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IN MEMORY OF UNCLE FRED ─── c. único

Angelina havia marcado com Molly Weasley para comemorar o aniversário de George na Toca. A morena ficava com o coração apertado vendo que o marido sempre ficava um pouco deprimido porque não tinha mais o irmão gêmeo para celebrar o aniversário junto com ele.

Naquela manhã A Toca ficou bastante agitada. Molly fez questão de chamar os filhos e seus conjugues para a mini festa do filho, e obviamente que eles aceitaram.

George tinha ótimos pais, irmãos e amigos, mas naquele primeiro de abril em especial a nova geração Weasley se destacou da forma mais adorável possível.

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1° de abril ─── A Toca

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Todos já estavam na Toca. Angelina e George foram os últimos a chegarem, e obviamente foram o centro das atenções.

─── George, meu querido! ─── Molly foi receber o filho com um abraço acolhedor. ─── Feliz aniversário!

─── Mãe, obrigado. ─── O ruivo agradeceu. Era estranho não vê-lo fazendo piadas, mas isso era porque Fred não estava mais ali. ─── Mãe, por favor, a senhora está me enforcando. ─── Falou em meio ao abraço apertado de Molly.

─── Me desculpe, meu filhote. Você cresceu tanto. ─── A Weasley mais velha sorriu, apertando as bochechas dele.

─── Assim a senhora vai me fazer perder a pose na frente dos meus filhos. ─── Ele riu fraco coçando a nunca.

─── Não só na frente dos seus filhos. ─── Ron entrou ao lado de Ginny e Bill, juntamente com seus companheiros.

Arthur apareceu também e abraçou a esposa, de coração alegre. Amavam ver a casa cheia mais uma vez.

─── Feliz aniversário, Georgito! ─── Ginny o abraçou.

─── Obrigado, pirralha. ─── Bagunçou o cabelo da irmã apenas para irritá-la, mas Ginny estava tão feliz em vê-lo que não conseguiu ficar brava.

─── Parabéns, George! ─── Bill sorriu para o irmão.

─── Bill, Quanto tempo! Não sabia que você também vinha. ─── Disse George surpreso. ─── Na verdade, não sabia nem que eu viria pra cá hoje. ─── Comentou coçando a nuca, sem jeito, olhando especialmente para Angelina.

─── É bem melhor comemorar com toda família junta, aliás, fazia tempo que a gente não vinha pra cá. ─── Angelina explicou.

─── Mas infelizmente Percy e Charles não poderão vir. Sinto muito, George. ─── Molly mudou logo de assunto, para não tornar a situação desagradável. ─── Eles mandaram cartas pela coruja hoje de manhã, estão na cozinha. Pode ir lá pegar.

─── Tudo bem, eu só... A senhora se importa se eu for lá em cima, sabe, no meu antigo quarto? ─── Questionou um pouco sem jeito.

─── Querido... ─── Angelina Weasley interviu com a voz entristecida.

─── Tá tudo bem, Angel. Eu estou bem. ─── O ruivo segurou carinhosamente a mão da esposa.

Naquele mesmo instante Fred II e Roxanne Weasley adentraram. Os gêmeos de 5 anos se distraíram brincando na entrada da Toca. Eles eram inseparáveis.

Normalmente eles entrariam como um furacão, mas pararam e franziram o cenho confusos quando perceberam que o clima da casa não estava animado como imaginavam.

─── Eu só preciso de um minuto, prometo não demorar. Estava com saudade daqui. ─── George depositou um beijo na testa de Angelina e subiu as escadas em direção ao quarto antigo.

Angelina suspirou um pouco triste.

─── Está tudo bem, minha querida. ─── Molly tentou confortá-la. ─── Você está se esforçando demais, e ele entende isso, mas precisa de um pouco de espaço agora. ─── Disse. ─── George sempre nos animou, agora é a nossa vez de deixar ele alegre, está bem?

Todos ali assentiram, e Angelina esboçou um sorriso se sentindo abraçada emocionalmente por todos ali.

Fred II olhou confuso para a irmã.

─── Maninha, o papai tá triste?

─── Não, maninho. Hoje é aniversário dele, e ninguém fica triste no aniversário.

