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── 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓


8 ── SENSAÇÕES DA VIDA.

VOCÊ ESTÁ em casa.
Você tem dez anos e está em casa com toda sua família.

Seu pai está assistindo mais uma reportagem sobre coisas do cotidiano e sua mãe está na cozinha.

É final de semana e os parentes da sua mãe virão visitar vocês.

Ela está com um bebê seis meses nos braços mesmo enquanto está cozinhando.

Você vai até lá e oferece ajuda para carregar sua mais nova irmã.

Sua mãe reclama com seu pai por está vendo TV ao invés de ajudá-la, mas não parece estar brava de verdade.

Ela sorri ao receber um beijo. E ela o nariz dele com um pouco da massa.

Sua irmã observa e ri, mesmo sendo uma criancinha ela entende o que é amor.

Ela lhe dá um beijo na bochecha e você ri.

E está tudo perfeito.

A vida é perfeita.

Mas então você acorda e percebe que não tem mais dez anos, que sua irmã nunca mais falou com você.

Percebeu que aquela foi a última noite juntos em família.

Que aquilo que seu pai parecia sentir por sua mãe era falso e ele estava traindo-a com outra.

Lembra o quão sua mãe ficou arrasada e você foi o único consolo que ela teve.

Que tempos depois ela morreu e você só então descobriu que ela estava doente esse tempo todo e fingia estar feliz para não estragar o convívio que vocês tinham.

Acorda chorando.

Sente água batendo em seus pés e olha para o lado e o vê ali.

É instantâneo o choque, eu não sou de passar a noite fora.

Mas tudo piora quando percebo que ele está me encarando com um questionamento na cara.

Então me sento de imediato, tentando enxugar as lágrimas.

── Bom, as vezes isso acontece comigo ── ele franze o cenho ── É besteira, nem deveria ter te falado isso.

Ele continua calado enquanto se senta apenas me observando.

── Hum, acho que devemos ir. Eu tenho compromisso hoje… É que… ── paralisada, pisco os olhos tentando entender o que aconteceu.

Sua mão é quente, e sentir ela encostando em meu rosto me dá uma vontade maior ainda de chorar.

── Sinto muito. ── ele usa a outra mão para enxugar as minhas lágrimas ── Eu não sei o que aconteceu, mas sinto muito, S/n.

Eu não vou aguentar me segurar por mais tempo, então apenas desabo em lágrimas.

Fico feliz que depois de anos encontrei alguém que não precisasse explicar com palavras o que estava sentindo agora.

●●●

“Será que se eu lembrar que hoje é meu aniversário você desce correndo do céu para me abraçar e desejar parabéns?”

Tomioka está dirigindo meu carro agora. Estamos indo em direção a casa de meu pai. Fecho os olhos durante todo o caminho já que não preciso me preocupar pois estamos com GPS.

Hoje é um dia que minha “família” se esforça o máximo para se juntar.

Meu maldito aniversário. O dia que mais odeio na minha vida.

── Chegamos. Bem, eu vou para casa, acho. ── ele sai do carro e abre a minha porta. ── Nos vemos em breve?

Ainda estou sentada segurando sua mão enquanto tudo daquele dia me vem à cabeça.

── Fique aqui, por favor. ── suplico.

Ele pisca algumas vezes enquanto me levanto.

— Eu? Ficar?

Concordo olhando bem dentro de sua pupila.

— Mas não precisa se sentir forçado. Eu me viro bem sozinha, sempre fui boa nisso.

Um pequeno sorriso escapa do seu rosto enquanto confirma que irá ficar.

Avanço em direção ao portão e respiro fundo antes de abri-lo.

— Você precisa mesmo ir?

Concordo novamente, desta vez abrindo o portão.

Um empregado nos recebe e ponho a chave do carro em suas mãos com um sorriso agradecido.

— Bom vê-la aqui mais uma vez.

— Digo o mesmo.

— Belo rapaz. — ele sussurra antes de sair ao que respondo com uma risada reprimida.

O caminho até a sala de estar não é muito longo. Logo estamos quase todos reunidos.

Meu pai cochicha algo para uma funcionária que logo sobe para buscar minha irmã que vem com a pior careta possível.

— Trouxe um rapaz. — meu pai estende a mão para cumprimentá-nos — Não sabia que estava em um relacionamento.

— Na verdade… — Tomioka começa, mas logo o corto.

— Bem, na verdade estava pensando em apresentá-lo no meu aniversário. — tenho certeza que ele me encara surpreso mas faz de tudo para esconder a reação.

Segundos depois de ficar analisando o Giyu da cabeça aos pés ele dá um sorriso e nos convida para mesa.

— Deveríamos morarmos juntos. — solta meu pai enquanto estão servindo o desjejum.

— Acho que já conversamos sobre isso. — retruco antes de encostar na comida.

— Seu quarto continua igualzinho.

— Pai! É sério isso? — Haruka bate os talheres na mesa. — É agonizante ouvir conversa na mesa, além do mais, todo mundo sabe que a S/n não liga pro que ninguém aqui pensa a respeito.

— Isso não é verdade. — rebato.

— Podemos apenas ficar calados e fingir ser uma família feliz enquanto temos um suposto pretendente de minha irmã aqui?

— Filha… — Nossa madrasta toca delicadamente na mão dela.

— Não me chame assim, você nem é minha mãe. — Ela bebe depressa um copo de água e volta para o andar de cima.

