12 | movie
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HOPE MOORE POV'S
Ah, eu queria que tudo fosse diferente mas agora eu devo partir, para sempre.
Em outra realidade, eu não teria que mentir a Ellie sobre a irmã dela. Isso era para o bem delas e para mim.
Estava na garagem e entrego para Delilah algo para ela comer, algo que não seja besteira e a faça mal.
Delilah: Cadê o salgadinho picante? - pergunta sem nenhuma emoção em seu rosto. - Sabe que é o meu favorito.
Hope: Você precisa de comida de verdade, vai ficar mais 16 hora aí. - falo e tiro um cadeado da minha bolsa.
Delilah: Que porra é essa? Não vou deixar colocar isso! - se levanta indo para o mais longe de mim dentro da caixa.
Hope: Calma, é de libertação programada. Veja, vou programar para 3s. - coloco o horário no cadeado e após alguns segundos ele abre automaticamente. - Então você come, eu a algemo à mesa e vou programar sua libertação para quando eu tiver fora da cidade. Nunca mais vai me ver!
Delilah: E como eu vou sair? - questiona pegando a comida.
Hope: Vou deixar as portas abertas para você, não precisa ficar preocupada.
16 horas... era o tempo que eu tinha para pegar minhas coisas, se desapegue da Love e ir para o México.
Delilah se sentar no chão e coloco o cadeado em um de seus pulsos, ela estava bem calma para alguém que estava presa.
Hope: Não dá para reprogramar antes da hora, antes que você acabe enlouquecendo tentando encurtar o tempo. É impossível.
Entro na caixa e tiro o lixo do almoço da morena, aproveito e destravo o celular da morena usando o rosto dela.
Delilah: Por que você está fazendo isso? Love sabe disso? - disse pra mim que estava saindo da caixa e levo meu olhar para ela.
Hope: Eu preciso pra não correr o risco de eu ser presa e você não ser separada da irmã, Love não sabe de nada disso e se soubesse, ela me odiaria pra sempre.
Coloco o celular da morena na cadeira e fico encarando a garota com uma forte dor no coração, eu realmente gostava dela como amiga.
Hope: Pena que nossa amizade teve que terminar assim, você e Ellie foram muito especiais pra mim.
Me afasto indo até a porta da garagem e Delilah me impede me respondendo.
Delilah: Seu conceito de amizade é deturpado pra caralho. - dou um último olhar para a morena antes de sair dali.
Agora só o que me restava era dizer adeus a você, Love.
"Querida Love,
Você me transformou. Eu via o mundo como preto ou branco, agora tudo está cinza e bagunçado, cheio de nuances e beleza graças a você. Em outra realidade, ainda estaríamos juntas como um casal que estava pronto para qualquer coisa, mas agora eu preciso ir embora sozinha. Quero ser quem você acha que sou, então saiba que faço isso pra fazer a coisa certa, ou seja, dizer adeus.
Te lobo pra sempre, Hope."
Coloco a carta de despedida dentro do armário de Love mas sou assustada por Forty que vem animado até mim.
Forty: Espertona, você não vai acreditar. - olho para ele assustada. - Encontrei a oscarizada Kathryn Bigelow na noite de D&D do Manganiello, mencionei a D-FOL com ela, nada demais e adivinha quem ligou?
Hope: Não faço a menor ideia. - falo começando a caminhar e o rapaz vem atrás de mim.
Forty: A assistente dela, parece que Kathryn leu o livro depois da nossa conversa e agora ela quer ver o roteiro.
Hope: Forty, isso é maravilhoso! Parabéns, cara! - digo dando um abraço rápido no rapaz que sorria como se tivesse ganhado na loteria.
Forty: Obrigada Hope! Então temos que começar a trabalhar, tipo agora mesmo. Preciso polir o roteiro e mandar para Kathryn, a assistente dela disse "com urgência".
Hope: Por que precisa de mim? Tem seu agente que é profissional nisso.
Forty: Não, eu preciso de você e sua inteligência por uns 30 minutos.
Péssimo timing, mas é importante para ele pois não era uma oportunidade que aparecia em sua porta, e também era importante para você.