Foi então que todos perceberam a presença das crianças ali, e tentaram disfarçar as expressões tristes para não afetar as crianças.

─── Fred, Roxy! Venham cá, meus amores! ─── Os olhos de Molly Weasley brilharam ao ver os netos. ─── A vó Molly quer encher vocês de beijos!

─── Vovó, a senhora sempre sufoca a gente com seus abraços. ─── Fred II se escondeu atrás da mãe, abraçando suas pernas.

─── É verdade, vovó. Não estamos preparados pra receber tanto amor assim. ─── Roxanne também se escondeu atrás da mãe.

Todos ali presentes não conseguiram conter o riso.

─── Fred II e Roxanne Weasley! Isso lá é jeito de falar com a avó de vocês? ─── Angelina repreendeu os filhos.

─── Desculpa, vó Molly. ─── Os gêmeos falaram juntos com a voz arrastada.

─── Eles estão certos. Os abraços da mamãe são absurdamente fortes. ─── Ron murmurou e levou uma cotovelada de Hermione.

─── Está tudo bem, meus queridos. ─── Molly riu. ─── Agora vão lá para trás brincar. Seus primos estão lá.

Fred II e Roxy se animaram. Deram um beijo cada um em um lado das bochechas de Molly e saíram apressados atrás dos primos.

─── Esse dois ainda vão me fazer ter um enfarto. ─── Angelina levou a mão à testa.

─── Eles não negam serem filhos do George. ──── Bill riu, lembrando de como seu irmão era quando tinha a mesma idade que Fred II e Roxanne.

─── Um enfarto não, mas constantes crises de riso e talvez de estresse sim. ─── Arthur Weasley fez todos ali rirem.

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No jardim atrás da Toca encontrava-se a nova geração dos Weasley brincando de pega-pega enquanto davam risadas gostosas uns com os outros.

Fred II e Roxy chegaram com sorrisos nos rostos pois já fazia um bom tempo que não viam os primos todos juntos.

─── Fredorento! ─── James Sirius Potter, também com seus 5 anos, foi o primeiro a parar a brincadeira ao ver os primos. ─── Vocês demoraram demais, já estava começando a ficar entediado por aqui. ─── Sorriu travesso.

James Sirius era como um irmão para Fred II e Roxanne. Os primos tinham a mesma idade, e também amavam fazer travessuras quando se juntavam.

Harry Potter uma vez contou para o filho mais velho que James Potter, seu antepassado, tinha dois amigos incríveis e juntos eles eram quase como uma família. A partir daí James Sirius Potter enchia a boca de orgulho pra falar que ele e os gêmeos eram os Marotos ─── e que Merlin os protegesse para que não passassem pelo sufoco que os primeiros Marotos passaram.

─── É que a Roxy ficou correndo pela casa porque não queria usar o vestido novo que a mamãe comprou pra ela usar hoje. ─── Fred II bufou, lembrando da cena e também de ter ouvido sermão da mãe sem ter feito absolutamente nada.

Bom, na verdade ele fez, mas na cabeça dele se esconder e tentar destruir o vestido para salvar sua irmã não era algo tão errado assim. Valia tudo por Roxanne Weasley.

─── Foi tão chato, não dá pra enganar a mamãe nunca! ─── Roxanne cruzou os braços e ficou de cara emburrada. ─── Como que vou correr e brincar com vocês usando esse vestido?! ─── Exclamou apontando pra si mesma.

─── A tia Angelina deve ter comprado esse vestido pra você não ficar jogada que nem um menino por aí, certeza. ─── James Sirius zombou.

─── James, papai já me ensinou à me defender de garotos e eu não tenho medo de usar em você! ─── Roxy disse irritada. O orgulho de George Weasley, a garotinha do papai.

─── Ow, o que vocês estão fazendo? ─── Albus Severus Potter chegou com Rose Weasley. Ambos tinham 4 anos e eram bastante curiosos.

─── James acabou de falar que Roxanne parecia um garoto. ─── Fred II explicou segurando sua gêmea furiosa.

─── James, isso é errado! ─── Rose Weasley repreendeu o primo. ─── Pede desculpa à Roxy!

─── Sirius, você só fala besteira. ─── Albus levou a mão à testa. ─── Se desculpa, isso não foi certo.

