── 𝐅𝐈𝐕𝐄
"Esse era o problema com as famílias. Como médicos desagradáveis, elas sabiam exatamente onde doía."
5 ── O TRABALHO DO GIYU.
EU JÁ ESTAVA PREOCUPADA PELO FATO desse garoto está em minha casa até agora, mas não sabia o que fazer. Não ia por ele para fora ── ainda mas com o frio que estava fazendo.
── Tem certeza que seus pais não vão ficar preocupados? ── disse olhando fixamente para ele
── Tch, eles não ligam. Só ligam pro' meu irmão porque ele ── e então suspirou ──, ele é o gênio da família.
Olhei para ele com pena, apesar de nunca ter passado por isso, ainda mais que fui filha única em vinte dos meus vinte e oito anos.
── Tenho certeza que eles te amam. ── sentei ao lado dele no sofá que ficava de frente para TV ── Todos pais amam seus filhos.
── Não teria tanta certeza, e se você quer saber- ── então ele parou e me olhou ── posso te chamar de você né? Quantos anos você tem?
── Quantos você me daria?
Ele parou, estreitou os olhos e virou a cabeça de um lado para o outro ── sim, assim como na terceira temporada do anime ── pôs a mão no queixo e repetiu esse movimento por um tempo.
── Vinte? Vinte cinco? Você não parece ser velha. ── então ele concordou consigo mesmo antes de acrescentar ── A não ser que você use produtos Ivone, ou faça plástica.
── Engraçadinho! ── dei um cascudo nele
── Tenho vinte e oito, obrigada.
── Como eu estava dizendo S/n-chan, se os pais amassem mesmo os filhos não tentariam abortar nem coloca-los para adoção. Você quem mais deveria saber disso.
── Os pais que são assim Muichiro, não receberam amor. ── então olhei para o vazio da janela. Só agora reparei que já estava começando a clarear o dia ── Você só sabe dá o que recebe. Mas acredito que lá no fundo todos sabem o quanto estão errados.
O alarme de três da manhã começou a tocar.
── Já tá tarde pra conversar ── disse amostrando o horário a ele
── Quer dizer, já está cedo.
── Você é muito engraçadinho pro meu gosto. ── me levantei num pulo ── Vou tomar banho e dormir um pouco, você faz o que quiser. ── apontei para o ultimo quarto ── Pode dormir ali, tem banheiro próprio, ok?
Ele concordou com a cabeça rapidamente mas não se levantou.
── Eu tenho que descansar. Você tem o dia todo hoje pra' procurar um jeito de falar com seus pais. E... ── estava me esquecendo de algo... Ah! Sim! ── E eu tenho um encontro amanhã a noite. Minha amiga vem pra' cá' com alguns amigos. Você tem que me dar o telefone de seus pais agora, entendeu?
── Você fala rápido de mais.
── Você entendeu. ── olhei novamente as horas. Isso já tinha virado um habito mesmo que eu não tivesse nenhum compromisso sempre fazia isso. ── Quando eu voltar do banho quero o número deles. Não vou te mandar pra' casa, só informar que você está comigo.
── Hum. Posso ver TV? ── ele diz apontando para ela.
Adolescentes...
── Pode. O controle está na mesinha, ── então aponto para lá ── ali.
Viro as costas para onde ele estava, finalmente descansar.
Pensando bem fazia dias que eu não parava, foi até bom esse encontro ── penso enquanto ligo a água do chuveiro ── finalmente vou cuidar um pouco de mim.
Eu estava começando a relaxar quando o menino me chamou.
── S/n!!! ── ele gritou
── Diga Mui! ── gritei de volta
── Você tem visita!
── Pera! Já vou!
Visita? Não me lembro de ter convidado ninguém, e pera'. Não eram três da manhã?
Me enrolo na toalha o mais rápido o possível e vou em direção a porta do banheiro. Antes de sair visto uma camisola que me sinto confortável e saio do banheiro.
