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𝟯𝟬

Sophia se deita junto comigo e se vira para mim suspirando ao me encarar.

⎯  O que houve?

Fico encarando o teto por um momento, sem dizer nada, e Sophia parece entender tudo.

⎯  Oikawa finalmente te contou que gosta de você?

Eu viro para ela tão depressa que meu pescoço chega a doer um pouco.

⎯  Você já sabia?

⎯  Todo mundo sabia, menos você.

Dou um soco no travesseiro.

⎯  Mas como assim? Por que você não me contou?

⎯  O segredo não era meu para eu contar.

Volto a olhar para o teto.

⎯  Bom, ele me contou ontem à noite e... me beijou.

Sophia se senta na cama em um sobressalto.

⎯  Por essa eu não esperava! Como é que foi? Você gostou? Retribuiu o beijo? Foi de língua? O que você sentiu? Quero detalhes, [Nome], detalhes!

Reviro os olhos, sentando-me também.

⎯  Foi... de boa.

Sophia ergue a sobrancelha.

⎯  De boa? Só isso?

⎯  O que você quer que eu diga? Ele... Ele esteve aqui esse tempo todo... cheguei a ter uns sentimentos platônicos por ele. Nunca imaginei que ele gostasse de mim... e beijá-lo foi gostoso, mas foi... irreal. Não sei explicar direito.

⎯  Você gostou, mas não foi tão incrível quanto beijar Suna.

⎯  Foi diferente...

⎯  Você está ferrada, [Nome]. Está completamente apaixonada pelo Suna.

Baixo a cabeça sem poder negar. Sophia passa o braço pelos meus ombros para me dar um abraço.

⎯  Está tudo bem. Sei que dá medo gostar tanto de alguém, mas vai dar tudo certo.

⎯  Não sei o que dizer ao Oikawa.

⎯  A verdade. Conta que gosta de outra pessoa e talvez não seja correspondida, mas nem por isso pode mudar seus sentimentos de uma hora para outra. Diga que não quer usá-lo.

⎯  Eu não deveria ter retribuído o beijo.

⎯  E eu não deveria ter comido aquele hambúrguer tão tarde, mas todo mundo comete erros.

Desato a rir, me afastando dela.

⎯  Você comeu hambúrguer sem mim?

Seu celular apita com uma mensagem. Empolgada, ela vai conferir de quem é, e um sorriso bobo a invade.

⎯  Ok, esse sorriso é suspeito.

Ela pigarreia.

⎯  Não é não!

⎯  Com quem você está falando?

Ela põe o celular no colo com a tela virada para baixo.

⎯  Só um amigo.

Luto com ela e arranco o celular de suas mãos. Tento ler as mensagens, mas ela me ataca e eu saio correndo do quarto. Descalça, atravesso o corredor e esbarro em seu primo, na escada. Ele está com o uniforme do time.

⎯  [Nome], o que...?

Escuto a voz de Sophia longe do corredor.

⎯  Ginjima! Segure ela!

Desço a escada ainda mais depressa e paro de repente lá embaixo, de forma tão abrupta que quase caio.

Suna.

Ele fica igualmente surpreso ao me ver.

Está usando o uniforme preto de seu time, assim como o primo de Sophia. Está sentado no sofá, com os cotovelos apoiados nos joelhos, inclinado para a frente.

Reaja, [Nome].

Recupero a compostura e dou um sorriso simpático.

⎯  Oi.

Ele retribui o sorriso, mas não é apenas simpático, é aquele sorriso encantador de sempre.

⎯  Oi, estranha.

E logo meu coração dispara feito louco.

⎯  [Nome]! -sophia aparece atrás de mim e congela como eu ao ver nossa visita inesperada. ⎯  Ah, oi, Suna.

Ele apenas sorri.

Ginjima chega para nos salvar do clima pesado.

⎯  Aqui estão as anotações. -diz ele, entregando um caderno para suna.

Sua mera presença faz estragos em mim. Suna aperta a mão de Ginjima.

⎯  Obrigado, já estou indo. -seus olhos me encontram e eu engulo em seco. ⎯  Você vai agora, [Nome]?

