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𝟱𝟬

Três meses depois...

[NOME]

Os olhos são o espelho da alma...

Onde já ouvi isso antes? Não importa, só sei o quanto essa frase é verdadeira. Nunca imaginei poder enxergar tanto só de olhar alguém nos olhos, é como se lesse sua biografia.

Suna não fala nada, só me encara, o dourado profundo de seus olhos parecendo tão brilhantes com o reflexo do sol da manhã. Não sei quanto tempo faz desde que acordamos; estamos deitados de lado, nos olhando. Sua mão repousa ao lado do meu rosto, seu polegar acariciando minha bochecha.

Eu gostaria de parar o tempo.

Ficar assim para sempre, sem ter que enfrentar o mundo ou me preocupar com mais nada.

Percebo que a felicidade não é um estado perpétuo, são pequenos momentos perfeitos.

Suna fecha os olhos e me beija na testa. Quando se afasta, as emoções em seus olhos são cristalinas: amor, paixão. Isso me lembra do nosso começo, quando eu não conseguia decifrá-lo de jeito nenhum.

Uma nova emoção se instala na boca do meu estômago: medo. Quando algo é tão perfeito, o medo de que isso acabe às vezes é aterrador.

O alarme em seu celular interrompe nosso momento. Suna se move até a mesa de cabeceira para desativar o alarme e se vira para mim novamente.

⎯ Temos que ir.

⎯ Argh! -resmungo. ⎯ Me lembre por que tenho que estudar.

Suna se levanta e se espreguiça.

⎯ Porque você quer ser psicóloga e ajudar as pessoas e para isso você precisa terminar este ano.

Isso me faz sorrir como uma idiota.

⎯ Boa motivação. -eu também saio da cama, estou com a blusa emprestada dele. ⎯ Vou deixar você ser meu primeiro paciente se prometer que serei a sua.

O bom humor se desvanece no ar. Suna desvia o olhar sem responder e começa a caminhar em direção ao banheiro. Eu franzo as sobrancelhas, mas não digo nada; esse assunto da universidade se tornou sensível faz um mês. Ele tem que conversar com os pais, decidir em qual faculdade se inscrever, já que o prazo de inscrição para muitas instituições está acabando.

Depois de vê-lo desaparecer atrás da porta do banheiro e ouvir o barulho do chuveiro, procuro minha mochila, que está ao lado de uma pequena biblioteca que Suna tem com livros da escola. Aproveito os dias de plantão da mamãe para ficar com ele, então trago minha mochila com roupas para não me atrasar para as aulas.

No começo isso me incomodava, eu tinha vergonha de estar com os pais do Suna e seus irmãos, mas com o passar do tempo percebi que essa casa fica a maior parte do tempo vazia, e quando eles estão em casa, costumam ficar trancados em seus próprios mundos ou, no caso, quartos.

Tenho interagido bastante com Alice. Nós duas combinamos em várias coisas, nos damos bem e, embora à primeira vista possa parecer uma garota dura e fechada, na verdade é muito gentil.

Esses três meses foram maravilhosos. Suna se comportou como um príncipe, saímos, passamos um tempo com meus amigos e com os amigos dele, fizemos um sexo maravilhoso quase todos os dias. Não brigamos até agora e agradeço ao bom Deus por isso. Acho que mereço esse período de paz depois de tudo que passei.

Estou tirando as roupas da mochila e as colocando na mesa onde fica o notebook de Suna. Vejo vários envelopes, faço uma pilha deles para colocar atrás do computador quando um selo chama minha atenção: Universidade da Carolina do Norte. Eu reconheço porque essa foi a universidade na qual me inscrevi.

Eu franzo os lábios, confusa. Suna nunca se interessou por essa universidade, sempre me falou que queria estudar em uma da Ivy League. Curiosa, tiro o papel que está dentro porque o envelope já foi aberto, e meu coração para.

Obrigado pelo seu interesse em nosso programa de Administração para o semestre. Vamos revisar suas informações e qualificações e notificá-lo com a decisão.

Mas que droga...?

Administração? Universidade da Carolina do Norte?

Nesse momento, Suna sai do banheiro com uma toalha na cintura enquanto seca os cabelos com a mão.

⎯ Você pode entrar agora, eu... -ele para quando me vê com o papel na mão.

