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𝟷 - 𝚅𝚒𝚜𝚊̃𝚘 | 𝚃𝚛𝚞𝚝𝚑 𝚘𝚛 𝙳𝚊𝚛𝚎

Assim que Tony Stark subiu na mesa com uma garrafa de cerveja vazia na mão e abriu os braços, exibindo um enorme sorriso e olhando para todos os Vingadores espalhados na sala de estar, eu soube que coisa boa não sairia da sua boca. Há anos eu convivia com o playboy para saber o significado de cada expressão facial sua.

— Ei, todo mundo! — Tony gritou e todos ficaram em silêncio. — Verdade ou Desafio. Agora. Não aceito um não como resposta. — ele apontou para mim. — Isso serve para você, senhorita S/n.

Fiz uma careta, sentindo meu rosto aquecer. Natasha, que estava bebendo sua cerveja ao meu lado, não segurou uma risada baixa.

— Por que você não me esquece, Stark? — indaguei, suspirando por trás da minha cerveja.

Tony sorriu e piscou para mim.

— Um dos meus deveres nesta vida é perturbar a sua vida, docinho azedo.

Abri a boca para reclamar do apelido ridículo que Stark usava para se referir a mim, mas Nat colocou o dedo indicador sobre meus lábios, me impedindo de falar.

— Nós topamos — disse ela.

— Eu não topei nada! — exclamei.

— Topou, sim.

Romanoff agarrou minha mão e me arrastou até a roda que os outros Vingadores fizeram no meio da sala. Tony já tinha se juntado à roda, sentado entre Bruce e Clint, e eu fiquei entre Natasha e Wanda.

— Que brincadeira estranha da Terra é essa? — perguntou Thor, bebendo sua décima terceira garrafa de cerveja. Ele estava sentado entre Natasha e Visão.

— Vocês não brincam de Verdade ou Desafio em Asgard? — perguntei ao asgardiano.

— Não, nós brincamos de Adaga e Escudo.

Franzi o cenho, curiosa.

— Como se brinca disso?

Thor virou o corpo na minha direção, empolgado para responder a minha pergunta.

— Cada um deve segurar um escudo de madeira e algumas adagas, depois é só intercalar as vezes de jogar as adagas no escudo do outro. Quem acerta a adaga no escudo do outro bebe uma caneca de cerveja e quem erra recebe uma canecada na cabeça, que normalmente quebra — explicou Thor.

— Mas a cada caneca de cerveja você fica ainda mais bêbado — arregalei os olhos, ignorando momentaneamente a parte de quebrar uma caneca na cabeça de quem erra. — E se errar o alvo e acertar a outra pessoa?

— Essa é a melhor parte! A gente... — Tony interrompeu Thor.

— Certo, certo. Já chega, Barbie. Já entendemos que os jogos em Asgard refletem o espírito de violência e alcoolismo.

Thor deu de ombros e voltou a beber.

— Se a ponta da garrafa apontar para você depois de girar, escolha verdade ou desafio, então não minta ou recuse o desafio. É simples. Ninguém vai ser esfaqueado — Stark foi prático em sua explicação.

Tony colocou a garrafa vazia que carregava no centro da roda.

— Como eu sugeri a brincadeira, eu começo — disse e, sem esperar uma resposta dos outros, girou a garrafa.

A garrafa girou rapidamente e foi diminuindo a velocidade aos poucos até parar em Steve.

— Picolé — Stark sorriu, diabólico. — Verdade ou desafio?

— Verdade — respondeu o Capitão.

— Não vou mentir, estou decepcionado, mas não surpreso — disse Tony depois de estalar a língua. — É verdade que você é virgem?

Todos na roda ficaram atentos e quase se inclinaram para frente, esperando pela resposta do santificado Capitão América. Steve revirou os olhos e fez cara feia para Tony, e Sam, que estava à direita de Rogers, comprimiu os lábios para não rir da expressão do amigo.

— Sério mesmo, Stark? — Steve arqueou levemente as sobrancelhas ao perguntar.

— Só perguntei o que todos nesta roda querem saber e não têm coragem de perguntar — Tony deu de ombros, sorrindo com falsa inocência. — Não vale mentir, Capitão.

Steve Rogers revirou os olhos mais uma vez e suspirou, mas não hesitou em responder:

— Não.

