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·˚ ༘₊·꒰ 𝟎𝟑 ─── 𝐓eenagers 𝐖ithout 𝐀 𝐏lan 𝐎n 𝐀 𝐅erryboat

𝐈carus 𝐅alls ─── Capítulo três
↳ ❝ [ Adolescentes sem um plano
em uma balsa.] ¡! ❞

2.559 palavras ↳ vote e comente ¡! ❞  

Athena não mentiu quando disse a Peter que o fato dele ser o Homem-Aranha era o menor dos problemas dela. Tipo, sério, quem liga?

Algo que ocupava bem mais seus pensamentos ultimamente, era a conversa que ela tivera com Yelena, quando a loira disse que não acreditava nem por um momento que Dreykov era pai dela. Não que Athena se preocupasse com isso, mas se não era ele o genitor dela, então quem era?

Os dias foram passando rapidamente, ela ficou sabendo que parte da sua turma estava em Washington D.C. para uma competição do Decatlo Acadêmico. Petrova também viu nas notícias que Peter, ou melhor, o Homem-Aranha havia salvado os colegas de classe durante um acidente no Monumento de Washington. Ela ficou curiosa para saber se ele sabia realmente o que estava fazendo ou se só teve sorte.

De qualquer forma, Athena gastou seu precioso tempo fazendo algo de que não se orgulhava nem um pouco: procurando pistas sobre seu pai. E a pior parte era que, mesmo com todas as suas habilidades de hacker, não havia encontrado nada. Talvez devesse só aceitar que ela era uma espécie de fantasma.

A rotina de Peter, no entanto, foi um pouco mais corrida do que isso desde que ele voltou de Washington: Fugiu da detenção, pesquisou sobre possíveis suspeitos, agora que ele já havia entendido o que estava acontecendo: estavam usando tecnologia humana com tecnologia alienígena para fazerem armas super evoluídas.

O plano do Parker era claro, objetivo e, na cabeça dele, muito simples de ser executado: encontrar os caras e prendê-los. Após isso, ser oficialmente recrutado para os Vingadores e não ter que se preocupar com coisas bobas como terminar o ensino médio. Ele teria missões de verdade e poderia fazer mais do que simplesmente ser um vigilante da vizinhança.

Graças ao registro da IA que Tony havia colocado em seu traje e que ele havia recentemente desbloqueado e nomeado de "Karen", ele conseguiu chegar ao nome do comprador: Aaron Davis, que, para sorte de Peter, morava ali mesmo no Queens.

Depois de ativar o protocolo de interrogatório — que, para sua infelicidade, só o fez parecer ridículo graças à voz mecânica do traje — Peter conseguiu arrancar informações úteis, incluindo o endereço onde os bandidos estariam.

Peter se virou apressado, faltava pouco tempo para a barca sair, mas ele parou quando viu Athena, saindo do mercado de mãos vazias. Ela vestia uma calça jeans simples e um cardigan oversize preto. O Parker deu um pequeno sorriso por detrás da máscara, pigarreou e disse:

— Ei, oi, menina não-russa! Faz tempo que não te vejo. — Ele disse, tentando disfarçar o quanto odiava que ela soubesse a identidade dele. Sério, por que justo ela?

Athena, por sua vez, parecia inexpressiva, embora segurasse a risada após presenciar a humilhação que o Homem-Aranha chamava de interrogatório.

Peter não sabia de todas as habilidades que a Petrova tinha com interrogatórios, frutos de seu treinamento na Sala Vermelha, mas já sabia que por trás daquele olhar havia um turbilhão de julgamentos prontos para serem disparados como flechas.

— Você é a pior pessoa do mundo interrogando alguém. — A voz dela era seca, cortante. Não havia insulto direto, mas o peso da crítica fez Peter se remexer desconfortável.

— Ei, pera, o quê? Como você sabe disso?

Ela apenas revirou os olhos, como se a resposta fosse óbvia demais para ser dita.

— Você basicamente transmitiu "sou um idiota sem preparo" no rádio do bairro inteiro com aquela voz robótica ridícula.

Peter passou a mão pela nuca, sentindo o rosto esquentar sob a máscara.