Esse seria meu presente de despedida.
Hope: Tudo bem, apenas 30 minutos. - o rapaz me abraça empolgado.
Forty: Maravilha! Você é incrível e nem sabe. - solto uma risada e ele me puxa para atrás do Anavrin.
Enquanto eu lia o roteiro do filme e conferia se não tinha nenhum erro ortográfico, Forty tirava algumas fotos minhas sem motivo algum.
Hope: Tem um detalhe aqui que não precisa, tipo... o doutor não precisa dizer há quanto tempo conhece Beck, eles já sabem disso.
Forty: Verdade, mas eu quero enfatizar. - fala andando de um lado para o outro entusiasmado.
Hope: Por quê? - questiono o rapaz que para de andar me olhando logo em seguida.
Forty: Pensa comigo, por que é sempre a mulher que guarda essas coisas? Feminismo.
Um carro desconhecido para em nossa frente quase nos atropelando, dois homens de terno se retiram do carro vindo até nós e logo nós puxam com força.
Um dos homens colocou um capuz preto em meu rosto e levou Forty e eu para dentro de carro. Forty não parava de gritar, deixando a situação tudo mais complicada.
Merda. Por que isto está acontecendo? O que eu faço?
Benji, Peach, Ron, Beck, Jasper, Henderson, Milo. Capangas do Jasper? Handy estava envolvido no crime?
Forty: Sinto muito, Hope. A culpa é minha. - viro meu rosto para a direção da voz do rapaz.
Hope: Como assim? Do que você está falando? - pergunto para o moreno que estava ofegante.
Forty: Eu não sou quem você pensa, eu sou... eu sou um viciado.
Hope: Eu sei que você é um viciado, lembra? - falo como se fosse óbvio.
Forty: Não, Hope. Eu sou viciado em jogos, chama-se "vício cruzado", e a recaída é pesada. Estou endividado há meses, eu disse que ia faturar com o filme, mas eles obviamente...
Que tal esse plot twist? Syd Field ficaria orgulhoso apesar do enredo inacreditável.
Eu achando que meus próprios pecados me levariam à ruína, e no fim sou sequestrada por causa da porra do Forty Quinn.
Quando chegamos no local, um dos homens finalmente tirou o meu capuz revelando que estávamos em um quarto de hotel de luxo.
Para uma gaiola, essa estava chique demais pro meu gosto.
Forty: Foi meio abafado, camaradas. - fico olhando para o quarto ao meu redor. - Podem caprichar no capuz da próxima vez?
Olho para Forty sem acreditar no que o rapaz tinha acabado de dizer, era tudo planejado?
Forty: Você tinha que ver a sua cara agora. - fala sorrindo ao me olhar e se levanta.
Hope: Forty, você armou esse sequestro? - levo meu olhar dos segurança para o moreno.
Forty: Bem convincente, né? Peguei você com aquele papo do jogo, não foi? Obrigada, Dama Helen Mirren.
Os seguranças se retiram do quarto deixando apenas eu e o rapaz, ainda estava em choque da grande revelação.
Hope: Isso é uma puta loucura! - digo furiosa com o garoto que sorria. - Até pra você.
Forty: Admito, não é convencional, mas temos que sair de nossa zona de conforto para nos conectarmos à musa.
Hope: Conecte-se à muda você! Eu vou embora. - me levanto indo até a porta mas sou barrada pelo segurança que aponta uma arma. - Isso é sério? Você tem noção do que está fazendo?
Forty: Eles não estão nem aí, mana. Aliás, ele confiscou suas coisas, então é melhor você relaxar.
O funcionário me empurra delicadamente para trás e fecha a porta do quarto, tranco logo em seguida.
Hope: Tudo bem. É mesmo uma ótima ideia conectar com a musa, mas não sou muito útil como refém. Se...
Forty: Nada disso, eles só vão nos liberar quando terminarmos o roteiro. - fala pegando seu computador. - Relaxa, amigona. Não lute contra o processo.
Hope: Não consigo, é muito difícil escrever um roteiro quando estou sob a mira de uma arma! - escuto batidas na porta e Forty me olha como se fosse para eu atender.
