·˚ ༘₊·꒰ 𝟎𝟔 ─── 𝐀t 𝐓he 𝐋imit 𝐎f 𝐄ffort
𝐈carus 𝐅alls ─── Capítulo seis.
↳ ❝ [ No Limite
do esforço.] ¡! ❞
2.820. palavras ↳ vote e comente ¡! ❞
TONY STARK HAVIA FICADO GENUINAMENTE SURPRESO QUANDO ATHENA ACEITOU O TRABALHO, ela não pretendia, mas Yelena disse que se ela negasse dinheiro por birra estaria sendo idiota, então aceitou.
Ainda assim, talvez por ambição ou por outra coisa que ela não conseguia nomear, não havia se demitido da escola de balé. Mesmo agora, no fim de semestre, quando estava levemente sobrecarregada na escola, ela ainda conseguia conciliar os dois empregos e o ensino médio.
O mais esquisito de tudo? Athena estava estranhamente se dando bem com Tony Stark. Não era algo que ela admitiria em voz alta, claro.
Afinal, aceitar o emprego já havia sido uma batalha interna, mas o que mais a irritava era que o Stark parecia genuinamente se importar com ela. O que, convenhamos, era raro.
Ele era sarcástico, sim, mas também lhe dava espaço, fazia piadas que ela às vezes deixava escapar uma risada, e, de tempos em tempos, ela recebia um tratamento especial que não sabia como interpretar.
Stark gostava de testá-la, jogando desafios de programação, deixando projetos inacabados em sua mesa apenas para ver se ela tomaria a iniciativa. E ela sempre tomava.
Mas, Athena não baixava a guarda. Sempre esperava um segundo significado nas palavras dele, uma tentativa de usá-la de alguma forma. Mas, até agora, tudo o que Tony havia feito era lhe oferecer ferramentas, oportunidades e, estranhamente, confiança.
Agora, ela estava sentada na última fileira de cadeiras da sala de aula de matemática. A cabeça estava apoiada em sua mão, os cabelos pretos bagunçados e os olhos fechados.
Ela havia tentado resistir ao sono durante toda a manhã, mas entre o trabalho no balé, o projeto impossível que Tony Stark jogou em sua mesa na noite anterior e a longa madrugada tentando terminar tudo, seu corpo simplesmente cedeu.
Os sussurros ao redor indicavam que a aula continuava, mas para Athena, a voz do professor soava como um zumbido distante, como o barulho de uma TV de fundo. Ela mal sentiu quando sua cabeça escorregou do braço e caiu suavemente sobre a mesa.
Um cutucão leve na lateral do braço a fez abrir um olho lentamente, apenas para encontrar Peter Parker inclinado sobre ela, com um sorriso hesitante.
— Ei, Bela Adormecida, acorda. — ele sussurrou, tentando não chamar atenção. Athena piscou algumas vezes, confusa, antes de resmungar:
— O que você quer, Parker?
— Bem, para começar, queria evitar que você fosse pega dormindo na aula. — Peter respondeu, apontando discretamente para o professor, que agora estava virado para o quadro, escrevendo algo. — Mas, se preferir, eu posso deixar você continuar.
Athena bufou e sentou-se, passando a mão pelo rosto.
— Por que você não se preocupa com a sua própria vida?
— Porque preocupar-me com os outros é meio que a minha especialidade. — Parker respondeu com um tom brincalhão, mas genuíno. Athena revirou os olhos, mas não parecia genuinamente brava.
— Ok, super-herói, agradeço o aviso. Agora me deixa em paz.
— Claro, só um último detalhe. — Peter disse, inclinando-se um pouco mais e apontando para a testa dela. — Você está com uma marca vermelha aqui... Provavelmente da mesa.
Athena arqueou uma sobrancelha e o encarou com cansaço, mas antes que pudesse dizer algo, Peter, com toda sua falta de noção, estendeu a mão para tocar sua testa. Num reflexo rápido, Athena bloqueou o movimento, segurando o pulso dele no ar com precisão impressionante.
— Não. Toque. — ela disse, com firmeza.
Peter piscou, surpreso, e deu um passo para trás, erguendo as mãos em rendição.
— Uau, tá bom. Pelo menos, eu sei que você tá acordada agora. — Peter disse, um sorriso divertido no rosto.
Petrova soltou o pulso dele e se levantou com um olhar que dizia "não teste minha paciência".
A Russa jogou a mochila sobre um ombro e começou a sair da sala. Mas, Peter, é claro, não ia deixá-la escapar tão fácil.
— Espera aí! — ele chamou, apressando o passo para segui-la no corredor. — Você realmente tá trabalhando para o Tony Stark?
