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Capítulo 15

𝐃𝐢𝐟𝐞𝐫𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐚𝐝𝐣𝐞𝐭𝐢𝐯𝐨𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐆𝐢𝐲𝐮 𝐓𝐨𝐦𝐢𝐨𝐤𝐚

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𝐒𝐡𝐢𝐧𝐨𝐛𝐮:

Alguns dias se passaram desde que encontrei o Tomioka durante meu passeio com Mitsuri. E sinceramente... eu não consigo parar de pensar nele. Desde o momento em que ele me segurou até quando fomos embora, tudo parecera meio diferente desta vez. Ele me irritou como sempre, claro. Entretanto, não pude deixar de perceber que talvez ele tivesse... feito algumas gentilezas para mim. Como pagar meu sorvete. Eu mesma nunca pagaria tão caro em um mísero sorvete de chocolate. Aquilo fora... legal da parte dele. Ou talvez ele só estivesse ostentando.

Por algum motivo, Giyu não saía de minha cabeça. Seu rosto, suas palavras, tudo ficou na minha mente por mais tempo do que deveria. Eu nunca penso demais em algo. Principalmente quando esse algo é uma pessoa a qual sempre odiei. Entretanto, de uns tempos pra cá, talvez não estivesse o odiando tanto assim. Desde quando Giyu me emprestou seu guarda-chuva – que por sinal, eu nunca devolvi – ando percebendo algumas mudanças.

Ele nunca faria algo assim com ou para alguém que realmente odeia, e eu o conheço há tempo suficiente para saber perfeitamente disso. Antes, sentia como se realmente fossemos inimigos que nunca conseguiriam ter uma conversa normal, como pessoas normais. Agora... apesar dele me estressar, sinto como se fossemos... amigos? Eu não posso dizer esta palavra, nunca tive mais do que uma amizade de verdade para saber sobre o assunto. Ok, essa não é a questão. O fato é que não consigo esquecer esse maldito garoto.

Outro fato é que eu, Shinobu Kochou, a pessoa que mais odiava Giyu Tomioka na face da Terra, cogitei a possibilidade de sentir algo a mais por ele.

Não que fosse uma certeza, nunca tinha certeza de nada. Mas o que Mitsuri disse, além daquela maldita frase do Tomioka – que por sinal, eu me lembro muito bem: "seria tão ruim assim me ter como namorado?" – me despertavam uma sensação de que talvez, talvez, bem lá no fundo, eu realmente gostasse um pouco dele. Não é um absurdo?

Sim, a ideia mais absurda que já tive em toda a minha vida. Mas...

~

Fui até Mitsuri assim que cheguei no colégio no primeiro dia de aula dessa semana. Ela é uma especialista em qualquer tipo de relacionamentos, a melhor pessoa possível para me dar conselhos. Se bem que já esperava que ela me dissesse: "você tá apaixonada." Não era nada fácil pra mim acreditar nisso. Muito menos aceitar. Falei pra mim mesma que nunca – nunca – me apaixonaria de novo por alguém.

– Oi Mit. Bom dia...

– Bom dia. Como você tá? Parece que não dormiu nada.

– É, realmente não dormi muito... não vem ao caso, eu preciso da sua ajuda.

– O que foi? Aconteceu algo?

– Nada de muito importante. Eu só preciso de um conselho.

Estávamos a caminho da nossa sala enquanto falávamos baixinho. Não queria tomar tempo de Mitsuri a chamando para conversar em um lugar mais reservado, portanto, não podia deixar que... absolutamente ninguém ouvisse.

– Sabe, eu não dormi bem essa noite porque fiquei... pensando em alguém. A questão é que eu definitivamente não posso estar gostando dessa pessoa, entende?

– Por que não? Qual é o problema de gostar?

– Porque eu o odeio. E... da última vez que eu gostei de alguém, você sabe bem o que aconteceu.

– Então essa pessoa é o Tomioka? É nele que você ficou pensando à noite?! Eu só conheço uma pessoa que você odeia, e essa pessoa é ele!

– Shh, cala a boca! Alguém pode ouvir!

– Não calo não! Eu falei que isso ia acontecer quando você disse que não. Está vendo? Eu estava certa! – Misturi ri.

– Tudo bem, e se for? O que raios eu faço?!

Ela parece pensar por um momento. É claro, era difícil saber o que fazer quando se gosta de uma pessoa que sempre foi seu rival, inimigo, ou o que quer que fossemos nós dois. Não posso simplesmente ir lá e dizer que gosto dele, sem nem mesmo ter certeza do que sinto. Seria bem idiota, na verdade.

– Conta pra ele. Tá na cara que ele também gosta de ti.

– Mas...

– Não tem "mas", Shinobu. É simples assim. E daí que você odiava ele? As pessoas mudam, garota, inclusive você.

– E-eu não disse que gosto dele!

– Mas você gosta. Tá óbvio. Você até corou agora. Vai me dizer que não?

Neste momento, percebi minha bochechas quentes. Eu realmente havia corado. Que droga, não era pra isso estar acontecendo.

– Tá, se hipotéticamente eu gostasse dele, como eu acharia uma chance pra contar?

– Ué, sei lá. Isso aí já não é algo que eu possa fazer por você, amiga. Tenta depois da aula, talvez. É a opção mais viável.

– Não sei não, Mit...

– Como eu sempre digo, você nunca vai saber se não tentar. Arranja uma desculpa pra encontrar ele e fala. É nisso que eu posso te ajudar. Mas assim, você que sabe, Shinobu. O "não" você já tem.

Pensando bem, era verdade. Se ele disesse um "não" pra mim, pelo menos eu já estaria esperando por isso. Mas... qual seria minha desculpa para encontrá-lo? Eu poderia simplesmente chamá-lo para sair, porém não conseguia pensar em como isso funcionaria. Precisava dar um jeito...

~

Depois de mais um tempo conversando com Mitsuri, fomos pra sala para nossa primeira aula do dia. Quando chegamos, o Tomioka já estava lá. Meu olhar se voltou pra ele assim que entrei. Estava praticamente do lado da minha mesa, apoiado na própria carteira, de pé. Droga. Por que ele parecia tão mais bonito ultimamente? Ia caminhando até minha cadeira quando tropecei em algo no chão. Estava prestes a cair quando alguém me segura. Giyu. Quando me puxa para que eu me levante, quase dou de cara com ele. Olhamos um nos olhos do outro.

– Começando o dia com o pé esquerdo, hein?

Idiota. Idiota. Idiota. Idiota. Ele era um idiota. Meu coração estava disparado e eu não sabia o motivo. Tá, talvez eu soubesse o motivo, mas isso não importava. Me odiava muito por estar me sentindo assim.

– Tenha mais cuidado com onde pisa, baixinha. Aposto que não quer cair de cara no chão.

– Obrigada...

Ele me soltou e me sentei, cobrindo o rosto com as mãos. Eu havia corado e estava com vergonha o suficiente para não conseguir nem ao menos encará-lo. Pelo que consegui ver através dos meus dedos, Giyu também se sentou.

– O que foi, baixinha? Está se sentindo bem?

Aquilo continuava a fazer meu coração palpitar. Ele estava... se preocupando comigo?

– Estou bem. Vá assistir a aula logo. – Respondo, sem olhar pra ele.

– É... a aula não começou ainda.

– Mas já vai começar, então trate de virar pra frente e calar a sua boca.

Quando tive certeza de que ele havia se voltado pra frente, consegui olhar ao redor. O professor ainda não havia chegado. E aquele momento estava se repetindo em minha mente várias e várias vezes. Malditos olhos azuis... eles me faziam lembrar daquele dia chuvoso em que ele me deu seu guarda-chuva. Ok, eu precisava parar de pensar nele, e minha única escolha para resolver meus sentimentos seria... chamá-lo pra sair. Seria muito estranho? Eu nunca convidei alguém pra sair antes. Ainda menos quando esse alguém é Giyu Tomioka.

Ouço uma voz conhecida na frente da sala e percebo que a aula finalmente havia começado. Me preocuparia com aquilo depois.

~

Ok, o plano de se preocupar depois não deu nada certo. Durante as aulas, fiquei imaginando um milhão de coisas que poderiam – ou não – acontecer com esse nosso... encontro? Aquilo seria sequer um encontro? Não, acho que não dava pra chamar disso.

Agora, já era a hora da saída. Precisava ir embora logo para me... preparar, talvez. É, definitivamente seria para me preparar. Era meu primeiro "encontro" em muito – muito – tempo. Peguei meu ônibus de volta para casa, inquieta o caminho todo. Que roupa colocaria? O que eu diria? Como ele reagiria? Todas essas coisas passavam pela minha cabeça incessantemente. Quase passei do meu ponto de ônibus por causa da distração. Enfim, isso estava me incomodando muito. Mais um sinal de que deveria ser resolvido logo. Ao chegar em casa, fui direto pro banho.

A primeira coisa que precisava fazer era escolher uma roupa. Eu sou indecisa pra caramba com essa questão. Parece que se eu me arrumar de mais ou de menos, todos vão olhar pra mim. Preciso chegar em um meio termo, para ficar no mínimo... apresentável para Giyu. É claro, não podia apenas pegar a primeira peça que encontrasse no meu guarda-roupas. Observei o que tinha à minha disposição naquele momento. Decidi pegar uma camiseta branca de gola alta, saia azul-marinho, sobretudo lilás e um coturno preto. Como havia acabado de lavar o cabelo, o deixei solto, sem nenhum acessório.

Peguei meu celular e abri o contato de Giyu. Mas... como eu faria isso? O que eu escreveria? Seria melhor ligar pra ele? Tá, se eu mandasse mensagem, não saberia o que dizer e acabaria fazendo besteira. Portanto, resolvi fazer uma chamada.

Alô?

Giyu. Precisamos conversar.

Hm, o quê?

– Venha até minha casa. Vejo você em 10 minutos, apareça.

Calma aí Kochou, o qu-

Desliguei na cara dele, sem mais nem menos. Se ele realmente gostasse de mim, viria no tempo esperado. Esperava que nem sequer cogitasse em aparecer. Talvez evitar uma decepção fosse melhor do que declarar meus sentimentos incertos por ele.

Inconsientemente, olhava para o relógio a cada minuto que passava. Minhas mãos suavam, estava inquieta até demais. Não, Shinobu! É apenas um garoto. Ninguém se importa, ele nem vai vir mesmo. Pensava, para tentar ao menos me distrair daquela sensação de frio na barriga que sentia.

Foram os dez minutos mais longos da minha vida. A campainha tocou.

Senti como se meu coração fosse sair pela boca. Eu estava prestes a fazer isso mesmo?! Afinal, ele era Giyu Tomioka, a surpresa nada agradável do primeiro dia de aula. Aquele que nos fez brigar por biscoito e bolacha. Por um estojo. Por uma mísera caneta. Aquele que eu sempre odiei e jurei nunca – nunca – me apaixonar. As coisas não correram como o planejado, não é mesmo?

Fui até a porta, retirando toda a infeliz quantia de coragem que me restava para abrí-la e encará-lo, frente a frente. Ele estava lindo. As roupas se ajustavam perfeitamente ao corpo, principalmente o sobretudo preto. Os olhos profundos estavam vidrados nos meus, com certa curiosidade.

– Shinobu?

Ele chamou meu nome. Ele nunca me chamou pelo primeiro nome. Senti minhas bochechas corarem. Apesar do apelido – baixinha – que ele sempre me chamava, nunca foi como isso. Era uma experiência completamente nova.

– É... oi.

– Oi. Está tudo bem?

– Sim.

– Então por que me chamou aqui do nada?

Porque eu precisava te ver.

– Porque eu estou te convidando pra sair.

– Espera, o quê?

– Digo, não tenho ninguém pra sair comigo hoje.

– E Mitsuri?

– Está com o namorado. – Invento qualquer desculpa.

– Entendi. E por que eu?

– Porque você era o único disponível e eu não queria ficar sozinha. Vamos então? Estava saindo para dar uma caminhada por aí.

– Tudo bem...? – Ele disse e então murmurou um: – Eu acho...

Ele surpreendentemente concordou com a minha ideia, então, tecnicamente estávamos em um encontro agora. Tranquei a porta antes de sairmos andando pelas calçadas, um ao lado do outro, num silêncio que me fazia pensar em muitas coisas. Como em quanto ele estava lindo hoje. Ele realmente me pegou com isso.

– Você tá bem? Tá meio estranha, baixinha.

– Estou bem.

Bem mal. E a culpa é sua.

– Tudo bem então.

O silêncio se fez presente mais uma vez. Eu precisava falar. Era o momento.

– Eu preciso te dizer uma coisa, na verdade, baixinha. – Ele começa, antes que eu tenha a chance – Por isso aceitei vir até aqui te ver. Sendo que poderia muito bem estar em casa, jogando.

– Então diga logo. Poupe meu tempo. – Respondi, já que ele havia tirado minha chance de falar, de qualquer forma.

– Shinobu, isso é importante. Eu preciso que me ouça. Por favor.

Ele segurou meus ombros, me fazendo parar a sua frente. Por favor?! Ele estava tão desesperado para me dizer essa tal coisa para pedir com educação? Talvez fosse realmente algo que eu devesse escutar. Ouviria o que ele tinha a dizer e consequentemente, depois ele escutaria a mim. Desvencilhei seu toque e o encarei, desafiadora.

– O que foi? Fale.

– Baixinha...

Sua voz falha por um momento. Estava prestes a acontecer o que eu estava pensando?! Im-pos-sí-vel!

– Por que toda vez que eu te vejo... isso acontece? – O Tomioka pega minhas mãos e as leva até o próprio peito. Conseguia sentir o ritmo acelerado das batidas de seu coração. Parecia que sairia pela boca a qualquer instante.

Apenas não sabia o que dizer. Estava ali, cara a cara, olhos nos olhos com ele. O garoto que eu gosto.

– Eu... – Tento dizer algo, mas foi minha vez da voz falhar.

– Shinobu, eu gosto de você. É tão difícil entender isso? Já faz um tempo que estou tentando te mostrar, mas você simplesmente não percebe. Você não sai da minha cabeça, garota. E eu sei que talvez eu não possa te ter, porque você me odeia. Mas sabe, é como dizem. Você sempre quer com mais intensidade aquilo que não pode ter.

Ah, claro. Eu também gostava dele. Muito mais do que deveria, na verdade. Apenas sorri, satisfeita. E isso pareceu despertar em Giyu um novo desejo, ele estava prestes a dar um novo passo. Ele se aproxima aos poucos, como se ainda hesitasse. Por mais nervosa que eu estivesse, fechei os olhos e me deixei levar pelo momento. Eu também queria aquilo. Quem diria. Sentia seu rosto cada vez mais próximo, até consegui sentir sua respiração. Entretanto, no momento em que eu menos esperava, Giyu parou. Simplesmente não se moveu. Abri os olhos.

– O que foi? – Perguntei, confusa.

– Baixinha? Você ia mesmo me beijar? Tipo, sério?

Ah não. Até em um momento como aquele, ele conseguia me tirar do sério. Mas que idiota!

– Seu idiota.

O sorriso dele se manteve no rosto, me irritando ainda mais. Ele deu mais uma olhada nos meus olhos antes de finalmente – finalmente – selar os lábios nos meus, calmamente, sem nenhuma pressa de parar. Estávamos ali, nós dois. Eternos rivais agora... apaixonados um pelo outro. Quando Giyu se afasta, só consigo pensar em dizer uma coisa.

– Eu te odeio.

E então, ele me beija com mais intensidade. Caramba, por que ele sabia beijar tão bem? Retribuía o gesto, por mais indignante que isso fosse para minha eu do passado. Não conseguia pensar no que já se foi quando estava ali, beijando-o. Apenas pensei em... talvez realizar um de meus desejos ocultos. Mesmo assim, eu ainda o odiava. Por me fazer sentir tudo aquilo, tão estúpida e tolamente. Por me fazer gostar dele. Ele realmente era um babaca, um idiota. O idiota que eu gosto.

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𝐂𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚...

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