Me aproximo da porta e abro em seguida vendo Ellie no corredor, que diabos ela estava fazendo aqui?
Hope: Por que você está aqui? - questiono para a jovem que entra no quarto. - O que ela faz aqui? Não é um ambiente seguro para ela.
Ellie: Relaxa, mamãe. - disse tirando sua mochila das costas.
Forty: Calma, ela está no fim do corredor, na... suíte 216 e os seguranças sabem que ela pode ir e vir quando quiser.
Hope: Beleza, mas o que ela veio fazer aqui? Achei que fosse só nós dois. - me aproximo dos dois que estavam no balcão do bar.
Ellie: Ele me contratou como assistente. - fala como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
Merda, Forty. Pelo menos posso ficar de olho nela e garantir que ela está bem.
Forty: Eu pensei em tudo, vai ser divertido! - sorri e se senta ao lado da adolescente.
Tantos acidentes podem acontecer num quarto de hotel, né? Não! Eu consigo consertar o maldito roteiro do Forty, pegar minhas coisas e fugir para o México... antes da Delilah ser libertada... e eu abandoná-la para sempre, Love.
Finalmente havia chegado à noite e ainda estávamos pensando no roteiro, estava ficando sem paciência só de pensar que faltava poucas horas para Delilah se libertar e eu ainda estava aqui.
Forty pega uma bebida e mistura com seus remédios, sabia naquele momento que tudo iria virar um caos em segundos.
Hope: O que está bebendo? - o rapaz me olha como se tivesse feito uma besteira.
Forty: Kombexy, é kombucha e dexedrina. É a minha arma secreta para me concentrar. - fala voltando a virar a garrafa.
Eu poderia fazer Forty enfrentar sua batalha com a sobriedade, mas não tenho tempo para isso e também teria que cuidar dele no final das contas.
Forty: Isso! Com a edição da Ellie, temos 118 páginas. - diz encarando as páginas que estavam no computador da menina. - Igual a Guerra ao Terror e fim.
Graças a Deus.
Bem, é um roteiro aceitável. Não é como as obras de Stephen King mas não é tão ruim quanto a franquia de Anna Todd
Forty: Quem é o cara, Hope? Eu sou o cara! - comemora segurando meus ombros e olha para Ellie que estava séria. - Ela parece que alguém acabou com o dia dela, qual o problema dela?
Ellie: Eu não tenho nada, só acho que não está pronto.
Ah não... se ela dizer alguma coisa que não seja o que Forty quer ouvir, ele vai ter uma recaída.
Ellie: Primeiro, o roteiro é previsível demais e falta a perspectiva feminina.
Puta merda! Ellie é inteligente e honesta demais, isso não vai acabar nada bem.
Forty: A Beck é real, ela se esfregou na almofada várias vezes! Tudo bem, o que sugere, James Gun?
Não diga nada, Ellie.
Ellie: Eu começaria do zero. - olho frustrada para Ellie. - Descubra quem Beck é e por que você está contando a história dela.
Hope: Acho isso um pouco drástico, Ellie. - digo segurando o ombro do rapaz. - Vamos repassar rapidinho quem a Beck é.
Ellie: Repassar rapidinho? Não é o suficiente. - olho para Forty que vestia seu casaco vermelho.
Hope: Forty, aonde você vai? - o rapaz sai do quarto se jogando pela janela, corro até a janela e vejo ele se levantando da caçamba de lixo.
Ellie: Ele não sabe lidar bem com as críticas. - olho para a garota em choque.
Se eu perdê-lo, não recupero meu passaporte e será o apocalipse.
Hope: Volte para o seu quarto, e peça o que você quiser comer mas depois vá para a cama. - digo me preparando pra pular da janela.
Ellie: Não sei se é pior como produtora ou babá. - exclama olhando irritada para mim.
Hope: Só não vá embora. - falo antes de pular na caçamba de lixo.
Seis bares procurando pelo Forty até que finalmente... o encontro sentado no bar virando o décimo segundo copo de vodka.
Forty: Sabia que você me encontraria, você é assim. - olho para a quantidade de copos que ele já tinha bebido.