⎯  Eu?

⎯  Posso te levar, se você quiser.

Esses olhos lindos...

Quero gritar que não, quero rejeitá-lo, mas as palavras ficam entaladas. Sophia se mete na minha frente.

⎯  Não, ela não vai agora, vamos terminar umas coisas.

Eu olho para ela confusa, e ela me diz, baixinho:

⎯  Sou seu porto seguro.

Isso me faz sorrir.

Suna me dá uma olhada antes de sair.

⎯  Uau, isso foi interessante. Que tensão. -comenta ginjima, virando-se sophia assente.

⎯  Tensão pesada, meu anjo. Acho que todo mundo ficou meio constrangido. -ginjima ri, e eu lanço para os dois um olhar fulminante.

O celular nas minhas mãos apita com uma mensagem, e eu me lembro do que estava fazendo antes de Suna aparecer e me tirar dos eixos. Corro escada acima, com Sophia me perseguindo. Tranco-me no banheiro do quarto dela, o que faz com que eu me sinta estúpida, porque deveria ter feito isso desde o início.

Confiro as mensagens e meu queixo quase cai no chão. São de Atsumu. Pelo visto, faz tempo que eles estão se falando, trocando mensagens de bom-dia e boa-noite.

⎯  Posso explicar. -caio na gargalhada.

⎯  Atsumu? Ai, Deus, eu realmente amo o karma.

Sophia cruza os braços.

⎯  Não sei o que você está pensando, mas está enganada.

⎯  Você está flertando com ele! Está gostando dele!

⎯  Óbvio que não! Está vendo? Por isso não queria te contar, sabia que você teria uma ideia errada. Ele é mais novo que eu.

⎯  Ele não é uma criança, Sophia, e você sabe disso, mas gosta de instigá-lo. Quer que ele te prove que já é homem! -digo, segurando-a pelos ombros. ⎯  E que te agarre e te beije com tanta paixão que sua calcinha chegue a deslizar até o chão.

Ela dá um tapa nas minhas mãos, tirando-as de seus ombros.

⎯  Para de falar bobagem. Eu não gosto dele e fim de papo.

⎯  Um mês.

⎯  O quê?

⎯  Dou um mês para você chegar aqui com o rabo entre as pernas, admitindo que não resistiu. Não é fácil dizer não aos Iscariote, pode acreditar.

⎯  Eu me recuso a continuar falando disso.

⎯  Pois então não fale, só escute. -digo, pondo as mãos na cintura. ⎯  Atsumu não é uma criança. Você só é dois anos mais velha que ele. E Atsumu é muito maduro para a idade que tem. Se você gosta dele, por que vai ter esses preconceitos?

⎯  Sim. Sabe de quem escutei isso? Do pedófilo lá da esquina.

⎯  Não exagera.

⎯  Chega... vamos esquecer essa história.

⎯  Não precisa mentir para mim. Você sabe disso, não sabe? Consigo sacar com muita clareza o que está acontecendo com você.

⎯  Eu sei, mas não quero falar sobre isso. Não quero tornar essa situação real.

⎯  Ah, meu querido porto seguro, já é real.

Sophia joga um travesseiro em mim e logo parece se lembrar de algo.

⎯  Ah! Olha, encontrei o celular antigo de que falei.

Ela me dá um aparelho pequeno, a tela é de luz verde e só mostra a hora. Sophia solta uma risada nervosa.

⎯  Só serve para ligações e mensagens, mas já é alguma coisa.

⎯  Está ótimo!

Pelo menos vou poder me comunicar, embora parte de mim fique triste por ter perdido meu iPhone. Trabalhei e fiz tantas horas extras para juntar dinheiro para comprá-lo. Eu me lembro das palavras de Suna quando fui lhe devolver o telefone: Sei que foi você que comprou, com o seu dinheiro, trabalhando. Sinto muito não ter conseguido evitar que te roubassem, mas posso te dar outro. Deixa eu te dar outro, não seja orgulhosa.

Seu gesto foi tão lindo...

E logo depois ele foi tão idiota...

