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002 ┋ ❝ a rotina de hogwarts

         ✧.* Stella e Regulus estavam sentados à mesa da Sonserina com a postura impecável e a quietude peculiar que os distinguia, cada detalhe de seus uniformes refletindo a solenidade da ocasião.

Regulus trajava seu uniforme com uma exatidão austera, com a gravata esmeralda perfeitamente alinhada sobre a camisa impecavelmente branca, o suéter cinza adornado com discretas listas prateadas e verdes e o brasão da serpente bordado com precisão na lapela da capa negra. Havia um ar de contida nobreza em sua postura, uma quietude quase antinatural, como se cada movimento fosse calculado para se alinhar com a frieza elegante de sua linhagem.

Ao seu lado, Stella sentava-se com uma suavidade melancólica. A saia preta de seu uniforme caía com leveza, quase etérea, enquanto as meias altas, ajustadas abaixo dos joelhos, ressaltavam o contraste entre o austero e o delicado que a caracterizava.

Ao seu lado, Stella sentava-se com uma suavidade melancólica. A saia preta de seu uniforme caía com leveza, quase etérea, enquanto as meias altas, ajustadas abaixo dos joelhos, ressaltavam o contraste entre o austero e o delicado que a caracterizava.

Ao som das exortações do diretor Dumbledore, ambos se viraram, observando os novos alunos com uma expressão mista de curiosidade e leve desdém, típica dos veteranos sonserinos.

Regulus mantinha-se imperturbável, o semblante impassível enquanto ouvia o discurso de boas-vindas. Mas havia algo mais em seu olhar, uma sombra fugaz de introspecção, como se as palavras do diretor trouxessem uma pontada de inquietação que ele fazia questão de mascarar.

Stella, por sua vez, observava os alunos atravessando o Salão Principal com uma contemplação silenciosa, quase etérea, os olhos pousando nos rostos juvenis como quem olha para o reflexo de uma memória distante e intocada. Ela permanecia imóvel, com os dedos finamente entrelaçados sobre a mesa, como se absorvesse a atmosfera carregada de feitiços e segredos antigos.

Regulus, com um gesto discreto, tentou alcançar a mão de Stella sob a mesa, buscando no toque uma confirmação silenciosa da presença dela, uma âncora em meio ao tumulto de pensamentos que a presença dela sempre conseguia acalmar. Mas, para sua surpresa, Stella afastou a mão automaticamente, como se o gesto a tivesse pego desprevenida. Ela sequer olhou para ele, o rosto voltado para o centro do Salão Principal, onde o chapéu seletor continuava a entoar seu canto ritual.

O Black sentiu uma inquietação sutil agitar seu peito, um sentimento que se embaraçava em sua mente, mesclando-se com a perplexidade que vinha o acompanhando desde a noite anterior. Havia uma distância insólita pairando entre eles, uma barreira invisível que Stella parecia erguida contra ele sem nenhuma razão evidente.

Ele tentou se concentrar nos rostos e na cerimônia à sua frente, mas seus pensamentos continuavam a vagar, retornando sempre a ela, às nuances daquela expressão velada. Algo a preocupava, disso ele estava certo, mas o quê? Era uma dúvida que começava a criar raízes em sua mente, o peso do desconhecido crescendo com uma intensidade que não conseguia abafar.

Quando a cerimônia terminou, Regulus se juntou à fila de alunos da Sonserina, caminhando em sincronia com o restante da casa, enquanto o monitor os conduzia pelas vastas escadarias e corredores tortuosos do castelo. 

O ambiente, repleto de sombras e de ecos dos passos na pedra antiga, era familiar como um segredo sussurrado, um santuário há muito conhecido. Mesmo assim, Regulus mantinha a mão sobre o ombro de Stella, um gesto sutil e protetor, quase como um escudo silencioso contra qualquer perturbação invisível.

Quando a cerimônia terminou, Regulus se juntou à fila de alunos da Sonserina, caminhando em sincronia com o restante da casa, enquanto o monitor os conduzia pelas vastas escadarias e corredores tortuosos do castelo. O ambiente, repleto de sombras e de ecos dos passos na pedra antiga, era familiar como um segredo sussurrado, um santuário há muito conhecido. Mesmo assim, Regulus mantinha a mão sobre o ombro de Stella, um gesto sutil e protetor, quase como um escudo silencioso contra qualquer perturbação invisível.

