── 𝐒𝐈𝐗
"O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente..."
Anos atrás, colégio Kimetsu.
── S/n! ── um garoto de cabelos negros e olhos cor de vinho tinha acabado de estender um buquê em direção a garota.
Todos ao redor pararam de andar para observar o desenvolver da cena.
── Eu gosto de você! ── ele estendeu o buquê ainda mais perto
As flores de primavera voavam por todo o colégio.
A cena toda poderia até chegar a ser romântica, se aquilo não fosse com ela. Óbvio.
── Ok. ── a garota disse voltando a andar e colocando o fone nos ouvidos.
Dava pra ouvir uns cochichos da pessoas em volta.
── Espere! S/n! ── a rapaz puxou-a pelo braço ── Por favor, eu gosto de você.
Ela não respondeu, apenas encarou a mão do rapaz que ainda segurava seu pulso.
── Me solte. ── foi tudo que ela disse e ele fez questão de obedecer.
── Eu gosto de você... ── ele repetiu mais uma vez
── Ok, eu disse que já escutei.
Ela voltou a coloca os fones e caminhar em direção a escola.
── Achei que você sentia o mesmo... ── a garota suspirou e se voltou novamente para o colega ── Você sempre estava do meu lado e parecia feliz. Achei que gostasse de mim.
── Ótimo, achou errado. Não entendo como vocês sempre cofundem amizade com amor.
O garoto ficou boquiaberto.
── Mas...
Dessa vez a menina não estava mais tranquila, uma veia brotava de sua testa em sinal de irritação.
── Pelo amor de Deus! ── ela passou a mão na franja a jogando para trás. ── Você só decidiu ser meu amigo por meus pais terem dinheiro, porra. Eu te ajudava sempre que você pedia. Mas amizade não é só receber sabia? Eu acabei de perder minha mãe e você vem com esse papo? O que tá pensando? Que agora meu pai vai ficar triste e morrer e eu vou ficar com a fortuna idiota que ele ajuntou? E por isso vem me dizer essas baboseira?
Ninguém disse nada, mas dava pra reparar os ouvintes falando entre si a opinião sobre o que estava acontecendo.
── Sim, é só isso que você pensa de mim? ── o garoto começou a rir de uma maneira estranha ── Não se esqueça de mim tão cedo S/n.
Então ele a fitou, não mais como alguém apaixonado. E sim como alguém com ódio.
── Você ainda vai implorar pra ficar comigo S/n, é só uma questão de tempo.
── Espere sentado. ── ela revirou os olhos e voltou à caminhar quando de repente um calafrio passou pelo seu sangue que gelou.
Ela se voltou a tempo de ver uma mão estendida em su direção para dar-lhe um tapa no rosto ou coisa do tipo.
── Abaixa a mão seu desgraçado! ── todos se voltaram para trás do de olhos vinho.
Foi questão de segundos para o moreno estar de cara no chão se contorcendo de dor.
O garoto loiro de pontas alaranjadas tinha dado um chute na cabeça do jovem ── o que possivelmente o levaria a diretoria, mas S/n riu da atitude do rapaz.
── É cada coisa. ── ele suspirou como se tivesse motivo para está irritado. ── Desculpa a demora S/n, tive que levar meu irmão no primeiro dia de aula.
Ele nunca tinha visto ela ── ao menos era o que a garota imaginava ── e a ajudou assim...
Ele pôs o braço por cima dos ombros dela, que não se importou.
── Obrigada.
── Foi só um favorzinho de nada, aquele gato estava me irritando, sinto muito por sua mãe. ── ele dizia enquanto iam em direção a sala do terceiro ano ── Prazer, sou Kyojuro Rengoku. ── ele sorriu enquanto dizia.
── Eu gostei de você. S/n Saito.
E foi assim, que S/n conheceu o loiro e que talvez um plot twist enorme se desencadeie nessa história.
Mas quem vive de passado é museu. Vamos de volta ao presente.
"As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar."
6 ── ENCONTRO? ENCONTRO!
A NOTÍCIA ESTAVA em todas as emissoras de TV desde manhã até agora, as oito da noite. Uma coisa que não era comum no Japão. Um sequestrado, não encontraram nenhum rastro do sequestrador.
A família estava muito desolada com a ocorrência e a polícia estava atrás do misterioso homem que sequestrou uma jovem de apenas vinte e oito anos.
Nakime, era o nome da jovem que tinha sido sequestrada. Sem deixar rastros. As câmeras do local estavam com problemas.
Parecia um pesadelo.
── Caralho! ── o Muichiro exclamou
── Mui! ── S/n exclamou enquanto saia do banheiro e secava o cabelo com uma toalha azul ── O que falamos sobre esses palavrões?!
── Desculpa, mas olha o que tá passando na TV! ── ele disse enquanto apontava com o controle.
── "Jovem de 28 anos desaparecida. Família desesperada"?! ── ela levou a mão a boca deixando a toalha cair aos S pés ── Que diabos?! Isso ainda acontece mesmo.
Enquanto as notícias iam passando a imagem da moça passou na tela.
── Muichiro, pausa! ── ela exclamou ela apontando pra TV ── Merda! Pausa isso!
── Não tem como! É ao vivo!
── Abre no YouTube!
── Ok!
O garoto obedeceu rapidamente, entrando no aplicativo do YouTube pela televisão. Lá também estavam várias notícias do trágico ocorrido.
Uma delas apresentava a foto da vítima.
── Puta merda. ── a mais velha se sentou no sofá tomando o controle da mão do rapaz.
