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EVIE HARGREEVES POV'S

Na manhã seguinte, Allison ficou horas grudada no telefone tentando saber alguma notícia de seu marido que não havia retornado à noite.

Klaus estava dormindo no sofá todo jogado enquanto eu tomava café da manhã sentada em uma das poltronas até que escutei uma voz.

Klaus: Bom dia, irmãzinhas. Tá tudo bem? - antes que eu pudesse dizer alguma coisa, Allison respondeu rapidamente.

Allison: Não, o Ray não voltou pra casa ontem. - responde andando de um lado para o outro.

Klaus: Calma, tá tudo bem. Não tem problema, ele deve estar bem. - fala se ajeitando no sofá. - A primeira coisa que a gente precisa é de café, vitamina B12... e uma tigela quentinha de sopa. Aí a gente vai conseguir resolver tudo isso.

Allison: Ele me viu usando o poder no policial. - fala deixando todos nós em silêncio.

Evie: Isso é bom! Você estava salvando a vida dele daquele policial babaca que ia matar ele.

Allison: Ai, eu sou tão idiota! - se senta na cadeira da mesa de jantar.

Klaus: Não, você não é. Você já ouviu a fábula do escorpião e do sapo? - responde se sentando ao lado da irmã.

Evie: O quê? - pergunto me sentando do outro lado de Allison, querendo saber essa fábula de Klaus.

Klaus: O escorpião quer atravessar o rio, né? Então ele pede pra que o sapo leve ele mas o sapo fala: "O que eu ganho com isso?" E o escorpião fala: "Eu te dou cinco paus." O sapo fala: "Eu quero 20". Aí o escorpião fala: "Dez". E o sapo fala: "Não, olha só. A gente vai fechar por 15". E o escorpião fala: "Tá bom, 15." Aí, na metade da travessia, o sapo sente uma dor horrível nas costas, e vê que o escorpião picou. Sabe? E aí o sapo fala: "Que merda é essa, cara? Agora a gente vai se afogar, os dois!" E os dois morrem.

Ficamos caladas por alguns segundos tentando entender a lógica daquela fábula ser boa para o problema que Allison estava passando.

Allison: E qual é a moral dessa história? - exclama indignada com o irmão.

Evie: Eu não entendi nada da história mas acabei gostando.

Klaus: A moral é que sapo é um bicho escroto e que negociar com terrorista não é coisa que se faça.

Allison: Não! Eu não vou aturar a sua loucura! De jeito nenhum! - fala se levantando da cadeira. - Eu vou achar o meu marido!

Ela se retira da cozinha deixando nós dois em silêncio no cômodo.

Klaus: Ai, e a minha sopinha? - diz choramingando pela sopa que ele tanto queria.

Avisei a Klaus que voltaria para a casa de Elliott para me encontrar com Cinco, Diego e Lila que provavelmente estariam preocupados com o meu sumiço.

Assim que entro no cômodo onde estavam todos, Cinco se teletransportou rapidamente de frente para mim e me segurou em meus ombros.

Cinco: Onde você estava com a cabeça? Eu mal consegui dormi pensando onde provavelmente você poderia estar.

Evie: Cinco, eu tô bem. - abro um pequeno sorriso no rosto e coloco as minhas mãos em cima das mãos de Cinco. - Eu apenas fui procurar Klaus e Allison por Dallas, só isso.

Cinco: Tudo bem, só me avisa da última vez que for sair por aí, sabe que eu preciso de você mas do que nunca.

Evie: Sei sim e agora eu estou aqui pra te ajudar, beleza? - digo depositando um beijo na bochecha do rapaz.

Lila: Aí, vocês são tão fofos que chega a me dar ânsia. - fala olhando para nós dois enquanto estava sentada ao lado de Diego.

Cinco: Cala a boca, pirada. - ele segura a minha mão e me puxa para nos sentarmos no sofá. - Agora, nossa prioridade é encontrar o papai e obter respostas, porque todo o resto depende disso.

Diego: Que, só pra saberem, eu já encontrei... - ia terminar de falar quando foi interrompido por Cinco.

Cinco: E deixou ele escapar, antes da gente poder conversar. - disse segurando uma caneca cheia de café.

Diego: Ele me esfaqueou. - responde apontando para o machucado em seu abdômen.

Cinco: Tô surpreso de ele ter esperado tanto tempo, todo mundo já teve vontade. Que bom que eu sei onde o papai vai estar hoje à noite. - diz me entregando um convite branco.

Evie: "Hoyt Hillenkoetter e o Consulado Geral do México em Dallas o convidam cordialmente para um baile."

