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EVIE HARGREEVES POV'S

Cinco e eu voltamos para a mansão atrás de notícias sobre Klaus que estava sumida fazia algumas horas e aquilo estava me apavorando pois ele nunca tinha ficado tanto tempo sem mandar mensagem ou me visitar.

Caminhava pelos corredores da mansão indo em direção ao quarto de Klaus e pude escutar sua respiração ofegante dentro do cômodo.

Evie: Graças a Deus, Klaus! - exclamo sorrindo aliviada indo até ele, o puxando para um abraço que foi retribuído no mesmo segundo. - Você está bem?

Klaus: Oi, bruxinha! Sim, eu estou bem. - nos afastamos do abraço e vi seu rosto totalmente abalado. - Só uma noite longa.

Cinco: Pelo visto, mais de uma noite. - falou encostado na beirada da porta e com suas mãos no bolso.

Klaus: É. - falou vestindo sua camiseta.

Cinco: Não lembrava das chapas de identificação ou dessa tatuagem, é nova?

Klaus: Olha só, não consigo nem lembrar direito de quando pedi pra fazer a tatuagem. Como eu falei, foi uma noite longa, entendeu?

Cinco: Eu já sei o que você fez? - disse abrindo um sorriso cínico no rosto enquanto olhava Klaus se sentar na cama.

Evie: Do que você tá falando? - sussurrei perto de Cinco que se desencostou da porta e se aproximou mais de Klaus.

Cinco: Olha, eu reconheço os sintomas, Klaus. Atordoado, coceira pelo corpo, a dor de cabeça que parece que alguém enfiou uma caixa de algodão dentro do seu nariz até o seu cérebro. Me conta como foi.

Klaus: Sabe seus amigos? Eles invadiram a casa e não conseguiram te achar, aí eles me levaram de refém.

Cinco: E como vingança, você roubou a maleta deles. - fiquei parada ao lado de Cinco apenas observando a conversa que estava me deixando mais atrapalhada do que nunca. - Onde você esteve? Ou devo dizer quando?

Klaus: Que diferença faz? - disse fazendo Cinco o interromper todo estressado.

Cinco: Que dife... Tá. Ficou quanto tempo por lá? - perguntando andando de um lado para o outro no quarto.

Klaus: Quase um ano. - Cinco e eu arregalamos os olhos.

Cinco: Um ano? Sabe o que significa? - questionou se aproximando lentamente do irmão.

Klaus: Sei, eu tô dez meses mais velho agora. - assento com a cabeça enquanto me segurava para não sorrir.

Cinco: Não, não é nenhuma piada, Klaus. O Hazel e a Cha-Cha vão fazer de tudo para pegar a maleta. Onde ela está?

Klaus: Já era. Destruí. Puf! - fez um movimento com sua mão imitando uma bomba explodindo.

Cinco: Onde é que você tava com a cabeça? - me aproximei de Cinco, segurando em seu braço tentando evitar ele de avançar em cima de Klaus. - Eu precisava da maleta, imbecil.

Klaus: Me deixa, o interrogatório acaba por aqui. - falou de levantando da cama e indo para fora do quarto. - Cuida dele aí, Evie.

FIVE HARGREEVES POV'S

Estava em cima de minha cama, fazendo algumas equações em cada parede daquele cômodo, eu estava conversando com Dolores sobre os cálculos até escutar uma voz.

Luther: O que é tudo isso? - disse se aproximando dos cálculos que eu estava respondendo.

Cinco: É um mapa de probabilidade. - respondo sem dar muita importância para a presença de Luther.

Evie: É sobre o apocalipse? - senti meu coração acelerar assim que escuto a voz dela, me virei rapidamente para olhá-la vindo até nós.

Cinco: Sim! Fiz alguns cálculos de cuja morte poderia salvar o mundo, reduzi para quatro.

Evie se aproximou de mim e ficou lendo o que eu escrevia na parede.

Luther: Quem é Milton Greene? - perguntou olhando para os quatros nomes na parede.

Cinco: Acho que é um jardineiro. - falei puxando uma maleta e abrindo ela em seguida, revelando uma enorme arma.

Evie: Como um jardineiro vai causar o apocalipse? - perguntou me olhando com uma feição confusa no rosto.

Cinco: Sua morte vai economizar bilhões, é matemática básica.

Luther: Não fazemos esse tipo de coisa! Esse tal de Milton é inocente! - reviro os olhos com o drama de Luther.

Cinco: Não estamos fazendo nada, eu estou. - falei me virando para sair do quarto.

Luther: Eu não posso deixar você matar pessoas inocentes.

Cinco: Boa sorte em me impedir, número um. - debocho saindo do quarto com a arma em minhas mãos.

Luther: Você não vai a lugar nenhum. - ele agarra Evie no colo e aproxima da janela, ameaçando derrubá-la.

Evie: Luther! Me põe no chão! - a garota grita se debatendo nos braços de Luther.

Cinco: Coloca. ela. no chão agora. - falei mirando a antiga arma do papai em direção à Luther que me olhou com um sorriso convencido.

