02 | Dolores?
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EVIE HARGREEVES POV'S
Cinco: Eu sobrevivi com restos, qualquer coisa que eu pudesse encontrar. Você conhece aquele boato de que os twinkies têm uma vida útil infinita? Bem, é uma besteira total. Nós nos adaptamos, o que quer que o mundo jogasse sobre nós, encontramos uma maneira de superá-lo.
Evie: Espera aí, nós? - perguntei para Cinco que apenas ignorou a minha pergunta.
Cinco: Tem algo mais forte? - responde para Vanya que se levanta indo pegar uma bebida. - Você acha que eu sou louco, não é? - diz olhando no fundo dos meus olhos e eu apenas balancei a cabeça negando.
Evie: Não, eu acredito em você, Cinco. É que isso é tudo muito novo para mim. - falei olhando para o garoto com um pequeno sorriso em meu rosto.
Vanya: Por que você simplesmente não viajou no tempo de volta? - perguntou voltando com a bebida na mão e Cinco soltou uma risada nasal.
Cinco: Nossa, gostaria de ter pensado nisso! - respondeu num tom de sarcasmo para a irmã.
Vanya: Papai costumava dizer que a viagem no tempo poderia confundir a sua mente. É isso que está acontecendo?
Cinco: Eu sabia que não devia ter te contado! Você é muito jovem, muito ingênua para entender. - falou indo em direção a porta.
Evie: Cinco, espera! - chamei o garoto que parou de caminhar, se virando de costas para me olhar. - Não vai embora outra vez, por favor.
Vanya: Cinco, nós não te vemos há muito tempo e não queremos te perder de novo. - a mulher suspirou. - Está ficando tarde, vocês dois deveriam ficar aqui, tudo bem? Conversamos sobre isso amanhã de manhã.
Vanya trouxe duas cobertas para nós dois e deixou elas em cima do sofá, me sentei no sofá e olhei para Cinco que vinha se sentar ao meu lado.
Vanya: Boa noite. - soltou saindo da sala em seguida, deixando apenas Cinco e eu.
Evie: Boa noite. - falei abaixando minha cabeça para encarar o chão por alguns segundos.
Ficamos em silêncio por algum tempo até eu decidir quebrar o silêncio. Quando me virei para olhar para Cinco, ele já tinha tirado casaco e blazer, ficando apenas com sua camisa branca.
Evie: Eu estou feliz que você tenha voltado, eu pensei que nunca mais iria te ver outra vez.
Cinco: Eu não deveria ter desobedecido o velho, acabei deixando todos, principalmente você.
Evie: Tá tudo bem. - abro um pequeno sorrio em meu rosto. - O importante é que você voltou pra casa e agora temos um apocalipse para cuidar.
Cinco assentiu com a cabeça enquanto me olhava organizar o sofá para me deitar, me virei de costas para o rapaz que fez o mesmo.
Evie: Boa noite, Cinco. - digo baixinho enquanto fechava os olhos lentamente.
Cinco: Boa noite, Evie. - foi a última coisa que escutei antes de adormecer.
Na manhã seguinte, Cinco me acordou dizendo se eu queria ir com ele investigar o olho misterioso que ele havia trazido do apocalipse e é claro que eu aceitei ir.
Saímos do apartamento de Vanya indo até uma van que o Cinco havia pegado, ele dirigiu até o hospital onde poderia estar o dono deste olho.
Entramos no local indo até a recepcionista que nos olhou com desconfiança.
Médico: Uh, posso ajudar em algo? - olhamos para um homem que vestia um jaleco branco.
Cinco: Eu preciso saber a quem isso pertence. - afirmou tirando o olho de dentro do seu bolso.
Médico: Sinto muito, mas os registros dos pacientes são estritamente confidenciais, o que significa que não posso lhe dizer-
Cinco: Eu sei que o que significa. - respondeu interrompendo o médico no mesmo instante.
Médico: Posso tirar o olho de suas mãos e devolvê-lo ao seu legítimo dono. - estendeu a mão para pegar o olho.
Evie: Cinco... - falei baixinho para o garoto que segurou firmemente o olho.
Médico: Agora escutem aqui, jovens- - Cinco agarrou o médico pela frente do casaco o puxando para mais perto.
