𝟎𝟗. 𝐀𝐗𝐋
✰ Pedido: mary_turner
✰ Música: Infinity — James Young.
✰ SFW.
[“Te amo infinitamente”]
•••
Axl P.O.V
Eu estava apaixonado. E posso dizer que dessa vez era para valer.
A S/N tinha sido um milagre na minha vida, pois logo nos primeiros instantes em que estive junto à ela, caí de amores por aquela mulher num nível anormal. Só que como tudo que é bom dura pouco e tudo que é ruim fica um tempão, tínhamos um grande problema.
O pai dela não apoiava nosso namoro.
Sim, o pai dela não era apenas um cara. Ele era simplesmente fodão, um empresário do caralho e enxergava minha "namorada" como se ela fosse um cristal. O que me deixava puto e também a deixava.
Minha doce S/N tinha seus recém completados 20 anos. Só que justamente pelo pai dela ser um baita milionário, não deixava ela sair de casa, ter um emprego e minha sweet child tinha talento no que gostava de fazer, além do fato de ser linda.
O ruim de tudo isso, é que a madrasta dela apenas se sujeitava à tudo isso. Não erguia um dedo para auxiliar em nada, apenas apoiava o pai — se é que posso chamar de pai — completamente abusivo que ela tinha.
Me enxergo em minha sweet child algumas vezes, principalmente quando chegamos nesse assunto de mãe ausente que concorda com as merdas do pai e um pai que pode ser facilmente comparado à um saco de lixo. Passei por isso, sei bem como ela se sente.
Indefesa, incapaz, sozinha.
Estou à dois meses sem vê-la pois o pai a arrasta para esses eventos de gente rica e metida — que ela detesta, vale ressaltar —, além de querer viajar para vários países e esbanjar esse amor imaginário que tem pela filha. Ele não quer que ela seja feliz e ande com as próprias pernas, mas que tipo de pai é esse?
Hoje vou à uma festa desse pessoal da elite. Sim, eu e a galera da banda fomos gentilmente convidados para tocarmos naquele lugar.
Pelo menos essa gente elitista e narcisista tem bom gosto para música.
Entrei no camarim e já vieram vários funcionários para nos ajudarem com o visual. E eu só pensava na minha paixão.
— Como eu queria dar pelo menos um abraço nela hoje — disse à mim mesmo enquanto me olhava com um olhar melancólico no espelho e ajustava a jaqueta vermelha que usava.
Estávamos todos prontos para subir ao palco, e ao chegar lá pude ver todas aquelas pessoas com o ego inflado e nariz empinado. Tenho nojo, sinceramente, mas o cachê é bom.
Com o olhar ainda meio perdido naquela enorme platéia repleta de gente fina pude vê-la! Sim, a minha sweet child veio!
Por sua expressão facial de indignação, ela não queria estar aqui nem um pouco. Mas estava deslumbrante com um vestido branco com detalhes dourados que ficava colado em seu corpo e os cabelos soltos, perfeitamente arrumados.
Eu já conseguia sentir seu perfume francês de longe, um dos melhores aromas do mundo. É terapêutico para mim, já que me deixa muito calmo e relaxado.
Ela sorriu ao me ver e eu obviamente sorri de volta, sem transparecer pois seu pai sempre estava a espreita. Posso confessar que trocamos olhares durante a apresentação inteira e alguns risinhos bobos aqui e ali.
Eu e a galera da banda nos despedimos da platéia e estávamos prontos para voltar ao camarim, entretanto eu estava louco para dar ao menos um abraço em minha sweet child.
Fiz um sinal descontraído com a mão para que ela me encontrasse nos fundos da casa de festas. Fiquei esperando por mais ou menos uns três minutos, já que ela estava caçando uma maneira de se livrar dos olhos de águia do meu querido sogrinho.
Lá vem ela, com um sorriso genuinamente feliz nos lábios. Abro meus braços com o mesmo sorriso em meu rosto e ela me abraça fortemente.
Aproveito para a retirar do chão por alguns segundos e a fazer girar no ar.
Ao separarmos o abraço ela colocou suas mãos em meu rosto e me puxou para um beijo. Obviamente que eu abracei suas costas, querendo sentí-la melhor.
Devo confessar que todas as vezes em que eu a beijava, sentia como se meu corpo se deslocasse da Terra para o Éden. Não era possível que eu estivesse tão apaixonado dessa maneira, mas eu estava sim.