─── Argh! ─── J. Sirius bufou. ─── Desculpa, Roxy.

─── Tanto faz! ─── Disse Roxanne de braços cruzados.

De todas as netas de Molly e Arthur Weasley, Roxanne era sim a mais ❛sapeca❜ de todas. Ela não tinha paciência de ficar brincando de chazinho e bonecas com Dominique, por exemplo, mas amava correr e aprontar ao lado de Fred II e James.

Essa era a verdadeira Roxy, e nem por isso ela era ❛menos feminina❜ que suas primas.

─── Oi, pessoal! ─── Dominique se aproximou com um sorriso no rosto.

Dominique Delacour Weasley, uma garota de 5 anos e provavelmente a mais comportada dentre seus primos. A filha do meio de Bill e Fleur Weasley foi a única entre os irmãos que nasceu com cabelos ruivos, enquanto Victorie, de 11 anos, e Louis, de 2 anos, eram tão loiros quanto Fleur.

Lily Luna Potter e Hugo Weasley, com seus 3 aninhos de idade, também se aproximaram à passos desengonçados para perto dos primos e irmãos.

─── Primo Fred! ─── A garotinha ruiva pulou para dar um abraço forte no primo. Lily amava Fred II pois era quem mais fazia ela rir.

─── Lily! ─── Fred II retribuiu o abraço carinhosamente.

James Sirius e Albus Potter cruzaram os braços e tinham expressões sérias ─── mesmo assim continuavam parecendo crianças fofinhas. Os dois eram ciumentos e cuidadosos com a irmãzinha. Lily Luna era como uma princesa, o bem mais precioso que Harry e Ginny Potter deram para eles.

─── Luna, já tá bom de abraços. ─── James chamou a irmãzinha e segurou sua mão.

─── Está com ciúmes porque a Lily prefere à mim do que vocês como irmão. ─── Fred II implicou.

─── Isso não é verdade. ─── Albus defendeu à si e ao irmão. ─── Sirius e eu somos os melhores irmãos que ela poderia ter!

─── Como garotos são bobos. ─── Rose bufou.

─── E brigam por coisas bobas. ─── Dominique complementou a fala da prima.

─── Vocês que são bobas! ─── James Sirius retrucou, cantarolando. ─── Estamos tendo uma conversa séria como homens.

Fred II assentiu se gabando.

─── Continuam parecendo dois bobões! ─── Dominique mostrou a língua para eles, e depois virou-se cruzando os braços.

─── Vocês meninas nunca querem estar erradas!

─── É porque não estamos erradas! ─── Rose Weasley bateu de frente com James Sirius Potter.

─── Parem de brigar! ─── Roxanne exclamou chamando a atenção de todos para ela. ─── Lily tá ficando assustada, olhem como ela tá com carinha de choro.

Lily estava com um semblante triste, parecia o Gato de Botas do filme trouxa popular. Hugo colocou sua mãozinha no ombro da prima tentando animá-la.

James se abaixou e abraçou sua irmãzinha.

─── Desculpa, LiLu. A gente não queria deixar você triste.

─── É, Luna, desculpa. ─── Dessa vez Albus que se pronunciou.

─── Eu só queria perguntar ao primo Fred onde o tio George tá, porque eu queria que ele brincasse com a gente. ─── Lily Luna disse tímida, brincando com os dedos.

─── Me senti usado. ─── Fred II pôs a mão no peito como se tivesse sido acertado. ─── Desculpa, Lily, mas acho que o papai não quer brincar com a gente hoje. ─── Disse tristonho.

─── Por que não?!

Todos, com excesso de Roxanne, perguntaram em um coro.

As crianças amavam George Weasley, e o motivo era meio óbvio. George era o tio mais louco e divertido que eles tinham, o melhor de todos.

Eles amavam ir na Weasley & Weasley ─── ou Gemialidades Weasley ─── e encontrá-lo lá porque ele sempre dava atenção ao máximo aos sobrinhos e filhos, e fazia brincadeiras e piadas divertidas.

─── A gente viu o papai bem triste quando a gente chegou. ─── Roxanne explicou. ─── Ele estava falando sobre o tio Fred.

