𝟭𝟴
Eu não posso acreditar que estou na frente da porta da casa de Suna novamente e em menos de uma semana. Oh, minha dignidade, onde você esteve que eu não consigo te encontrar?
Em minha defesa, se mamãe percebe que eu não tenho este colar, ela arremessa seus sapatos na minha cara, não sem antes me forçar a assistir todas as novelas da noite com ela. Tortura pura, eu sei.
Respirando fundo, toco a campainha.
A ruiva abre a porta, parecendo um pouco agitada.
─ Boa noite! -ela cumprimenta cordialmente, ajustando a saia de seu uniforme. eu apenas sorrio para a mesma.
─ O Suna está aí?
─ Sim, claro. A festa está por volta da piscina, vamos. -ela se afasta e seus passos dentro de casa são ecoados pelos cômodos.
Festa?
Ela me guia pela casa até chegarmos à piscina, que é fechada e tem cobertura, imagino porque é aquecida.
Assim que ponho o pé lá, todos os olhos se voltam para mim e me sinto super desconfortável. Meus olhos inquietos procuram Suna e o encontro na piscina. Ele tem uma garota nos ombros enquanto outro cara tem uma garota na frente dele. Eles estão travando uma batalha na água.
Não posso deixar de sentir ciúmes da garota em cima dele. Ela é muito bonita e tem um sorriso deslumbrante. Suna se vira para ver o que todos estão olhando e nossos olhos se encontram; Ele não parece surpreso, ele parece satisfeito. Parece tão lindo todo molhado. Não, foco, [Nome]. Ele ainda está em seu jogo como se nada tivesse acontecido.
Atsumu me cumprimenta.
─ Bem vinda! -diz ele com um sorriso. ─ Eles são todos companheiros de suna, mas eu também os conheço!
Chegamos ao grupo de três caras.
─ Gente, essa é a [Nome]. -eu reconheço uma das pessoas, o moreno, como aquele em que tropecei no dia em que estava espionando suna no treino. ─ [Nome], estes são Greg, Antony e Nathaniel.
─ Ah! Me pague! -diz nathaniel, o loiro. ─ Eu disse que alguém da nova escola de Atsumu viria!
Greg suspira.
─ Eu não posso acreditar. Sinceramente! -ele tira o dinheiro do bolso e passa para nathaniel.
Antony, o garoto de cabelos escuros do treino, não diz nada, apenas olha para mim em saudação. Atsumu faz uma careta de desgosto.
─ Suas apostas são péssimas. Eu volto daqui a pouco, [Nome], fique confortável.
Greg aponta o dedo para mim.
─ Eu te daria as boas-vindas, mas você acabou de me fazer perder dinheiro.
─ Não seja um mau perdedor. -acrescenta nathaniel, dando-me um sorriso. ─ Bem vinda, [Nome], sente-se.
Não posso negar que são meninos muito atraentes e que na minha vida eu teria sequer imaginado sentar lado a lado com meninos como eles. Eles não parecem ser desagradáveis, mas aparentemente gostam de zombar das pessoas e das situações. Meus olhos viajam para a piscina e a garota nos ombros de Suna cai na água, afundando o moreno com ela. Eles emergem da água, sorrindo um para o outro e a garota lhe dá um breve beijo na bochecha. Ai!
Quase posso ouvir meu coração se partir. E, pela primeira vez, me encontro em uma encruzilhada.
Sempre disse que a vida consiste em decisões e, embora tenha tomado algumas decisões muito ruins, também soube tomar algumas decisões boas. Na minha frente, tenho duas opções:
1. Vire-se e saia de cabeça baixa.
2. Fique, pegue o pingente de volta e talvez se divirta com os amigos de Suna, mostre a ele que está bem e que não se importa com ele.
Se ele pode agir como se nada tivesse acontecido, então eu também posso. Precisava obter minha dignidade de volta, preciso fazer algo para parar de me sentir como a garota estúpida que foi usada pelo garoto bonitinho. Então engulo meu coração e, com um grande sorriso, sento ao lado de Antony, aquele que não tinha falado até agora.
