“Isso não é como O Fantasma da Ópera” ;,,,, ✂

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Estava saindo do banheiro de sua casa após tomar um bom banho depois de ter chegado da festa de Halloween que estava. Encheu a cara e curtiu bastante.

Quando foi se deitar, ouviu um barulho estranho. Era como se fosse um estalo em sua mesinha.

Mas era algo normal, às vezes os móveis estalavam.

Ouviu aquele mesmo estalo de novo e tornou à olhar para a mesinha até ver alguma coisa branca saindo de lá, tinha a fisionomia de um ser humano. Imediatamente, cobriu seu corpo todo até a cabeça com o lençol, morrendo de medo.

— Está tudo bem, não sou um inimigo... — ouviu uma voz doce dizer. Mas não iria se convencer.

Permaneceu em silêncio e só então tomou coragem para retirar o lençol de seu corpo para olhar. Era um cara com cabelo loiro levemente ondulado, uma blusa branca e calça jeans.

Ele era estranhamente pálido e o fato de que estava em seu quarto era ainda mais sinistro. Mas você acreditava em misticismo e acreditava que no dia das bruxas as criaturas vagavam por aí.

— O que é você? — cobriu seu rosto até a altura do nariz, ainda com um pouco de medo.

— Meu nome é Steven, e... eu morri — ele parecia estar falando a verdade, a julgar pelo tom de voz e pela postura.

— Morreu!? — sentou-se na cama e encostou nele, fazendo um movimento qualquer com a mão. — Mas eu consigo te tocar.

— Existem fantasmas sólidos, sabia?

— Que loucura... isso é muita informação para mim, Steven — você bufou.

— Relaxa, isso não é como O Fantasma da Ópera, sou apenas eu. E pronto, eu acho — ele sorriu, o sorriso dele era divertido e radiante.

— O que faz aqui, tipo, na minha casa?

— Eu não sei, só fui passear por aí e acabei encontrando a sua casa — ele se sentou em sua cama.

— Sinto muito te deixar triste mas eu ia dormir, não tenho nada muito legal para fazer com você... a não ser que dê para transar com fantasma, aí sim.

Você disse aquilo de maneira tão natural que o loiro riu e cobriu a boca com a palma da mão, mostrando como estava chocado. Você era mesmo descarada.

— Acho que não. E mesmo que desse, deve ser uma sensação estranha — ele fez um biquinho de indignação. — Mas podemos dar uma volta por aí.

— Eu aceito. Acabei de voltar de uma festa e estou com um pouquinho de sono, mas podemos — concordou com a sua ideia e se levantou da cama.

— Me dê a mão.

Sem hesitar, você lhe estendeu a mão e começaram a caminhar pela casa. Não havia notado nada de muito diferente, até pôde atravessar uma parede.

— Uau, isso é incrível! — você sorriu completamente eufórica.

— Sabia que ia gostar — ele continuou andando com você, sem soltar da sua mão.

— E as pessoas podem me ver?

— Só se você quiser que te vejam.

Continuaram caminhando um pouco mais até saírem da casa e foram até um cemitério que ficava um pouco mais afastado da cidade. Por incrível que pareça estava tendo uma super festa de fantasmas.

Luzes neon e fantasmas dançavam entre as lápides. Isso não poderia ser visto pelos seres humanos e era fantástico.

Bebiam plasma colorido, conversavam e tudo mais. Parecia até ser uma mentira, ou algo do tipo que você vê em desenhos animados.

— Gosta disso? — ele questionou, agora soltando sua mão.

— Isso é incrível, meu Deus!

— Vish, minha filha, morreu de camisola? — uma senhora veio e te questionou.

— Na verdade, ela não morreu, dona Vanira.

— Um ser humano? — a senhora bebericou a plasma rosa que estava em seu copo. — Steven, menino, toma cuidado com quem você traz aqui...

— Pode deixar, eu sempre tomo! — ele deu uma piscadela à ela.

Um pouco distante de Steven, perto de uma lápide, um tipo de garçom fantasma veio até você com uma bandeja de alumínio na mão e tinham copinhos de plástico sob. Nesses copinhos tinham bebidas neon coloridas.

Você pegou uma e ingeriu seu conteúdo. O gosto era um pouco estranho, algo como pizza de calabresa, framboesa e geleia de amendoim.

— Gostou? — Steven questionou, dando um abraço por trás.

— Sim, o que é isso?

— Plasma de fantasma.

Você sentiria nojo se já não tivesse tomado e não soubesse o quão gostoso era.

— O gosto é bom — você sorriu.

— São vários gostos em um só — ele disse bebendo o que estava em seu copinho, mas o dele era laranja.

Acabou que vocês dois dançaram, outros fantasmas viraram seus amigos, você tomou bastante plasma e junto com outros fantasmas deu susto em seres humanos.

É, foi à duas festas incríveis e inesquecíveis naquela noite de todos os santos.

Agora, além de tudo isso também tinha um fantasminha camarada para chamar de amigo. Um fantasminha rockeiro, loiro e muito fofo.

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Encerrei os especiais de Halloween e agora voltamos à programação normal. Beijinho da Hades e um feliz dia das bruxas! ❤