─── Mas o papai disse que o tio Fred era incrível. Por que o tio George ficou triste se o tio Fred era a melhor pessoa do mundo? ─── Hugo Weasley questionou na maior inocência de uma criança, gesticulando com as mãos.

Eles eram novos e inocentes demais pra entender a dor da perda.

─── E se a gente perguntar pra ele? ─── A. Severus deu ideia.

─── E se a gente perguntar pra vovó Molly? ─── Rose opinou. ─── A mamãe disse uma vez que uma mãe conhece os filhos melhor que qualquer pessoa.

─── Vamos falar com ela! ─── James Sirius exclamou.

Albus segurou Lily, e Rose segurou Hugo, então as crianças foram correndo para A Toca, na cozinha onde Molly estava.

A Weasley assustou-se levemente ao ver a agitação dos netos em vê-la, e virou-se preocupada em saber se algo havia acontecido.

─── Meus amores, está tudo bem?

─── Estamos bem, vovó. ─── Dominique respondeu, e Molly pôde sentir seu coração relaxar. ─── É que a gente ficou curioso com uma coisa.

─── O que meus netinhos lindos querem saber? ─── Ela sorriu contente.

─── Do tio Fred! ─── As crianças responderam.

Molly não esperava, então sua expressão foi de surpresa. O que ela diria para os netos sobre seu filho falecido Fred Weasley? Por onde começar?

─── Ora... ─── Ela limpou as mãos no pano de prato e sentou-se numa das cadeiras. ─── Hum, bem... Sentem-se, vou contar um pouco à vocês.

As crianças sentaram-se ali no chão mesmo, olhando fixa e curiosamente para Molly Weasley.

─── Bom, Fred era o irmão gêmeo do George, vocês sabem... ─── Ela não sabia nem como começar a contar, então respirou fundo e esboçou um sorriso. Fred trazia lembranças boas demais. ─── Eles eram inseparáveis. Nunca via o George sem o Fred, ou o Fred sem o George. Os dois além de serem irmãos, eram melhores amigos.

─── Como eu e a maninha Roxy, vó?

─── Sim, querido. Você e a Roxy são muito parecidos com eles. ─── Molly deu uma risada nostálgica, como um filme de memórias passando em sua mente. ─── Fred era ousado e divertido, e quando estava junto de George me fazia perder os cabelos. Mas todos amavam esse jeito divertido dos dois.

─── Então por que que o tio George fica triste quando fala do tio Fred? ─── Hugo questionou de cenho franzido.

─── É, vovó. ─── Lily concordou com a pergunta do primo. ─── O tio Fred era incrível!

─── Bom, queridos, isso é difícil... ─── Molly lamentou. ─── Quando vocês tiverem mais idade irão entender. George fica triste porque ele sente saudades do Fred. É como... Hum, deixem-me pensar... Todos vocês amam seus irmãos, certo?

─── Só quando eu não fico de castigo por conta dele. ─── Albus murmurou e fez a avó rir.

─── A mamãe pega mais leve nos castigos quando eu envolvo o Severus na história. ─── James tentou se justificar ali. ─── Mas a gente sempre se diverte. Até a LiLu acha divertido.

Albus deu de ombros. Não podia negar, mesmo que Ginny reclamasse com os dois depois de uma besteira, eles se divertiam mesmo assim e no futuro teriam boas histórias para recordar.

─── É assim que funciona a relação entre irmãos. Por mais que briguem, um deve amar e cuidar do outro. ─── Disse Molly Weasley. ─── Fred e George amavam e cuidavam um do outro, e como o Fred... Como o Fred não tá mais aqui, ele se sente um pouco triste, entendem? Mas nem por isso ele deixou de amá-lo. Muito pelo contrário, George sente falta de partilhar os momentos com Fred.

─── Nossa, isso é tão triste. Coitadinho do tio George. ─── Rose lamentou. ─── Eu estaria do mesmo jeito se eu não tivesse mais o Hugo comigo.

Todas as crianças assentiram pensando em seus irmãos. Mesmo que brigassem, eles se amavam. Essa era a magia mais poderosa dos Weasley: o amor.