A maioria das pessoas ficaram como estátuas em seus lugares, surpresas com a revelação de Steve, mas eu não fui uma delas. Steve Rogers podia ser um verdadeiro cavalheiro, até mesmo antiquado às vezes, mas isso não fazia dele alguém tão inocente assim, como grande parte das pessoas pensavam.

Tony entregou cinquenta dólares para Clint, que ria da cara do playboy. Não acredito que os dois apostaram sobre a virgindade de Steve.

— Isso aconteceu durante a Segunda Guerra ou depois que você deixou de ser um picolé? — perguntou Tony.

— Você só tem direito a uma verdade, não vou responder a isso — disse Steve, então ele girou a garrafa.

A ponta da garrafa parou certeira em mim depois de girar.

— Verdade ou desafio?

— Verdade — respondi.

— Vocês dois são sem graça — resmungou Tony, o ignorei.

— Não sei o que perguntar — admitiu o Capitão. Sam se inclinou em sua direção e cochichou algo em seu ouvido. Steve pareceu meio incerto, mas depois balançou a cabeça em concordância. — Você está gostando romanticamente de alguém?

A quentura tomou conta do meu corpo, principalmente o rosto, e eu não precisava me olhar no espelho para notar que minha pele estava completamente vermelha. Todas as cabeças se viraram na minha direção, entretanto, tinha um olhar em especial que estava me deixando ainda mais vermelha, acelerando meu coração.

Ele se mostrava em forma humana agora, com o cabelo loiro claro, olhos azuis vibrantes e pele clara, pálida. Há um tempo Visão escolheu permanecer em sua forma humana a maior parte do tempo, era como ele ficava mais confortável e se sentia parte da humanidade que ele tanto admirava, apesar dos seus inúmeros erros. No entanto, eu comecei a amá-lo quando ele ainda mantinha sua outra aparência, pele vermelha e a Joia amarelada em sua testa.

Não me importava com seu corpo repleto de fios por dentro, ou a ausência de um coração ou seu corpo na forma original de robô ou humana, eu o amava de qualquer maneira. Gostava como Visão me fazia sentir, suas palavras de carinho sempre quando eu mais precisava, seu apoio quando eu sentia que iria desabar por não estar conseguindo controlar meus poderes direito. Eu me apaixonei por quem ele era, não o que e como era.

— Sim — respondi, quase em um sussurro.

Alguns soluçaram em surpresa, visto que eu nunca demonstrei ter sentimentos românticos por ninguém antes, e outros começaram a comentar sobre a minha resposta. A única que não demonstrou nenhuma dessas reações foi Wanda, que olhou discretamente para mim e piscou, cúmplice dos meus pensamentos e sentimentos.

Era impossível esconder alguma coisa da Maximoff, além dos seus poderes a deixarem capaz de descobrir qualquer coisa quando queria, Wanda era minha melhor amiga. Ela estava ao meu lado a todo momento, me apoiava e me ajudava a esconder meus segredos.

— Que bonitinha, a docinho azedo está apaixonada — cantarolou Tony.

— Cala a boca, Stark — resmunguei.

— É o gerente do banco? — perguntou Natasha. — Ou o carinha do parque que corre como se estivesse sendo perseguido? Ele parece querer correr atrás de você.

— Nat!

Ela deu de ombros. Revirei os olhos.

— Minha vez — falei, mudando de assunto de uma vez.

Girei a garrafa e voltei a me sentar enquanto esperava ela parar em alguém. De forma discreta, sem que ninguém percebesse, usei meus poderes para fazer a garrafa parar apontada para Tony.

— Verdade ou desafio, playboyzinho?

— Se engana ao pensar que me chamar assim é uma ofensa, dozinho azedo — piscou Tony. — Desafio, óbvio.

Sorri.

— Eu te desafio a vestir o traje da Viúva Negra e ficar com ele pelo resto do jogo.

Tony se levantou em um pulo.

— Aposto que o traje vai ficar melhor em mim do que em você, Romanoff — disse Stark.

Nat falou em um resmungo onde estava o traje e Tony saiu da sala até o quarto dela para pegá-lo.

Poucos minutos depois, Tony Stark, o famoso Homem de Ferro, apareceu vestindo o traje de Viúva Negra de Natasha Romanoff, e ele não podia estar mais errado sobre o que dissera antes de vesti-lo. O traje ficou horrível nele. As pernas e braços mal entravam na roupa, e a parte de trás estava aberta, sendo impossível de ser fechada. Ainda assim, Stark desfilava com o traje, fazendo poses e exibindo sua cueca vermelha.

— Viu, Romanoff? O traje ficou muito melhor em mim.

— Eu arrancaria meus olhos neste momento — disse Nat, dando um gole em sua cerveja. Ri do seu comentário.

Tony se sentou em seu lugar e girou a garrafa, e assim o jogo continuou.

Depois de alguns minutos, muita coisa aconteceu. Tony desafiou Clint a usar seu arco com o pé, e este, por sua vez, desafiou Thor a fazer cento e cinquenta flexões sem parar. O asgardiano, ainda sem saber jogar direito, perguntou a Bruce se ele já tinha usado algo ilegal, e o homem admitiu já ter fumado maconha uma vez. Natasha respondeu a pergunta feita por Bruce dizendo que já beijou uma mulher, depois desafiou Steve a tirar a camisa e ficar assim pelo resto do jogo.

Depois de Steve desafiar Natasha a beber uma garrafa inteira de cerveja de uma vez, ela girou a garrafa, que parou em Sam. A ruiva desafiou Sam a fazer uma dança sensual para Steve, e essa foi uma das coisas mais engraçadas que eu já vi na vida. Sam Wilson era um dançarino incrível.

Passei o jogo inteiro tentando evitar olhar para aquele por quem eu estava apaixonada, com medo de que qualquer um ali percebesse algo diferente em meus olhos, algo que entregasse meus reais sentimentos pelo único ser naquela roda que não era feito de carne e ossos. No entanto, quando Tony girou a garrafa e ela parou em Visão, foi inevitável olhar para ele.

— Verdade ou desafio, exterminador do futuro? — indagou Tony.

— Desafio — respondeu Visão, após pensar um pouco.

— Vou pegar leve com você, robozinho. Já que é o mais novo aqui.

Tony inclinou a cabeça, olhando para o Visão, então discretamente olhou para mim, voltou seu olhar para o humanoide, carregando um sorrisinho esperto no rosto, e disse:

— Eu te desafio a dar um selinho na S/n.

Arregalei os olhos e meus lábios se entreabriram. Direcionei os olhos para o Visão, e o mesmo engoliu em seco – não sei como isso era possível – e se remexeu em seu lugar.

— Só se estiver tudo bem para S/n — respondeu Visão.

Seus olhos encontraram os meus, esperando pela minha resposta, e tudo o que eu consegui fazer foi mover a cabeça em concordância.

Tudo bem. Era só um selinho. Eu podia lidar com isso. Claro que eu podia.

Eu era uma mulher adulta, cacete!

Visão engatinhou até mim e se sentou sobre as pernas a poucos centímetros de mim, alternando os olhos entre meus lábios e olhos. Eu fiz o mesmo, sem me importar se os outros notariam o significado dos meus olhares ou não. Eu beijaria o Visão. Era meio impossível pensar em algo que não fosse isso.

Ele inclinou o corpo na minha direção aos poucos e eu fiz o mesmo, entreabrindo os lábios um pouco mais a cada segundo. Assim que os lábios de Visão encontraram os meus naquele pequeno gesto casto, fogos de artifício explodiram dentro de mim, causando arrepios por todo o meu corpo. Nossas mãos se ergueram e repousaram na bochecha um do outro automaticamente de forma inevitável, e tudo pareceu se encaixar naquele instante.

O selinho acabou mais rápido do que eu desejava, mas Visão não deixou de fazer uma carícia rápida com o polegar em minha bochecha antes de terminar o beijo. Ele voltou depressa para o seu lugar e, pela forma que seu corpo se movia, tinha certeza de que estaria corado caso fosse humano.

— Uau, parece que máquinas também se apaixonam — disse Sam.

— E parece que descobrimos de quem S/n gosta — completou Tony.

Senti meu rosto corar, o que não me ajudou, pois todos começaram a falar entre si sobre o que Sam e Tony disseram. Como a gravidade, meus olhos foram atraídos para Visão, que já me observava, os olhos tão expressivos e sinceros como eu nunca vi antes. Os sentimentos dele estavam estampados naqueles olhos azuis vibrantes, o que me fez sorrir, logo sendo acompanhada por ele.

Talvez houvesse um futuro para nós no qual pudéssemos ficar juntos. E eu estava ansiosa para descobrir. 


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Pedido feito por: Gessicalupin_ 

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