Ao nos separarmos eu observei o rosto de minha amada sweet child mais uma vez e acariciei levemente. Que bacana, eu estava rindo feito um drogado!
Se bem que o amor tem o mesmo efeito das drogas no organismo. Mas que bela droga para ser um viciado!
— Eu senti tanto a sua falta, sweet child — disse à ela, quanto enrolava uma mecha de seu cabelo em meu dedo indicador.
— Eu também senti, meu amor — ela depositou um selinho em meus lábios rapidamente.
— É uma merda que eu tenha que ficar longe de você, isso é tortura! Eu não consigo! — eu disse, fazendo manha, mas afinal de contas era uma verdade.
— Infelizmente, meu pai é problemático — ela me respondeu, agora com seu olhar cabisbaixo.
Entrelacei nossas mãos, e continuamos frente à frente. Isso, de certa forma a acalmava e para mim também era terapêutico.
— Vem morar comigo, S/N — eu disse, deixando um beijinho no topo de sua cabeça.
— Está me falando para fugir daquele imbecil que eu chamo de "pai"? — questionou-me, com um sorrisinho nos lábios.
— Por favor, vai... — eu nem estava sendo narcisista e querendo que ela ficasse mais perto de mais, era mais pelo fato de que eu a queria livre.
— Tenho que pensar — ela riu mais uma vez.
— Pensa no seu ruivo com carinho, o.k.? — eu disse, deixando um selinho em seus lábios.
— Pode pensar, amor, eu penso sim — ela retribuiu o selinho.
Entretanto, começou a se aproximar e virou mais um dos nossos beijos de sempre. Dessa vez, a puxei pela cintura e ela segurou meus ombros.
Estou fascinado pelo quanto essa mulher me deixa viciado, sempre buscando por mais e sempre querendo vê-la.
Era um beijo lento, cheio de sentimentos.
— Eu te amo — sussurrei para ela entre beijos.
— Eu te amo — ela sussurrou entre os beijos e sorriu em seguida.
Nosso momento estava simplesmente perfeito, mas eu disse que tudo que é bom dura pouco.
Ouvimos barulhos de palmas, devagar e de maneira bem debochada. Ao abrirmos nossos olhares e visualizarmos bem era seu pai.
— Bravo, amei o roteiro de novela mexicana de quinta — ele era um homem tão podre. — Vou fazer vista grossa porque não quero me estressar. Larga ele, S/N.
Ele começou a dar as costas e caminhar pelo corredor. Sempre que ele a chamava, ela ia com a cabeça baixa logo atrás, mas dessa vez ele ficou chocado e parou, olhando para trás.
Minha sweet child não moveu um músculo.
— S/N, eu mandei vir — disse, já um pouco impaciente. — Larga o rockstar e vem!
— Não estou afim de ir, vá sozinho — disse de maneira fria.
— Menina, eu sou seu pai e eu te sustento. Enquanto você viver do meu dinheiro tem que fazer o que eu mandar!
— Enfie todo esse dinheiro na bunda! Eu não vou te obedecer! Axl me trata com dignidade, não dessa forma.
— Ele é rockstar, nós mesmos sabemos que ele vai partir seu coração de menina burra e apaixonada, vem logo! — ele estava a ponto de explodir. — Se não vier em três segundos, não conte com meu dinheiro para mais nada!
— Já disse para enfiar no rabo, eu não vou! — S/N estava decidida.
Eu sentia a firmeza em suas palavras, e me sentia orgulhoso da minha garota ao mesmo tempo.
— Vamos, Axl — ainda com nossas mãos entrelaçadas, caminhamos até a porta que indicava a saída daquele estabelecimento.
— Se passar por essa porta com esse vocalista ruivo, não conte comigo para mais nada na sua vida — o pai cuspiu as palavras ríspidas.
— Tchau, papai! — foi o que ela disse enquanto se virou e mostrou seu dedo do meio junto à um sorriso debochado na face.
Atravessar aquela porta de mãos entrelaçadas com aquela mulher foi a melhor decisão que já tomei na vida. Não me arrependo nem de um segundo sequer.
Sabia que ao passar daquela porta minha vida iria mudar totalmente e eu faria minha sweet child a mulher mais feliz do mundo.
[...]
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Axl vendo vocês confrontando o pai:
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