— Ei, eu... Estava improvisando, tá legal?

Athena suspirou, ajustando o casaco, e deu um passo para o lado, claramente já cansada da conversa. Ela sempre ficava cansada após poucos minutos de conversa com ele.

O Homem-Aranha deu um passo à frente, a voz um pouco mais defensiva do que ele pretendia.

— Tá bom, Sherlock, você pode ser boa com sarcasmo, mas aposto que não sabe nada sobre ser um super-herói. — Falou ele, começando a ficar genuinamente irritado com ela.

Athena parou, virando-se para ele com um sorriso pequeno e levemente desdenhoso.

— Talvez não. Mas eu sei uma coisa ou outra sobre interrogatórios. — Ela estreitou os olhos, o tom casual, mas carregado de uma confiança irritante. — Por exemplo, que usar uma voz ridícula para intimidar alguém nunca funciona. A chave é criar tensão com silêncio, fazer a pessoa falar por desconforto, não por medo de um robô da Pixar.

Peter considerou o que ela disse, mas também ficou confuso.

— Tá, e depois?

— Depois? — Athena inclinou a cabeça, como se explicasse algo óbvio a uma criança. — Você observa os detalhes: gestos, tons de voz, desvio de olhar. Todo mundo tem uma fraqueza e a maioria das pessoas entrega isso sem perceber.

— Isso é... assustadoramente específico. — Ele cruzou os braços, desconfiado. — Como você sabe disso?

Ela deu de ombros, o rosto ainda inexpressivo, mas os olhos dançando com diversão.

— Assisto muitos seriados policiais.

De baixo da máscara, Peter arqueou a sobrancelha, talvez estivesse esperando uma resposta melhor do que essa.

— Sério? Tipo Law & Order?

— Não seja idiota. — Ela revirou os olhos novamente. — Criminal Minds.

Peter balançou a cabeça, sem saber se acreditava nela.

— Você é oficialmente a pessoa mais estranha que eu conheço.

Athena deu um meio sorriso, já se afastando novamente.

— Estranho é você, Parker. Tenta não fazer feio da próxima vez. — Ela assentiu com uma calma controlada e ensaiada, não levantando as suspeitas do Parker. 

Ela se perguntou mentalmente se ele havia realmente acreditado naquela desculpa esfarrapada. Não parecia muito difícil enganar ele, não para ela pelo menos. A garota quase riu sozinha. A realidade provavelmente faria Peter Parker sair correndo e nunca mais olhar na direção dela.

— Ei, espera. — Sua voz cortou o silêncio enquanto ela se virava para ele mais uma vez. — Onde você está indo com tanta pressa?

Peter hesitou, claramente desconfortável com a pergunta. Ele coçou a nuca, mesmo por baixo da máscara, antes de responder.

— Uh... um lugar. Sabe, um negócio.

Athena cruzou os braços, lançando-lhe um olhar cético.

— Parker.

— Tá bom, tá bom! — Ele suspirou, derrotado. — Eu estou indo para uma barca. Tem uns caras lá... com umas armas super perigosas.

A de cabelos pretos franziu o cenho, arrumando a franja com os dedos enquanto o nome "barca" acendeu um alerta em sua cabeça.

— Que tipo de armas?

— O tipo alienígena e assustador. — Ele apontou os polegares para si próprio. — Por isso eu estou indo. Trabalho de super-herói e tal.

— Você vai sozinho?

— Meio que... sim? Olha, eu sei o que estou fazendo, tá legal? Não se preocupe.

— Não estou preocupada. — Athena disse, ela viu alguns guardas saindo do mercado e então lembrou das barras de chocolate roubadas que estavam em seus bolsos. — Estou indo com você.

— Hã... O quê?

Athena bufou, já se arrependendo da decisão.

— Você ouviu. Estou indo com você. — Ela ajustou o casaco, certificando-se de que as barras de chocolate em seus bolsos estavam bem escondidas. Os guardas do mercado não pareciam ter notado ainda, mas ela não queria arriscar.

— Mas... Por quê?

Ela estreitou os olhos, cruzando os braços.

— Porque eu não confio que você vá fazer isso sem causar um desastre monumental.

