Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝟯𝟴


Amigos...

O que eu estava pensando quando disse aquilo?

Estou morrendo de vontade de enviar uma mensagem para Suna. Ele não tem falado muito comigo, só me mandou uma mensagem dizendo que está lidando com uma coisa importante e que em breve vai me procurar. Já se passaram vários dias desde então.

Como ele acha que vai ganhar meu coração dessa forma? Será que aconteceu alguma coisa com Samy? E se ele desistiu da nossa história e não quer mais lutar por mim? Minha mente viaja por uma infinidade de opções que beiram a insanidade. Isso mesmo, estou ficando louca. Era esse o plano dele? Me ignorar até eu dar o braço a torcer e o aceitar de novo como se estivesse tudo bem? RÁ! Só nos seus sonhos, idiota. Solto um grunhido ao fechar o livro que tenho nas mãos e apoio o rosto na mesa. Sophia suspira ao meu lado.

⎯ Parece que o seu "castigo" está afetando mais você do que ele.

Sophia vira a página do livro que está lendo.

⎯ Ele nunca foi fácil de entender, então não sei por que está tão surpresa.

Desarrumo meu cabelo com a frustração.

⎯ Supostamente tenho todo o controle agora, mas o silêncio está me matando.

⎯ Talvez este seja o plano dele, não acha? Que você sinta tanta saudade que, quando o vir, pule em cima dele e esqueça de se comportar como amiga.

⎯ Você acha?

⎯ Shhhhhh! -repreende a bibliotecária.

Nós duas sorrimos para ela. Viemos aqui para ver se conseguimos terminar de ler o livro que a professora de literatura nos indicou. Gosto de ler, mas essa professora só escolhe livros antiquados. Queria dizer que aprecio um bom clássico, mas seria mentira.

⎯ A prova é amanhã, a gente nunca vai terminar de ler isso. -reclamo com cuidado para não atrair a atenção da bibliotecária.

Sophia me dá um tapinha nas costas.

⎯ Tenha fé, já estamos na página 26.

Cubro o rosto.

⎯ Vinte e seis de 689 páginas. A gente já era.

Não consigo me lembrar da última vez que li um dos livros obrigatórios. Como sobrevivi a essa matéria nos últimos anos sem ler? E então me lembro: Oikawa, ele sim gosta de ler de tudo. Sempre nos ajudou com as tarefas de literatura, e em troca nós o ajudávamos com qualquer outra matéria que ele tivesse dificuldade.

Uma onda de tristeza me invade. Nós três vínhamos aqui juntos para ler e fazer os deveres. Por que ele teve que me trair desse jeito? Por quê? Como pôde jogar no lixo nossa amizade de uma vida inteira? O sorriso carinhoso dele e a forma como ajeitava os óculos enquanto franzia o nariz invadem minha mente.

Eu gosto muito de você, [Nome]. Sou louco por você.

Consigo me lembrar perfeitamente da vulnerabilidade no rosto dele quando disse isso. Seria esse o problema? Ele deixou se levar pelos sentimentos? Não justifica, mas pelo menos explica; eu também fiz tantas burrices por causa do que sinto por Suna. Não posso negar o quanto sinto saudade de Oikawa. Ele sempre fez parte da minha vida e é muito importante para mim, apesar de tudo.

Ah, os homens da minha vida não são nada normais. Estou tão imersa em pensamentos que não noto a pessoa que está de pé diante da nossa mesa até sua mão colocar duas pilhas de folhas e dois cafés na nossa frente. Levanto o olhar para encontrar quem estava em meus pensamentos há alguns segundos.

Oikawa sorri para nós.

⎯ É o resumo do livro. Coloquei os pontos-chave que só quem leu saberia. Acho que vai dar tudo certo se vocês estudarem por ele.

Antes que eu consiga dizer qualquer coisa, ele se vira e vai embora. Sophia e eu trocamos um olhar de surpresa.

Ela pega a pilha de folhas e a examina.