⎯ UCN? Administração? -mostro a carta para ele.

⎯ Eu ia te contar...

⎯ Você se inscreveu na UCN? E em Administração? O que eu perdi?

⎯ [Nome]...

⎯ O que aconteceu com Medicina? Com Princeton? Yale? Harvard? -não sei por que estou tão chateada. suna franze os lábios, desviando o olhar, não sei se é porque estou chateada, ou se ele está se rendendo.

⎯ Tenho que ser realista, [Nome].

⎯ Realista?

Ele joga a toalha de lado e passa a mão no rosto.

⎯ Administração ou Direito, é disso que minha família precisa.

Eu não posso acreditar que estou ouvindo isso.

⎯ E do que você precisa?

Ele ignora minha pergunta.

⎯ É a mesma universidade em que você se inscreveu. Você não está feliz de saber que estaremos juntos?

⎯ Não tente virar isso contra mim. Isso tem a ver com você, é o que você quer para sua vida.

⎯ Isso é o que eu quero para minha vida: ser alguém útil para minha família e estar ao seu lado. É tudo que eu quero.

⎯ Não.

Ele levanta uma sobrancelha.

⎯ Não?

⎯ Você está escolhendo o caminho mais fácil, e está desistindo sem nem tentar. E está se consolando com esse pensamento de que pelo menos estaremos juntos.

⎯ Pelo menos? Eu não sabia que estarmos juntos não era importante para você.

⎯ Mais uma vez, não tente fazer isso ser sobre mim ou sobre nós dois.

⎯ Como não é sobre nós dois? Se eu me inscrever nessas outras universidades, você sabe a que distância estaremos? Vou ter que mudar para outro estado, [Nome].

Eu sei... Já pensei nisso tantas vezes...

Mas não posso ser egoísta.

⎯ Eu sei disso, mas você vai estar estudando o que quer, seguindo seu sonho. Isso para mim é o bastante.

⎯ Não me venha com essa merda. -ele se aproxima de mim. ⎯ Você quer que a gente fique separado?

⎯ Eu só quero que você faça o que quer.

⎯ Isso é o que eu quero fazer, isso é o que farei. A decisão é minha.

Eu passo as mãos pelo cabelo.

⎯ Não é. Por que você é tão teimoso?

Eu o vejo vacilar, seus olhos nos meus.

⎯ Porque eu te amo. -eu paro de respirar. ⎯ E só de imaginar ficar longe de você já acaba comigo.

Acaba comigo também.

Eu me aproximo dele e pego seu rosto em minhas mãos.

⎯ Eu também te amo e porque te amo quero que seja feliz e alcance tudo o que desejar na sua vida.

Ele encosta a testa na minha.

⎯ Não posso ser feliz sem você.

⎯ Eu não vou a lugar nenhum, vamos dar um jeito, relacionamento à distância ou o que for. -faço uma pausa. ⎯ Prefiro isso a ver você todos os dias em uma universidade que nunca fez sentido, estudando algo que odeia. Não quero ver você sofrer assim, não posso.

⎯ Minha família não vai me apoiar.

⎯ Você falou com eles? Pelo menos tenta. -eu dou um selinho nele. ⎯ Por favor?

⎯ Tá bom.

Seus lábios encontram os meus em um beijo suave mas cheio de tantas emoções que meu coração dispara. Sigo seus movimentos, envolvendo minhas mãos em volta de seu pescoço, beijando-o profundamente. Meus hormônios vibram, sentindo seu torso molhado contra mim, e não ajuda que ele esteja só com uma toalha. Nossas bocas se mexem com mais intensidade uma contra a outra, roçando e lambendo, então pressiono meus seios no corpo dele com desejo.

Suna me levanta, me sentando na mesa do computador e se enfiando entre minhas pernas, e eu interrompo o beijo sem fôlego.

⎯ Nós vamos chegar tarde.

⎯ Uma rapidinha.

Ele me beija de novo, levantando a camisa que estou vestindo, sem calcinha. A toalha cai no chão e Suna me pressiona com mais força contra ele, me forçando a abrir as pernas, sua ereção roçando minha intimidade.

Quando ele me penetra, um gemido de surpresa quase sai de mim, mas fica preso em seus lábios. Seus movimentos são precisos e profundos, e gostosos pra caramba. Eu seguro firme em seu pescoço enquanto ele se lança sobre mim, a mesa batendo contra a parede a cada estocada.

Nossos beijos ficam selvagens e molhados e não demora muito para gozarmos. Ofegantes, nos abraçamos. Transar muito tem suas vantagens, nos conhecemos intimamente, sabemos onde tocar, lamber ou como nos mexer para chegar ao orgasmo.

⎯ Suna, nós vamos... Ai, merda... -atsumu se vira quando entra sem avisar.

Rapidamente, Suna pega a toalha e se cobre, parando na minha frente para me proteger. Atsumu continua a olhar fixamente para longe.

⎯ Vamos nos atrasar, espero vocês lá embaixo.

Assim que ele sai, eu rio, dando um tapa no ombro de Suna.

⎯ Eu disse para você trancar essa porta.

Eu sei, nós ficamos descaradamente atrevidos.

Suna me dá um beijo rápido e me carrega até o banheiro.

⎯ Vamos, vamos economizar tempo tomando banho juntos.

Eu dou uma risada, mas enterro meu rosto em seu pescoço.

SUNA ISCARIOTE

⎯ E então? -pergunta meu pai, segurando um copo de uísque na mão.

Osamu está sentado ao lado dele, revisando um gráfico em seu tablet. Minha mãe está do outro lado, olhando para mim com curiosidade. Atsumu está ao meu lado e me lança um ou outro olhar de preocupação.

Estamos no escritório da nossa casa, nos sofás pequenos ao lado da escrivaninha imponente do meu pai. Convoquei esta reunião de família assim que cheguei da instituição. Não vou mentir, minhas mãos estão suadas e não sei para onde foi toda a minha saliva. Minha garganta está tão seca que dói.

⎯ Suna? -pergunta minha mãe, todo mundo esperando por mim.

Não posso desistir sem lutar. A decepção no rosto de [Nome] me vem à mente e me dá forças.

⎯ Como sabem, chegou o momento de me inscrever nas universidades.

Osamu abaixa o tablet.

⎯ Precisa de ajuda? Eu posso fazer umas ligações.

⎯ Não, eu... -merda, não achei que fosse ser tão difícil; no momento em que eu deixar essas palavras saírem da minha boca, eu vou me expor, minha vulnerabilidade virá à tona e não quero me machucar.

⎯ Suna, filho... -meu pai me encoraja. ⎯ Diga o que você tem a dizer.

Me enchendo de coragem, cerro meus punhos ao lado do corpo.

⎯ Eu quero estudar Medicina.

Silêncio mortal.

Sinto como se meu coração tivesse sido tirado do peito, jogado entre nós, implorando para não ser ferido.

Osamu ri.

⎯ Você está de brincadeira?

Quero me encolher e dizer sim, mas não posso fazer isso, não quando cheguei até aqui.

⎯ Não.

Meu pai deixa seu copo de uísque de lado.

⎯ Medicina?

Minha mãe entra.

⎯ Achei que tivéssemos sido claros sobre os deveres da família, Suna. Seu pai precisa de outro gestor ou diretor jurídico em suas empresas.

Meu pai a apoia.

⎯ Eu disse que abriremos outra filial daqui a alguns anos, estamos expandindo e preciso que meus filhos façam parte disso. É nosso legado.

⎯ Eu sei, e acredite em mim, não foi fácil dizer isso hoje. Não quero parecer ingrato, vocês me deram tudo, mas... -falo com o coração na mão. ⎯ Eu realmente quero ser médico.

Minha mãe solta um som de reprovação.

⎯ Isso tem a ver com o sonho de que você queria salvar seu avô quando era criança? Filho, ele sempre teve os melhores médicos, você não precisa se tornar um por isso.

Osamu põe as mãos nos joelhos.

⎯ Só se inscreve na faculdade de Direito ou Administração que mencionei outro dia e pronto.

⎯ Não. -eu balanço a cabeça. ⎯ Não é um capricho meu e não é por causa do meu avô; eu realmente quero ser médico, não quero fazer Administração, muito menos Direito.

Minha mãe cruza os braços.

⎯ E você vai deixar de lado o que sua família precisa? Não seja ingrato.