— E se eu estiver? — A de cabelos pretos disse sem olhar para ele.
— Como assim "e se"? Achei que você não ia aceitar. Isso é tipo... incrível! — ele exclamou, com um sorriso que fazia parecer que ela tinha acabado de dizer que era astronauta ou algo do tipo. — Quer dizer, o Tony Stark! O Homem de Ferro!
— Sim, Parker, eu sei quem ele é. — Ela disse, seca, continuando a andar.
— Tá, mas... como isso aconteceu? Você trabalha onde? O que você realmente faz?
Peter disparava as perguntas como se fossem teias. Athena finalmente parou, girando nos calcanhares para encará-lo.
— Olha, Parker, se você tá tão interessado no Tony Stark, devia ter aceitado entrar para os Vingadores. — Athena disse, sem cuidado em medir as palavras.
O Parker piscou, ele ainda se surpreendia com o quanto ela franca.
— Isso não tem nada a ver com...
— Tem tudo a ver. — Petrova o interrompeu, apontando um dedo para ele. — Você teve a chance de trabalhar com ele e disse "não". Então, para de tentar viver isso por tabela.
— Isso foi meio rude, sabia? — Peter gritou, mas havia mais humor do que irritação na voz dele.
— E você é meio irritante, Parker. — Athena respondeu sem se virar.
Athena continuou andando a passos firmes pelo corredor, mas Peter não desistia, ainda seguindo atrás dela com a mesma energia insistente.
— Parker. Para de me seguir.
— Eu não estou te seguindo. — Peter respondeu, acelerando o passo para acompanhá-la. — Só estou... indo para mesma direção.
— Ah, claro. E a direção é "me irritar até eu perder a paciência"?
Antes que Peter pudesse responder, Flash apareceu no corredor, saindo de uma sala ao lado com um grupo de amigos. Ele percebeu imediatamente os dois e não perdeu a oportunidade de provocar.
— Olha só, Parker! Ainda precisa de uma babá? — Flash zombou, rindo. — Ou será que agora sua namorada é sua guarda-costas?
A garota parou de andar e virou-se para encarar Flash, o olhar dela era tão frio que fez o riso dele morrer na garganta.
— Flash, se você continuar falando, vou garantir que ninguém nunca mais encontre seus dentes. — Petrova disse, a voz baixa e cortante, carregada de uma ameaça que parecia terrivelmente séria.
O corredor ficou em silêncio absoluto. Flash arregalou os olhos, claramente não esperando uma ameaça tão firme e direta. Ele deu um passo para trás instintivamente, as palavras travando na garganta.
— Ei... Você... Sabe que é brincadeira, sabe? — ele disse, a voz falhando levemente, antes de se afastar rapidamente com o grupo de amigos, tentando recuperar alguma dignidade.
Assim que ele estava longe o suficiente, Flash gritou para Peter, com a coragem recuperada:
— Parker, você tem sorte de ter alguém assim cuidando de você! Tá me dizendo que ela virou sua guarda-costas agora?
Athena apenas lançou um olhar irritado para Peter, que parecia dividido entre rir e se encolher de vergonha.
COMO UM FURACÃO, ATHENA ENTROU EM SEU PEQUENO ESCRITÓRIO NAS INDUSTRIAS STARK, a mochila foi jogada em um canto, enquanto ela tentava recuperar o fôlego e ajeitar o cabelo bagunçado pelo vento da corrida.
Estava atrasada, de novo. Cochilar no ônibus havia sido um erro, e perder o ponto só piorou o caos de sua tarde.
A russa estava prestes a se jogar na cadeira e ligar o computador, quando parou bruscamente ao notar uma figura familiar no canto da sala.
— Finalmente! Achei que você tinha sido sequestrada pelo trânsito de Nova York. — Tony Stark estava casualmente apoiado na mesa dela, segurando uma caneca de café que não era dele.
Athena levou um susto, o coração disparando.
— O que você tá fazendo aqui? — ela perguntou, a voz ligeiramente alarmada.
— Bom dia para você também, Petrova. — ele disse, levantando a caneca em um brinde improvisado. — Que recepção calorosa. E caso tenha esquecido, eu sou o dono daqui.
— Não respondeu minha pergunta. — Ela rebateu, tentando recuperar o controle da situação.
Tony inclinou a cabeça, um sorriso de canto surgindo em seu rosto.
— Estou aqui porque você está atrasada. De novo. — Ele apontou para o relógio no pulso. — E porque eu queria ver o que você anda fazendo com os projetos que deixei na sua mesa.
Athena revirou os olhos, mas sentiu uma pontada de nervosismo.
