「➸𝄒‥ʹ⁃┋𝓢𝑒𝑡𝑒
𝖔 𝖇𝖔𝖚𝖗𝖇𝖔𝖓
Termino de passar o batom vermelho em meus lábios carnudos e me olho mais uma vez por inteiro no grande espelho a minha frente. Um vestido tubinho preto de veludo com o decote reto e um salto alto da mesma cor. É, dá para o gasto.
Passo a mão por meus cabelos pretos que estão ondulados e sorrio indo em direção a saída pronta para ir ao Mystic Grill. Um passarinho me contou que algumas pessoas estariam lá e eu não perderia a oportunidade de atormenta-los, por mais que seja apenas com minha presença. Assim que passo pela entrada do Grill, os olhares que eu queria se direcionaram a mim, e mais alguns sem importância. Ignoro eles e vou diretamente para o balcão, onde me sento e espero pacientemente alguém vir me atender. A melhor forma de chamar a atenção de alguém, é a ignorando.
— O que vai querer? — minha atenção é desviada para um garçom loiro carrancudo. Ele me olha incomodado, como se soubesse quem eu sou. Esse deve ser o Matt, o humano que nunca morre.
— Que hospitalidade vocês têm por aqui. — reviro os olhos, mas por fim sorrio não me deixando abalar por isso. — Um bourbon, por favor.
Ele sai sem me responder e logo volta com um copo cheio e a garrafa também, acredito eu que para não precisar me atender novamente.
— Obrigado, Donovan. — pisco em sua direção e ele me olha com asco, repulsa. Faço um biquinho chateada e tomo um gole do bourbon.
— O que você está fazendo aqui? — uma voz masculina diz atrás de mim e eu respiro fundo. Bingo! Pena que hoje ele não é o meu alvo. Giro no banco em que estou sentada e apoio meus cotovelos no balcão para ficar mais confortável.
— Não enche, Damon. — bebo mais um gole observando ele cruzar os braços me olhando impaciente. — Eu vim em paz, ok?
Mentira.
— Por que será que eu não acredito? — ele ironiza arqueando as sobrancelhas. Pelo menos não é burro. — Já não é o bastante o que fez ontem?
— Eu estou só começando. — digo séria fazendo minha expressão mais maligna possível e com um sorriso malicioso para o irritar, mas logo começo a rir da sua expressão. — Estou brincando, bobinho.
Percebo um sorrisinho quase imperceptível no canto dos seus lábios, vejo sua testa franzir como se estivesse lembrado de algo e automaticamente minha mente me levou até aquele dia.
— Bela dama... — franzo a testa confusa quando vejo sua mão estendida em minha direção, o olho interrogativa e ele apenas revira os olhos me puxando para cima assim fazendo eu levantar do sofá, onde estava sentada. — Eu tento ser romântico, mas você não colabora, sabia?
— E o que necessariamente você pensava em fazer em um ato extremamente romântico de sua parte, il mio amore? — pergunto tentando segurar o sorriso que queria por tudo sair.
— Convidar minha bela namorada para uma dança. — ele diz pegando em meu braço direito, levantando-o e fazendo-me girar algumas vezes até bater de frente com seu peitoral.
— Sem música? — questiono debochada passando meus braços por seu pescoço, em simultâneo, em que ele passa os seus por minha cintura. Ele me olha entediado por eu estar procurando defeito em tudo. Rio divertido lhe roubando um selinho. — Estou brincando, bobinho.
— Eu senti fal... — ele mesmo se interrompeu, como se auto repreendesse por deixar algo escapar, algo que não poderia nem sequer cogitar a ideia de dizer. Pela sua expressão eu consegui captar, o conhecia melhor que ninguém, além de ser bastante observadora. E por ser assim que não preciso nem olhar para saber que Elena nos encara de forma nada discreta.
— Traz a Elena aqui, eu quero conversar com ela. — o encaro nos olhos seriamente, ignorando o que aconteceu segundos atrás, para ele perceber que não era brincadeira. Está na hora de bater um papo com ela.