As escadas que mudavam de lugar periodicamente e as passagens escondidas do castelo não intimidavam nenhum deles, mas Regulus insistia em guiá-la. Havia algo em manter Stella próxima que era essencial para ele, como se qualquer distância entre eles fosse uma perda insuportável, um pequeno exílio. Ela não protestava, mas tampouco reagia, envolta em seu próprio silêncio reflexivo.

Ele sabia que, uma vez no salão comunal, seus caminhos se separariam. Ela seguiria para os dormitórios femininos, enquanto ele se dirigiria aos masculinos, exatamente como sempre. A ordem parecia rígida e impessoal, um mecanismo inevitável que os afastava. 

Havia uma ironia amarga nisso, uma formalidade enraizada que parecia conspirar contra qualquer espontaneidade entre eles, sempre negando a intimidade como se fosse um luxo ao qual não tinham direito.

O peso dessas regras, de suas rotinas imutáveis, deixava uma sensação oca no peito de Regulus, um incômodo discreto mas persistente. Ele desejava que o castelo, as paredes e todos os costumes se dobrassem a eles, oferecendo um recanto onde a presença dela não precisasse ser fragmentada pela estrutura do cotidiano.

Ao entrarem na comunal da Sonserina, um ambiente de penumbra iluminado por verdes pálidos e prata cintilante, Regulus segurou a mão de Stella com firmeza e a guiou até um dos cantos mais discretos, afastado do olhar dos outros. 

Alguns alunos seguiram diretamente para os quartos, cansados da longa viagem, enquanto outros ainda se acomodavam, espalhando-se pela comunal. Mas para ele, a presença de Stella era tudo o que importava e assim que se acomodaram ele a puxou para seu colo envolvendo-a em um abraço silencioso e firme.

Ela recostou a cabeça em seu ombro e ele sentiu o perfume suave dos cabelos dela, a textura de sua presença que, por si só, era um tipo de alívio incomparável. O barulho sutil dos outros alunos ao redor parecia distante, como um eco abafado que não tinha poder de interromper aquele instante entre eles.

Regulus passou os dedos delicadamente pelo braço dela, cada toque carregado de um afeto contido e raro, como se aquele gesto tivesse a força de um juramento silencioso. Ele sentia que poderia passar a noite inteira ali, mantendo-a perto, protegida de todas as incertezas que a atormentavam.
  
Porém, depois de alguns minutos, Stella suspirou, erguendo a cabeça, os olhos ainda sombrios e distantes, e murmurou suavemente:

— Preciso dormir, Regulus.

Regulus franziu levemente o cenho, observando Stella, pensativo. Durante toda a viagem ela havia descansado em seu ombro, os olhos fechados e a respiração tranquila, envolta em seu próprio mundo silencioso. Então, como poderia estar tão exausta ainda? 

Um incômodo sutil começou a se enroscar em sua mente. Seria apenas cansaço ou ela estava se afastando dele, escondendo algo que não ousava compartilhar?

Ele quase se odiou pela suspeita que crescia, vagarosa e teimosa, em seus pensamentos. Estaria ele paranoico? Talvez fosse um receio tolo, fruto de noites insones e das sombras sempre presentes em seu próprio lar. 

Ainda assim, algo no jeito dela parecia envolto em uma opacidade que ele não conseguia decifrar. E como, afinal, poderia questioná-la sem quebrar a harmonia tênue que sustentava entre eles?

Então, em um impulso, ele a puxou levemente para si, permitindo-se um momento mais íntimo antes que ela se retirasse. Apoiou a mão suavemente em seu rosto e a olhou com uma intensidade rara, como se tentasse gravar cada detalhe de sua expressão naquele instante. 

Sem dizer uma palavra, ele se inclinou e deixou seus lábios encontrarem os dela em um beijo delicado, porém denso. Havia nele uma urgência, um desejo de compreender, de senti-la de verdade, de afugentar qualquer sombra que pairasse entre os dois.

Por um breve segundo, Regulus sentiu o mundo desacelerar. A suavidade dos lábios de Stella era um refúgio, uma certeza, algo sólido em meio a todas as dúvidas e receios que rondavam sua mente. Quando se afastaram, ele observou-a em silêncio, quase em súplica, desejando que ela pudesse ver através de seus olhos o quanto ele estava ali por ela.

— Boa noite, meu amor. — murmurou, relutante, permitindo que ela se afastasse e subisse para os dormitórios femininos.

Enquanto a figura dela se afastava pelas escadas, um vazio insidioso se acomodou em seu peito e ele se perguntou, mais uma vez, se estava apenas imaginando coisas.