Luther: Abaixa a arma, você não vai matar ninguém hoje. Sei que ela é importante pra você então, não me faça jogar a minha própria irmã pela janela.

Evie: O quê? Isso é loucura! - exclama olhando incrédula para o loiro.

Abaixo a arma e jogo a arma em cima da cama, no mesmo instante, Luther coloca Evie de volta no chão e ela se afasta com medo do loiro, indo em minha direção.

Cinco: Você está bem? - pergunto conferindo se a garota estava bem e ela apenas assentiu com a cabeça.

Luther: Eu sei que você ainda é uma boa pessoa, Cinco. Tem que haver outra maneira.

Cinco: Bem, existe um jeito, mas é basicamente impossível. - digo pensando por alguns segundos até eu acenar para Luther me seguir e fomos para fora do quarto.

Luther e eu estávamos quase saindo da mansão quando escutamos Evie vindo atrás de nós, mas a impedi colocando as minhas mãos em seus ombros.

Cinco: Você vai ficar! É perigoso demais pra você! - digo impaciente mas ela insistia.

Evie: Por favor, Cinco! - disse me olhando no fundo dos olhos com uma feição triste no rosto.

Cinco: Eu não quero que você se machuque de novo, Ev! Eu nunca me perdoaria se algo acontecesse com você.

Evie: Eu também não me perdoaria se algo acontecesse com você... vocês dois. Eu posso ajudar, nem que seja um apoio emocional.

Cinco: Tudo bem, você pode ir. - olhei para a garota que abriu um enorme sorriso no rosto. - Mas se a situação ficar perigosa, Luther e você saiam de lá o mais rápido possível, entendido?

Evie: Sim, senhor. - Luther e Evie assentiam com a cabeça e fomos em direção ao carro.

EVIE HARGREEVES POV'S

Durante a viagem de carro, nós ficamos sentados em um completo silêncio por um bom tempo, até Cinco decidiu finalmente quebrar o silêncio.

Cinco: Sabe, eu nunca gostei disso. - diz olhando para a janela ao seu lado. - A matança. Eu me orgulhava disso mas nunca me deu prazer. Acho que foram todos esses anos sozinho.

Evie: Você se foi por tanto tempo e tudo ficou um pesadelo pra mi... pra todos nós. - digo recebendo o olhar do garoto pelo retrovisor. - Eu senti muito a sua falta, tudo ficou tão estranho sem você.

Cinco: Digo o mesmo, Ev. - sorrimos um para o outro mas desviei o olhar quando escutei Luther se pronunciando.

Luther: Você acha que eles vão acreditar? - perguntou se referindo a maleta que estava em suas mãos.

Cinco: Bem, o que eu sei é que eles estão desesperados.

Voltamos a ficar em silêncio por mais alguns segundos até escutarmos a buzina de um outro carro vindo em nossa direção.

Cinco: Aqui vamos nós. - disse saindo do carro mas antes de se afastar do veículo, ele parou no vidro de trás do carro para me olhar. - Por favor, não saia do carro e se tudo der errado, pede desculpas à Dolores por mim.

Evie: Tudo bem. - abri um sorriso nervoso pra ele que só assentiu com a cabeça e foi em direção as duas pessoas que saiam do carro.

Cinco: As máscaras são mesmo necessárias? - perguntou para a dupla que arrancou as máscaras, jogando elas no chão.

Cha-Cha: Fala, cadê a maleta? - falou nem um pouco paciente para o rapaz.

Cinco: Nossa, vai começar assim? Olha, a gente pode voltar pro carro e dar isso por encerrado.

Cha-Cha: Não vai andar nem até a metade. - disse tirando uma arma de seu bolso e mirando para o garoto.

Sei que Cinco mandou eu ficar dentro do carro olhando mas acabei ficando com medo de algo acontecesse com ele e me teletransportei para fora do carro, parando ao lado de Luther.

Luther: Cinco não mandou você esperar dentro do carro? - questionou me olhando sério.

Evie: Ele não manda em mim, Luther. - digo desviando olhar para Cinco.

Cinco: Mas, como descobriram no último ataque, o meu irmão não é um gigante qualquer.

Hazel: É mesmo, você deixou um lustre cair nele e ele levantou.

Cinco: Antes de acabarem com ele, ele esmagaria sua preciosa maleta até virar pó.

Hazel: E nós dois também, né? - falou tirando uma arma de seu bolso.

Cha-Cha: E aquela garota do lado do grandalhão? - Cinco me olhou rapidamente e se virou de volta para encarar a mulher.

Hazel: Foi ela quem me derrubou usando a telecinese mas felizmente, eu acabei atirando nela.

Cinco: Bom, se tentarem fazer alguma gracinha, ela pode acabar com vocês em 2 segundos apenas usando a mente. Vocês decidem.

Hazel: Certo, como a gente vai ajudar um ao outro?

Cinco: Quero que entrem em contato com a sua chefe pra eu falar com ela, cara a cara.

Cha-Cha: Sobre o quê? - perguntou ainda mirando a arma para Cinco, que tinha suas mãos para dentro do bolso.

Cinco: Isso não interessa a vocês dois, apenas entrem em contato com ela.