Paraliso. Serio, de verdade.
── T-Tomioka-san? ── tenho certeza que meus olhos saltaram
Confiro mais uma vez o relógio ── dessa vez o de parede. ── Já são quatro e dez da manhã.
── Ah ── tenho quase certeza que vejo uma tonalidade rosada em suas bochechas ──, eu preciso de sua ajuda... Desculpa, eu estou incomodando. Só que é urgente. ── ele pós as mão atrás do corpo.
Na verdade a mão esquerda.
── Mui, eu vou no apartamento da frente, ok?
Os olhos do garoto oscilaram entre mim e o Giyu, mas enfim concordou.
── Certo, ── ele veio para perto de mim achando que estava sussurrando, mas dava para ouvir da lua, não, do sol o que ele disse ── esse cara é seu namorado?
── Oque?! Não! ── eu e o Giyu respondemos ao mesmo tempo.
●●●
A casa dele estava revirada, tipo, totalmente revirada.
── E-eu... Bem, não queria incomoda-la. Acho que eu nunca te disse mas estou me formando em medicina. ── ok, isso me surpreendeu ── Só que tenho um problema, quer dizer, um dos grandes.
Franzi o cenho esperando que ele continua o que estava dizendo.
── Eu tenho um enorme pavor por sangue. As... as vezes isso não acontece.
── Então não deveria fazer medicina. ── digo logo.
Será que ele faz pelo dinheiro? A ponto de tentar superar um trauma por isso? Argh! Não quero nem imaginar, não acredito que ele é como o idiota do Douma.
── Não é isso. Não fico assim quando vejo o sangue dos outros ── seus olhos estavam suplicantes, parecia assustado mesmo ──, é o meu.
Concordei com a cabeça.
── Eu não estou bem, ai meu Deus. Desculpe de verdade está incomodando. Odeio incomodar alguém. ── ele olhou, por um breve momento no fundo dos meus olhos e logo desviou o olhar ── Eu vi a luz acessa então pensei que estivesse acordada.
── Não, não é um incomodo. ── apontei para o braço que ele estava escondendo ── pode me amostrar?
Ele respira fundo e solta o ar pela boca. Fecha os olhos e então estende o braço.
── Nossa. ── ponho a mão na boca ── Levante o braço agora, eu vou procurar algo melhor para estancar o sangue.
Ele me obedeceu então o puxei pela manga do outro braço até onde deduzi ser o banheiro.
── Desculpe está invadindo sua casa assim. ── abri a torneira e abaixei o braço dele lavando bem com sabão e água corrente ── poderia me dizer como cortou o pulso?
── Eu estava ao telefone com...
── Namorada? ── não pude evitar perguntar
── Um amigo.
── Ah, continue. ── fomos até a caixinha de primeiros socorros e peguei uma bandagem, algodão, água oxigenada e iodo
── Eu estava cortando verduras, se for para te contar da forma mais resumida. A faca era afiada.
── Hum... ── sequei o braço e coloquei água oxigenada e depois iodo ── Tome mais cuidado... ── comecei a enfaixar o local ── quando estiver usando coisas assim não pode se distrair. Ok? Uma boa dica que já serve para quando você estiver no serviço. ── olho para ele com um leve sorriso e congelo.
Ele estava me olhando e eu não seria a primeira a desviar.
Meu coração deve está solitário a muito tempo. Por isso acelera com facilidade.
Ele desvia o olhar e vejo pomo de Adão dele subir e descer. Então resolvo quebrar o clima.
── Bem, eu já vou. Estou com visita em casa ── dou uma risada sem graça
── Sim, certo. ── ele me olha uma ultima vez ao me acompanhar até a porta ── Obrigado e desculpe.
── É um prazer te ajudar Giyu ── dou um sorriso sincero. ── Até a próxima.
Meta para próximo capítulo.
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