Meu pai esfrega o rosto com as mãos. Isso não é tristeza, remorso, preocupação ou nada do tipo.

É um movimento típico de raiva.

— Desculpe a inconveniência. — ele diz ao Giyu que permanece calado apenas. — Não somos sempre assim. Acho que entende.

Apoio as mãos no colo quando o vejo levantar e ir atrás da Haruka.

O Tomioka parece perceber meu desconforto, pois apoia sua mão sobre a minha.

Respiro fundo mais uma vez.

Tenho que aguentar apenas mais alguns minutos nessa casa que me traz de volta todas as lembranças ruins.

Talvez eu não tenha que aguentar.

Me levanto quando vejo que eles estão descendo e pego minha bolsa, puxando a mão do Giyu.

— Pai, acabou de ocorrer um imprevisto. Preciso ir mais cedo. — finjo conferir as notificações do celular.

Haruka passa por entre nós indo em direção a porta.

— Eu tenho que ir também. — ela a bate ao sair.

— Nem comemoramos seu aniversário. — ele estende a mão em minha direção mas me afasto.

— Acha mesmo que me sinto feliz comemorando esse dia?

E esse é meu desfecho, vou puxando o Tomioka em direção a porta e o mordomo logo me entrega a chave.

Destravo o carro e entro no banco do carona.

— Poderia ser meu motorista pelo resto do dia? — Digo estendendo a chave para o de olhos azuis.

Ele sorri fraco antes de rodear para entrar no carro.

— Eu não entendi, na verdade acho que há muitas coisas que não entendo ainda sobre você. — solta ele enquanto estamos na estrada. — Seu pai parece ser alguém legal, mas por algum motivo sua família parece não se dar bem.

Ele desvia o olhar da pista para mim que apenas fico em silêncio.

Não que eu não confie no Tomioka, mas nem somos nada e acho que é muito cedo para me abrir para alguém.

O resto do caminho é tranquilo, passamos numa floricultura e ele espera no carro enquanto pego uma flor que estava sob encomenda.

Depois apenas peço que ele volte a seguir o GPS.

Chegando lá ele continua em silêncio, mantendo uma distância da lápide de minha mãe.

— Oi. — Digo pondo as flores — Sou uma péssima filha, não? Passei a madrugada anterior bebendo.

Tiro um pano da bolsa e apoio no chão para sentar.

— Acho que dessa vez vou ser rápida já que tenho um acompanhante me esperando. — sussurro a próxima frase. — pra falar a verdade ele é totalmente o tipo de pessoa que você escolheria pra mim.

Dou uma risada, mas quando percebo lágrimas estão escorrendo de meus olhos.

— Não queria chorar de novo. — Uso um lenço para secá-las — Mas não é injusto que façam de tudo para esquecer de você hoje? Fico me perguntando se você me deseja parabéns daí.

Sinto gotas de água caindo e parece que vai chover. Quando olho pra trás o Tomioka não está mais lá.

Só nós duas aqui. Especialmente, só eu.

— As vezes odeio ter de ter nascido hoje. É injusto ter que fingir ficar feliz no dia em que você se foi.

A chuva está fraquinha, o que me lembra a infância, quando brincava com minha mãe na chuva.

— Até minha irmãzinha me odeia, sabia? Porque sempre quando eu amo alguém a pessoa se afasta de mim? — apoio minha cabeça sobre as pernas sentindo a chuva cair.

Até ela parar.

Mas percebo que ela não parou e sim que alguém está com o guarda-chuva sobre mim.

— Eu vi ela por perto. Desculpe te deixar na chuva. — Haruka se aproxima pondo uma flor no túmulo.

Tento sorrir o melhor o possível.

— Pois é, a chuva começou de repente. — pisco os olhos mais devagar que o comum. Preferia ficar com eles fechados. — Vamos pra casa.

●●●

Acabamos deixando ela na casa de meu pai novamente e voltamos para o condomínio.

A chuva não havia parado, pelo contrário, começava a ficar cada vez mais forte.

— Pode descansar no caminho. — ele me olha rapidamente.

Estou fazendo desenhos no vidro um pouco depois de tentar deixá-lo embaçado com o ar quente da minha boca.

— A não ser que esteja com medo que eu destrua seu carro e a nossa vida juntos.

— Não. Eu confio em você. — Dou um sorriso.

— Está com frio?

Nego com a cabeça, apesar de minha roupa está um pouco molhada.

Fecho os olhos e me permito relaxar um pouco.

Odeio viajar para onde meu pai mora.

São horas de viagem de cá pra lá e de lá pra cá.

Quando chegarmos em casa já vai ser tarde.

Então apenas adormeço um pouco e penso.

Penso em tudo que tem acontecido nos últimos dias.

Só percebo que chegamos quando sinto que o que me segura não é mais um banco instável.

Abro os olhos e por instinto me agarro à algo ao meu alcance.

Para meu alívio é apenas o Tomioka.

— Deveria ter me acordado.

— Não queria atrapalhar seu sono.

Me apoio nele para descer.

— Obrigada por hoje, Tomioka-san.

As portas do elevador se abrem e seguimos lado a lado até nossos apartamentos.

— Eu quero lhe dizer algo. — ele quebra o silêncio.

Favor que não com a cabeça.

— Se quiser me beijar na chuva, precisa ter coragem para se molhar. — Dou um sorriso cansado antes de pôr a senha e entrar em casa.

Assim que entro desfaço minha cara sorridente.

E caio, encostada na porta até o chão choramingando.






























Continua...

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