─── Mas, crianças, hoje é o aniversário dele. Dia de festa! ─── Molly disse chamando atenção deles. ─── A gente tem que fazer o dia de hoje ser o melhor de todos pra o George, está bem? Por ele, e pelo Fred também. ─── As crianças assentiram com sorrisos no rostos. ─── Agora vão brincar e deixem a vovó Molly terminar de organizar as coisas para o jantar.

Então os pequenos saíram, de volta para o jardim, e pareciam tão animados. Molly voltou a fazer as coisas rindo boba, feliz porque sabia que seu filho Fred Weasley continuaria sendo lembrado e amado até depois da morte.

─── Poxa, séria tãaaoo legal se o tio Fred tivesse com a gente. ─── James Sirius comentou.

─── Sim, seria demais! ─── Roxanne e Fred II concordaram.

─── E se a gente trouxesse ele de alguma forma pra cá? ─── Dominique se pronunciou e todos a olharam incrédulos. ─── Que foi?!

─── A gente não deve mexer com os mortos, e devemos respeitar eles. ─── Disse Rose Weasley, provavelmente algo que Hermione lhe falou alguma vez.

─── Eu não quero desrespeitar o tio Fred! ─── Domi exclamou. ─── A gente podia dar um presente de aniversário pra o tio George, em memória ao tio Fred.

❛Aaaah sim❜, foram as expressões das crianças.

─── É uma ideia ótima, Domi! Todo mundo gosta de ganhar presentes. ─── Fred II exclamou.

─── A gente precisa pensar em algo que deixe o papai bastante feliz! ─── Roxanne Weasley animou-se.

Era muita pureza naquelas crianças. Elas não entendiam a dor de George Weasley, mas queriam que ele não se sentisse desamparado no dia do aniversário.

A nova geração dos Weasley não eram apenas crianças comuns. Eram os anjos da guarda de George Weasley.

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O céu estrelado da noite dava um toque à mais de magia naquele primeiro de abril.

A família Weasley já estava toda reunida na mesa, e estavam felizes por estarem juntos.

Molly pôs o bolo no centro da mesa, de frente para George, e o mesmo apagou as velas ao som de aplausos. Angelina beijou suavemente a bochecha do esposo e aquilo aqueceu o coração dele. Não há coisa melhor do que se sentir amado.

─── Então agora é a hora dos presentes! ─── Molly exclamou entusiasmada. ─── Tome, querido, eu fiz com todo amor.

Era um cachecol. George riu. Desde criança ganhava coisas de tricô da mãe, mas à medida que ele foi crescendo viu que aqueles presentes tinham um valor emocional gigantesco.

─── Obrigado, mãe! ─── Ele agradeceu de todo coração.

Em seguida George recebeu mais presentes de seus irmãos. Percy e Charles também haviam mandado presentes e mais cartas com desejos de parabéns e felicidade para o ruivo.

Enquanto ocorria esse momento de confraternização, as crianças cochichavam entre si sem parar. Com suas pequenas mãozinhas eles brincavam com os dedos nervosamente e balançavam suas pernas no ar.

Molly Weasley notou e questionou:

─── Há algo de errado com vocês, meus pequeninos?

─── Hm... ─── Fred II mordeu o lábio inferior. ─── A gente fez um presente pra o papai.

─── Fizeram? ─── George olhou-os surpreso.

Roxanne tirou do cantinho da cadeira um pergaminho mal enrolado e preso com um laço vermelho. A menina esticou-se para entregar o pequeno presente ao pai, enquanto seu irmão e primos olhavam ansiosos.

Os pais e avós das crianças também olhavam curiosos, esperando que George abrisse logo o pergaminho.

George desamarrou o laço vermelho e viu o conteúdo do pergaminho. Seus olhos marejaram no mesmo instante, e sem querer uma lágrima escapou.

As crianças entreolharam-se confusas.

─── Ele não gostou? ─── Dominique cochichou para James.

O Potter bateu a mão na própria testa.

─── Eu disse que era melhor ter deixado a Rose escrever, ela que é a mais inteligente. ─── Albus murmurou.

─── O que as crianças fizeram, querido? ─── Molly perguntou ao filho.

George estava sem palavras. Era um presente tão simples mas que havia deixado ele tão emocionado.

No pergaminho havia um desenho. Era George desenhado no meio, e ao seu lado estava Fred, com auréola e pequenas asas de um anjo. Eles estavam de mãos dadas com as crianças.

