𝟱𝟴
SUNA ISCARIOTE
⎯ Abre as pernas.
Solto um suspiro nos lábios dela. Entre tantos beijos, ela deu um jeito de fechar as pernas, mantendo-me ligeiramente afastado, minha ereção pressionando seus joelhos.
Ela acha que isso pode me impedir. Agarro seu cabelo, meus olhos encontrando os dela. Consigo ver a diversão em seu olhar, está me desafiando.
⎯ Abre as pernas, [Nome]. -repito, segurando seu cabelo com mais força.
Ela sorri.
⎯ Não.
Beijo-a de novo, minha boca incessante na dela, reivindicando-a, deixando-a ofegante. [Nome] gosta de me provocar, desafiar, gosta de quando perco o controle. Então, coloco a mão livre entre suas pernas enquanto ela tenta fechá-las com um olhar divertido, apertando minha mão, mas chego a sua calcinha, meu dedo roçando por cima do tecido, roubando um gemido.
Deixo os lábios dela e desço até os seios, sugando-os e mordendo-os por cima do vestido.
Uso meu dedo para puxar a calcinha para o lado e tocar sua pele com o polegar.
Ela deixa a cabeça cair para trás.
⎯ Acha que consegue resistir a mim? -pergunto, embora eu já saiba que não. ela tão molhada é toda a resposta de que preciso.
Entre arfadas, ela sussurra:
⎯ Sim... consigo.
Levanto a sobrancelha, largando o cabelo e usando as mãos para tirar sua roupa íntima.
De forma brusca, obrigo-a a abrir as pernas, e ela recua, as mãos no meu peito em uma tentativa de me afastar. Agarro-a por trás e a seguro até que esteja na beirada da mesa, aberta e exposta para mim.
O aroma de sua excitação é delicioso e quase me faz esquecer tudo e penetrá-la de uma vez, mas me contenho, quero que ela implore.
Eu me ajoelho na frente dela e solto um gemido de prazer quando minha boca entra em contato com sua intimidade. Devoro-a com vontade, sem parar, seus gemidos ecoando por toda a sala escura, excitando-me ainda mais, se é que isso é possível. Esse é meu som favorito depois de sua voz. Suas pernas tremem apoiadas em meu ombro.
Seu prazer me preenche de formas inexplicáveis. Você é tudo pra mim.
Consigo senti-la tremendo e sei que o orgasmo está próximo, então paro e me levanto, deixando-a com as pernas penduradas. Nossos olhos se encontram, e o apelo e o aborrecimento estão claros nos olhos dela. Seu cabelo parece preto na escuridão. Passo o polegar no meu lábio inferior, limpando-o.
Ela não se mexe, não fecha as pernas, apenas fica parada, olhando para mim. Levo um tempo para desabotoar a camisa, e ela observa cada botão se abrir e deixar minha pele exposta. Quando termino de tirar a camisa, as mãos dela passam pelo meu peitoral, descendo até o abdômen.
⎯ Você é tão lindo... -murmura, rendendo-se.
Seguro sua mão e a abaixo até minha calça, para ela sentir como estou duro. [Nome] me aperta ligeiramente e me faz murmurar. Ah, não, ela não terá poder sobre mim, não esta noite.
Eu me posiciono entre suas pernas, aproximando nossos rostos.
⎯ Implora pra eu te comer.
Ela me dá um sorriso malicioso.
⎯ E se eu não implorar?
⎯ Vai voltar para a festa molhada e insatisfeita.
Ela morde meu lábio inferior.
⎯ Você também vai sofrer.
Eu me afasto dela e desabotoo a calça.
⎯ Não vou, não.
Ela levanta a sobrancelha.
⎯ Está desistindo?
Balanço a cabeça em negativa, deixo a calça cair no chão junto com a boxer e começo a me masturbar na frente dela, seus olhos famintos me devorando com desejo. Roço sua fenda molhada, mas não a penetro e dou um passo para trás.
Ela abre a boca para protestar, mas a fecha, lutando com todas as forças - não quer perder. Tornarei as coisas mais difíceis, então. Começo a tocar entre suas pernas, sua umidade deslizando nos meus dedos, e [Nome] fecha os olhos, gemendo.
⎯ Implora, [Nome].
Ela balança a cabeça.
⎯ Sei que você quer implorar. -digo e movo meus dedos mais rápido. ⎯ Sei que quer me sentir dentro de você.
Beijo-a novamente e movimento a língua dentro de sua boca mostrando quanto a desejo. Uma única súplica será o suficiente para eu mergulhar nela e acabar com essa tortura.
Quando nos afastamos para respirar, [Nome] tira minha mão do meio de suas pernas e, com os olhos entreabertos, diz:
⎯ Por favor, Suna...
Suas palavras enviam uma corrente de desejo que se espalha por todo o meu corpo até meu membro.
⎯ Fala de novo.
