𝟰𝟰
SUNA ISCARIOTE
Não consigo me controlar, não quero me controlar.
Esperei muito tempo, aguentei muito tempo. Meu controle se esvai a cada beijo, cada roçar da minha língua na dela, com a suavidade de sua pele contra minhas mãos. Jogo [Nome] contra a parede, beijando-a desesperadamente; seu chapéu de bruxa cai e se perde no escuro.
Tento me acalmar e ser gentil, sentir cada parte dela, mas a espera intensifica tudo, e embora eu queira devorá-la, penetrá-la, fazê-la gemer meu nome no meu ouvido, passo um tempo a acariciando, beijando, e, quando sua respiração se transforma em arfadas, sei que já está excitada como eu.
Minhas mãos se inquietam e viajam para dentro do vestido curto de bruxa que ela está usando, meus lábios nunca deixando os dela. Puxo sua calcinha para o lado e deslizo os dedos entre suas pernas. Ela geme e eu mordo seu lábio inferior.
⎯ Molhada assim tão rápido?
Ela não diz nada, só estremece quando um dos meus dedos a penetra. É tão quente e úmido dentro dela que parece que meu pau vai explodir de tão duro que está.
⎯ Suna... -murmura ela, a voz cheia de desejo. ⎯ Estamos... Não devíamos fazer isso aqui.
Ela acha mesmo que vamos conseguir parar agora?
Afundo meu dedo ainda mais dentro dela e a ouço ofegar, agarrando-se a meus ombros. Meus lábios deixam os dela para lamber e mordiscar a pele de seu pescoço, sei que é seu ponto fraco. Ela deixa a cabeça cair para trás, seus quadris se movem no mesmo ritmo dos meus dedos, me deixando louco. Uso a mão livre para acariciar seus seios por cima do vestido.
Não dá, não consigo mais esperar.
Afasto-me dela, tirando minha mão de sua virilha para liberar meu pênis e colocar a camisinha, mas ela protesta impacientemente.
⎯ Suna, por favor...
Lascivo, fito os olhos dela.
⎯ Hum?
Ela não hesita em dizer o que quer:
⎯ Quero você agora, não demore tanto.
⎯ Ah, é? -provoco, levantando uma de suas pernas e colocando-a ao redor da minha cintura.
Minha ereção roça sua intimidade molhada, e eu descanso minha testa na dela.
⎯ Não vou ser gentil.
Ela morde meu lábio.
⎯ Não quero que seja.
Agarro-a pelo cabelo, obrigando-a a me olhar nos olhos e mexo os quadris para a frente, penetrando-a completamente com uma única estocada. Nós dois ofegamos com a sensação. Meu Deus, tinha me esquecido de como é delicioso estar dentro dela, como é molhado, apertado, quente, macio...
Não consigo parar de olhar para ela, porque [Nome] está linda e vulnerável pra cacete, as bochechas vermelhas, os lábios borrados de batom e inchados, os olhos brilhando de desejo. Ela passa as mãos por meu pescoço e seguro sua outra perna para conseguir levantá-la e começar a me mexer, pressionando-a contra a parede a cada movimento brusco. Beijo sua boca outra vez, sufocando seus gemidos.
Ela fica ofegante, perdendo o controle.
O toque da pele é macio, suave e quente... Mais, preciso de mais. Acelero os movimentos, pressiono-a contra a parede ainda mais, entro e saio de sua umidade. Por um segundo, penso em parar, não quero machucá-la, mas pelo jeito ela me pede por mais. Sei que ela gosta tanto quanto eu.
Se continuar assim, vou terminar muito rápido. Não quero que ela pense que sou um principiante apressado. Carregando-a, volto para me sentar em um dos bancos, e ela permanece em cima de mim, com o poder de me deixar mais louco do que já estou.
[Nome] não hesita em rebolar sentada em mim, em círculos, inclinando o corpo para a frente e para trás, e percebo que não foi uma boa ideia; vou acabar gozando logo. As luzes das velas deixam um tom brilhante à sua pele ligeiramente suada. Ela parece uma deusa, nunca pensei que sexo pudesse ser tão bom. Não é apenas a parte física, é a conexão, essas emoções transmitidas em cada toque, cada olhar, cada beijo.
Merda, ela me tem na palma da mão.
[Nome] tem o poder de me destruir, e a verdade é que eu não me importaria. Ser destruído por ela seria um privilégio. Ela morde os lábios, abaixando o vestido, expondo os peitos.
Ah, sim, e que privilégio.