Elliott: Ô! Espera aí. O Hoyt Hillenkoetter? Tá falando sério? - assenti com a cabeça para o homem.

Lila: Nós precisamos ir! - fala recebendo o olhar de Diego. - Vai ter uma torre de frutos do mar.

Elliott: Não, o Hillenkoetter é um dos Doze Majestosos. É um comitê secreto de cientistas, militares, Estado Profundo. Ninguém sabe exatamente o que fazem.

Diego: Espera ai, são do governo? - pergunta se ajeitando no sofá e acaba sentindo uma forte dor por conta de seu ferimento.

Elliott: Governo Paralelo e o Kennedy foi o primeiro presidente a tentar expor tudo isso, mas não se pode mexer com esses caras. - ele se aproxima de nós com uma foto em suas mãos e nos releva a imagem.

Lila: Espera aí, só tem 11 homens aqui. - disse analisando a imagem de perto.

Elliott: É porque só identificaram 11 até agora. - responde olhando para todos nós.

Evie: E o décimo segundo? Você tem alguma pista sobre ele?

Cinco: Acho que não precisamos de pista, está bem óbvio quem é. - fala olhando no fundo dos meu olhos.

Escondidos atrás de um carro ao lado de fora da porta do evento, ficamos parados por alguns segundos pensando em como passaríamos para entrar na festa despercebidos.

Lila: Então, qual é o plano? - pergunta se virando para Cinco e eu.

Diego: Nós nos infiltramos, identificamos, extraímos para dobrar o tempo.

Evie: Quê? Não entendi nada do que você disse. - digo para o homem que respirou fundo.

Cinco: Ele não sabe explicar bem, Ev. Apenas encontrem o velho e depois saiam o mais rápido possível.

Diego: Viu? Foi exatamente o que eu disse? - franzi as sobrancelhas para Diego e Lila soltou uma risada baixa.

Evie: Se você diz... - me levanto atrás do rapaz e começo a caminhar indo em direção à entrada do local.

Quando entramos na parte de dentro do evento, acabamos nos deparando com diversas pessoas ao redor, chegava a ser difícil abrir um caminho pela multidão.

Diego: Não estou vendo o papai em lugar nenhum. - diz passando seu olhar por todas as pessoas em sua volta.

Cinco: Apenas fique de olho no Majestic Twelve. - antes de nos afastarmos de Lila e Diego, Cinco os chamou a atenção. - Diego, tente não fazer nada estúpido.

Cinco segurou a minha mão e foi nos levando em direção as escadas mas acabei parando de andar no meio do caminho.

Cinco: Ev, tá tudo bem? - assenti com a cabeça enquanto entrelaçava as nossas mãos.

Evie: Sei que estamos em missão agora mas, você aceita dançar comigo?

Cinco: Pode ser, uma dança não vai matar ninguém. - ele desceu dos primeiros degraus e me arrastou até para o salão onde diversos casai estavam dançando.

Segurei a mão de Cinco e a coloquei em minha cintura, passei meus braços ao redor de seus ombros. Começamos a nos balançar suavemente no ritmo da música.

Evie: Lembra quando éramos crianças e tínhamos aulas de dança de salão? - o rapaz assentiu abrindo um pequeno sorriso no rosto. - "Nunca se sabe quando o paso doble será a diferença entre a vida e a morte." - digo imitando a voz do nosso pai.

Cinco: Fazia muito tempo que eu não me divertia assim, sem pensar nos problemas. - respondi olhando nos meus olhos. - Graças a você, Ev. Acho que não iria conseguir relaxar sem você aqui ao meu lado, você é a única no mundo que consegue me convencer a fazer as coisas.

Antes que eu pudesse respondê-lo, Cinco nos aproximou juntando seus lábios nos meus. Coloquei uma de minhas mãos em seu rosto e me inclino para mais perto do beijo.

Segundos depois, nos afastamos do beijo encostando nossas testas uma na outra. Ficamos naquela posição por alguns segundos antes de nós dois rirmos baixinho.

Evie: Acho melhor nós irmos agora, certo? - pergunto enquanto nos afastávamos nossos rostos que estavam muito próximos.

Cinco: Sim, você está certa. - disse acenando com a cabeça e segura a minha mão, nos levando para subir as escadas do local.

NOTAS DA AUTORA

Desculpa a demora para o novo capítulo, tive alguns probleminhas pessoais que tomaram o meu dia.

• TikTok: iovecasss.

• comentem e deixem a estrelinha.

• não sejam um leitor fantasma.

• desculpe por qualquer erro de escrita.

Obrigada por ler,
Beijos<3