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{Narradora}
Gostar de alguém pode ser algo bom mas também, algo muito ruim. Ainda mais quando se gosta de alguém que não pode ter.
Esse era o caso de S/N.
Passou dois longos anos gostando de seu colega de trabalho e nunca teve a coragem de contar pois sua amizade era muito importante e, em todas as vezes, ele parecia deixá-la na friendzone.
Cansada de sofrer, decidiu engolir aquele sentimento e trancar à sete chaves, tendo em mente que uma hora iria superá-lo.
Então, seguiu em frente.
Mentia sempre quando perguntavam se ela estava bem e se havia entregado seu coração à alguém especial. Ela mentia em todas as vezes até, de fato, começar à tentar seguir em frente.
Depois de trabalhar arduamente ao lado de Sebastian Stan na série The Falcon and the Winter Soldier, ela começou à distanciar-se do amigo, achando ser melhor assim.
Não aguentava mais ter de esbarrar com o ator nos sets de filmagem e mentir sobre seus sentimentos, sorrir quando queria chorar e rir quando queria berrar.
O romeno sentia falta da brasileira, sempre com o celular em mãos na esperança de qualquer mensagem ou ligação da parte dela. Com isso, passaram-se seis meses.
S/N costumava dar um jeito de estar viajando para sua cidade, visitar sua família e amigos, sendo seguida no Instagram pelo romeno, que adorava ver a alegria contagiante da brasileira, mesmo que através das fotos. Como queria tanto ser o motivo dela.
Por que ela o ignorava?
Era a dúvida que sempre pairava na mente de Stan, não entendendo onde foi que errou ao ponto dela rejeitá-lo. Havia dito algo de errado?
Então foi a vez dele de seguir em frente.
Com outra mulher.
Durante esse tempo, ele foi flagrado aos beijos em viagens românticas e momentos íntimos com uma outra atriz que, por incrível que pareça, conhecia S/N de um trabalho que fizeram juntas.
Foi um baque para a brasileira ver o cara pelo qual era apaixonada estar em um relacionamento sério com uma antiga colega de trabalho.
Tinha uma noção de que ele nunca foi e nunca seria seu, romanticamente falando, além de um amigo. Sabia que era perda de tempo nutrir aquela paixão platônica e, infelizmente, não conseguiu mandar no coração antes.
Se ela pudesse, nunca teria o conhecido pois, independente de tudo, em todas as vezes que visse Sebastian, ela iria acabar apaixonando-se. Era inevitável.
E lá estava ela, mesmo depois de seguir em frente em diversas formas depois de tanto tempo, na casa de Chris Hemsworth e Elsa Pataky, vendo o casal apaixonado à sua frente.
Eles chegaram trinta minutos depois que S/N e foi uma surpresa enorme tanto para a atriz quanto para Stan, que não sabiam que ambos iriam.
Tornava-se até injusto para a atriz, visto que, havia três casais e a Moraes encontrava-se sozinha, sem algum par. Aquilo era uma piada do destino contra ela?
Sua melhor amiga, Alyssa, cutucou-a, como um pedido silencioso para ela tentar disfarçar a indignação e o clima que instalou-se do nada.
Tom Hiddleston, seu melhor amigo e marido de Alyssa, puxou-a pelo ombro, em forma de abraço e sussurrou o que poderia fazer por ela.
Nada. Infelizmente, nada.
Como uma excelente atriz, seguindo seu papel muito bem, colocou um sorriso no rosto e lembrou de seus mantras: esquecer Sebastian Stan, custe o que custar.
Passaram-se tanto tempo, seria fácil, certo?
Errado.
Quando se gosta de alguém, o universo sempre dará um jeito de jogar na sua cara inúmeros sinais até você perceber que é para ser assim.
Acabou lembrando-se, inevitavelmente, do beijo que tiveram às escondidas no apartamento do romeno, depois de beberem bastante e comerem pizzas, rindo de algo no script.
Prometeram esquecer de tal ato pois estavam bêbados mas não pôde evitar. Ele fazia parecer ser tão certo e ao mesmo tempo tão errado, justo que Sebastian afastou-se minutos depois.
"Me desculpa, S/N. Não foi minha intenção... Foi..." "Foi um grande erro. Eu sei. Tenho que ir." "Espera! Podemos esquecer isso?" "Claro."
Portanto, depois disso, evitaram falar sobre o assunto até descartá-lo. O problema é que aquilo desencadeou várias coisas – um tanto negativas – para S/N, que lutava em esquecê-lo.
Viu uma oportunidade quando Elsa comentou ter acabado o molho e os petiscos, oferecendo-se prontamente em fazê-los na cozinha.
Ao estar sozinha, respirou fundo três vezes e começou à fazer o que faltava para o churrasco de domingo em amigos na casa dos Hemsworth.