Cada um havia tido o esforço de se desenhar, então era notório a bagunça que estava no pergaminho de rabisco e cores, mas para George estava tão lindo.

Também havia a assinatura de cada uma das crianças, até mesmo tiveram o esforço de pôr o nome de Louis, Hugo e Lily, os mais novos, e o desenho e os nomes de Molly II e Lucy ─── as filhas de Percy que também eram o xodó de George e que mesmo não estando na festa fizeram questão de mandar presentes para o tio.

Em cima do desenho e as assinaturas havia mais algo escrito. Com uma letra um pouco torta, podia-se ler: ❛Em memória ao tio Fred. Feliz aniversário, tio George/papai! Amamos você!❜.

─── Caramba, eu tô... ─── George não sabia nem o que dizer. ─── Foi ideia de vocês mesmo?

As crianças assentiram. Elas tinham olhares fofos e confusos sem entender o motivo do tio estar chorando.

─── Eu adorei! ─── Riu em meio às lágrimas.

─── Adorou? ─── Rose indagou mas logo suspirou aliviada, assim como seu irmão e primos.

─── Sim, demais! ─── Disse ele. ─── Eu queria que pudessem ter conhecido o Fred. Tenho certeza que iriam adorar ele. ─── Tentou limpar as lágrimas em vão.

─── A gente também queria... ─── James choramingou.

─── Sim, o tio Fred era demais! ─── Albus exclamou empolgado.

─── Esse foi o único jeito que a gente conseguiu trazer ele pra festinha, tio George. Sem incomodar os mortos, claro. ─── Dominique comentou e Rose assentiu ao ouvir a última parte.

Hermione deu uma risadinha ao ver o comportamento da filha.

─── Venham cá. ─── George os chamou de forma carinhosa.

Os pequenos foram todos juntos de forma meio desordenada ─── para nítido pânico de seus pais ─── e foram até o aniversariante.

George se ajoelhou para ficar na altura deles, e os puxou para um abraço coletivo. Era amor puro, e as lágrimas de felicidade que caíam em seus olhos enquanto agradecia por ter uma família tão incrível como aquela.

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Algumas semanas depois... ─── Gemialidades Weasley

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Estava uma correria. A Gemialidades Weasley estava comemorando mais um ano de funcionamento, logo recebia-se clientes de todas as partes graças ao seu serviço e produtos um tanto quanto diversificados. 

Ronald Billius Weasley se amaldiçoava mentalmente por ter largado o trabalho de Auror e ter ido ajudar seu irmão na loja pois um grupo de crianças havia explodido quase um corredor inteiro da loja com mini fogos de artifício e agora restava ao ruivo administrar a bagunça.

Hermione ria do próprio esposo, sabendo que mesmo com resmungos ele amava o trabalho.

Enquanto isso a família Potter recebia sermões de Ginny Potter. A ruiva repreendia os filhos e o marido pois ao que parecia Harry havia caído no papo de James e acabou comprando produtos de truques mágicos mais do que deveria.

Ginny podia ser bem assustadora quando estava brava mas no fim do dia estaria rindo ao lado de Harry vendo as traquinagens que seus três filhos estivessem aprontando ─── e logo logo reclamaria com eles, como uma boa mãe.

Bill tinha uma conversa agradável com seu irmão Charles, que havia acabado de voltar de uma de suas viagens. Louis Weasley, no colo de Bill, prestava atenção em cada palavra dita pelo tio. O pequenino parecia adorar ouvir as histórias de viagem de Charles.

Fleur Weasley estava bastante curiosa e prestava atenção num artefato da loja estranho que Dominique lhe mostrava, e a pequena ruiva não cansava de dizer o quanto que estava sendo bem mais divertido passar o tempo ali em família do que na França.

Victorie por outro lado estava junto de Teddy Lupin, como sempre. A dupla inseparável estava passeando pela loja enquanto conversavam e compartilhavam alguns doces bruxos. Eles sorriam um pra o outro e nem imaginavam que aquela amizade era o começo para o desenvolvimento de um romance adorável ao longo dos anos.

