
「➸𝄒‥ʹ⁃┋𝓞𝑖𝑡𝑜
𝖔 𝖇𝖆𝖓𝖈𝖔
Caminho tranquilamente pela praça sem ter realmente para aonde ir. Não estou muito interessada em ir para casa e o Grill não é mais uma opção no momento. Pondero fazer uma ótima refeição com algum humano idiota, mas mudo de ideia assim que vejo uma silhueta masculina sentado em um dos bancos do vasto parque. Aproximo-me um pouco mais até ficar ao lado do banco e percebo ser Klaus, espremo os lábios um no outro os deixando em linha reta e por fim, decido me sentar no espaço vago do banco já que não tenho nada de melhor para fazer.
— Boa noite, love. — ele saúda sem me olhar, porém, consigo ver seu sorrisinho de canto e eu sorrio de lado revirando os olhos. É claro que ele sabia que eu estaria aqui alguma hora. — Pensei que demoraria mais a infernizar a Elena e seu grupinho.
— Eu até iria, mas a cara daquela sonsa me deu preguiça. — ele vira a cabeça para me olhar, percebo suas sobrancelhas se levantarem em divertimento e eu dou de ombros sem realmente ligar para sua expressão. — Como sabia que eu viria até você? Eu poderia muito bem ignorar.
— É o que eu faria se visse você. — ele sorri malicioso e eu retribuo, logo soltando uma risada anasalada. — Qual é a graça, love?
— Tenho certeza que se nos virem juntos, já vão começar a pensar que estamos planejando algo contra eles. — reviro os olhos, entediada com esse pensamento e ele solta uma risada assentindo com a cabeça. — Estou falando sério, como se nossas vidas girassem em torno deles. Eles nem são tão interessantes assim.
— Mas a sua não gira em torno do Damon? — ele provoca e eu dou um tapa em seu ombro ofendida. Pode parecer que sim, mas essa não é a verdade. Apesar de passar anos o observando de longe apenas esperando o momento certo para minha vingança, eu vivi a minha vida, viajei para vários lugares do mundo, conheci pessoas interessantes e outras não. Eu vivi de verdade e amei cada segundo.
— E a sua gira em torno da Caroline! — retruco cruzando os braços tentando o afetar e ele levanta os dele em rendição não concordando, e nem negando. — Mas falando sério agora, às vezes parece que realmente nossas vidas giram em torno deles.
— Mas eles não sabem... — ele comenta me olhando sugestivamente e eu assinto com a cabeça rindo de leve. Ele não parece ser nem metade daquilo que ouvi, eu sei que ele pode estar sendo legal apenas para mais um dos seus planos mirabolantes, mas eu não sou totalmente santa e estaria mentindo que estou aqui apenas para uma conversa pacífica. Então, eu realmente não ligo.
— Eles não sabem nem da metade. — complemento sua frase respirando fundo enquanto observo o céu. Hoje a noite está agradável com a brisa refrescante. O céu está cheio de estrelas e a lua ilumina tudo ao redor. Eu amo noites assim, me trazem uma paz inexplicável, são raros meus momentos de paz, então procuro aproveita-los da melhor forma possível. — Apenas o que nós queremos que eles saibam.
— E se eles pensarem que não temos uma vida fora disso... — pelo canto de olho consigo visualizar que ele também observa o céu estrelado assim como eu, sinto que ele espera que eu complete sua frase e é o que faço.
— Que se dane.
Nós encaramos novamente e eu paro para analisá-lo melhor. Os cabelos numa coloração que se diversifica entre castanho e louro escuro e as sobrancelhas da mesma tonalidade que os fios capilares. Seus olhos são ainda mais bonitos, que possuem uma cor alternativa de verde com azul, sendo isto bastante chamativo e atraente. A boca... Perfeitamente desenhada e rosada. Confesso que ele é incrivelmente bonito e muito gostoso. Se tivéssemos nos conhecido em épocas diferentes...
Sorrimos um para o outro e de repente eu fico pensativa. Há muito tempo que penso comigo mesma sobre isso e nunca tive ninguém que eu me identificasse para me dizer sua respectiva opinião e sinto ser a pessoa certa para essa pergunta em específico. Somos iguais afinal, apenas pessoas quebradas e incompreendidas...
— Posso te fazer uma pergunta? — me viro para olhá-lo melhor e assim poder perguntar o que me atormenta a séculos. Seu olhar curioso cai sobre mim e pude ver dúvida neles, mas logo vejo certeza, sinto que ele irá querer algo em troca, mas não me importo desde que eu tenha minha resposta.
— Se me deixar fazer uma em troca. — propõe alguns segundos depois e pondero se aceito ou não, talvez ele não pergunte nada de mais, e mesmo que pergunte, eu sou uma ótima mentirosa. Por fim, concordo com a cabeça, tudo o que quero é a minha resposta, talvez isso me ajude com as minhas incertezas e inseguranças que por mais que não pareça, eu tenho. — Prossiga, love.
— Você gosta de ser assim? — a pergunta pareceu surpreende-lo e fez ele ficar alguns bons segundos, pensativo. A finalidade dessa pergunta nem é essa afinal, e sim, nós precisamos ser assim? As pessoas vistas como vilões apenas por não medirem esforços para conseguir o que querem. Confesso que eu já tentei mudar alguns séculos atrás, tentei fazer a coisa certa pelo menos uma vez para tirar aquela culpa de ser um monstro dos ombros, mas não deu certo, porquê quando você tenta ser uma pessoa boa sem querer nada em troca, as pessoas tiram proveito disso. Então se é para ser assim, a vilã vadia sem escrúpulos, que seja. Mas... Eu ainda quero a minha resposta.
— Às vezes é preciso ser assim. — sua resposta me tirou dos meus pensamentos e eu refleti seu ponto de vista. "Às vezes é preciso ser assim", é, essa é a verdade. Quando se está em uma situação onde é você ou o outro, você sempre virá em primeiro lugar. Talvez meus medos e inseguranças sejam bobas, não preciso conter o que eu sou apenas pelo que é certo e errado. Não existe certo ou errado, apenas o que você quer, nada mais. — Mas sim, love. Eu gosto de ser assim, isso fez eu ser quem sou hoje.
Sorrio para ele, mas não aquele sorriso malicioso ou irônico, apenas um sorriso simples e verdadeiro. Sua resposta abriu portas no meu cérebro que antes eu tinha medo, medo de enfrenta-las, mas agora não passam apenas de coisas bobas. Pode parecer tolice ou talvez não esteja fazendo sentido algum, mas para mim... Isso era tudo o que eu precisava.
— Agora é a minha vez. — sou tirada novamente dos meus pensamentos com a voz carregada de sotaque. Reviro os olhos e penso em sair daqui antes que ele pergunte, mas descarto essa opção já que ele é o híbrido original, com certeza me pegaria no meio do caminho e eu devo isso a ele, pois consegui a minha resposta. — Sem mentiras, love...
— Tudo bem. — levanto os braços em rendição para ele entender que eu não faria.
— O que realmente aconteceu no dia dez de junho de 1953?
[•] Momento com o Klaus AAAAAA, não se iludam amorinhas, não me responsabilizo por nada.
[•] É gente, nem só de Damon Francesca vive.
[•] O que estão achando até agora?
[•] Até o próximo! Votem e comentem, xoxo.
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