⎯ Ele é louco... -ela continua folheando. ⎯ Mas... está bem escrito, totalmente compreensível! Graças a Deus! E café... -ela dá um beijo no copo de café. ⎯ Preciso dizer que já não o odeio tanto assim, até porq... -sophia para de falar quando olha para mim. ⎯ Ah, desculpa... Me empolguei. Não temos que aceitar a ajuda dele se isso te deixar desconfortável.

Não é isso... O sorriso dele, a vontade de ajudar... tudo pareceu muito verdadeiro.

Oikawa sempre foi tão fácil de ler; diferente de Suna, que não me deixa saber de nada com suas expressões frias. Mesmo agora que eu supostamente estou no controle da situação, não sei o que Suna está pensando, o que quer ou como interpretar seu silêncio. Gostaria de conseguir ler Suna da mesma forma que consigo ler Tooru. Mas dá para entender o cenário, porque conheço Tooru a vida inteira, e Suna, há apenas alguns meses.

Tempo...

É disso que preciso para entender esse doido?

⎯ [Nome]? -sophia acena com a mão diante dos meus olhos. ⎯ Aceitamos ou não?

Hesito por um momento, mas, de qualquer forma, não faz sentido rejeitar a ajuda. Oikawa não vai ficar sabendo se usarmos mesmo.

⎯ Vamos aceitar.

Passamos o restante da tarde lendo o resumo e estudando para a prova.








SEXTA-FEIRA

⎯ Passamos! -grita sophia ao conferir as notas no quadro de avisos.

⎯ Ahhh! -dou um pulo e a abraço com força enquanto giramos e continuamos pulando feito loucas.

Nos separamos, depois voltamos a gritar e a nos abraçar. Apesar de a última aula já ter acabado, ainda não fomos embora, ficamos esperando para ver se a professora lançaria as notas da prova desta manhã.

⎯ Qual o motivo dessa agitação toda? -um dos amigos de sophia aparece ao nosso lado.

Nos afastamos de novo, e a loira belisca as bochechas dele.

⎯ Feioso! Passamos na prova de literatura.

⎯ Ai! -ele se solta, acariciando as bochechas. ⎯ Jura? Precisamos comemorar. Faço questão.

⎯ Pela primeira vez você disse algo inteligente. -diz sophia, erguendo a mão para bater na dele, surpreendendo nós dois.

Ela deve estar de muito bom humor para aceitar o convite desse cara. Mas até que ele é gente boa.

Oikawa sai de uma das salas e caminha em nossa direção. Carrega sua mochila de lado e usa um suéter com capuz, o cabelo castanho e rebelde escapando pelos cantos enquanto seus olhos da mesma cor encontram os meus. Por um momento, seus passos vacilam como se não soubesse o que fazer, mas finalmente decidem seguir em frente.

Yin (o amigo de Sophia) abre a boca para dizer algo a ele, mas Sophia pega seu braço e balança a cabeça. Oikawa passa por mim olhando para baixo. Sei que deveria pelo menos agradecer, mas as palavras parecem não querer sair da minha boca. Será que conseguirei perdoá-lo algum dia? Estou sendo hipócrita por dar tantas oportunidades a Suna e não ser capaz de dar uma segunda chance ao meu melhor amigo?

São perguntas para as quais ainda não tenho resposta. Sophia parece ler minha mente e se vira para ele.

⎯ Ei, nerd otário. -oikawa para de andar e se vira ligeiramente para nós. ⎯ Valeu.

Ele apenas sorri e segue seu caminho. Porém, não consigo deixar de notar a tristeza em seus olhos, aquela aflição que está presente desde que ele tentou me explicar por que havia me traído, quando levou o resumo para a biblioteca e agora. Acabou de dar um sorriso tão falso que não é capaz de remover nem um pouquinho o desamparo em seu olhar.