Nunca pensei que existisse alguém que pudesse ser as duas coisas ao mesmo tempo, mas Suna conseguiu me surpreender.

Me despeço de Sophia para ir à operadora colocar meu número nesse aparelho. Acho essas burocracias chatas, mas não tenho escolha. Todo mundo tem esse número, não quero trocar.

Suna tem esse número. Mas isso não importa, certo?

Depois de desperdiçar duas horas da minha vida, volto para casa. Já está anoitecendo, e meu celular não parou de apitar com todas as mensagens recebidas. Sorrio ao ver uma de Atsumu me convidando para a festa em sua casa há quase duas semanas. Como eu gostaria de ter lido essa mensagem no dia...

Há várias mensagens dramáticas de Sophia, como sempre, e algumas antigas de Oikawa, de antes de saberem que eu tinha perdido o celular.

Nada de Suna...

E você esperava o quê, [Nome]? Ele foi o primeiro a saber que roubaram seu telefone.

Fecho a porta, bocejando.

⎯  Cheguei!

Silêncio.

Ponho os pés na sala e me surpreendo ao encontrar Oikawa e minha mãe sentados no sofá. Oikawa ainda está de uniforme. Veio direto da escola? Por quê?

⎯  Ah, oi, não esperava te ver aqui. -digo com sinceridade.

Mamãe está com um semblante extremamente sério.

⎯  Onde você estava?

⎯  Na casa da Sophia, e depois fui à loja da operadora de... -paro de falar porque a expressão deles me assusta. ⎯  Está acontecendo alguma coisa?

Oikawa baixa a cabeça, e minha mãe se levanta.

⎯  Tooru, pode ir. Tenho que conversar com minha filha.

Minha expressão confusa faz Oikawa murmurar algo ao passar do meu lado para ir embora.

⎯  Desculpa.

Fico olhando enquanto ele sai. Ao me virar, minha mãe está bem na minha frente.

⎯  Mãe, o que está acon...?

A bofetada me pega de surpresa, ecoando por toda a pequena sala. Atordoada, ponho a mão na bochecha latejante. Meus olhos se enchem de lágrimas. Minha mãe nunca tinha me batido. Seus olhos estão vermelhos, segurando o choro.

⎯  Estou tão decepcionada... O que passou pela sua cabeça?

⎯  Do que você está falando? O que Oikawa te contou?

⎯  Do que estou falando? De minha filha sair por aí transando sem responsabilidade nenhuma!

⎯  Mãe...

Os olhos dela se enchem de lágrimas, e isso parte meu coração. Ver minha mãe chorar é simplesmente devastador.

⎯  Te dei tanta confiança e liberdade, e é assim que você retribui?

Não sei o que dizer, apenas baixo a cabeça, envergonhada. Eu a escuto respirar fundo.

⎯  Você melhor do que ninguém sabe o que passei com seu pai. Viveu isso comigo! Pensei que ao menos tiraríamos uma coisa boa dessa situação, que com meus erros você aprenderia a ser uma jovem inteligente que sabe se valorizar. -sua voz falha. ⎯  Que não seria como eu. -irrompo em soluços, porque realmente não tenho como me justificar. levanto o rosto e sinto um aperto no coração. minha mãe está com a mão no peito, como se tentasse aliviar a dor.

⎯  Perdão, mãe... mil perdões.

Ela balança a cabeça, enxugando as lágrimas.

⎯  Estou tão decepcionada, filha...

⎯  Eu também, mãe, eu também estou decepcionada comigo mesma.

Ela se senta na poltrona.

⎯  Isso me dói tanto... Pensei que havia te educado melhor, pensei que éramos unidas.

⎯  Somos unidas, mamãe.

⎯  Onde foi que eu errei? -algo em mim se despedaça com sua pergunta. ⎯  Onde falhei?

Eu me ajoelho diante dela e seguro seu rosto com as mãos.

⎯  Você não errou em nada, mamãe, em nada. É culpa minha.

Ela me puxa e me abraça.

⎯  Ah, minha menina. -ela beija minha cabeça e continua chorando.

Meu coração está tão apertado que só me resta chorar junto.

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