— Ei! — Peter ergueu as mãos, ofendido. — Consigo lidar com isso, tá?

— Ah, claro, como você lidou com aquele "interrogatório" brilhante?

Peter abriu a boca para rebater, mas nada saiu. Ele fechou-a novamente, apertando os lábios, claramente sem argumento.

— Foi o que pensei. — Ela começou a andar na direção oposta, mas lançou um olhar por cima do ombro. — Vem ou não vem?

— Eu... — Peter hesitou, mas acabou correndo atrás dela. — Tá bom, tá bom! Mas você só vai observar, ok?

Athena não respondeu, mas o pequeno sorriso em seus lábios dizia tudo.

Peter, já irritado com a garota que agia como se acreditasse que ele precisava de alguma espécie de monitoramento, resolveu provocar um pouco.

Ele a agarrou pela cintura, lançando algumas teias em direção ao seu destino. Petrova prendeu a respiração por um segundo, arregalando os olhos e segurando nos ombros do Homem-Aranha com força.

— Seu imbecil, aracnídeo esquisito, me põe no chão. 

— Foi você que pediu. — ele disse antes de soltar ela, quando já estavam acima da balsa que estava saindo do porto. Athena caiu, de uma distância não tão alta, porém caiu com estilo, dando uma cambalhota e parando com um joelho dobrado e a outra perna esticada. — Belo pouso. — ele disse surpreso, e sem ter certeza se ela escutou ou não, mas viu-a lançar um olhar que dizia "que porra é essa?"

O Homem-Aranha foi para a lateral do barco, deixando Athena de lado por enquanto. Com sorte, ela poderia assistir ao show de camarote, não que ele quisesse impressioná-la. 

Parker usou um comando de voz para pedir a ajuda de Karen para localizar seu alvo e logo obteve resposta.

Enquanto isso, Athena se amaldiçoava por sugerir vir junto. O que diabos ela estava pensando? Talvez a convivência com tantos adolescentes na escola estivesse afetando seus neurônios.

Ela se levantou, limpando as mãos na roupa e tirando uma barra de chocolate do bolso. A garota deu uma mordida no doce e sorriu, antes de começar a caminhar pelo local, procurando o Homem-Aranha para checar o que ele estava aprontando.

Não demorou muito para ela encontrar: basicamente, Athena só precisou ir reto para dar de cara com a cena nada agradável do Homem-Aranha fazendo piadas enquanto lutava com quatro homens.

— Ei galera, a venda ilegal de armas era na barca das 10h30, vocês perderam! — O Homem-Aranha disse enquanto lançava suas teias em dois dos homens. Depois, ele lançou no terceiro, ameaçando o jogar no mar, mas o puxando de volta rapidamente, fazendo-o apenas bater o peito na lateral da balsa.

Petrova estava parada perto da entrada da parte onde Peter estava, ela tinha os braços cruzados, observando a bagunça com uma pitada de curiosidade e diversão. Quando Peter derrubou finalmente o terceiro homem, ela não conseguiu evitar um comentário.

— Até que você está indo bem. — Era uma provocação, mas, no fundo, ele notou um resquício de aprovação no tom dela.

Peter girou no ar para lançar outra teia, olhando para ela rapidamente.

— Obrigado, eu acho?

Mas no momento em que ele se virou para prender o quarto homem, sua distração custou caro. O último bandido, mais rápido do que Peter esperava, avançou para trás de Athena e a segurou pelo braço, puxando-a contra si enquanto apontava uma arma para sua cabeça.

— Um movimento e eu atiro! — o homem gritou, olhos selvagens fixos no Homem-Aranha.

O Homem-Aranha congelou no ato, erguendo as mãos instintivamente.

— Ei, calma aí! Não precisa fazer isso, tá legal? Ela... Ela não tem nada a ver com isso, cara.

Athena, no entanto, não parecia nem um pouco impressionada. Peter abriu a boca para dizer algo, como pedir para ela ficar calma, mas antes que pudesse reagir, a garota agiu. 

Com um movimento rápido e preciso, Athena pisou com força no pé do homem, fez uma leve inclinação do corpo e deu uma rasteira perfeita. O bandido perdeu o equilíbrio e, antes que pudesse recuperar a postura, Athena já tinha desarmado a arma de sua mão com um golpe preciso e frio.