Colocou uma música em seu celular para distrair-se e não percebeu estar sendo observada por um certo alguém na porta, escorado com os braços cruzados e um sorriso no rosto.
— Está me evitando.
— Sebastian! Que susto! — Pulou, colocando a mão no peito e ignorando-o. — Não estou. É impressão sua.
— Está e a pergunta é: por quê?
— Vai me ajudar à fazer o molho? Se não, sai daqui. Detesto que me atrapalhem na cozinha.
— Não vim atrapalhar. Vim... Comer essa deliciosa carne com o molho que está fazendo. — Cortou um pedaço, lentamente, olhando para ela e comendo sob o olhar da mesma. — Está uma delícia. Quer provar?
— Vaza, Stan.
— Seis meses, S/A. — Começou, andando vagarosamente até ela. — Seis meses rejeitando qualquer contato comigo e, agora, está me chamando de Sebastian ou Stan.
— É o seu nome, certo? Pelo o que me lembro, acho que era esse mesmo.
— Sim, mas...
— Então pronto.
— Você me chamava de Bash.
— Chamava. Sim, no passado.
— Por que tudo isso agora, S/N? Por que vem me evitando e me tratando friamente? Tem a ver com aquele dia, não é?
— Bebê, vem! Vamos entrar na piscina. A água está uma delícia! — A loira apareceu na porta, apenas de biquíni verde neon e animada.
— Já vou, Alejandra.
— Não demora! — Retirou-se, voltando para a área externa.
— Sai daqui logo e me deixa cozinhar em paz, bebê. — Usou de sarcasmo o apelido que a namorada do rapaz o deu.
Ao virar-se, deu de cara com o romeno olhando para ela. Centímetros mais alto, ele tinha de olhar para baixo, buscando entender pelo olhar da mulher o que estava acontecendo.
Era angustiante não compreender o que acontecia entre ele e a garota pelo qual era apaixonado.
— Vai mesmo me tratar assim?
— Licença.
Tentou sair porém, ele puxou-a pela mão, trazendo-a de volta ao seu peito em um abraço. Afastou o cabelo de seu rosto e seus olhos logo caíram nos lábios da brasileira.
Nada foi dito, apenas o silêncio e a troca de olhares. O som da panela fervendo fê-la afastar-se abruptamente dele, indo apagar o fogo e buscar o fôlego e o último pingo de paciência que tinha.
Sebastian jogou os cabelos dela para trás, levando seus lábios ao seu pescoço, roçando levemente e subindo para sua orelha, mordiscando devagar.
— Eu senti a sua falta, você não?
— Sebastian...
— Por que me ignorou por todo esse tempo?
— Por que começou à namorar se sentia a minha falta?
— Fiquei sozinho nos meus pensamentos, tentando compreender as coisas. Resolvi procurar por amor na cama de uma estranha mesmo eu sabendo que não iria encontrar. Agora, pode me responder? Seja sincera comigo, S/N.
— Eu era apaixonada por você, Sebastian. Ao ponto de me machucar ficar ao seu lado e não poder fazer absolutamente nada. Preferi me afastar de você e me amar pois eu mereço muito mais do que sofrimento. Se amar é bom, por que doía?
— Mais uma vez o verbo está no passado.
— Sim, está.
— Não é mais apaixonada por mim, então? Seja sincera comigo.
— Eu não vejo mais você em todos os lugares. Você não está em todas as janelas que eu olho, por exemplo, e eu não sinto sua falta. — Dizia tudo aquilo, mantendo o olhar de um jeito frio. — Você não está em todas as coisas que eu faço. Não mais. E eu não acho que estamos destinados a ficar juntos. Você não é a peça que falta em minha vida. Eu não me arrependo do dia em que eu te deixei.
— Mentira.
Stan apenas sussurrou próximo ao seu rosto, enxergando em seus olhos a mentira gritante. Sua boca falava uma coisa e seus olhos diziam outra.
Sem perder mais um segundo, os dois uniram seus lábios desesperadamente, com a saudade gritando e o fogo ardente unindo-se com o amor que sentiam um pelo outro.
Stan não aguentava ficar mais longe daquela mulher e tinha total consciência disso, sentindo seu corpo arrepiar-se por inteiro apenas com o toque dela.
Colocou-a sentada no balcão da cozinha, descendo os beijos para seu pescoço e busto, apertando seus seios e cintura.
A respiração ofegante e o desespero pelos toques aumentaram, denunciando o que eles pensavam sobre isso.
Arrependimento de não terem feito isso antes e de estarem fazendo agora.
— Droga!
— "Droga" digo eu! Minha nossa... Eu...
— S/N...
— Sebastian, não! Não abra mais essa boca ou vou acabar cometendo uma loucura da qual irei me arrepender profundamente depois. Você tem uma namorada incrível que está te esperando lá na piscina. Daqui a pouco irão desconfiar de nossa demora e... Meu Deus!
— Não faça isso. Vamos conversar!
— Conversar? Não! Não quero mais conversar, Sebastian! Já foi época que podíamos conversar! Chega de conversas! As coisas desandaram e seguimos caminhos diferentes. Seja feliz com a decisão que tomou dois meses atrás e me deixa em paz! Eu estava bem! Estava muito bem sem você então some da minha vida! — Engoliu o choro, desviando os olhos para o chão.
— Não dá! É impossível esquecer você assim, S/N. Você não faz ideia do quão mal fiquei ao não tê-la mais por perto, as saudades que você deixou...
— Só me deixa em paz. Por favor... — Implorou.
Enxugou as lágrimas, fechando sua saída de praia e respirando fundo. Deu as costas sem ao menos virar-se por seu nome ser proferido.
Não aguentaria olhar para Sebastian e não render-se. Não era do feitio da mulher vangloriar traição e jamais contribuiria com uma daquele jeito. Seu coração gritava de culpa.
Ao chegar perto dos amigos, deu um meio sorriso tímido e pegou suas coisas. Não adiantaria nada continuar ali e fingir.
Alyssa e Tom perceberam que algo estava errado e foram até ela, vendo um Sebastian desnorteado ao fundo. Se entreolharam já imaginando o que poderia ter acontecido.
— Já vai, Lady S/N?
— Tenho que ir, Barbie Asgardiana. Acabei lembrando que esqueci de fazer algo muito importante. — Inventou uma desculpa rápida para Chris e Elsa estranhou.
— Fica mais um pouco. O que poderia ter que fazer de tão importante em um domingo?
— Uns assuntos bizarros de família. — Riu, sem graça.
— Fica mais um pouco, S/A. — Alejandra pediu, sorrindo amigavelmente, aumentando a culpa da brasileira.
— É, S/A, fica. — Sebastian usou do sarcasmo para não demonstrar estar chateado com toda a situação
— Não posso, Alejandra. Sinto muito. Tenho que ir, galerinha. Foi muito bom o churrasco mas é isso. Vejo vocês outro dia.
— Mal comeu o churrasco, Midgardiana. — Tom semicerrou os olhos tanto para ela quanto para o romeno.
— Come por mim, então. Fui!
Mandou um beijo rápido no ar e saiu apressada. Alyssa preferiu ir atrás da amiga, tentar conversar com ela. Tom sentou ao lado de Sebastian e ficaram em silêncio por um momento.
Elsa e Alejandra conversavam enquanto Chris fazia o churrasco. Hiddleston apenas olhou de soslaio para o amigo, percebendo a aflição dele, passando a mão no rosto e suspirando frustrado.
— "Você é um bocó", como diz a S/N.
— Eu sei.
— "É um grande mané", como diz a Alyssa.
— Eu também sei disso.
— E um...
— Thomas.
— Só quero deixar bem claro.
— Pode apostar, você já deixou.
— E também quero deixar bem claro que a S/N ama você e se continuar sendo um bocó manézão, vai perdê-la para sempre.
— Talvez eu nunca a tive...
— Ah, não. Deixa de ser um otário e levanta daí! Vai resolver a sua vida desprezível, Midgardiano. Ou terei de usar o Tesseract em você.
— A pessoa sai do personagem mas o personagem não sai da pessoa.
— Está esperando o que? A invasão dos Chitauris? A HYDRA atrás de você? Thanos?
— Já entendi, Tom. — Revirou os olhos.
— Ótimo. Agora vai que eu quero beber minha cerveja em paz sem suas desculpas para atrapalhar o seu romance com minha melhor amiga.
— Não sei o que seria de mim sem você e a Alyssa. — Debochou, levantando-se.
— Provavelmente, você e S/N iriam ser abduzidos por ETs e serem janta de algum alienígena chefão verde. Agora, vai!
Antes de Sebastian correr, decidiu conversar com Alejandra e colocar todos os pingos nos "is". Sentia-se mal por ela e envolvê-la em todo esse rolo porém, não podia continuar permitindo que ela estivesse envolvida demais e fosse ferida.
A mesma entendeu, sabendo desde o princípio que o coração dele já estava ocupado e o apoiou à correr atrás de quem ele realmente amava.
Só esperava não ser tarde demais.
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Espero que tenham gostado! Não esqueçam de comentarem e de votarem.
Gostariam de ver a segunda parte, galerinha?
𝐵𝑒𝑖𝑗𝑖𝑛𝘩𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝐸𝑣𝑒!
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