Ela coloca as mãos ao redor do meu pescoço e sussurra no meu ouvido:
⎯ Por favor, me come, Suna.
Ela não precisa pedir mais uma vez. Agarro sua cintura e a puxo, suas pernas em volta de meus quadris. Penetro-a em uma só estocada, e um grito estrangulado deixa seus lábios. Ela está tão quente e molhada que a sensação me deixa imóvel por um momento.
Ataco seu pescoço e começo a me mexer rapidamente, para dentro e para fora. [Nome] se inclina para trás, apoiando o corpo.
Agarro os quadris dela para acelerar o ritmo. Consigo ver tudo com clareza, e isso me deixa a mil. Sou um homem visual, então amo esse tipo de posição em que dá para ver tudo.
[Nome] geme sem controle, o som do contato brusco de nossos corpos ecoando ao redor.
⎯ Você gosta desse jeito, não é? Forte? -ela arfa em resposta. ⎯ Você é minha mulher. -digo em meio ao descontrole. ⎯ E eu sou seu, todo seu.
Mordisco seu pescoço e continuo me movendo, sentindo-a por completo. Eu mergulho e me perco nela. Aperto seus quadris com tanta força que ela faz uma careta, e sei que ela gosta, ela ama me fazer perder o controle.
Meu ritmo fica cada vez mais implacável e rápido, e posso senti-la mais molhada, seu orgasmo se aproximando, e isso só me deixa mais próximo do meu. Seus gemidos ficam mais altos, as palavras mais atrevidas e safadas, e isso é tudo o que preciso para gozar dentro dela, junto com ela. Nossos orgasmos acabam conosco, deixando-nos sem fôlego e em êxtase absoluto.
Descanso minha testa sobre a dela, seus olhos estão fechados.
⎯ [Nome]. -ela abre os olhos e me encara, e então acontece, essa conexão que queima entre nós dois, que é tão diferente com ela. ⎯ Te amo tanto. -as palavras saem de repente da minha boca. com ela, sou sempre tão cafona.
Ela sorri.
⎯ Eu também te amo, mas você pega pesado.
Depois de nos vestirmos em meio a risadas, saímos em meio ao corredor solitário para voltar ao ginásio da escola de [Nome], onde a festa de formatura está no auge. [Nome] caminha de um jeito estranho e desajeitado, e um sorriso zombeteiro brota em meus lábios.
Ela percebe e franze as sobrancelhas.
⎯ Aproveita, idiota.
Eu me faço de desentendido.
⎯ O que aconteceu? Não consegue andar direito?
Ela me dá um soquinho no braço.
⎯ Não começa.
Seguro sua mão.
⎯ Você mereceu por ter me provocado.
Ela bufa.
Passo o polegar por sua bochecha, me aproximo e a beijo de um jeito suave, apreciando cada pequeno contato de nossos lábios. Quando me afasto, beijo seu nariz.
⎯ Anda logo, hora de voltar para a festa e deixar todos saberem que seu namorado acabou de te dar a melhor transa da sua vida.
Ela bate no meu ombro.
⎯ Você vai continuar sendo um idiota mesmo após envelhecer?
Dou uma piscadinha.
⎯ Um idiota que vai te amar até depois de envelhecer.
⎯ Cala a boca!
Sorrindo, voltamos ao ginásio.
[NOME]
Ai.
Dói para andar. Nunca acreditei em afirmações do tipo "Vou te foder tanto que você não vai andar por uma semana", mas agora sei por experiência própria, graças a Suna, que caminha pela festa com uma expressão arrogante.
Lanço um olhar assassino, a que ele responde com uma piscadela enquanto continua conversando com Oikawa. Suna e Oikawa têm se dado muito bem nos últimos tempos, o que me deixa feliz; nada melhor do que seu namorado e seu melhor amigo não terem problemas um com o outro.
Sophia está me olhando de um jeito que conheço bem.
⎯ Que foi?
⎯ Você transou, não foi?
Desvio o olhar.
⎯ Sophia!
Ela levanta o copo e me dá um empurrãozinho.
⎯ Saúde! Você é uma safada, adoro isso.
Qualquer um ficaria ofendido, mas Sophia fala de um jeito carinhoso. Eu sei, é estranho, mas o que posso fazer? Minha melhor amiga é esquisita.
Suna se aproxima de nós.
⎯ Vamos fazer o after na minha casa, não é?
⎯ Aham, o Tanaka mandou mensagem. Já estão lá.
Atsumu, Oikawa, Sophia, Suna e eu saímos da festa e nos dirigimos ao carro de Suna. São apenas nove da noite, não consigo acreditar que aconteceu tanta coisa em tão pouco tempo.
O silêncio constrangedor entre Atsumu e Sophia é notável, principalmente por eu estar apoiando Sophia. Tem sido difícil para eles agir normalmente depois de tudo o que aconteceu, mas acho que estamos progredindo. Atsumu não voltou a procurá-la, e isso partiu o coração de Sophia e a deixou confusa. Ela sempre esteve no controle com os garotos, mas com Atsumu não tem sido assim.