Pela primeira vez, me coloco no lugar dele. Oikawa não tem outros amigos. Seu grupo sempre foi ele, Sophia e eu. Socializar nunca foi seu forte, apesar de ter um amigo chamado Iwaizumi, que se mudou para outro país. Ele tem aquele estereótipo de nerd, e as pessoas acabam só se aproximando dele quando precisam tirar uma nota mais alta ou algum outro tipo de ajuda. Ele sempre viveu imerso em seu mundo de jogos de vôlei, livros e videogames. Deve estar se sentindo tão sozinho agora...

Sophia surge ao meu lado e aperta minha mão.

⎯ Ele tomou as próprias decisões. -eu a encaro. como consegue ler minha mente tão bem? ⎯ A culpa é dele se está mal por isso. Tudo bem você se sentir mal, mas você não é obrigada a perdoá-lo, não precisa ter pressa.

Consigo sorrir e, dando uma última olhada no corredor onde ele desapareceu, tento me concentrar no fato de que passei na prova.

⎯ Bem, acho que deveríamos ir.

Yin sorri de orelha a orelha e me abraça de lado.

⎯ Hora de celebrar com a dona do meu coração!

Sophia o agarra pela orelha.

⎯ Você não vai com a gente se ficar todo grudento.

⎯ Ai! Ai! Entendido.

Saímos da escola zoando Yin porque ele não passou na prova e ainda assim vai comemorar com a gente. Estou rindo quando cruzo a esquina para entrar no estacionamento e de repente meus olhos se deparam com aquele carro preto que conheço tão bem. Paro no meio do caminho.

Sophia e Yin dão alguns passos adiante sem mim até perceberem que parei de andar, e então param também, virando-se.

Sophia me olha desconfiada.

⎯ O que aconteceu?

Antes que meus olhos o vejam, meu pobre coração sente sua presença e começa a palpitar desesperadamente. Paro de respirar e mantenho as mãos suadas ao lado do corpo. Minha barriga está estranha. E então isso acontece...

Suna sai do veículo, fecha a porta e apoia as costas no carro. Enfia as mãos nos bolsos da jaqueta de couro preta. Está lindo como sempre, se não mais. Ele olha para mim e o mundo ao meu redor desaparece quando aqueles olhos amarelados encontram os meus.

Senti tanta saudade de você...

Quero correr até ele, pular e abraçá-lo tão forte que ele vai reclamar por não conseguir respirar. Quero segurar seu rosto e beijá-lo até ficar sem ar. Quero sentir o corpo dele ressionando o meu, com seu cheiro gostoso me envolvendo.

Mas não posso...

E isso dói.

Onde você esteve, seu idiota, para me fazer sentir tanto sua falta? Concentro-me na raiva e frustração por não ter tido notícias dele durante a semana. Procuro afastar o impulso de correr em direção a Suna e ganhar um abraço que vai me fazer girar como nos filmes, porque a realidade não é essa, e se ele não aprender agora, nunca saberá me valorizar.

Tenho que ser forte.

Recuperando o fôlego, acalmo meu coração e caminho até ele, passando ao lado de Sophia e Yin.

⎯ Já volto.

Enquanto ando até ele, não consigo parar de pensar no que estou vestindo. Calça jeans desgastada, botas velhas e um suéter de la cor-de-rosa bebê não são as melhores peças do meu armário, mas como eu poderia saber que Suna apareceria aqui do nada? Pelo menos meu cabelo está em um rabo de cavalo decente. Paro na frente dele, e de perto Suna parece ainda mais bonito. Como pode ter cílios tão longos e lindos? Que inveja.

Foco, [Nome]!

Cruzando os braços, levanto o rosto.

⎯ Vossa Majestade decidiu nos honrar com sua presença. -brinco.

Suna sorri e meu controle vacila. Sem aviso, ele segura minha mão e me puxa até ele. Bato contra seu peito, e seu cheiro delicado invade meu nariz fazendo com que eu me sinta segura. Ele me envolve em um abraço firme, sinto sua respiração sobre minha cabeça, e então ele se inclina para sussurrar algo em meu ouvido. A voz suave, calma e viril como sempre:

⎯ Também senti saudade, meu bem.

Como uma idiota, sorrio encostada na jaqueta dele e fecho os olhos.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro