
𝐌𝐚𝐫𝐜 𝐁𝐞𝐫𝐧𝐚𝐥 🇪🇸
𝐏𝐄𝐃𝐈𝐃𝐎.: —–—
𝐌𝐄𝐓𝐀.: 40 votos e 10 comentários
𝐒𝐈𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄.: No meio do caos
𝐏𝐄𝐑𝐒𝐎𝐍𝐀𝐆𝐄𝐍𝐒.: Marc Bernal ¡×! Isabella Calisto
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O apito final soou como um murro no estômago. 3-1. Em casa. Com erros básicos, nervos à flor da pele e olhares que evitavam encarar o público nas arquibancadas.
Marc Bernal atirou com força as luvas pretas ao chão. O suor escorria-lhe pelo rosto, mas o que mais queimava era a raiva. A frustração. E a voz que conhecia desde os sete anos.
— Porra, Bernal! Não podes jogar sozinho! — gritou Luca Calisto, irmão da sua namorada, vindo de trás.
Marc virou-se num estalo.
— E tu não podes falhar duas defesas daquelas e vir culpar-me!
— Se tivesses passado a bola em vez de te armares em Messi e tentares fintar meio mundo, talvez não estivéssemos a lamber feridas agora — respondeu o moreno, aproximando-se, o clima a incendiar em pleno relvado.
— Estás a brincar comigo, Calisto? Ficas parado na defesa, deixas o trabalho todo para o Cubarsí e a culpa é minha?
— Tens de aprender a deixar o ego de lado e começar a jogar em equipa!
— E tu precisas de jogar sem medo. Sempre que um adversário se aproxima, pareces uma criança perdida!
— Pelo menos ainda ouço os outros e não tento resolver tudo sozinho!
— Porque se espero que tomes uma decisão, já estamos enterrados!
A troca de palavras foi rápida, cortante, carregada de mágoas acumuladas. Não era só sobre aquele jogo. Era sobre expectativas, frustrações e silêncios antigos.
Agora estavam frente a frente, peito com peito, olhos em brasa, como se deixassem de se reconhecer.
— Pára, Marc! — gritou Cubarsí, correndo para os separar.
— Luca, chega! — foi Lamine quem agarrou o amigo, braços firmes a puxá-lo para trás.
— Basta! — rugiu o treinador. — Para o balneário. Os dois!
Ambos foram afastados, ainda em tensão, pelo técnico e pelos dois colegas que os seguravam. Luca levou as mãos à cabeça, respirando fundo. Marc virou costas, arrancando o casaco com um puxão seco. No meio das bancadas, Isabella Calisto cruzava os braços sobre o peito. Tinha visto tudo. Sentido cada palavra. E por mais que tentasse manter-se imparcial, o coração batia mais rápido do que devia.
Não pela discussão. Nem pelo irmão. Mas por Marc.
***
Minutos depois, encontrou-o junto ao carro. Continuava com a camisola suada, as chuteiras desamarradas e o olhar distante. Nem precisou de olhar para saber que era ela — reconhecia o perfume.
— Vieste acabar o que o teu irmão começou? — murmurou, sem encará-la.
— Sabes bem que não. Vi tudo. E conheço o Luca nestes momentos. — A voz dela era calma, sem julgamento.
Ele encostou-se à porta do carro, fechando os olhos, como se só a presença dela fosse suficiente para aliviar o peso do dia.
— Eu e ele... não devia ter perdido a cabeça. Mas ele irrita-me com essa mania de achar que joga sozinho. Somos uma equipa.
— E é por isso mesmo que não podes dar importância ao que ele disse — respondeu Isabella, aproximando-se. — São melhores amigos, Marc. Foi um jogo mau. Às vezes a emoção fala mais alto, mas isso não torna as palavras verdadeiras.
Ele abriu os olhos e, finalmente, olhou para ela. Os olhos castanhos dela, sempre tão certos. Isabella deu mais um passo, e os braços dele encontraram instintivamente a cintura dela.
— Desculpa teres presenciado aquilo — murmurou.
— Só fiquei preocupada. — Ela passou os dedos pela nuca dele, e Marc apoiou a testa no ombro dela, num abraço que parecia feito à medida. — Mas já passou, sim? Agora sou eu quem está contigo.
Um sorriso suave nasceu nos lábios dele.
— És a única coisa que faz este dia parecer menos horrível.
— Se servir de consolo, foste o único que ainda conseguiu ficar bonito a gritar no meio do campo — provocou ela, puxando-o levemente para lhe beijar a bochecha.
Marc virou o rosto e encontrou os lábios dela com os seus, num beijo calmo, cuidadoso — daquele jeito que só existia quando estavam sozinhos. Longe do futebol. Longe das pressões. Longe do mundo.
— Não sei o que seria de mim sem ti, Isa.
— E nunca vais precisar descobrir. Estou aqui. Sempre. — respondeu ela, encostando-se ao peito dele, ouvindo o ritmo agora sereno do coração do seu namorado.
Ali, envoltos um no outro, nem a derrota nem a discussão importavam. Apenas aquele instante. Apenas eles — e o amor que sabiam proteger mesmo no meio do caos.
FIM ♡
1. Dêem ideias para os próximos imagines, estou sem o que fazer durante a tarde inteira.
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