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𝐀𝐥𝐞𝐣𝐚𝐧𝐝𝐫𝐨 𝐁𝐚𝐥𝐝𝐞 🇪🇸

O restaurante escolhido para o jantar de início de época do Barcelona era daqueles sofisticados, com luzes baixas e cores mornas, criando um ambiente acolhedor e moderno. Os colegas de equipa de Alejandro já estavam reunidos quando chegámos. Sentia-me confortável ao lado dele, mas aquela noite prometia ser interessante — especialmente porque eu sabia que Balde nunca relaxava por completo em eventos sociais como este.

Assim que entrámos, Alejandro manteve a sua mão na minha cintura, guiando-me até à zona do restaurante onde os seus colegas de equipa e as respetivas famílias conversavam animadamente. Alguns cumprimentaram-me com sorrisos simpáticos, aos quais retribuí, tentando parecer o mais educada possível.

— Finalmente chegaste, Ale. — brincou Fermín, entregando um copo com um pouco de espumante ao moreno. — Estávamos a apostar se vinhas ou se preferias ficar agarrado à tua namorada.

— Fermín! Não digas uma coisa dessas. — repreendeu Berta, vindo logo até mim para me dar um abraço apertado. — Estás deslumbrante!

— Bem, eu vim, mas fica a saber que não largo a minha namorada. — respondeu Alejandro, recebendo algumas pancadinhas nos ombros de Lamine Yamal.

— Assim é que se fala, hermano! — disse Lamine, divertido.

Ri, abanando a cabeça. Como poderia Lamine ser o mais novo daquela equipa, quando muitas vezes parecia o mais irreverente?

As horas foram passando e o ambiente continuava animado. Conversava com Luísa, Berta e Isabella sobre o novo treinador, Hansi Flick, que parecia ter vindo para implementar novas medidas nos jogadores.

— Dizem que é exigente, mas que dá resultados. — comentou Luísa, a nossa jornalista desportiva.

— Assim espero. Os meninos precisam que esta época corra bem. — acrescentei, mas não demorou até sentir braços musculados envolverem o meu corpo por trás, o cheiro familiar do perfume de Alejandro a invadir os meus sentidos. — Credo, Alejandro! Pareces um guarda-costas. — ri, virando levemente a cabeça para trás, ouvindo as risadas das meninas.

— Um guarda-costas muito bonito. — acrescentou ele num tom casual, mas baixo, antes de deixar um beijo suave sobre a minha têmpora. — Estão a chamar para irmos para a mesa. — informou, e as meninas logo seguiram para junto dos seus parceiros.

Alejandro e eu caminhámos então até à zona onde se encontrava a mesa, posta de forma elegante. Hansi Flick já estava num dos topos, discutindo algo com o seu assistente. Sentei-me ao lado do meu namorado, que, como sempre, mantinha um olhar atento a qualquer um dos seus colegas que olhasse para mim por tempo demais.

A certa altura, um dos jogadores mais novos, que eu honestamente não conhecia e que claramente ainda não tinha noção do meu namoro com Balde, virou-se para mim com um sorriso demasiado simpático.

— Então, Alana, nunca pensaste em vir assistir aos treinos mais vezes? Ia ser bom ter um apoio extra nas bancadas... e quem sabe talvez em...

O olhar de Alejandro escureceu assim que ouviu aquilo, encarando o colega que se encontrava sentado à minha frente.

— Apoio extra? Ela já me apoia a mim. Creio que já seja mais do que suficiente. — respondeu com um tom suave, mas carregado de significado, fazendo o rapaz perceber que não estava à altura de tal competição.

O jogador riu, meio sem jeito.

— Eu não disse nada demais, mano... não precisas de ficar assim.

— Não disseste nada que eu não tenha ouvido. — retrucou Balde, levando calmamente o copo com espumante aos lábios.

Eu, que já conhecia bem aquele lado ciumento dele, resolvi provocar só um bocadinho.

— Amor, então? Desde quando não posso apoiar toda a equipa? — perguntei, fingindo inocência, enquanto tocava suavemente no seu braço.

Ele virou-se para mim de imediato, o olhar intenso e um sorriso provocador nos lábios.

— Podes torcer por quem quiseres, princesa.— murmurou, inclinando-se depois o suficiente para que os seus lábios roçassem no meu ouvido. — Mas no final da noite, sou eu quem te leva para casa.

Senti um arrepio percorrer por todo o corpo. Ele sabia exatamente o que estava a fazer.

— És terrível... — murmurei, fingindo estar aborrecida com o seu comentário, mas um sorriso discreto surgiu nos meus lábios.

— Diria que sou apenas um namorado muito atento. — corrigiu, pousando a mão na minha coxa, coberta pelo vestido preto que eu usava, enquanto voltava a participar na conversa com os colegas, como se nada tivesse acontecido.

— Pessoalmente, levantava-me e ia resolver o resto do assunto noutro sítio... — Berta sussurrou, fazendo-me dar uma gargalhada baixinho.

— Talvez mais tarde. Creio que esta noite ainda será bastante longa... e muito interessante.

FIM ♡

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