          ✧.* Stella não cultivava muitas amizades; a maior parte do tempo, era apenas ela e Regulus, um universo singular que os dois compartilhavam em silêncio e cumplicidade. No entanto, se tivesse que nomear alguém como amiga, essa seria Heather Avery. 

Heather era a antítese de Stella em muitos aspectos: popular, sempre rodeada de admiradores e conhecida como a "princesinha da Sonserina". Stella, por outro lado, preferia viver no mundo que havia criado para si e Regulus, longe dos holofotes e da efervescência social. Mesmo assim, as duas coexistiam em uma harmonia curiosa, entre risos abafados nas noites de insônia e trocas de confidências fugazes.

Naquela manhã, a primeira luz tímida do dia se infiltrava pelas cortinas pesadas do dormitório, delineando os contornos da cama de Stella. Ela despertou com uma sensação de peso nos olhos, ainda embrulhada na confusão nebulosa dos sonhos que insistiam em se esvair.

Do outro lado do quarto, Heather estava sentada à penteadeira, o reflexo de suas mechas prateadas iluminado pelo brilho pálido de uma vela. Com gestos delicados, passava um tom rubro em seus lábios, observando cada detalhe no espelho com um olhar crítico e destemido.

Avery percebeu o movimento de Stella e virou a cabeça na direção da amiga, os olhos cintilando com uma curiosidade velada.

— Stella, o que está acontecendo? — sua voz, com o tom musical de sempre, atravessou o espaço entre as duas. — Você está muito quieta desde que chegou, mais do que o normal.

Stella prendeu a respiração por um instante, sentindo o peso daquela pergunta pousar em seu peito. Tentou compor um sorriso suave, mas a expressão desfez-se antes de se formar completamente.

— Não é nada. — respondeu Stella, a voz tão baixa que parecia um sussurro roubado pela brisa da manhã. Heather arqueou uma sobrancelha, delineada com a perfeição de quem sabia como controlar até os mínimos detalhes de sua aparência.

— Vocês brigaram? — Heather arriscou, o tom levemente jocoso. Era um chute óbvio, a conclusão natural para a seriedade incomum de Stella. Todos em Hogwarts conheciam o vínculo entre ela e Regulus. Não era um segredo, nem um tópico de cochichos; era um fato aceito, quase natural como a luz que filtrava pelas janelas empoeiradas do castelo.

A Scarpim não conseguiu esconder a careta que surgiu em seu rosto, uma expressão mesclada de surpresa e ofensa. Brigar com Regulus? Era uma ideia que parecia tão distante quanto o verão que tinham acabado de deixar para trás. 

Nos anos em que estiveram juntos, ela não se lembrava de uma discussão que pudesse ser considerada séria, algo que rachasse o cristal de cumplicidade que os envolvia. Ainda assim, a pergunta de Heather reverberou em sua mente, como se plantasse uma dúvida onde antes não havia nada além de certezas.

— Não. — replicou ela, com uma firmeza que não permitia mais questionamentos.

Sem mais palavras, Stella levantou-se da cama, a seda do pijama sussurrando em torno de seu corpo enquanto ela o trocava pelo uniforme de Sonserina. 

O tecido negro, salpicado com detalhes em prata, parecia abraçá-la, devolvendo-lhe um pouco da compostura perdida. Heather, agora passando um leve traço de delineador nos olhos, observou-a pelo reflexo do espelho, mas não disse nada. Entre as duas, o silêncio era confortável, uma forma de compreensão que dispensava mais perguntas.

Quando as duas terminaram de se vestir, Heather, em sua essência de garota popular e destemida, cruzou o braço com o de Stella de forma espontânea, um gesto que unia a leveza despreocupada de Heather à introspecção de Stella. 

Heather era um pouco mais velha, uma diferença pequena que se manifestava em sua confiança sólida, enquanto Stella, ainda que reservada, possuía um magnetismo sereno.

— Se quiser conversar, sabe que estou aqui. — murmurou Heather, em um tom que misturava gentileza e autoridade. Era raro ver a princesa da Sonserina oferecendo uma abertura tão sincera.

Stella desviou o olhar por um momento, os olhos claros cintilando à luz suave que adentrava o dormitório. Ela sentiu uma pequena onda de gratidão. A máscara de indiferença que vestia com tanto cuidado pesava menos diante do gesto inesperado da amiga.

— Obrigada, Heather. — respondeu Stella, a voz baixa, mas carregada de significado.

As duas loiras, vestidas impecavelmente com os trajes da Sonserina, deixaram o dormitório e caminharam lado a lado pelos corredores que ecoavam com os primeiros sons da manhã. Os passos ritmados de seus sapatos reverberavam nas paredes de pedra, e a insígnia verde e prata em seus uniformes parecia brilhar com um orgulho contido.

A comunal da Sonserina, com suas sombras e brilho esmeralda, ficou para trás enquanto elas subiam em direção ao Grande Salão, onde o murmúrio crescente de vozes e o aroma de pão fresco e café as recebia antes das aulas começarem.

De uma forma quase ensaiada, como se seus pés fossem movidos por uma coreografia invisível, Stella avistou Regulus ao longe e guiou Heather com passos firmes e decididos até ele. A luz matinal dançava entre os candelabros do Grande Salão, iluminando os rostos atentos e ansiosos dos alunos.

Heather, sempre imersa em seu papel de rainha social, se soltou do braço de Stella e virou-se para cumprimentar os rapazes do time de quadribol da Sonserina com um sorriso reluzente e palavras envoltas em charme natural. Ela trocou risadas e acenos, a presença dela era uma corrente que eletrizava o ambiente, despertando olhares e sorrisos em resposta.

Stella, porém, manteve-se um passo atrás, o olhar azul-cristalino desviando apenas para acenar com leveza aos conhecidos. Ela guardou, contudo, o verdadeiro cumprimento – íntimo e demorado – apenas para Regulus. 

A Scarpim com a elegância silenciosa que era sua marca, aproximou-se de Regulus após os breves acenos aos outros colegas. Aquele momento era só deles, um espaço onde os murmúrios e risadas do Grande Salão se apagavam. Com um sorriso sutil, ela inclinou-se e depositou um beijo delicado na bochecha dele

— Bom dia, minha estrela. — Ele murmurou, com a voz baixa e aveludada.

Enquanto falava, inclinou-se para roçar os lábios no pescoço dela, um gesto íntimo e sutilmente possessivo, como se quisesse ancorá-la ali, naquele instante e ao seu lado. Internamente, ele torcia para que esse breve reencontro fosse o suficiente para dissipar a sombra de preocupação que ainda pairava sobre ele. 

Regulus observava cada expressão dela, buscando algum indício de que o abismo que se abrira entre eles nos últimos dias estivesse finalmente fechando.

A manhã se desenrolou com a cadência melancólica e familiar do início das aulas, uma adaptação que trazia consigo o peso confortável da rotina. O Grande Salão encheu-se dos ecos dos talheres e vozes enquanto os corredores de pedra testemunhavam o desfile de alunos, uns mais animados, outros ainda imersos no torpor do retorno.

Heather, sempre atenta e afiada em suas observações, lançou a Stella um olhar quase cúmplice, um lembrete velado de que por trás do véu de sorrisos, ela estava observando. Stella, por sua vez, apenas acenou com a cabeça em um gesto de aceitação mútua que não necessitava de palavras.

Regulus e Stella permaneceram juntos durante o restante da manhã, compartilhando olhares e silêncios que diziam mais do que qualquer frase poderia expressar. 

 Por sorte o cronograma os poupou da herbologia, uma disciplina que Stella desprezava com a mesma intensidade com que a luz do dia desgostava da sombra. Em vez disso as primeiras horas foram dedicadas ao estudo meticuloso das Runas Antigas, com seus símbolos complexos e segredos ocultos, uma matéria que exigia uma mente perspicaz e um coração paciente.

A manhã culminou em uma aula longa de Poções, onde o cheiro pungente de ingredientes e ervas pairava como um feitiço invisível pelo ar. Stella se movia com a precisão de quem dominava a arte; suas mãos ágeis manipulavam os frascos de vidro e a chama sob o caldeirão reluzia em seus olhos com um brilho quase profano. 

O Black a observava de soslaio, admirando o talento intrínseco dela, uma dança silenciosa entre medidas e misturas que poucos conseguiam igualar.

Depois do almoço, quando os corredores da escola ainda ressoavam com os ecos da refeição e o ar estava impregnado com a doçura do descanso vespertino, Regulus encontrou o momento tão esperado para ter um instante de quietude com Stella. 

Ele tinha ensaiado perguntas, falas que talvez trouxessem à tona o que perturbava a serenidade dela mas antes que pudesse começar, um vulto familiar e atabalhoado surgiu em seu campo de visão. Peter Pettigrew, com seu jeito desengonçado e sorriso desajeitado, os abordou.

— Ei, Regulus, Stella, os Marotos estão indo dar uma volta, vocês querem vir? — perguntou Peter, a voz estridente em contraste com a suavidade do dia.