Cinco: Não! Me escuta você, idiota! Eu percorri um longo caminho para isso, através de alguma merda que seu cérebro de ervilha nem conseguiu compreender, então apenas me dê as informações que eu preciso, e eu estarei no meu caminho feliz! - falou abrindo um sorriso falso no rosto.
Médico: Chame os seguranças. - falou para a recepcionista que estava em sua mesa.
Evie: Cinco, solta ele! Nós vamos acabar nos metendo em mais problemas. - me aproximei do rapaz e coloquei a mão no ombro dele.
Cinco: Você tem muita sorte de que ela está aqui, idiota. - o rapaz empurrou o médico para longe, ele segurou a minha mão e nos retiramos do hospital.
Cinco: Eu disse para você vestir algo profissional. - exclama apontando para Klaus que vestia uma camisa com babados.
Klaus: O quê? Está é a minha roupa mais bonita! - respondeu se analisando na frente do espelho.
Evie: Eu gosto dessa camisa, é elegante. - falei olhando para Klaus que me olhou com um grande sorriso no rosto.
Klaus: Viu? A Evie gosta dessa camisa. - Cinco revirou os olhos.
Cinco: Vou pegar algo do armário do velho? - responde indo para fora do quarto, Klaus e eu fomos atrás do rapaz.
Klaus: Cinco! Só para ficar claro, eu só tenho que fingir ser seu querido pai? - assenti com a cabeça para o homem. - E qual vai ser a nossa história?
Evie: Como assim? - perguntei parando de caminhar e Cinco olhou para Klaus com um semblante confuso.
Klaus: Quero dizer, eu era muito jovem quanto tive você? Tipo 16? Tipo um jovem terrivelmente mal orientado?
Evie: Acho que isso pode funcionar. - falei olhando para Cinco que deu de ombros.
Klaus: Sua mãe, aquela vadia! Quem quer que ela fosse, nós nos conhecemos em... uma discoteca! - fiquei me segurando para não rir da história de Klaus. - Oh meu Deus, o sexo foi incrível!
Cinco: Que visão perturbadora vindo dessa coisa que você chama de cérebro. - soltei uma risada nasal e logo fomos para o carro, indo em direção ao hospital.
Médico: Como eu disse ao seus filhos antes, qualquer informação sobre as próteses que construímos é estritamente confidencial. Sem o consentimento do cliente, não posso ajudá-lo.
Cinco: Bem, não podemos obter o consentimento se você não nos der um nome. - disse se inclinado sobre a mesa do médico.
Médico: Bem, isso não é problema meu. - Cinco revirou os olhos e olho para Klaus que soltou uma leve risada.
Klaus: Mas e o meu consentimento? Quem te deu a permissão de colocar as mãos nos meus filhos? - o médico franziu as sobrancelhas.
Médico: Mas eh não encostei em nenhum deles.
Klaus: Oh sério? Bem, então como ele conseguiu esse lábio inchado? - antes que o médico pudesse responder, Klaus dá um soco na boca de Cinco.
Evie: Cinco! - vou em direção ao garoto para verificar seu lábio inchado. - Você está bem?
Cinco: Estou, não se preocupe. - falou me olhando nos olhos e eu apenas assenti com a cabeça.
Klaus: Eu quero, nome, por favor. Agora! - se inclinou sobre a mesa do médico.
Médico: Você é louco! - diz olhando incrédulo para Klaus que começou a rir.
Klaus: Você não tem ideia! - ele agarra um globo de neve e acerta em sua própria cabeça.
Evie: Aí meu Deus! - exclamo olhando assustada para o irmão que estava com cacos de vidro em seu cabelo.
Klaus: Ajuda! Houve uma agressão terrível aqui! Mandem ajuda, agora! - grita no telefone e joga na mesa. - Agora ouça aqui... Grant. Em cerca de 60 segundos, dois seguranças vão invadir aquelas portas, e eles vão ver muito sangue e uma pobre garota assustada, e eles vão perguntar o que diabos aconteceu.
Confesso que fiquei impressionada com a atuação de Klaus, não esperava que ele chegaria a fazer todo esse caos.
Klaus: E nós vamos dizer a eles que você nos deu uma surra! - soltou uma risada, assustando o médico ainda mais. - Você vai se sair muito bem na prisão, Grant, acredite em mim, eu já estive lá.
Aquilo foi o bastante para o médico finalmente concordar e nos levar para a sala de arquivos, o médico ficou vasculhando em seus arquivos.
Médico: Isso é estranho... - falou analisando um de seus arquivos com um semblante confuso.
Cinco: O que? - perguntou se inclinado para perto do médico, tentando ver o arquivo.
Médico: O Olho ainda não foi comprado pelo cliente, na verdade, ele nem foi fabricado ainda. Onde você consegui esse olho?
Saímos do hospital em um completo silêncio até Klaus quebrar o silêncio que estava entre nós.
Klaus: Eu fui muito bem, certo? E quanto ao meu consentimento vadia! - Klaus e eu rimos, ao contrário de Cinco que estava furioso.
Cinco: Klaus, não importa. Há alguém que vai perder esse olho nos próximos 7 dias, e eles vão trazer o fim da vida na Terra como a conhecemos.
Klaus: Eu posso pegar os meus 20 dólares agora? - perguntou estendendo a mão.
Cinco: O apocalipse está chegando, e você só consegue pensar me ficar chapado? Você é inútil, todos vocês são inúteis.
Olhei para Cinco completamente magoada com o que ele havia acabado de falar, Cinco logo percebeu o que falou e se aproximou de mim, colocando as mãos em meus ombros.
Cinco: Você não é inútil, Evie. Você é a única pessoa que entende o que está acontecendo. - abri um pequeno sorriso em meus lábios e Cinco se afastou de mim indo se sentar em um degrau.
Klaus: Sabe qual é o seu problema? Você precisa relaxar, velho! - falou se sentando ao lado de Cinco. - Ei, sabe, acabei de perceber por que você está tão tenso! Você deve estar com tesão pra caramba! Todos esses anos, sozinho!
Cinco: Bem, eu não estava sozinho. - Klaus e eu nos entreolhamos e voltamos os nossos olhares para Cinco.
Evie: Com quem você estava? - perguntei cruzando-nos meus braços enquanto olhava os dois sentados no degrau.
Cinco: O nome dela era Dolores, estávamos juntos há mais de 30 anos.
Klaus: O quê?! Isso é sério? O relacionamento mais longo que eu já tive foi por 3 semanas.
De repente, Cinco se teletransportou para dentro de um táxi que estava passando na rua em que estávamos.
Klaus: Ei, e quanto ao meu dinheiro! - grita se levantando indignado, mas o táxi já está longe.
Voltei para casa com Klaus e ficamos conversando a tarde inteira sobre vários assuntos aleatórios mas uma parte de mim estava muito preocupada com Cinco que ainda não tinha retornado para a mansão.
Eu estava com medo de perdê-lo novamente, não conseguiria viver sem meu melhor amigo. Parei de viajar em meus pensamentos quando vi Cinco entrando pela porta de casa.
O garoto estava suado e carregava uma enorme mochila em seu ombro esquerdo, não pensei duas vezes e fui em direção a ele na mesma hora.
Evie: Cinco, onde você estava? Por que está suado? - perguntei para o rapaz que ignorou minhas perguntas e subiu para o seu quarto.
Pensei por alguns segundos e fui subindo as escadas indo atrás do garoto que abria sua enorme mochila, retirando de dentro um manequim.
Evie: Cinco? O que aconteceu? E por que você trouxe um manequim? - apontei para a boneca que estava ao lado de Cinco.
Cinco: Confie em mim, é melhor nem saber. - falou tirando seu blazer e camisa branca, revelando seu ferimento.
Evie: Aí meu Deus, quem fez isso em você? - ele apenas deu de ombros e logo peguei uma caixa de primeiros socorros.
Cinco: Por que você se importa tanto comigo? - perguntou me olhando fixamente enquanto eu limpava seu ferimento.
Evie: Porque você é meu melhor amigo, sabe que eu me importo com todos. - digo soltando uma risada baixa e coloco um curativo de um desenho que adorávamos quando éramos crianças. - Pronto! Você está novinho em folha, Cinco Hargreeves.
Cinco: Obrigada. - abri um sorriso para o garoto que retribuiu com um pequeno semblante feliz no rosto.
NOTAS DA AUTORA
Olá, leitores!!!
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• desculpe por qualquer erro de escrita.
Obrigada por ler,
Beijos<3
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