— Perdi o ponto do ônibus. Acontece.
— Ah, claro. "Acontece". — Ele repetiu com um tom dramático, dando ênfase exagerada. — Talvez seja hora de cogitar outro meio de transporte. Tipo... sei lá, um carro?
— E quem vai me dar um carro, Stark? Você? — ela retrucou, arqueando uma sobrancelha.
Tony ergueu a caneca, fingindo pensar por um momento.
— Poderia, por que não? Mas você não tem cara de quem sabe dirigir. — O Stark provocou.
— Eu sei fazer muitas coisas. — Athena estreitou os olhos, claramente irritada. E, de certa forma, na defensiva.
O Stark sorriu, aquele sorriso típico e cheio de confiança que sempre parecia saber mais do que deveria.
— Mentir bem é uma delas.
— O quê? — Athena perguntou, com uma careta confusa se formando em seu rosto. Tony deu um passo à frente, apontando para ela com a caneca.
— Você está claramente exausta, Petrova. Olhe para você. Tá se esforçando para parecer que está tudo bem, mas qualquer um com um mínimo de percepção notaria que você tá no limite.
Ela ficou imóvel por um momento, as palavras dele parecendo perfurar sua fachada cuidadosamente montada.
— Eu tô bem. — respondeu com firmeza, cruzando os braços de forma defensiva.
— Claro que tá. — Tony disse, seu tom ficando mais suave, quase... compreensivo? — E eu sou o Papai Noel. Escuta, não estou dizendo isso para te criticar. Só estou te dizendo que ninguém é uma máquina. Exceto eu, tecnicamente falando.
Athena desviou o olhar, incomodada.
— Não tem nada de errado comigo.
— Não disse que tem algo errado com você. — Ele falou em tom de voz tranquilo e quase paternal. — Só um pequeno spoiler: eu já passei exatamente pelo que você tá passando.
A de cabelos pretos revirou os olhos e andou até a máquina de café no canto do pequeno escritório. Pegou um copo descartável, apertou o botão e esperou que o líquido quente começasse a pingar. Tony observou a cena com uma expressão de leve diversão.
— Sabe, uma adolescente de 15 anos que não tá exausta não precisa de café.
— Tenho 16. — Ela o olhou por cima do ombro com a testa levemente franzida. O Stark respirou fundo, não estava irritado, talvez um pouco preocupado, o que definitivamente era novo.
— Ah, então isso resolve tudo. — O sarcasmo era palpável. — Você tá se sobrecarregando, Petrova. Isso não é sustentável. É o trabalho? Ou a escola? Se eu entender, eu posso te ajudar. O que não dá é para você chegar atrasada com cara de quem não dorme há uma semana.
Athena deu de ombros enquanto pegava o copo de café e soprava a superfície para esfriar.
— Estou bem, Stark. Não precisa entender nada.
— Claro que preciso. — Ele disse sério pela primeira vez. — Eu sou o seu chefe, lembra?
Ela deu um gole no café e respondeu, com a voz levemente arrogante:
— Não sabia que "ser chefe" incluía querer saber da vida pessoal dos outros.
Tony arqueou uma sobrancelha, impressionado com a audácia.
— Não sabia que "ser funcionária" incluía questionar ordens diretas.
A garota virou-se para a mesa sem dizer uma palavra, colocou o café ao lado do teclado e ligou o computador, ignorando completamente a alfinetada.
Enquanto o computador inicializava, ela ficou pensativa, com os olhos fixos na tela em branco. Ela duvidava que Tony Stark estivesse realmente preocupado com ela. Homens não eram assim. Não que ela tivesse conhecido muitos, mas Dreykov havia sido o suficiente para deixar qualquer confiança em figuras masculinas, destruída.
Além disso, Athena nunca se sentira preparada para lidar com pessoas que se importavam com ela de verdade.
A sala vermelha havia feito seu trabalho de destruir a ideia de que ela merecia qualquer tipo de preocupação genuína. E em sua mente distorcida, qualquer um que estivesse demonstrando algo parecido estava apenas procurando uma fragilidade ou fraqueza para usar contra ela. Ela não podia dar brechas.
O som do teclado sendo pressionado era quase o único som no escritório, mas ela sentia os olhos de Tony em cima dela, observando. A sensação de ser analisada a incomodava, mas ela não deixava transparecer. Tentava manter os olhos focados no trabalho, evitando olhar para ele, mas sentia a pressão da sua presença. Ele estava quieto, aguardando algo que ela não sabia bem o quê.
Foi então que Tony percebeu a mudança em sua expressão. Ele observou o modo como ela se movia com mais intensidade, os dedos dançando sobre as teclas, e o foco absoluto em sua tarefa.
