposta. — Ela suspirou, olhando para o chão.

── Alissa, eu não estou aqui para te convencer de nada ─ Axel disse rapidamente, as palavras saindo quase de um fôlego só. ── Só... achei que você deveria saber.

── E o que você acha, Axel?

── Eu acho... ─ começou, antes de soltar um suspiro. ── Eu acho que você é incrível, e que não precisa de ninguém te dizendo o que fazer. Mas, ao mesmo tempo, Terry não está errado sobre o mundo ser difícil, especialmente pra quem tenta seguir sozinho.

Alissa o observava atentamente, sem dizer nada. Axel se sentia cada vez mais pequeno sob aquele olhar, como se estivesse sob um microscópio.

── Só quero que você tome a decisão que seja certa pra você, não pra ele. Ou pra mim. ─ Ele abaixou a cabeça.

Um silêncio se instalou entre os dois, mas era diferente, carregado de algo mais profundo. Finalmente, Alissa se levantou e deu um passo na direção dele.

── Obrigada por ser honesto comigo, Axel ─ disse ela, a voz baixa, mas firme. ── Isso significa muito.

Axel levantou os olhos, encontrando os dela. Por um momento, ele viu a mesma determinação que o fascinava, mas também uma vulnerabilidade que ela raramente deixava transparecer.

── Não importa o que eu decida, quero que você saiba que confio em você ─ continuou Alissa, colocando a mão levemente no braço dele. ── E que, mesmo que o Terry pense que pode me manipular, ele não pode.

Axel sentiu um alívio inesperado. Talvez Terry estivesse errado, afinal. Alissa não precisava de alguém para convencê-la, porque ela já sabia quem era e o que queria.

── Obrigado, Alissa ─ disse ele, um sorriso tímido surgindo em seus lábios.

── Agora, vamos esquecer o Terry por um tempo. — Ela retribuiu com um pequeno sorriso antes de se virar.── Que treinamos juntos um pouco? Tenho certeza que eu te venço

── Você pode tentar, mas não vai conseguir. —  Axel riu, a tensão finalmente se dissipando.

Espero que tenham gostado.

Mais um capítulo hoje para agradecer os 1k de curtidas, amo vocês❤️

Eu não quero ter que esperar até fevereiro para continuar 😭😭 me apeguei a eles, afs

Uma pergunta, vocês querem que eu faça uma fanfic da Abigail, seria dos filmes de Karatê Kid, porque a bichinha tem história viu.

E mais uma vez obrigada pelo apoio.

Até amanhã, chega por hoje.

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