── Você que vive dizendo que não é pra xingar... ── ele murmurou só pra si, mas alto o suficiente para alguém ao lado ouvir.
── Culpa sua, colocando essas coisas na minha cabeça 24h ── ela pegou o celular e mandou uma mensagem rápida pata alguém.
O de pontas azul-esverdeadas se inclinou um pouco pro' lado tentando ver a conversa.
── Quem..? ── ele ainda formulava a pergunta quando ela respondeu
── Meu amigo do colégio. Ele também trabalha comigo. ── então ela virou a tela para o menor ── Ele atendeu ela faz umas semanas, por isso mandei aula mensagem. É estranho saber que isso aconteceu com alguém que você conheceu a dias atrás...
── Ah...
O garoto tentou fórmular alguma frase motivacional, mas não conseguiu pensar em nada decente. Então só exalou ar pela boca proferindo um xingamento.
── Puta merda mesmo.
S/n passou a mão no ar afastando aquela atmosfera ruim.
── Não se preocupe, vão encontra-lá logo. ── ela disse confiante enquanto se levantava, mas logo acrescentou: ── Assim espero.
Eles ficaram se encarando por alguns milésimos de segundos até que ela percebeu que o horários já estava andando.
── Se arrumar mocinho, você vai comigo.
── No seu encontro? Eca!
── Marquei com sua mãe lá, aliás, amanhã minha amiga vai passar o dia aqui em casa e eu vou visitar meu pai.
── OQUE VOCÊ FEZ?!
●●●
Alguns minutos depois ambos já tinham se arrumado e estavam no carro em direção ao local do encontro.
── Mui ── ela entrgou o celular Já desbloqueado para ele ──, abre onde tá' escrito "pai" e leia as informações que ele enviou, ontem por volta de meia-noite.
── Bele. ── ele começou a passar até a primeira mensagem que fazia menção ao encontro e começou a ler dali.
No início tinha coisas meio insignificantes, como a cor do cabelo, dos olhos, da pele.
Depois foi sobre coisas que ele gostava, esportes, hobies, profissão, últimos encontros.
Logo em seguida sobre a personalidade e coisas do tipo.
Então a parte importante chegou: O que fazer para conquistar ele. E S/n prestaria bem atenção nessa para fazer tudo o completo oposto.
Ela riu internamente pelo pai lhe fornecer tais informações, que a ajudaram ── e ajudariam ── a ficar longe de relacionamentos por anos.
Por está se distraindo a viajem pareceu se mais rápida do que imaginava e já estavam para entrar na garagem do restaurante de luxo quando se deram conta.
── Convite por favor senhorita. ── um rapaz com ar juvenil disse elegantemente estendendo a mão para recebê-lo ── O senhor Sabito já está a sua espera. Dejesa que eu estacione o carro?
── Não, muito obrigada ── ela deu um sorriso meigo ao responder.
── Uma boa noite. Vou aguarda-la na entrada do estabelecimento.
Ele fez uma pequena reverência, se dirigindo ao local marcado enquanto a mais velha ia estacionar o carro.
── Wow.
Foi a única coisa que o menor disse enquanto balançava a cabeça.
── Me sinto rico.
Então um semblante preocupado tomou seu rosto.
── Aliás, S/n, como minha mãe vão entrar aqui?
── Não se preocupe ── ela piscou para ele enquanto iam em direção a entrada. ── Já programei tudo.
Então assim que eles iam entrando o menor percebeu o que ela quis dizer. A mãe já estava no local.
Talvez ela tivesse autorizado pelo celular, imaginou o jovem.
── Muichiro! ── a mãe veio correndo na direção dele par dar um abraço apertado que no início o garoto recebeu se jeito, mas depois retribuiu. ── Eu não sabia o que fazer! Te procurei por todo lugar! ── ela já estava chorando a essa altura.
── Senhora, por favor. ── o jovem que acompanhava S/n disse a mãe do Tokito ── Pode desabafar lá fora, precisamos manter o silêncio no local.
── Ai me desculpe, nunca vim à um lugar como esse e não se como me portar. ── então seus olhos pairaram sobre a garota ── Muito obrigada...
── S/n. ── ela sorriu ao dizer.
── Muito obrigada S/n! Você salvou minha vida e a do meu filho ── ela balançava a mão da mais nova rapidamente enquanto falava ── Não sei como posso pagar seu gesto de amor por alguém que nem conhecia!
── Ah, minha nossa. Não mereço tantos agradecimentos. ── ela pós a mãe no ombro da senhora Tokito ── Só fiz o que qualquer um faria.
Elas trocaram olhares por alguns segundos quando S/n pediu que o jovem acompanhasse a família até o táxi que ela já tinha chamado. E esclarecido que não precisava de ajuda para achar a mesa, afinal, aquele local só parecia ter um cliente.
Seu pai provavelmente fez a questão de alugar o local todo. Quanta exibição...
Enquanto caminhava até o suposto rapaz ela não deixou de perceber que uma sensação diferente pairava sobre o peito.
Parecia... almejar para chegar logo até o rapaz como nunca houve com nenhum outro.
Talvez fosse a vontade de se livra logo daquele encontro.
Talvez porque já fazia anos que nunca tinha ido realmente à um encontro. Pois sua amiga sempre ia no seu lugar.
Ou talvez por ele de costas lembrar alguém.
── Boa noite senhor Sabito. ── ela disse ainda a uma distância, e continuou falando até se sentar na mesa, ainda sem olhar para o rapaz ── Desculpe o atraso, tive um imprevisto no caminho...
E foi então que ela encarou ele que entendeu o porquê estava com aquela sensação.
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Continua...
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