─ Quer uma cerveja? -nathaniel me oferece, eu aceno e pego.
Agradeço quando ele passa para mim.
─ Vamos brindar, porque a única amiga que o Atsumu fez na escola é linda!
Greg levanta o seu copo.
E Nathaniel levanta o mesmo também.
─ Sim, devo dizer que estou impressionado.
Ruborizada, brinco com a minha cerveja entre os dedos. Os dois garotos olham para Antony e ele nem se mexe. Nathaniel vira seu olhar.
─ Vamos brindar sem ele, ele é igualzinho ao Suna rabugento.
─ Não é atoa que ele é melhor amigo do Sun. -diz greg.
Brindamos e continuamos bebendo. Antony se levanta, ele é quase tão alto quanto Suna e está sem camisa. Meus olhos não têm vergonha e vão do peito até o abdômen. A Virgem do ABS tem sido muito generosa com esses caras. Antony sai e se joga na piscina, meus olhos permanecem seguindo seus movimentos.
─ É bom, não é? -nathaniel pergunta, brincalhão. ─ A divertida e ousada [Nome] vem à tona.
─ Se é bonito, tem que se olhar.
─ Eu gosto dela. -greg me elogia. ─ É honesta.
Eu levanto minha cerveja para eles, com um sorriso. Conversamos muito e percebo que eles não são pretensiosos ou que se acreditam ser mais que alguém.
Eles são muito simples e educados. Nathaniel é o menino brincalhão que tira algo louco de tudo e te faz rir, enquanto Greg é mais sobre contar histórias interessantes. Por um momento, conversando com eles, me divertindo com esses caras, esqueço completamente o Suna. Eles me fazem perceber que há mais homens no mundo e que é possível superar Suna. Sim, pode haver um menino mais bonito do que ele e com um coração melhor. Eu não tenho que ficar presa àquele cara estúpido e gostoso.
A música está tocando em todo lugar, eu nem me preocupei em olhar onde Suna está ou o que ele está fazendo. Eles colocam uma música eletrônica que eu gosto muito e eu me levanto da cadeira dançando. Nathaniel e Greg me seguem dançando de onde estão, colocando as mãos para cima. Greg escorrega e quase cai, onde eu rio alto. Rimos tanto que todos olharam para nós, sinto seus olhos em mim, mas não presto atenção neles. Sentamos novamente e devo admitir que o álcool está fazendo efeito. Sinto-me mais confiante e livre.
Antony volta para a mesa encharcado, pega uma cerveja e dá um longo gole.
─ Hora da confissão, [Nome]. -nathaniel começa, divertido. antony apenas se senta do outro lado da mesa, o cabelo molhado escorrendo pelo rosto, nathaniel o ignora e continua. ─ Tem namorado?
Uma risadinha sai dos meus lábios.
─ Não.
Greg levanta as sobrancelhas.
─ Você gostaria de ter um?
─ Olha só! -nathaniel indaga na pergunta, dando gás a própria emoção. ─ Você parece ter um admirador!
─ Flertando tão cedo, Greg?
Antony pigarreia fazendo com que todos olhem para ele; quando ele fala, sua expressão é séria.
─ Não perca tempo, ela é de Suna.
Meu queixo cai no chão. Que? Greg faz beicinho.
─ Droga! Que injustiça.
Ofendida, eu olho Antony diretamente nos olhos.
─ Em primeiro lugar, não sou um objeto e, em segundo lugar, não tenho nada a ver com esse cara.
─ Claro. -ele responde, o sarcasmo é evidente em seu tom.
─ Qual é o seu problema? -eu pergunto, irritada. por que ele me odeia se nem me conhece?
─ Não tenho nenhum problema com você, só estou avisando os meninos.
─ Você não tem nada para avisá-los, Suna e eu não temos nada.
Nathaniel intervém.