— Tudo bem por aí? — Ele perguntou, quebrando o silêncio.
Athena não olhou para ele imediatamente. Seus olhos fixaram-se na tela enquanto seus dedos continuavam a digitar, mas, com uma calma tensa, ela respondeu sem hesitação.
— Alguém está tentando invadir o seu sistema. — Sua voz foi direta e sem emoção.
Tony arqueou uma sobrancelha, duvidando da afirmação dela.
— Isso é impossível. — Ele disse, com uma confiança de quem acreditava estar seguro. — Ninguém pode invadir meus sistemas.
Petrova, sem perder a calma, virou a tela para ele, mostrando uma série de códigos e uma linha de comando suspeita.
— Aparentemente, alguém não concorda com isso. — Ela respondeu com uma pontada de desafio na voz, apontando para a tela, onde a atividade não autorizada era claramente visível.
Tony olhou para a tela, e sua expressão mudou de ceticismo para seriedade. Ele observou o código por um momento e então olhou de volta para Athena.
— Você sabe o que está fazendo? — Ele perguntou, a dúvida agora substituída pela admiração silenciosa.
— Eu sou boa no que faço, Stark. Você deveria começar a acreditar nisso. — Disse com uma confiança fingida, embora soubesse realmente como lidar com aquela situação.
Tony chamou Friday, sua assistente de IA, com um gesto rápido.
— Friday, faça uma varredura completa do sistema. Verifique se há atividades suspeitas ou invasões em andamento.
Friday respondeu prontamente, sua voz suave e computacional ecoando na sala.
— Iniciando varredura, senhor. Analisando todos os pontos de segurança agora.
Enquanto isso, Athena continuava trabalhando freneticamente no teclado, os dedos movendo-se tão rápidos que pareciam um borrão.
Ela não olhava mais para Tony, completamente imersa no trabalho, suas mãos digitando sem hesitação, como se cada segundo fosse crucial. Seu corpo estava exausto, mas sua mente estava em alerta total, sem espaço para o cansaço. O foco dela era absoluto, e o som do teclado parecia amplificar o silêncio crescente ao redor.
— Senhor Stark, detectei uma intrusão no sistema. A atividade foi iniciada de um ponto externo à rede de segurança. A ameaça está localizada em um servidor remoto. — A voz robótica de Friday interrompeu depois de alguns minutos.
Athena apertou uma tecla final, fazendo um som de confirmação, e em seguida, se afastou um pouco da tela, observando as linhas de código com satisfação.
— Neutralizado. — Ela disse com um leve sorriso de quem sabia exatamente o que estava fazendo.
A voz de Friday, agora com um tom de confirmação, soou novamente.
— Senhorita Petrova neutralizou a ameaça com sucesso. A intrusão foi desativada e os sistemas de segurança foram restaurados ao seu estado normal.
Tony ficou em silêncio por um momento, a expressão de surpresa e aprovação misturando-se em seu rosto
Ele olhou de volta para Athena, que não parecia nem um pouco impressionada consigo mesma. Ela não sorria, não havia nenhum indício de orgulho. Ela apenas parecia cansada.
O Stark ficou em silêncio por um momento, a expressão de surpresa e aprovação misturando-se em seu rosto. Ele olhou de volta para Athena, que não parecia nem um pouco impressionada consigo mesma.
Athena não sorria, não havia qualquer indício de orgulho e nem qualquer indício de que estivesse esperando validação. Ela apenas parecia cansada.
E Tony sabia que ela não queria demonstrações de empatia, então se conteve. Sem uma palavra de elogio, apenas disse:
— Bom trabalho, Petrova. Me envie um relatório detalhado sobre o ataque. E termine isso, depois me leve na sala.
A mais nova assentiu sem olhar para ele, já voltando a se concentrar na tela.
Tony se levantou da cadeira e, com um último olhar, saiu da sala, fechando a porta atrás de si.
Quando ele saiu, Athena afundou o rosto nos braços, deixando que o peso do cansaço a dominasse.
Ela ainda tinha muito trabalho pela frente, mas não podia evitar a sensação de exaustão que a havia tomado. Mesmo sendo uma das melhores em sua área, ela ainda era uma adolescente, e o desgaste acumulado dos últimos dias a estava atingindo. E o pior de tudo, não sabia bem como lidar com tudo aquilo sem descontar nas pessoas a sua volta.
Sem pensar duas vezes, ela fechou os olhos por um momento, deixando-se relaxar enquanto o barulho do ar condicionado constante da sala diminuía. Ela precisava de um pequeno descanso, mesmo que fosse por alguns minutos. Depois lidaria com todo o resto.
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