┊ ❁۪ ｡˚ ✧ Capítulo único ✰ Especial de ano novo.

·˚ ༘ Boa leitura.

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Ano novo, vida nova!

É uma coisa que as pessoas constantemente dizem por aí. Mesmo que às vezes um ano fosse mais complicado que o outro, você se mantém firme e segue na esperança de ter um próximo ano melhor.

Com certeza seu próximo ano vai ser melhor, confie na autora aqui.

Esse clima de fim de ano é bom, não é?
Esquecemos todos os problemas da vida e ainda temos aquela felicidade do clima natalino vindo fortemente para o último dia do ano. Aquela felicidade exorbitante, aquela sensação de bem-estar.

Ver a queima de fogos, beber champanhe, comemorar a chegada de um novo ano, renovar as energias na água do mar. Tudo isso é tão bom que só ocorre uma vez no ano.

Enfim, vamos prosseguir logo com a história antes que eu me embole aqui e a gente se perca no caminho. Que tal irmos para outro lugar?

Hm, já sei!

Hoje é dia 31 de Dezembro de 1989 e estamos em Copacabana, no Rio de Janeiro, no Brasil.

Estamos no Copacabana Palace, mas imagine a estética dele nos anos 80. Bossa nova tocando sutilmente na recepção, pessoas indo e vindo da praia, risos aqui e ali. A vida estava muito boa nessa época.

A noite carioca estava refrescante, tinha algo diferente hoje, talvez fosse a magia da véspera de fim de ano.

Agora estamos num corredor, caminhando à procura do quarto 204, encontramos esse quarto e...

— Oh, você chegou! — exclamei ao te ver entrando pela porta.

Eu usava um vestido branco de seda com fendas nas laterais, era um vestido curto porém bonito. Meus cabelos pretos e lisos estavam soltos, você poderia notar que eu usava anéis, um colar, pulseiras e um salto branco e fino para combinar com meu vestido.

Isso sem contar que eu também usava um bracelete prateado em formato de cobra, como se estivesse realmente com aquele réptil enrolado no meu braço.

— Está linda, amiga, está linda! — disse, lhe conduzindo para o sofá que havia no quarto.

Você estava mesmo linda, usando um vestido longo amarelo com saltos nude. O vestido tinha um belo decote, que lhe deixava linda.

E ainda usava alguns anéis e um belo colar delicado ao redor do pescoço. Seus cabelos estavam soltos e totalmente hidratados, posso dizer que foi ao salão, talvez?

— Bom, esse é o último imagine do ano e eu faço questão de vir aqui contar isso para você! — peguei um livro com a capa envernizada e detalhes dourados que estava ao lado de minha cama no quarto de hotel. — Gostou da Elvira e do Ozzy te contando o imagine de Natal? Espero que tenha gostado, às vezes meus pais são uma bagunça.

— Eu gostei, eu gostei — você sorriu para mim e se ajeitou no sofá, cruzando suas pernas para ficar mais confortável.

— Que bom, vou trazer eles aqui mais vezes. Enfim, pronta para o imagine de Ano Novo? — questionei à você enquanto marcava a página denominada de "capítulo 53".

— Estou, pode ler! — pude sentir a ansiedade apenas no tom da sua voz.

Pois então, comecei a ler o capítulo.

Novamente, era dia 31 de Dezembro de 1989 e estava em Copacabana, no Rio de Janeiro.

— S/N, a gente vai se atrasar! — Hades gritou para você, que estava dentro do banheiro, terminando a maquiagem. Tinha que estar impecável.

— Fala a palavra mágica que eu abro a porta — disse travessa, já segurando a maçaneta.

— Abracaralho! — a morena berrou, já um pouco impaciente do outro lado.

Você prontamente abriu a porta do banheiro, se deparando com sua amiga com os braços cruzados à sua espera. Na hora de se arrumar você sempre demorava bastante, era impressionante. Para não dizer chato.

— Os meninos estão nos esperando, vem!

Hades pegou sua mão, vocês duas pegaram suas bolsas e deixaram o quarto de hotel. No caminho do elevador tocava algum samba que acalmava a alma e o ritmo era gostosinho.

Já lá fora, nas areias de Copacabana haviam diversas pessoas vestidas de branco, amarelo, azul, preto. Uma infinidade de cores, carros aqui e ali, garrafas e mais garrafas de champanhe, risadas e mais risadas.

Obviamente que bem na beira da praia, nas cadeiras de um quiosque tocava samba, bossa nova, MPB, tudo do bom e do melhor diretamente da cultura brasileira.

Em umas cadeiras estavam eles, os meninos. Estavam alternando entre roupas brancas e roupas amarelas, lindos como sempre e alegres como nunca antes.

— As bonitas chegaram, pensei que tinham morrido no banheiro — Axl deu um gole de sua caipirinha.

— Cale sua boca, piranha ruiva! — você se sentou ao lado de Steven e pegou um copo com água de coco.

— Piranha é voc... — Axl ia continuar a falar, mas se conteve. — Olha, hoje é o último dia do ano, não vou me estressar com você, bonita!

Deu um sorriso sarcástico e voltou a beber sua caipirinha.

— Você está linda, S/N — Steven te elogiou, todo sem graça. Ele era envergonhado por si só.

