PRÓLOGO
CAPÍTULO ZERO
❛ Hogwarts ❜
( 1 de Setembro de 1991 )
— TIA, mais rápido ou vou perder o trem! — gritou a menina de 11 anos correndo animada com o carrinho, as malas e a gaiola com a coruja.
— Você não vai perder isso, Lyn, ainda é cedo, não se preocupe. — Andromeda sorriu enquanto balançava a cabeça diante da excitação da sobrinha.
— E a plataforma 9¾? — Madelyn perguntou olhando os números da plataforma, não encontrando o número que seu bilhete indicava.
— Está aí. — ela apontou para uma parede, entre as plataformas 9 e 10.
Madelyn se virou para olhar para sua tia com uma cara de confusão, ela olhou novamente para a parede que sua tia havia apontado para ela segundos antes, abrindo os lábios.
— Na parede? — ela inclinou a cabeça confusa.
— Sim, você só precisa passar por isso — Madelyn franziu o lábio novamente, o mundo mágico tinha surpresas. — Você quer que eu te acompanhe? — Andrômeda perguntou interrompendo os pensamentos da sobrinha enquanto ela lhe contava. Ela colocou a mão no ombro dela.
Madelyn assentiu enquanto segurava a alça do carrinho com força enquanto suspirava, Andromeda colocou os braços em volta dela também colocando as mãos na alça e então as duas correram em direção à parede atravessando-a, segundos depois aparecendo no expresso de Hogwarts.
— Isso é...
— Incrível né? — Andrômeda continuou para ela, a garotinha assentiu sorrindo. — Bem, vamos deixar suas malas e a coruja. — alguns homens uniformizados se aproximaram e deixaram seus pertences.
— Tia, em que casa você acha que eu ficaria? — ela perguntou olhando para ela mordendo o lábio inferior.
— Ah, bem, sua mãe era Sonserina como a maioria dos Blacks, provavelmente você vai ficar naquela casa. — ela sorriu, acariciando os cabelos castanhos de Madelyn.
— Sempre quis ficar na Sonserina e continuar com a geração da família Black — disse Madelyn, trazendo à tona o assunto sobre o qual ela não queria falar desde que descobriu a verdade. — Meu pai estragou tudo ficando na Grifinória, foi uma vergonha.
— Nesse caso você será uma cobra linda igual a mim — Andrômeda sorriu, tocando o nariz da sobrinha com o dedo, ela ouviu o chamado para entrar no trem. — Melhor levantar, vá. — ela a empurrou suavemente.
— Tchau tia, vejo você nas férias. — ela sorriu para abraçá-la e depois a soltou, despedindo-se ao entrar no trem.
— Boa sorte, querida. — Andromeda disse, Madelyn sorriu ainda mais enquanto acenava com a mão pela abertura da janela enquanto o trem avançava.
Ao perdê-la de vista começou a procurar um lugar para sentar, percorreu vários compartimentos, vendo que estavam quase todos cheios.
Ela entrou em um compartimento encontrando um loiro e duas crianças, ela limpou a garganta quando eles se viraram para vê-la com a testa franzida.
— Posso sentar com você? Não há compartimentos livres. — Madelyn disse com tristeza, ela se sentiu pequena por causa do olhar penetrante do loiro.
— Eu acho que sim. — o loiro respondeu encolhendo os ombros.
— Muito obrigado. — Madelyn sorriu gentilmente, sentando-se com eles, ela colocou as mãos nos joelhos nervosamente.
— Qual o seu nome? — perguntou o platinado olhando para ela com o canto do olho.
— Sinto muito, esqueci de me apresentar. — ela enxugou a mão suada com a saia e depois estendeu-a para ele e se apresentou. — Meu nome é Madelyn Black.
— Black? Você é uma Black? — perguntou atordoado
— Eh, sim — Madelyn concordou em dúvida, abaixando a mão. — Porque?
— Minha mãe também é uma Black. — respondeu o menino platinado, sorrindo pela primeira vez ao mencionar sua mãe.
— Oh sério? — perguntou abrindo os lábios. — Posso saber qual é o nome da sua mãe?
— Narcissa...
— Narcissa! — Madelyn disse interrompendo o garoto platinado — Minha tia Andrômeda me contou muito sobre ela - ela sorriu animadamente. — Então somos primos?
— É o que parece - ele respondeu, balançando a cabeça. — E quem são seus pais?
— Jane Rosier e Sirius Black.
— Sirius Black? O traidor da família Black? — o garoto platinado fez uma careta.