Cha-Cha: Só não fala pra ela sobre a maleta. - Cinco assentiu com a cabeça e se virou de costas vindo em nossa direção.

Cinco: Ev, eu falei pra você ficar dentro do carro. - falou segurando nos meus ombros.

Evie: Me desculpa mas eu fiquei com medo de algo ruim acontecer. - ele suspirou e abriu um sorriso fraco sem mostrar os dentes.

Cinco: Tudo bem, eu entendo. - ele tirou suas mãos dos meus ombros, as colocando de volta no seu bolso. - Só fique atrás do Luther, por segurança.

Evie: Vou ficar. - digo assentindo com a cabeça e fiquei ao lado de Luther.

Luther: O que a gente faz agora? - pergunta segurando a maleta falsa.

Cinco: Vamos esperar. - ficamos em silêncio por um breve segundo até ouvirmos o som de um caminhão de sorvete.

Evie: É ela? A Gestora? - pergunto olhando para o caminhão que se aproximava de nós.

O caminhão de sorvete se aproxima e pude ver que não se tratava da Gestora, e sim de Klaus, Ben e Diego.

Evie: Meninos? - digo olhando para Klaus que acenava para nós com o maior sorriso no rosto.

Cinco: O que ele tá fazendo aqui? - falou olhando o caminhão indo em direção à dupla que também estranhava aquilo.

Cha-Cha: É armação! - exclama para Hazel e eles começam a atirar.

Cinco: Evie, se esconde! Agora! - grita para mim e eu crio um campo de força em nossa volta, assim nenhum de nós poderia ser atingido pelas balas. - Como você fez isso?

Evie: Passei 17 anos trancada em um laboratório, aprendi muita coisa nesse tempo. - disse para Cinco que sorriu desviando o olhar para a barreira que nos rodeava.

FIVE HARGREEVES POV'S

De repente, tudo que estava acontecendo parou e eu sabia perfeitamente quem tinha feito aquilo. Caminhei por alguns segundos pela estrada até ouvir uma voz que eu não escutava há muito tempo.

Gestora: Belo truque, não é? Olá, Cinco. - retirou os óculos escuros de seu rosto. - Você está bem... apesar de tudo.

Cinco: É bom ver você de novo. - falei com as mãos dentro dos meus bolsos.

Gestora: parece que foi ontem que nos conhecemos. É claro que você era um pouco mais velho. Parabéns!  Pela regressão de idade, conseguiu despistar todos nós.

Cinco: Eu queria poder ficar com o crédito. Eu só calculei mal as projeções de dilatação do tempo e... olha só, tô aqui.

Gestora: Você sabe que seus esforços são inúteis. Então, por que não me diz o que você quer de verdade?

Cinco: Eu quero que você impeça o apocalipse. - respondi a mulher que apenas abriu um leve sorriso nos lábios.

Gestora: Já entendeu que o que está pedindo é praticamente impossível, até pra mim. O que tive que acontecer, vai acontecer. Essa é a razão da nossa existência. - tirei uma arma do meu casaco e morei na cabeça da mulher que sorria.

Cinco: É? E que tal a sobrevivência como razão?

Gestora: Cinco, essa fantasia que você vem alimentando de recrutar sua família para impedir o apocalipse, ter um romance com uma linda garota é apenas... fantasia. Mas eu devo dizer que estamos muito impressionados. A sua iniciativa e... a sua perseverança são realmente... excepcionais.

Cinco: Aonde você quer chegar com isso?

Gestora: Vem trabalhar com a gente de novo. Sabe que lá é o seu lugar.

Cinco: Não, você está errada! Meu lugar é aqui com a minha família. - falei dando uma rápida olhada em Evie.

Gestora: Pense bem, Cinco. Você teria o melhor plano de saúde, aposentadoria, e daria um fim à essa viagens incessantes. Você é um profissional diferenciado nesse uniforme de estudante. Nós temos a tecnologia pra reverter o processo, porque você não pode ser feliz... assim.

Cinco: Não é o que eu tô procurando. - a mulher acaricia levemente o meu rosto.

Gestora: É o que todos estamos procurando. Podemos fazer isso acontecer, fazer você e a sua namoradinha terem a aparência de suas respectivas idades.

Cinco: Mas e os meus irmãos? Eu quero todos eles vivos, principalmente ela. - digo olhando para Evie e Gestora assenti com a cabeça.

Gestora: Todos eles? - falou olhando para todos os irmãos.

Cinco: Sim, eles são a minha família. - a mulher coloca seus óculos escuros em seu rosto novamente.

Gestora: Bom... eu vou ver o que posso fazer. - ela estende a mão para mim. - Aceita a oferta?

Dei uma última olhada em Evie antes de apertar a mão da Gestora e nos teletransportarmos para à Comissão.

NOTAS DA AUTORA

Olá, leitores!!
Eu simplesmente amei esse capítulo e estou bastante ansiosa para os próximos que virão.

• TikTok: iovecasss.

• comentem e deixem a estrelinha.

• não sejam um leitor fantasma.

• desculpe por qualquer erro de escrita.

Obrigada por ler,
Beijos<3