Aperto sua cintura, guiando seus movimentos.
⎯ Gosta de montar em mim desse jeito?
Ela geme.
⎯ Sim, e você sabe.
Eu dou um tapa leve nela, e ela treme de prazer.
⎯ Você está toda molhada. -endireito-me um pouco para lamber o espaço entre seus seios e depois chupá-los. ⎯ Quero que você goze em mim, desse jeito.
Sinto sua pressão contra meu membro e sei que ela está perto.
Me movimento com ela, Seus gemidos se descompassam, e sei que também falta pouco para mim.
Fico abraçado a ela, sussurrando coisas em seu ouvido, mas com o canto do olho percebo um movimento na minha direita. Vejo um rosto surpreso entre uma pequena abertura nas cortinas que nos escondem.
Antony.
Instintivamente, minhas mãos abaixam o vestido de [Nome] e fico aliviado por senti-la coberta, mas ela não para. Antony leva dois segundos para reagir, e eu lanço um olhar seco que faz ele se afastar.
Poderia dizer que isso acaba com meu tesão, mas não é bem assim. Minha mulher continua rebolando em cima de mim, à beira do orgasmo, me levando com ela. [Nome] me beija, e o toque de nossos corpos se intensifica.
Ela geme contra minha boca, seu corpo estremecendo, sua umidade apertando minha ereção, seu orgasmo impulsionando o meu, e eu aperto seus quadris enquanto gozo.
De repente, consigo ouvir a música de novo, e o barulho de nossas respirações pesadas. [Nome] me abraça e eu enterro o rosto em seu pescoço. Posso sentir as batidas aceleradas de nossos corações e não quero me mexer. Neste momento, tudo parece perfeito.
E essa sempre foi uma das primeiras grandes diferenças com [Nome]. Antes dela, sempre quis ficar longe da garota com quem acabará de transar, e quando estava satisfeito só queria ir embora. Mas com [Nome] sempre tive essa necessidade de ficar ao seu lado. Ainda me lembro do quanto me assustou sentir isso nas primeiras vezes que estive com ela, essa sensação de querer ficar junto dela não era algo que já tinha sentido antes e me apavorava, por isso fugia ou tentava afastá-la.
Inalo seu perfume e sorrio junto à sua pele.
Não estou mais com medo, meu bem.
Não quero mais fugir.
Dou um beijo nela e nos levantamos com cuidado, arrumando nossas fantasias. Eu a vejo abaixar o vestido e ajeitá-lo, e sorrio maliciosamente.
⎯ Acho que já saí da friendzone.
Ela me encara com os olhos entreabertos.
⎯ Nem vem com essa.
Dou uma de inocente.
⎯ Não estou fazendo nada. Estou só dizendo a verdade, namorada. -faço uma pausa.
Ela tenta esconder um sorriso.
⎯ Namorada?
Apenas concordo.
⎯ Agora já sou todo seu e você é toda minha.
⎯ Ha! -bufa ela. ⎯ Por que sempre tão possessivo?
Passo um braço ao redor da cintura dela, puxando-a para mim, e ela solta uma risadinha. Acaricio sua bochecha.
⎯ Porque tem gente que fica de olho em você.
Ela me dá um sorriso largo.
⎯ Ciumento? Você fica lindo com ciúmes.
A primeira vez que senti ciúme na vida foi por você.
Penso, mas não digo. [Nome] se contorce um pouco, desconfortável.
⎯ Vou ao banheiro para... você sabe, me limpar um pouco.
⎯ Vou esperar você na mesa.
Ela me faz um sinal afirmativo com a mão e se afasta.
Deixo o salão das velas e me dirijo à mesa. O primeiro a me cumprimentar é Greg.
⎯ Apareceu. -ele se levanta e sussurra no meu ouvido:
⎯ Arruma um pouco esse cabelo, sr. Óbvio.
Corro a mão pelo cabelo rapidamente e caminho até Antony.
⎯ Tem cigarro?
Ele faz que sim, puxando um maço do bolso.
⎯ Quer um?
⎯ Quero. Me acompanha?
Ele sorri.
⎯ Aham.
Passamos pelo salão das velas para chegar à varanda que fica daquele lado. Eu mal coloco os pés aqui e me lembro da vez em que [Nome] me deixou duro neste mesmo lugar. Tanto tempo se passou desde aquela noite.