Ao entrar na casa, ouço alguém chamar meu nome.
⎯ [Nome]! -grita greg, abrindo os braços, e eu o abraço com força. ⎯ Parabéns!
Gosto muito do Greg, nos damos muito bem, aliás, bem melhor do que Antony e eu. Antony é tão... não sei explicar. Ele tem uma personalidade muito fechada, parecida com a de Suna quando o conheci; talvez por isso sejam melhores amigos.
Suna tira Greg de cima de mim.
⎯ Chega.
Greg revira os olhos.
⎯ Sim, sr. Chatão.
Permito-me admirar a sala perfeitamente decorada. Há várias pessoas, algumas do colégio de Suna. Também há adultos, acredito que sejam alguns pais. Meus olhos reconhecem Alice com um vestido preto muito lindo e perto de outras garotas vestidas como ela. Percebo que caminham por todos os cantos com champanhe e petiscos. Ah, estão servindo as pessoas.
Procuro os pais de Suna, mas não os vejo, e meus olhos se detêm em um senhor mais velho sentado no sofá com um terno muito elegante. O avô? Sim, é ele. Suna me mostrou algumas fotos dele, sem contar as que estão espalhadas por toda a casa.
O avô Iscariote tem um ar incrivelmente confiante, não sei explicar, é como se ele emanasse sabedoria, e quando Suna me contou o modo como ele falou com seu pai e Osamu, o avô ganhou todo meu respeito. Queria poder ir até ele, abraçá-lo e agradecê-lo, mas sei que sou uma desconhecida. Osamu está ao seu lado, também de terno. Acho que nunca o vi com uma roupa casual. De fato, elegância é a marca dessa família.
Deixo Suna conversando com os amigos e me dirijo à Alice, que sorri ao me ver.
⎯ Oi, meus parabéns.
⎯ Obrigada, foi um ano... muito interessante.
Ela assente.
⎯ Sim, eu sei. Mas você conseguiu, estou feliz por você.
⎯ Eu também. Como você está?
Ela dá de ombros.
⎯ Sobrevivendo, você sabe.
⎯ Fico feliz de te ver.
Embora nós não sejamos próximas, sinto uma conexão boa com ela. Alice é o tipo de pessoa que tem uma aura nobre e gentil.
⎯ Quer alguma coisa? -ela me oferece uma taça de champanhe, e eu aceito.
⎯ Obrigada. Bom, vou deixar você fazer seu trabalho.
Deixo-a trabalhar em paz e me afasto para sentar em um sofá que encontro num canto da sala; devem tê-lo mudado de lugar para abrir espaço para as pessoas. Giro a taça em minhas mãos enquanto observo o líquido dentro dela, a mente distraída pensando em mil coisas ao mesmo tempo. O sofá afunda ligeiramente ao meu lado, alguém se senta em silêncio. Reconheço o cheiro do perfume chique e caro.
⎯ A que devo a honra? -brinco, virando-me para olhá-lo.
Osamu me mostra um sorriso.
⎯ Curiosidade. Sua mente não parece estar aqui.
⎯ É tão óbvio assim?
⎯ Admiro sua habilidade de comemorar com ele, apesar do que isso significa para o relacionamento de vocês.
⎯ Não é fácil.
⎯ Não disse que é. -ele afrouxa um pouco o nó da gravata. ⎯ Por isso te admiro.
⎯ Minha mãe disse que sou madura para minha idade.
⎯ Suna tem sorte.
Levanto a sobrancelha.
⎯ Por acaso isso é um elogio?
Ele não responde nada, só toma um gole da taça de champanhe, então encho o saco mais um pouco.
⎯ Osamu Iscariote, o iceberg, acaba de me fazer um elogio. Isso é um sonho?
⎯ Não precisa fingir tanta surpresa. -seus olhos mantêm um ar de tristeza e melancolia. ⎯ Sei muito bem diferenciar as pessoas boas das ruins. -ele aponta a taça para mim. ⎯ Você é uma das boas, por isso tem meu respeito.
Não sei o que dizer.
Seus olhos vão para Suna, que está rindo alto de algo que Greg disse no grupo.
⎯ Nunca achei que ele fosse conseguir superar o que aconteceu com a gente, que acreditaria em alguém desse jeito e mudaria para melhor. E não só isso, Suna não é o mesmo cara temperamental de um ano atrás, que não dava valor para nada nem para ninguém. De alguma forma, isso me dá esperança. -seu olhar se direciona para alice. ⎯ Talvez nem tudo esteja perdido. -osamu vira o restante do champanhe. ⎯ Obrigado, [Nome].
Ele me dá um sorriso sincero; é a primeira vez que o vejo sorrir. Osamu se levanta e sai, deixando-me sem palavras.
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