⎯ Eu só quero ser feliz. -murmuro. ⎯ Eu quero estudar o que tenho vontade.

Osamu me lança um olhar incrédulo.

⎯ Mesmo que isso signifique dar as costas para sua família?

⎯ Eu não estou...

⎯ Não. -responde meu pai. ⎯ Nós todos fizemos sacrifícios nessa família, Suna. Você acha que Osamu queria estudar Administração? Não, mas ele fez isso pela família. Nós temos o que temos porque deixamos de lado aquilo que queremos para priorizar o que precisamos enquanto família.

Isso dói.

⎯ De verdade? Osamu é feliz? -meu irmão mais velho me lança um olhar frio e eu olho para meu pai. ⎯ Ou você, pai? De que adianta tanto dinheiro se não podemos fazer o que temos vontade?

Minha mãe reclama.

⎯ Não seja imprudente, seu pai já deu uma resposta.

⎯ Não vou estudar Administração.

Meu pai contrai a mandíbula.

⎯ Então você não vai estudar nada. -sua frieza me surpreende. ⎯ Nenhum dinheiro vai sair do meu bolso para sua faculdade se você não estudar o que precisamos que você estude. Não vou sustentar um filho que não pensa no bem de sua família.

Atsumu fala pela primeira vez.

⎯ Pai...

Sinto um nó na garganta, mas não deixo as lágrimas se formarem. Não quero parecer mais fraco do que já demonstrei ser.

⎯ Pai, eu quero ser feliz. -não me importo com meu orgulho ou que todos estejam me olhando. ⎯ Sem seu apoio não poderei ser. Sem dinheiro eu não posso fazer nada, as universidades são caras demais. Por favor, me apoie.

A expressão de meu pai não vacila.

⎯ A resposta é não, Suna.

"Pai, você sabe que é meu herói..." Uma criança pequena corre em volta dele e o abraça. Meu pai sorri para o menino. "Sempre serei, vou sempre te proteger."

Ele mudou demais depois que minha mãe o traiu. Controlando a dor que sinto no fundo do meu coração, levanto e sigo em direção à porta. Posso ouvir Atsumu falando com meu pai enquanto me afasto, implorando a ele, mas não paro de andar.

Quando chego no quarto, [Nome] levanta da cama, me olhando com cautela e agradeço por ter ela do meu lado, que me apoia incondicionalmente, que não me dá as costas, com quem posso desabar sem sentir vergonha.

Meus lábios oscilam, minha visão está turva pelas lágrimas, já não preciso mais me segurar ou fingir. Merda, como dói, ela estava certa. Quero estudar Medicina de todo o coração e agora esse sonho se desvaneceu diante de mim.

[Nome] caminha lentamente até mim, como se estivesse preocupada que qualquer movimento brusco pudesse me afastar. Sua boca se abre, mas ela desiste de falar.

Quando chega perto de mim, ela me abraça e eu enterro meu rosto em seu pescoço, chorando, e não tenho vergonha, não dela, que conhece cada lado de mim, que acreditou em mim, até mais que meu próprio pai.

⎯ Shhh... -sussurra ela, acariciando meu cabelo. ⎯ Você vai ficar bem, tudo vai ficar bem.

Eu ouço a porta se abrir e eu me afasto de [Nome], enxugando as lágrimas depressa. Atsumu entra, seus olhos estão vermelhos.

⎯ Você pode contar comigo! -diz ele com firmeza. ⎯ Quero que saiba que nem todos nesta família estão virando as costas para você, estou do seu lado. -ele sorri para mim, mas a tristeza em seus olhos é nítida. ⎯ Vou atrás de bolsas, vamos trabalhar meio período por uns meses, vamos resolver isso... -sua voz falha. ⎯ Porque você merece ser feliz e não está sozinho. Você está ouvindo?

Esse idiota... Eu sorrio e faço que sim com a cabeça.

⎯ Sim, ouvi.

Ele me dá um joinha.

⎯ Ok!

[Nome] agarra nós dois pela mão, sorrindo.

⎯ Vamos dar um jeito.

Eu sei que não vai ser fácil e tudo está contra mim, mas por algum motivo eu acredito nessas duas pessoas malucas, então eu sorrio também.

⎯ Vamos dar um jeito.

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