Acendemos os cigarros, dou uma tragada e solto a fumaça no ar frio da noite. Antony está inclinado, os antebraços sobre o parapeito da varanda e os olhos fixos na paisagem. O silêncio é incomum entre nós, é incômodo, mas a conversa que vai vir é uma que nós dois precisamos ter e sabemos disso.
⎯ Não precisa de rodeios. -diz ele casualmente.
⎯ Isso não é um jogo pra mim. Não dessa vez. -começo, inalando a fumaça.
⎯ Você gosta dela de verdade?
⎯ É mais do que isso.
Ele começa a rir.
⎯ Não fode. Você está apaixonado?
⎯ Estou.
Ele faz uma careta.
⎯ Pensei que ela era só uma garota estranha que te perseguia. Como as coisas mudam.
⎯ Antony, estou falando sério, ela não é uma brincadeira pra mim. -repito. ⎯ Nada de jogos, apostas, desafios.
Ele levanta as mãos para cima, em seu tom provocador.
⎯ Deu para entender muito bem.
⎯ Fala logo o que você quer.
⎯ Eu deveria ouvir você? -pergunta ele. ⎯ Por acaso você se importou comigo quando transou com a Samy?
⎯ Você nunca me disse que gostava dela de verdade, que não era uma brincadeira. Queria que eu adivinhasse?
⎯ Você sabia o que eu sentia por ela! Não precisava te dizer. -ele joga o cigarro no chão e pisa em cima. ⎯ Gosto dela desde que a gente era pequeno, e você sabia.
Eu sabia que essa conversa aconteceria algum dia, mas não esperava que fosse hoje.
⎯ Ela nunca te viu de outra forma, só como amigo, não é culpa minha.
⎯ E você acha que eu não sei? Mas qualquer esperança que eu tinha foi para o ralo quando você começou a trepar com ela por prazer, por diversão. Iludindo a garota.
Apago o cigarro no cinzeiro da mesa da varanda.
⎯ Nunca quis usá-la, e você sabe.
⎯ Mas usou. -responde ele, a raiva transbordando em sua voz. ⎯ Você fodeu nós dois com esse seu egoísmo maldito. Nunca pensa em ninguém, só em si mesmo.
⎯ O que você quer? Um pedido de desculpas?
⎯ Não, só espero que, agora que você encontrou alguém com quem se importa de verdade, aprenda a pensar nos outros. -ele passa a mão na cabeça. ⎯ Só espero que amadureça. Como você se sentiria se eu tirasse a [Nome] de você? Se me visse usar ela por prazer, sabendo que você está ali sentindo mil coisas por ela, podendo fazê-la feliz e dar tudo a ela?
Só de pensar nisso, cerro os punhos.
⎯ Nem pense nisso.
⎯ Parece horrível, não é? Fico feliz por você conseguir se colocar no meu lugar agora. -ele me dá as costas e suspira. ⎯ Relaxa, não vou chegar perto da sua namoradinha, só queria que você entendesse o que eu senti.
Deixando meu orgulho de lado, falo:
⎯ Desculpa. -antony me olha de novo, bastante surpreso, e continuo a falar. ⎯ Cara, você tem razão. Sério mesmo, desculpa,
⎯ Você nunca se desculpou comigo.
⎯ Eu sei. -dou um sorriso triste. ⎯ Mas agora é mais fácil admitir meus erros, acho que ela me faz ser uma pessoa melhor.
Ele me dá um sorriso sincero.
⎯ Fico feliz em ouvir isso.
⎯ E a Samy vai superar, Antony, e você vai voltar a ter a oportunidade de conquistar ela.
Ele ri.
⎯ Espero que sim. Por enquanto, vou me conformar com os olhares de ódio dela.
⎯ Tudo bem entre a gente?
⎯ Tudo certo; o que passou passou.
Com tudo resolvido entre nós, entramos de novo na boate. Ao chegar à mesa, [Nome] está rindo alto com Greg, e Samy está em pé com Luna, dançando no ritmo da música.
Vou até Samy e sussurro em seu ouvido:
⎯ Desafio você a dançar com Antony.
Ela faz uma expressão contrariada.
⎯ Odeio seus desafios.
Mas ela o cumpre; sempre cumprimos os desafios que impusemos um para o outro. Eu os vejo dançar, e meu olhar vai para minha namorada. Ela está tão linda rindo, as bochechas coradas. Percebi que ela fica com o rosto vermelho quando bebe demais. [Nome] nota minha presença, e seus olhos se iluminam. Levanta a mão me chamando para ir até ela.
Sim, definitivamente, ser destruído por ela é um privilégio.
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