— Obrigada, Stee — deu um beijo na bochecha do baterista.

— Aconteceu tanta em coisa em 89, né, gente — Hades relembrou, dando um gole da garrafa de uísque que dividia com o guitarrista de cabelos cacheados.

— Aconteceu sim, nem me fala. Foi um puta ano para a gente fortalecer a amizade e tudo deu certo com a banda — Izzy suspirou.

— Tô orgulhoso, galera, de verdade. Não só com as coisas em relação à banda, mas estou orgulhoso das conquistas pessoais de vocês, meninas — Duff disse, repousando a mão sutilmente sob seu ombro e o ombro de Hades.

— Obrigada, girafa — a morena bagunçou os cabelos loiros do baixista.

— Acho que para mim, o melhor desse ano foi aquele dia em que vocês foram com a gente no parque aquático — Steven amava água, isso não era mistério para ninguém.

— Para mim foi o dia em que fomos no cinema assistir Cemitério Maldito — Izzy sorriu nostálgico ao lembrar.

— E para mim foi o dia em que a S/N tocou November Rain comigo no piano. Não sei o que teria sido de mim sem essa idiota — o ruivo relembrou-se do dia.

— De nada, Axl — você sorriu debochada.

— Acho que para mim foi quando fomos naquela casa assombrada e o Steven tomou susto com o gato preto que pulou — Slash riu e o baterista lhe mostrou o dedo do meio com uma cara de desaprovação.

— Para mim foi o Natal na casa do Axl — Duff arqueou as sombrancelhas.

— E o seu momento favorito desse ano com a gente, amiga, qual foi? — Hades lhe questionou.

Você pensou por alguns instantes e respondeu. Sim, sem dúvidas aquele que você disse tinha sido o melhor na sua concepção de boas lembranças.

Continuaram bebendo e conversando por mais algum tempo, até que já eram 23:59. Vocês se levantaram rapidamente das cadeiras do quiosque, e haviam muitas pessoas na praia.

Ficaram parados todos juntos na areia bem próximos à água do mar e se abraçaram, passando os braços um pelo ombro do outro enquanto a contagem regressiva começava.

Cinco, quatro, três, dois e um!

Os fogos de artifício começaram a fazer um belo espetáculo de explosões coloridas no céu negro e todos gritavam juntos, quase como se fosse em sincronia.

— Feliz ano novo!

Os abraços eram sinceros, os sorrisos eram genuínos e toda aquela felicidade ali era quase que surreal. Aquilo tudo era a sua definição de ano novo, aquela incrível energia que apenas a virada do ano tem.

Do jeito que eram doidos, provavelmente iriam inventar de nadar também na água do mar logo em seguida. Que se foda, afinal.

Era ano novo, e precisavam lavar toda a angústia que 1989 teve para que a água salgada renovasse e trouxesse novas energias e um novo astral para encararem 1990.

— Fim! — eu disse, fechando o livro bem à sua frente.

— Hades... eu... preciso viver isso! — você me dizia, toda eufórica.

— Quer viver isso, não é?

— Quero! — me respondeu em contrapartida.

— Tudo bem, vamos lá. Meu amorzinho vai entrar por aquela porta em três, dois, um...

Comecei a contar, e bem naquela hora o meu belíssimo guitarrista dos cabelos cacheados entrou pela porta do quarto. Mas não, não era esse guitarrista dos cabelos cacheados que usa uma cartola, não é bem esse que você está pensando.

— Meninas, estão prontas? — ele era fofo com seu sorriso de dentinhos tortos — São dez horas da noite já.

— Espera, quem é esse? — você me questiona, ainda sentada no sofá. Porém um pouco confusa pois esperava Slash.

— S/N, lhe apresento Kirk Hammett! — eu fiquei de pé ao lado dele, para lhes apresentar um ao outro. — Guitarrista de Metallica, e também meu namorado, meu bolinho, meu pitchulo!

Kirk começou a rir, todo sem graça. Ele era mesmo um fofo e era bem diferente de mim, eu a extrovertida sem noção e ele o introvertido consciente.

— Para com isso, Hades — ele ainda ria sem jeito.

— Mas espera, você está com o Kirk... e eu... quem é meu par romântico? — você me questiona, confusa para caramba.

— Amiga, agora é você quem escolhe. O Kirk é um dos meus maridos, e eu quis ter ele como par romântico nesse imagine para aumentar suas opções. — eu tinha um sorriso travesso nos lábios. — Só escolher, você tem cinco opções te esperando lá na praia: Izzy, Axl, Duff, Steven e Slash.

— Você pode escrever sua própria história agora, S/N — Kirk sorriu e lhe deu uma piscadela motivacional.

— Você pode decidir lá na praia, vamos? — mantive a porta aberta para que você passasse.

Então apenas pegou sua bolsa no sofá e foi em direção ao corredor. Eu entrelacei minha mão na do guitarrista de cabelos cacheados e com muitos sorrisos no rosto, fomos de elevador até o hall do hotel, e do hall fomos os três em direção à praia.

Lá haviam cinco rockeiros específicos sentados nas cadeiras do quiosque nos aguardando para comemorarmos a chegada dos anos 90 naquela bela noite do verão carioca.

[...]

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Feliz ano novo, amores! A Hades ama vocês, viu! ✨❤️