─ A menina já falou, Antony, e eu acredito nela.
Greg levanta sua cerveja para mim.
─ Por que você não experimenta?
─ Eu apenas pego o copo de cerveja em suas mãos.
Greg segura o queixo, pensando.
─ Dança para mim. Antony, seu chato!
Ri vitoriosamente.
─ Ele nunca vai dançar, esqueça.
Abro a boca para protestar e meus olhos vão para a piscina, Suna ainda está lá dentro com a garota pendurada em suas costas, caminhando com ela na água, rindo e sorrindo como nunca. Estou aqui há mais de uma hora e ele nem saiu para me cumprimentar. Ele está com aquela garota grudada nele.
Os meninos seguem meu olhar e Nathaniel grunhe derrotado.
─ Não pode ser. Ela se virou para vê-lo, o Antony tem razão. -eu me levanto, determinada a provar que eles estão errados.
─ Não, não sei nada sobre Suna Iscariote.
Dou alguns passos e Greg espera por mim.
─ Você vai dançar para mim?
Minha expressão cai quando eu passo por ele. Na frente de Antony, minha confiança vacila, mas seu olhar está cheio de segurança em relação a mim. É como se ele estivesse me dizendo com sua expressão o quão certo ele está de que eu não sou capaz de fazer isto. Ignorando os protestos da minha consciência envergonhada, começo a mover meus quadris na frente dele. Ele fica confortável em aceitar o desafio.
Imagine que você está dançando na frente do espelho, [Nome].
Deixo a música fluir pelo meu corpo e corro minhas mãos pelo corpo até chegar ao final do vestido, puxo à mostra um pouco das minhas coxas. Os olhos de Antony seguem o movimento das minhas mãos. Lembro-me de quando dançei para Suna e do poder que posso ter sobre um homem com meus movimentos e isso me dá mais força.
Eu corro minhas mãos sobre meus seios enquanto balanço com a música. Antony dá um gole em sua cerveja, sem tirar os olhos de mim. Eu viro minhas costas para ele e sento em Antony, movendo-me contra ele, sentindo seu corpo molhado encharcar as costas do meu vestido. O atrito é ótimo. Pressionando contra ele, posso sentir o quão duro ele é. Isso foi rápido. Eu me inclino para trás, quase deitada em cima dele para murmurar em seu ouvido.
─ Se eu tivesse algo com ele, não iria deixar seu melhor amigo assim, você não acha? -eu me endireito e posso sentir meu coração batendo desesperadamente dentro do meu peito.
Dizer que os três meninos estão sem palavras não é o suficiente, seus rostos não têm preço. Eu me levanto e estou prestes a virar o rosto de Antony, quando Suna aparece no meu campo de visão, caminhando em minha direção, parecendo extremamente zangado como naquela noite em que entrou em meu quarto procurando por Atsumu, mas desta vez por motivos bem diferentes.
Ele está bem na minha frente.
─ Posso falar com você por um segundo? -ele resmunga.
Eu me esforço para recusar, mas não quero fazer uma cena na frente de todas essas pessoas, então relutantemente o sigo dentro de casa até sua sala de jogos. Eu fecho a porta atrás de mim e ele salta sobre mim e pega meu rosto em suas mãos, batendo seus lábios nos meus.
Meu coração derrete com a sensação deliciosa de seus lábios, mas não vou cometer o mesmo erro duas vezes. Eu empurro com toda a força que tenho, conseguindo separá-lo de mim.
─ Nem pense nisso.
Suna parece muito chateado, seu rosto vermelho me lembra a reação de Oikawa quando eu disse a ele que havia perdido minha virgindade. Ciúmes?
─ O que diabos você pensa que está fazendo, [Nome]?
─ O que quer que eu esteja fazendo não é problema seu.
─ Você está tentando me deixar com ciúmes? É isso que você está fazendo? -ele se aproxima de mim novamente e eu recuo.
─ O mundo não gira em torno de você. -eu encolho. ─ Só estava me divertindo.