Hope: Não acha que já bebeu muito? - pergunto ao rapaz que discorda com a cabeça.
Forty: Vou comprar dose por dose até acabar com a garrafa de vodka que o Barman não deixou eu comprar.
Qual é a tolerância dele? Como ele ainda está vivo? Não imagino o que é assistir a esse suicídio lento ano após ano.
Hope: Vamos voltar pro hotel? Você está alterado e um bom cochilo vai te fazer bem.
Forty: Ela tem razão. - fala ignorando o que eu disse. - Eu não sei porra nenhuma sobre mulheres e é previsível mesmo, e não é... especial.
Hope: Não diga isso, você tem talento... - ele me interrompe bastante frustado.
Forty: Eu sou um fracassado, Hope. Eu sou tão fracassado que eu ainda continuo mandando mensagens para a garota que me usou.
Hope: Que garota? Como assim? - questiono sabendo qual seria a resposta do rapaz.
Forty: Celeste. Ou melhor, Amber, ou seja lá qual for o nome dela.
Ele ainda mantém contato com a Amber?
Hope: Por que você faz isso? - falo dando um gole na minha água com gás.
Forty: Pra superar, ela quer e eu também. Por que não consigo conhecer uma garota legal tipo a Bella Hadid ou a Taylor Swift, que não vai mentir para mim e que só quer ter meus filhos e me amar pra sempre? Tipo, é pedir demais?
Hope: Claro que não, você merece isso e vai conhecer alguém que vai te amar com todas as forças mas não é o caso da Amber.
Forty: Eu quero aquilo. - aponta para um casal que estava celebrando seu casamento, ele se levanta chamando a atenção de todos. - Atenção, pessoal. Parabéns pra vocês, porra. Venham aqui.
Hope: Forty, para com isso! - seguro o braço dele mas ele se solta.
O rapaz caminha até o casal que estranhava o comportamento dele.
Forty: Estou me sentindo muito generoso esta noite, e não há nada mais doce no mundo que recém-casados. Então, eis a minha proposta que é dar ao feliz casal 10 mil dólares em dinheiro se este noivo bonitão me deixar beijar sua linda noiva.
Hope: Merda! - me levanto e vou até o rapaz. - Vamos embora.
O moreno me empurra e tira de seu casaco um bloco enorme de dinheiro, o casal estava conversando se aquilo realmente valia a pena.
A noiva se aproxima do rapaz e Forty a puxa dando um beijo na frente do noivo dela, nunca pensei que passaria por um momento tão descontável assim.
E antes mesmo de começar... Forty conseguiu arruinar um casamento.
Me aproximo de Forty que mandava mensagens para Amber e tiro o celular das mãos rapaz.
Forty pega um pincel preto e marca em meu pulso "8:52", o que ele queria dizer com aquilo?
Forty: Lembre-se que está foi a hora em que começou a beber sua água, e essa informação vai ser muito importante mais tarde quando você não souber onde está ou que horas são.
Hope: E por que eu não saberia? - pergunto ao rapaz que me olha com um sorriso sapeca.
Forty: Porque eu batizei sua água com gás com LSD.
Ele só pode estar brincando, não pode ser verdade mas estamos falando do Forty.
Hope: Você me drogou, Forty. Tem noção do que você acabou de fazer?
Forty: Eu não sei qual é a sua tolerância, quadrupliquei a dose normal para garantir que funcionaria.
Hope: Eu nunca tomei ácido na vida. - ele abre a boca surpreso e começa a rir de nervoso.
Forty: Tudo bem, só lembre de três regras. Primeira: carros são reais, segunda: se quiser tentar alguma coisa, tente no chão e terceiro: se não quiser parar de chorar, tome suco de ar.
Hope: Tchau. - me afasto dali indo pra fora do bar, estava furiosa por Forty ter feito tudo isso.
Tudo que eu sinto é ódio. Eu tentei, Love, mas eu irmão é uma causa perdida.
NOTAS DA AUTORA
Hope doidona está vindo kkk
Estamos chegando na reta final, vão querer terceira temporada?
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Obrigada<3
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