Antes que Peter sequer processasse o que estava acontecendo, o som seco de um tiro ecoou. Athena havia atirado na mão do homem, fazendo-o gritar de dor e cair de joelhos no chão.

Ela se abaixou, colocando o cano da arma sob o queixo dele.

— O próximo vai ser na testa. — O homem balançou a cabeça freneticamente, incapaz de dizer qualquer coisa.

Peter, ainda parado, ergueu as mãos novamente, desta vez em um gesto de choque.

— O que foi isso?

A de cabelos pretos se levantou, jogando a arma no chão no mar, sem fazer muita cerimônia.

— Você ainda precisa melhorar muito, Homem-Aranha.

Peter balançou a cabeça, tentando processar o que acabara de acontecer, antes de apontar para Athena com um gesto nervoso.

— Você não pode simplesmente sair por aí atirando nas pessoas! — Ele colocou as mãos na cabeça, exasperado. — Como você sabe atirar assim? E por que não ficou com medo?

— É instinto. — Sua resposta foi vaga, como sempre.

— Instinto? Que tipo de instinto é esse? — Peter jogou as mãos para o alto, incrédulo. Athena continuava andando em direção à saída do compartimento, mas ele continuou falando com ela. — Pessoas normais surtam nessas situações!

Athena abriu a boca para responder, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa ou se afastar mais, um coro de vozes soou ao redor deles.

— FBI! Ninguém se mova!

Peter virou a cabeça rapidamente e percebeu que eles estavam cercados. Homens vestidos de preto surgiam de todos os lados, armas apontadas para eles. Athena parou de andar e ficou parada, mas não parecia nervosa, não ainda. Ou pelo menos não tanto quanto o Homem-Aranha, que já estava se desesperando conforme as coisas saiam de seu controle.

Antes que ele ou Athena pudessem reagir, um vulto escuro cruzou o céu, vindo em alta velocidade após sair de um carro estacionado na balsa. O Abutre surgiu batendo as asas metálicas e disparando com uma arma alienígena que brilhava com uma energia púrpura ameaçadora.

— Era disso que eu estava falando! — Peter exclamou para Athena, enquanto o vilão começava a disparar contra os agentes do FBI e, em seguida, diretamente contra ele.

Os disparos faziam buracos enormes no chão e nas paredes da barca. Fragmentos de metal voavam em todas as direções, enquanto o caos se instalava. O Homem-Aranha saltou no último segundo para desviar de um dos tiros e imediatamente lançou uma teia na direção do Abutre, tentando desarmá-lo.

— Athena, sai daqui! — ele gritou por cima do som dos disparos e das sirenes.

Athena olhou para ele com uma expressão mista de irritação e discernimento. Ela não era boba; não precisava que ele dissesse duas vezes. Com passos rápidos, ela começou a correr para longe da luta, procurando uma saída.

Enquanto isso, Peter fazia o possível para manter o Abutre ocupado. Ele saltava de um lado para o outro, lançando teias que o vilão cortava com facilidade. Cada movimento de suas asas fazia um estrondo metálico, e o Abutre parecia ter o controle total da situação.

Athena alcançou a área comum da barca, mas, antes que pudesse respirar aliviada, um som de explosão ecoou atrás dela. O chão tremeu violentamente. O Abutre havia disparado mais um tiro direto na estrutura da embarcação, e o impacto foi devastador.

O metal rangeu alto e buracos começaram a se formar por toda a barca, enormes e irregulares. Água do rio começou a jorrar para dentro com força, inundando o piso em questão de segundos. As pessoas que estavam ali começaram a gritar e correr em pânico, enquanto o navio balançava perigosamente de um lado para o outro.

A de cabelos pretos sentiu o chão tremer sob seus pés e instintivamente agachou, segurando-se com força em uma das barras de apoio no chão para não ser derrubada. Ela experimentou o medo chegando violentamente e a invadindo por dentro: ela não queria morrer dessa maneira e ver a barca literalmente rachando no meio não era nada que ela poderia resolver com um golpe, um tiro bem-dado ou uma mentira bem colocada.

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