— Nem sonhando. — ele retrucou em completa negação, balançando a cabeça de um lado para o outro e me olhando como se eu estivesse louca.
— Damon, não vai querer me ver irritada. — ameaço a ponto de perder a paciência. Não estava nem um pouco a fim de manchar o meu lindo vestido de sangue. — Chama ela agora, prometo que não vou machucar a sua namoradinha.
Ele me encara mais alguns segundos pensando nos prós e nos contras, por fim vira as costas e rapidamente vai até à mesa onde eles conversam um pouco, nem me dou o trabalho de ouvir já que sei o que está acontecendo só por observar de longe. A Elena se levanta da mesa, provavelmente dizendo que vem conversar comigo por não querer mais sangue de gente inocente sendo derramado, Damon segura o braço dela certamente dizendo um belo e sonoro "não", Elena fala mais algo, com certeza sobre ele não mandar nela ou coisa parecida, e logo vem em minha direção deixando um Damon frustrado para trás. Faço tchauzinho com a mão e ele fecha a cara.
— Elena. — sorrio quando ela está próxima o suficiente para eu possa comprimentá-la. Sua expressão receosa faz meu sorriso se alargar, era nítido o seu medo, e também nítido a minha satisfação. Bebo o restante de bourbon com os olhos ainda nela, coloco o copo novamente no balcão e pego a garrafa para enchê-lo novamente. — Como é bom conhecê-la formalmente, aceita?
— Não, obrigada. — dou de ombros não me importando e reparo ela respirar fundo impaciente. Um... Dois... Tr... — O que você quer comigo?
— Conversar. — sou vaga na resposta e ela arqueia as sobrancelhas não entendendo aonde quero chegar. — Vem cá, me tira uma dúvida, como é estar apaixonada por duas pessoas ao mesmo tempo? Sempre tive a curiosidade em saber como é, sabe? Você gosta mais de um, um é melhor de cama que o outro ou...
— Pode parar, tá legal? Eu não estou apaixonada pelo Damon! — ela exaspera seria, começando a se estressar e eu levanto uma sobrancelha achando graça da sua atitude.
— Engraçado, em momento algum eu toquei no nome do Damon. — faço uma expressão pensativa e logo reviro os olhos pondo a mão no rosto pela sua burrice, ela me olha chocada por ser pega no flagra. — Pensei que Matt fosse seu ex-namorado, então são três agora? Poxa, Eleninha...
— Eu não vim aqui para falar disso! Você matou uma pessoa! — ela dá um passo a frente indignada, me olhando com nojo. Eu apenas cruzo as pernas esperando ela terminar o “show”. — Você matou ela! A garota do baile.
— Foi suicídio, não viu no jornal? — questiono falsamente confusa, mas também irônica, o que pareceu irrita-la ainda mais.
— Ela era uma pessoa inocente!
— Ninguém é inocente nessa vida, Elena. Sabia que aquela garota inocente que morreu ontem, espancava o próprio irmão de cinco anos? Não? Pois bem! Agora sabe. — descruzo as pernas e desço do banco elegantemente, assim ficando cara a cara com ela, tive que olhar um pouco para baixo já que sou mais alta e vejo sua expressão surpresa. — Paga o bourbon para mim? Esqueci a carteira.
Com mais um sorriso no rosto, me viro sem esperar resposta da sua parte e saio do Grill satisfeita por tê-la irritado. Isso era o bastante para ela dar um dos seus chiliques, causando assim mais uma das inúmeras discussões diárias do clube dos patriotas que ela carrega como um chaveiro para aonde vai.
[•] Ainda estão com dó daquela vadia? Pois eu nunca tive!
[•] O que acharam?
[•] As vezes nos Gifs, o cabelo dela vai estar castanho e algumas vezes até loiro, mas ele é preto. É só por falta de material mesmo.
[•] Como eu sempre digo, atualizações rápidas dependem de vocês, enfim, votem e comentem, xoxo.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro