𝐏𝐚𝐮 𝐂𝐮𝐛𝐚𝐫𝐬𝐢 🇪🇸
𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐎.: —–—
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𝐒𝐈𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄.: Onde Maya nota que o seu namorado está um pouco mais pensativo que o normal
𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍𝐀𝐆𝐄𝐍𝐒.: Pau Cubarsí ¡×! Maya García
.¸¸.·♩♪♫ • 𝐌aya 𝐆arcía 𝐏oint 𝐨f 𝐕iew • ♫♪♩·.¸¸.
A chuva forte castigava as janelas, o barulho acolhedor a preencher o silêncio do quarto mergulhado numa penumbra suave, iluminado apenas pela luz fraca do candeeiro ao lado da cama. Cubarsí estava encostado à ombreira da sacada da janela, os braços cruzados, os olhos fixos no vidro levemente embaçado. Eu estava sentada sobre a cama, enquanto puxava levemente os meus joelhos contra o peito, observando-o sem grandes pressas em desviar o meu olhar.
— Porque estás tão calado? — Quebrei o silêncio.
Ele virou-se devagar na minha direção, mas não respondeu de imediato. Havia algo no jeito em como os ombros dele estavam ligeiramente caídos, no modo que os dedos tlcavam distraidamente a gola da camisola preta que usava, que me fez perceber.
Ele precisava de carinho.
Não disse nada, apenas deslizeu um pouco para o lado na cama, abrindo espaço para ele. Suspirei face à sua expressão de quem estava a hesitar e bati com a palma da minha mão contra a sua cama.
— Pretendias ficar a noite toda ali? — Perguntei suavemente, observando o garoto sentar-se ao meu lado.
— Não sei... - Ele passou as mãos pelo seu rosto, deixando escapar um suspiro. — Não gosto de noites assim.
— Assim como?
— Em que tudo parece mais pesado. Sinto-me estranho, como se tentasse alcançar algo, mas nunca chego a conseguir.
Fiquei em silêncio durante alguns segundos observando o perfil dele à luz fraca. Os olhos verdes pareciam ainda mais escuros, refletindo a tempestade lá fora.
Deslizei a minha mão pela cama até encontrar a dele, entrelaçando os nossos dedos num gesto simples de carinho.
— E achas que isso vai passar sozinho? Sabes que podes falar comigo, Cuba.
Ele deu de ombros, baixando o seu olhar para as nossas mãos.
— Eu sei. Mas agora não estou sozinho. — Ele olhou para mim, com um sorriso leve no rosto.
Peguei no seu rosto com carinho de forma a que ele me encarasse, e em um gesto breve juntei os nossos lábios, reafirmando que estava ali com ele.
— Deixa que toda essa frustração passe e deixa-me tornar tudo mais leve. — Murmurei, distribuindo pequenos beijinhos pelo rosto dele, vendo um pequeno sorriso aparecer no seu rosto.
E após alguns minutos daquele pequeno gesto, encarei o garoto, vi o cansaço nos seus olhos, mas também algo mais. Um alívio silencioso por não precisar de dizer o que por vezes mais constava, porque ele sabia que eu entendia.
Ele suspirou, retirando a camisola que usava do corpo e ficando apenas de t-shirt para se deitar ao meu lado. Fiz o mesmo que ele, rolando o meu corpo para ficar de frente para ele. E assim ficamos, próximos, sem urgência ou grandes conversas, apenas a sentir a presença um do outro.
Cubarsí soltou um riso baixinho.
— O que foi? — Perguntei com um sorriso.
— Estás a olhar demasiado para mim. — Ele brincou.
— E então? Tu estás a gostar.
Vi a tensão que antes ele possuía no seu olhar diminuir, coloquei a minha mão sobre a sua bochecha fazendo carinho.
— Como é que fazes isto?
— O quê? — Sorri.
— Fazes com que me sinta melhor, só pelo simples facto de estares aqui.
— Talvez porque te conheça melhor do que tu te conheces a ti próprio.
Cubarsí sorriu, um sorriso pequeno, mas genuíno, não negando a minha afirmação. Ele apenas ergueu a sua mão e afastou uma mecha de cabelo loiro que caia sobre o meu rosto, os dedos a tocarem na minha pele numa lentidão quase calculada.
— Acho tão bonito quando falas assim. — Murmurou.
— Assim como?
— Como se soubesses exatamente tudo sobre mim.
Deslizei a minha mão que antes permanecia na sua bochecha até ao seu braço, apertando-o de leve, sentindo os seus músculos relaxados.
— Posso não saber tudo sobre ti, mas conheço a tua linguagem corporal. Sei o suficiente sobre ti para parecer quando finges estar bem mas não estás. Sei que ficas a pensar demasiado em pequenas coisas que por vezes não podes controlar. Sei que, no fundo, só precisas que alguém te lembre que não tens de suportar tudo sozinho.
Ele não negou. O olhar dele caiu diretamente para os meus lábios por um breve segundo antes de voltar aos meus olhos novamente.
— És a única pessoa que me faz sentir assim...
Sorri com a sua pequena confissão, adorava este lado dele. Deslizei os meus dedos pelos seu braço até finalmente entrelaçar as nossas mãos.
— Fica aqui está noite. — Ele pediu.
— Eu já ia ficar.
Ele sorriu, aconchegando-se melhor na cama e puxando-me para mais perto, como se precisasse de me sentir ali para ter a certeza de que aquilo era real. Não reclamei, pelo contrário, deixei que ele envolvesse o meu corpo, a respiração quente e suave dele a bater contra a minha pele.
— Estás melhor? — Perguntei em um sussurro.
Ele apertou-me um pouco mais contra si antes de responder.
— Estou. Agora estou.
Lá fora, a chuva continuava a cair, mas dentro do quarto, tudo parecia finalmente em paz, era apenas silêncio e conforto.
FIM ♡
1ª. - Tou a ponto de postar aqui no final dos capítulos as fotos das camisolas lindasss que eu comprei aqui na Alcott em Itália 😭 preciso tanto de uma Alcott em Portugal.
2ª. - Perdoem qualquer erro de escrita neste imagine ou em outros, estou a corrigir tudo o que vejo neste ou nos outros imagines mas por vezes escapa uma palavrinha ou outra.
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