Regulus abriu a boca para recusar com a polidez que lhe era habitual, uma desculpa qualquer que preservasse a intimidade que ele almejava. Mas antes que pudesse formular a frase, Stella com uma voz que soou quase urgente, aceitou o convite.

— Claro, vamos lá. — Ela sorriu para Peter, um sorriso que parecia uma máscara bem ensaiada.

Regulus franziu a testa, seu peito apertando-se com um incômodo inexplicável. Era uma desculpa. Ele sabia disso, mas não conseguia entender por que ela estava evitando estar a sós com ele.

— Amor... — Regulus começou, sua voz quase sussurrante, reclamando de maneira quase mimada ou carente, mas ela o interrompeu.

— Vai, Regulus. Vai ser bom para nós termos um tempo juntos, certo? — Ela olhou para ele com um olhar fugaz antes de se virar para Peter. — Vamos lá.

Ele bufou, desistindo de protestar. "Ela não vai falar comigo agora", pensou, e seguiu Peter até onde os outros Marotos estavam reunidos.

Sirius, James e Remus estavam sentados à sombra de um carvalho, rindo de alguma piada interna. Regulus se aproximou, seu passo mais pesado do que o habitual, e se deixou cair no chão, encostando as costas na árvore. Ele puxou Stella para se sentar entre suas pernas, a sensação de seu corpo contra o dele sendo tanto um consolo quanto uma pequena tortura.

O mais velho dos Blacks, Sirius, estava inclinado para trás, recostado contra o tronco da árvore, os cabelos desgrenhados caindo-lhe sobre os olhos, enquanto riu com uma risada escancarada que reverberava pelo campo. 

James, ao seu lado, parecia estar no auge de sua irritação, bufando repetidamente enquanto se esgueirava para longe de seus amigos, claramente tentando, sem sucesso, esconder o desconforto. 

Remus observava a cena com um sorriso discretamente divertido, as mãos segurando um livro que ele parecia ler sem realmente prestar atenção.

— James levou um fora e eu, como sempre, fui um bom amigo e observei, aplaudi e capturei o momento perfeito! — Sirius exclamou com a voz cheia de humor, mas também uma pitada de sarcasmo. Ele fez uma pausa dramática, olhando para James, que agora parecia estar mordendo os lábios para não explodir em mais reclamações. — "James, eu gosto de você, mas vejo você como um amigo." A amizade, James, a maldita amizade! O que você vai fazer agora, hein?

James, exasperado, revirou os olhos e cruzou os braços.

— Eu não pedi sua opinião, Padfoot. — James respondeu com a raiva transparecendo na sua voz, embora ele tentasse esconder a frustração com uma gargalhada forçada. — Evans vai perceber que sou o único para ela. Só é questão de tempo.

Regulus, ainda imerso em suas próprias reflexões, ouviu a conversa sem realmente participar dela. O desconforto não se dissipava. Ele estava ao lado de Stella, seus dedos tocando os fios do cabelo dela, enquanto seus lábios beijavam o ombro exposto dela suavemente, quase como um gesto instintivo.

— Regulus? — Sirius chamou, puxando-o para a conversa, seu tom zombeteiro, como se tivesse percebido a distância crescente do Black. — Está tão quieto hoje. O que, você não vai rir da minha piada sobre o James?

Regulus apenas levantou os olhos para ele, os lábios curvados em um meio sorriso, mas não havia nada de divertido em seus olhos. Ele balançou a cabeça lentamente.

— Não estou no humor para piadas agora, Sirius.

Peter, que até aquele momento estava observando tudo de uma distância segura, finalmente se aproximou, interrompendo a conversa com seu jeito atabalhoado.

— E então, pessoal, vamos ao campo de Quadribol mais tarde? — Peter perguntou, tentando animar a turma com a ideia de um jogo improvisado.

James, ainda irritado, lançou um olhar pesado para o amigo antes de responder, sua voz grave.

— Isso não vai me fazer esquecer o que aconteceu, Peter.

A conversa continuou, mas Regulus já não prestava atenção. Seus dedos continuavam a se perder nos cabelos de Stella e o som da risada dos amigos parecia se distanciar cada vez mais, até que tudo o que ele ouviu foi o próprio silêncio, pesado e denso como uma neblina.

Ele só queria estar com ela, sem distrações, sem os olhares de Sirius ou qualquer outro que o rodeasse. Ele queria saber o que se passava na cabeça de Stella, o que a fazia se afastar tanto de todos, até mesmo dele. E a dúvida continuava a martelar em sua mente.

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