
𝐋𝐚𝐦𝐢𝐧𝐞 𝐘𝐚𝐦𝐚𝐥 🇪🇸
A praia estava deserta, e a única companhia era o som das ondas a rebentarem suavemente na costa. Lamine e eu caminhavamos lado a lado, os pés a afundarem na areia quente, o vento a bagunçar levemente os meus cabelos. O sol já se começava a pôr, tingindo o céu de cores quente, mas o meu foco estava mais no garoto ao meu lado do que propriamente no cenário perfeito.
Olhei para Lamine, ele observava o mar ao seu lado, os cabelos molhados a pingarem algumas gotas de água sobre o seu peito desnudo.
— Lamine — chamei o garoto, um sorriso desafiador a crescer nos meus lábios. — Aposto que não consegues correr até aquela rocha ali sem cair. — Dei um leve empurrãozinho com o meu ombro contra o dele, vendo o seu sorriso aumentar.
O seu olhar tornou-se mais pesado, já com um sorriso travesso, sabendo que eu apenas queria ver se ele se arriscava.
— Desculpa?! Tens noção de que eu sou um mestre da velocidade e do equilíbrio, certo? — E sem dizer mais nada, ele começou a correr, não fiquei muito atrás, dando também um impulso para começar a correr atrás dele.
A areia dificultava o movimento, mas nós realmente não nos importavamos, correndo com mais vontade a cada passo, enquanto eu tentava acompanhar o ritmo dele, mas sem a mesma agilidade.
A corrida transformou-se num caos divertido, com ambos a rirmos e a trocar provocações enquanto eu ainda tentava, sem sucesso, alcançar o moreno. Quando Lamine finalmente tocou na rocha, ele olhou para trás, vendo-me ainda a lutar para alcançar a velocidade imposta ainda à pouco.
— Vês? Nada mal, não é? — Ele riu, respirando um pouco pesado.
Parei de frente para ele, as mãos nos quadris, enquanto respirava fundo para me repor da pequena corrida, mas sempre com um sorriso no rosto.
— Tudo bem, és mais rápido. Mas ainda assim... vou ganhar na próxima. Não vou deixar que um garoto qualquer do Barcelona humilhe a estrela do basquetebol assim.
Lamine riu da minha atitude, já estando habituado a ela, mas antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa dei-lhe uma leve cotovelada nas costelas, fazendo-o desequilibrar-se e quase cair.
— Aí! — Ele fez uma careta, fingindo dor. — Estás a ver, estás a tentar lesionar-me de propósito. Isso não é justo. — Ele aproximou-se mais de mim, fazendo me recuar com um sorriso.
— Eu, Lamine? Nunca! — E, num impulso, corri na direção dele, desafiando-o a uma pequena luta.
O momento virou uma verdadeira brincadeira. Corríamos em círculos, comigo sempre à frente, até que, num movimento inesperado, eu parei, e assim que ele veio na minha direção, puxei-o para o chão, fazendo com que ele caísse na areia.
— Eu ganhei! — Declarei, rindo enquanto me sentava sobre ele, a respiração de ambos ainda ofegante.
Ele apenas me observou sobre ele durante um momento, o sorriso nos seus lábios a crescer.
— Achas que realmente ganhaste? — Ele perguntou, a voz mais grave, enquanto o seu olhar prendia o meu.
— Oh, eu tenho a certeza. — Respondi de imediato, colocando as minhas mãos sobre os ombros do moreno, inclinando-me para o poder beijar.
Ele sorriu entre o beijo, as suas mãos a deslizarem suavemente sobre a minha cintura, mas num ato inesperado, ele rolou para o lado, levando-me junto com ele. Cai sobre a areia, vendo Lamine rir ao meu lado.
— Isso não teve piada. — Fingi estar ofendida. — Pensei que a minha vitória já estava clara.
— Como eu sou cavalheiro, terei em conta a tua vitória. — Ele brincou, levantando-se e estendo a sua mão para eu me puder levantar também.
Peguei rapidamente na sua mão para me levantar, limpando a areia das mãos e dos joelhos.
— Sabe tão bem quando cais mas minhas armadilhas... — Murmurei com um sorriso.
— Oh, isto era uma armadilha? — Ele voltou a aproximou-se de mim, provocando.
— Talvez, ainda não decidi.
— És impossível, Zaira. — O garoto revirou os olhos, puxando-me pela cintura de forma despreocupada para perto de si.
— É no que dá estar com alguém tão competitivo. — Ri, mas o tom na minha voz não era de provocação, era de puro carinho.
Sem mais palavras, Lamine capturou os meus lábios novamente num beijo, desta vez mais longo, sem pressas. Coloquei uma das minhas mãos sobre a bochecha do garoto, trazendo-o para mais perto, num gesto simples, mas que parecia expressar tudo o que sentíamos um pelo outro. Quando nos separamos, ambos sorrimos, a respiração ainda um pouco entrecortada, mas sem querermos perder aquele pequeno momento de intimidade.
— Eu ganhei, certo? — Provoquei, com um sorriso descarado no rosto, sem quebrar o contacto visual.
Lamine revirou os olhos, fingindo estar indignado.
— Tão convencida... — Mas, antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa, fiz um movimento rápido, jogando para cima dele um pouco de água da onda que se aproximava.
— Só dizes isso porque ainda não me venceste, Yamal.
— Hm, claro. — Ele fez um gesto como de duvidasse de mim, pegando suavemente na minha mão, as pequenas ondas que rebentavam a baterem contra as nossas pernas. — Mas, a sério, eu gostava que fôssemos só nós dois assim, mais vezes.
— Honestamente, sabes o que eu acho? — Disse, com um sorriso maroto, passando os meus braços em volta do seu pescoço. — Acho que finalmente encontrei o lugar perfeito para nós dois. Deveríamos aqui ficar para sempre.
Lamine passou as mãos para a minha cintura, a sua expressão a suavizar.
— Eu também. Mas posso sugerir mais um lugar perfeito?
Levantei uma sobrancelha, curiosa.
— E onde seria?
Lamine diminuiu ainda mais a distância entre nós, o seu olhar sério, mas com um sorriso no canto da boca.
— Onde quer que tu estejas.
FIM ♡
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