
𝟎𝟔. 𝐀𝐗𝐋
“Após uma briga habitual que acabou indo longe demais, você e Axl se retratam” ;,,,, ✂
[💭 .........; SFW ➯ Pedido da Thaysxx_
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Axl P.O.V
Eu estava discutindo com a minha namorada enquanto a chuva fria caía lá fora. Era mais uma de nossas brigas cotidianas.
— Axl, chega, eu cansei! — ela gritou para mim enquanto caminhava até a porta principal da casa.
— Que bom, porque eu cansei também! — gritei de volta. Na hora da raiva a gente fala as coisas sem pensar e eu estava desse jeito, falando várias merdas sem ligar.
— Vai embora, William.
Eu paralisei. Aqueles lábios perfeitos que diziam que me amavam e que também me lançavam palavras ácidas durante discussões estava me chamando pelo nome de batismo e me mandando embora?
— Como é?
— Vai embora da minha casa, William Bruce Rose Jr! — gritou de volta para mim, mantendo a porta da casa aberta.
— Então é isso!? — arregalei meus olhos, estava incrédulo. — Acabou!?
— Acabou, Axl! Acabou! — ela confirmou, estava se segurando para não chorar. Eu odiava vê-la assim e odiava ainda mais saber que quem tinha a deixado assim era eu.
— Tudo bem.
Disse por fim e simplesmente atravessei a porta da frente sem olhar para trás. Ouvi a porta se bater.
Provavelmente agora a S/N iria gritar e sentar num canto da sala ou do quarto para chorar muito, por minha causa. Acabou que nem peguei um guarda-chuva e comecei a caminhar naquela tempestade de fim de tarde.
A água caía do céu com força e me atingia. Eu sentia que, de alguma forma, aquela chuva simbolizava o nosso relacionamento.
Começou chuviscando de maneira pacífica e agora o mundo estava praticamente caindo.
Comecei a caminhar naquela chuva fria até chegar na casa onde eu morava com os meninos, não era muito distante dali. Ao chegar na porta percebi que havia esquecido minha chave na casa dela e eu não sou louco o suficiente para voltar lá e buscar agora.
Dei quatro batidas na porta, aguardando ser atendido. E assim veio Izzy, fumando um cigarro.
O moreno ia falar alguma coisa mas eu não deixei e saí entrando, molhado em casa. Subi as escadas até meu quarto sem assunto algum com os meninos e me livrei das roupas encharcadas, tomando um banho morno para pensar em tudo o que acabou de acontecer.
Vesti uma roupa confortável e deixei meus cabelos ruivos secarem naturalmente.
— A madame decidiu sair do quarto, finalmente! — Steven estava com um esfregão e um balde, limpando o rastro de água que eu deixei pela casa.
— Tu veio nesse toró sem guarda-chuva? — Slash ficou surpreso. — Coragem, viu, porquê noção...
Desci às escadas, indo até a cozinha e pegando um copo de suco de manga que havia na geladeira sem nem falar com eles. Obviamente que aqueles quatro seres humanos que eram praticamente meus irmãos reconheceram que eu não estava bem.
— Ih, Axl, qual foi? — Izzy se apoiou no alisar da porta. — Não falou com a gente...
— Acabou, Izzy — suspirei e dei um gole do suco. — A S/N terminou comigo.
— Acabou tipo, acabou? — ele questionou mais uma vez para reforçar.
Eu e ela vivíamos terminando e voltando, eu não gostava disso e ela tampouco mas... éramos opostos e quase sempre tinha esse atrito, essas brigas horríveis.
Encostei perto de uma enorme janela que havia na cozinha e observei a chuva lá fora, ainda caía um temporal.
— Ô, cara, não fica assim — Slash me abraçou e me deu tapinhas nas costas.
— A mulher da minha vida terminou comigo, Saul, você quer que eu fique com um sorriso no rosto!?
— Axl, você e ela sempre terminam e voltam, logo vocês vão estar juntos de novo — Steven se sentou na bancada.
— Eu odeio isso. Odeio brigar, terminar e voltar, queria tanto que a gente tivesse um relacionamento estável — bufei, passando a mão em meus cabelos úmidos.
— Você e a S/N são opostos, mas são opostos complementares. Um não vive sem o outro — Izzy fez um coração com as mãos.
— Bonito o papinho filosofal mas não vai ajudar ele em nada, emo — Duff revirou os olhos.
— Tem alguma ideia melhor? — Slash sugeriu.
— Tenho, se liga nas artimanhas do Duffão aqui! — ele ajeitou a camiseta e os cabelos, ajeitou até mesmo a postura. — Você vai na casa dela com o pretexto de que esqueceu as chaves e tenta lançar aquele papinho romântico super fofo.
— Aí mês que vem a gente briga de novo e eu faço a mesma coisa? — terminei de tomar o suco.
— Axl, vocês brigam por causa de você, cara. A S/N é uma mulher tranquila e você faz uma tempestade em copo de água — Duff disse. — Muda, muda por ela.
— Ai, eu não sei se consigo. Já é de mim, entende? — desviei meu olhar para o chão.
Nem vi quando Duff caminhou até mim e parou bem à minha frente, segurando meus ombros.
— Escuta aqui, mano. Você ama essa mulher, não ama!? — questionou sério.
— Amo! — respondi.
— Quer beijá-la, abraçá-la!?
— Quero.
— Quer casar com ela!? — questionou mais uma vez.
— Quero!
— Quer formar uma família com ela!?
— Quero!
— Pois então você precisa mudar, parceiro! Mudar! — ele chacoalhou meus ombros e me disse aquilo de maneira muito motivacional.
Duff era mesmo ótimo nesse lance mais sentimental. Talvez fosse pelos inúmeros livros de romance que lia.
— V-Você tem razão! — eu disse decidido. — Vou fazer isso agora mesmo!
Nem mesmo olhei para trás, apenas saí as pressas da cozinha e peguei um guarda-chuva preto que havia na sala. A chuva de Novembro continuava a cair, porém de maneira bem mais moderada.
Vi os meninos na porta da casa gritando e me desejando boa sorte, inclusive Duff que disse:
— Cola na minha que o pai é prendado!
A chuva de Novembro ainda era fria mas havia diminuído consideravelmente. Como se estivesse se acalmando.
Agora aqui estava eu, parado na frente da porta da casa do amor da minha vida, criando coragem para lhe dizer palavras simples que para mim seriam difíceis. Fechei o guarda-chuva e bati na porta.
A partir do momento que ela olhasse no olho mágico e visse que era eu, não ia querer me atender. Felizmente eu estava errado.
Ela abriu a porta e nos olhamos por quase um minuto sem falar absolutamente nada. Ela parecia ser chorado muito e eu literalmente odeio deixá-la assim.
Subitamente, a abracei fortemente e ela retribuiu.
— Me desculpe, S/N — eu disse. — Eu te amo.
— Eu também te amo, Axl — suspirou, me abraçando. — Mas eu não aguento mais brigar com você toda hora.
— A maioria das brigas é por minha causa, eu vou parar de ser tão cabeça dura assim — disse firme.
— Mesmo?
— Por você, sim, meu amor — dei um beijo no topo de sua cabeça. — Por você, sim.
[...]
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Esse capítulo foi basicamente isso:
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