─ Com meu melhor amigo? -ele pegou meu queixo entre seus dedos, seus olhos penetram contra os meus. ─ Cinco dias depois do que aconteceu nesta sala?
Inevitavelmente, eu coro.
─ E dai? Você estava se divertindo com aquela garota na piscina. -ele bate com a mão na parede ao lado da minha cabeça.
─ Se trata disso? Eu faço uma coisa e você faz dez vezes pior?
─ Não, e eu nem sei por que estamos tendo essa conversa. Eu não devo explicações a você, não devo nada a você.
Suna passa o polegar pelo meu lábio inferior.
─ Isto é o que você pensa? Não ficou claro para você ainda? -ele bate sua outra mão contra a parede, prendendo-me em seus braços. ─ Você é minha garota.
Suas palavras fazem meu coração estúpido bater à beira de um ataque cardíaco.
─ Eu não sou sua garota, eu não tenho nada com você.
Ele me pressiona contra a parede com seu corpo, seus olhos permanecem nos meus.
─ Sim você é. A única pessoa para quem você pode dançar assim, sou eu. Você é minha mulher, entendido? -eu balanço minha cabeça em discórdia, com a expressão séria. ─ Por que você é tão teimosa? Você sabe bem que a única pessoa que você quer ao seu lado, sou eu.
Lutando contra meus hormônios, eu o empurro de volta. Não vou mostrar a ele o quanto isso me afeta, ele já me causou bastante dano.
─ Eu não sou sua, Suna. -eu digo com determinação. ─ Eu não serei, eu não gosto dos idiotas como você.
Mentira, mentira. É tudo uma grande mentira.
Suna me dá aquele sorriso que me incomoda tanto.
─ Você jura? Por que não foi isso que você disse naquele dia, neste mesmo lugar. Se lembra?
Eu não posso acreditar que ele está trazendo isso à tona o tempo inteiro. Eu sinto a necessidade de magoá-lo.
─ A verdade é que não me lembro muito bem, não foi tão bom assim.
Suna dá um passo para trás, posso ver claramente a arrogância deixando seu rosto e se transformando em uma expressão de dor.
─ Mentirosa.
─ Pense o que quiser. -falo com todo o desprezo que posso fingir. ─ Eu só vim pegar minha corrente, caso contrário, acredite, eu não estaria aqui. Então me dê minha corrente para que eu possa ir.
Suna cerra os punhos ao lado do corpo, seus olhos me encarando com uma intensidade que me desarma, não sei como reúno forças para não me jogar em seus braços. Ele parece tão atraente, seu torso nu, todo molhado, com seu cabelo castanho colado nas laterais do rosto.
Ele parece um anjo caído, lindo, mas capaz de causar tantos danos. Suna se vira e eu luto para não olhá-lo mais ainda. Ele procura por algo em uma das mesas atrás do sofá e caminha em minha direção novamente com a corrente em suas mãos.
─ Apenas me responda uma coisa, e eu darei a você a droga do colar.
─ Tanto faz, vamos acabar com isso. -ele passa a mão pelo cabelo molhado.
─ Por que você está tão brava comigo? Você sabia o que eu queria, nunca menti para você, nunca te trai para conseguir isso. Então, por que a raiva? -eu olho para baixo com meu coração na boca.
─ Por que... eu.... -eu suspiro com meu coração pulsando, onde posso senti-lo em todos os lugares do meu corpo, fazendo-me vibrar totalmente. ─ Eu esperava mais, pensei...
─ Que se fizéssemos sexo, eu gostaria de você e te levaria a sério?
Suas palavras grosseiras machucam, mas são verdadeiras, então eu apenas dou a ele um sorriso triste.
─ Sim, sou uma idiota e eu sei muito bem.
Suna não parece surpreso com minha confissão.
─ [Nome], eu...
─ Senhor? -a servente entra no cômodo, surpreendendo a nós dois.
Esta noite vai ser muito longa.
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