Molly e Arthur interagiam com Percy, que dava espasmos de nervosismo e regularmente mexia em sua gravata. Audrey vez por outra segurava sua mão afim de aliviá-lo da tensão e lhe mostrar que não havia necessidade de sentir receio pois os Weasley eram sua família.

Molly II e Lucy, entretanto, pareciam nem notar os sentimentos do pai no momento pois estavam felizes demais por rever seus avós, tios e primos, e brincavam ao lado de Rose e Hugo Weasley aleatoriamente.

E por fim George Weasley. O ruivo estava em sua sala, com a mente avoada mas seu coração estava envolto de um sentimento ótimo: felicidade.

George não apenas se sentia, como também era feliz. Algo que duraria para sempre, e não só por aquele momento.

Ouviu-se batidas na porta.

─── George, querido. ─── Era Angelina. Por um momento o coração de George errou as batidas como se fosse um bobo apaixonado.

Angelina era o amor de sua vida, a mulher de seus sonhos e que ele dizia ser uma deusa boa demais para ele, e que ainda assim a morena insistia em lhe abençoar com tanto amor, companheirismo e com seus filhos maravilhosos. 

─── Todos estão te esperando, está um caos de tanto gente que veio só pra conhecer a loja. ─── A morena deu uma risadinha divertida. ─── Vamos?

─── Vamos, Angel.

─── Papai, mamãe! ─── Eram os gêmeos chegando. ─── James conseguiu fazer o tio Harry comprar um de quase todos os produtos da loja. Ele pode dormir lá em casa hoje pra gente brincar?

─── Deixem, por favor! ─── Roxy fez biquinho.

─── Vocês num já têm demais dessas coisas em casa? Até quando vão me continuar me enlouquecendo assim? ─── Angelina balançou a cabeça negativamente enquanto George ria. ─── Falaremos sobre isso mais tarde, está bem?

─── Quando a senhora diz isso significa que nunca mais vai falar disso. ─── Fred II fez uma carinha emburrada e cruzou os braços.

─── É verdade, mamãe. Isso é injusto!

─── Prometo que vou pensar no caso de vocês, se vocês se comportarem hoje. Pode ser? ─── Os gêmeos pularam de alegria ao ouvir a mãe falar. ─── Ótimo, agora vamos. ─── Saiu de mãos dadas com eles. Lê-se também ❛saiu arrastada por eles❜, depende do ponto de vista e do nível de euforia das crianças.

George fechou a porta de sua sala e admirou a nova decoração na parede do lado de fora.

O desenho que havia ganhado pelas crianças agora tinha os rabiscos em movimentos graças à um pequeno truque mágico feito pelo ruivo, e ao lado em uma moldura estava a fotografia em movimento da família em seu último aniversário.

Aquele dia havia sido o primeiro aniversário em que George realmente se sentiu feliz, após a triste morte de Fred, e tudo isso graças ao amor de sua família e uma pequena demonstração de carinho de seus sobrinhos e filhos.

George Weasley se sentia grato pela vida e pela família que tinha, e de algum lugar lá no céu Fred Weasley estava feliz por ter sua memória honrada e eternizada.

Em memória ao queridíssimo Fred Weasley, como diz o título. Um personagem incrível, que ao lado do George formava minha dupla de personagens preferidos da saga inteira e a morte dele foi a que mais me fez sofrer.

Espero que tenham gostado, eu realmente adorei escrever esse capítulo mas demorei pra postar ele por motivos de insegurança e afins. Eu também tenho outro one-shot do Fred e do George aqui no meu perfil e se chama ❛Happy Birthday, Fred❜. É um clima bem sad, por isso quis postar esse mais soft ─── se quiserem ler os outros one-shots de HP presentes no meu perfil seria muito bom! ❤️

Serei eternamente grata se indicarem esse capítulo para algum user daqui ler, pois isso me ajudaria demais na divulgação. Votem e comentem, isso ajuda demais também. Façam isso sempre, não só nas minhas histórias mas também nas dos diversos autores incríveis da plataforma que esperam ansiosamente por um feedback dos leitores em suas histórias.

Até lá, espero ver vocês em mais eventos maravilhosos ─── e catastróficos, na vista de Molly Weasley ─── envolvendo nossos queridos gêmeos Weasley! ❤️

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─── xoxo, d.allen