— Ele mesmo — ela murmurou, suspirando — Espero poder continuar com a geração Black, sabe? — ela disse olhando para suas mãos — Meu pai foi uma decepção na família, gostaria de continuar com a geração para que todos tenham orgulho de mim — ela olhou para ele.
— Então espero que vocês fiquem na Sonserina — o loiro disse sorrindo, os outros dois garotos olharam para eles sem dizer nada. — Vamos ficar na Sonserina e deixar nossa família orgulhosa de nós. — ele estendeu a mão e Madelyn cumprimentou-a apertando. — A propósito, sou Draco Malfoy e estes são Crabbe e Goyle. — ele apresentou apontando para eles.
— É um prazer conhecê-los. — ela sorriu gentilmente para as duas crianças.
— Da mesma forma, Madelyn. — disseram em uníssono.
—Também tinha outro conosco, mas ele foi embora...
Só então a porta do compartimento em que estavam se abriu e eles viram um garoto de cabelos castanhos claros entrar rapidamente.
— Draco! A doceira está chegando, deveríamos comprar...
Ele permaneceu em silêncio ao ver um novo convidado com seus amigos, ficou na porta olhando os olhos da garota com leve curiosidade, nunca em sua vida tinha visto olhos acinzentados tão lindos quanto os dela.
Quem era ela?
— Theodore, é bom que você esteja aqui — Draco interrompeu o garoto chamado Theodore que balançou a cabeça, desviando o olhar dos olhos dela, olhando para Draco. — Não fique aí parado, venha sentar-se.
O menino de cabelos castanhos assentiu, sentando-se com eles em silêncio. Ele olhou para a garota à sua frente, pensando se deveria falar com ela ou apenas ficar ali sem dizer nada.
— Madelyn, este é Theodore Nott — Draco apresentou ao silêncio repentino — Theo, esta é Madelyn, minha prima.
— É um prazer conhecê-lo — Madelyn estendeu a mão para ele, esperando que ele aceitasse.
Theodore olhou para a mão de Madelyn, segundos depois aceitou, apertando-a enquanto dava um sorriso para a garota a sua frente.
— Eu sou Theodore, mas você pode me chamar de Theo. — ele disse, Madelyn acenou com a cabeça retribuindo o sorriso.
— Doces! Doces! — uma senhora idosa com um carrinho com muitos doces passou pelo seu compartimento. - Vocês querem doces, crianças?
As cinco crianças trocaram olhares e depois acenaram com a cabeça para a senhora.
Madelyn tirou alguns galeões do bolso e juntou aos dos seus novos amigos e depois deu-os à senhora e comprou uma grande variedade de doces.
— Bem, acho que deveríamos nos trocar, estaremos em Hogwarts muito em breve. — Madelyn mencionou enquanto enxugava as bochechas do pequeno bolo que havia comido antes.
Os cinco saíram do compartimento para se trocar, minutos depois se encontraram novamente no mesmo compartimento.
— Olha, estamos quase lá. — Madelyn apontou para o castelo que estava cada vez mais perto, ela sorriu animadamente.
Os meninos se aproximaram da janela, olhando entusiasmados para o castelo.
Quando o trem parou os cinco desceram, aproximando-se de um gigante que chamou os primeiranistas para orientá-los.
— Primeiro ano! Todos os primeiros anos vêm por aqui! — um homem grande falou com eles — Todos devem me seguir, observem cuidadosamente onde pisam.
Todos começaram a andar atrás do gigante chamado Hagrid tentando não escorregar ou dar um passo errado na escuridão da noite. Eles caminhavam por um caminho estreito e tudo estava muito escuro.
Bem na beira de um grande lago o caminho se abriu, revelando um enorme castelo no topo de uma montanha, com muitas torres e torreões.
— Não mais que quatro por barco! — Hagrid relatou enquanto apontava para um grande número de pequenos barcos que estavam na margem do lago com diversas lanternas para iluminar o caminho direto para o castelo.
— Venha, Madelyn. — Theodore gentilmente pegou seu pulso, certificando-se de que ela não caísse ao entrar no barco.
Mais duas crianças subiram com eles, na esperança de atravessar o lago.
Ao passarem pelo lago, todos desceram dos barcos e subiram os degraus de pedra, de frente para uma grande porta de carvalho. Eles observaram Hagrid erguer seu punho gigantesco e bater três vezes na porta do castelo.
A porta se abriu quase imediatamente, uma senhora um pouco mais velha apareceu na frente deles e Hagrid a apresentou aos novos alunos.
— Muito obrigado Hagrid, eu assumo daqui. — agradeceu a professora, que se apresentou como McGonagall.
McGonagall abriu bem a porta para que todos pudessem entrar e se acomodar no final da escada.
— Bem-vindos a Hogwarts, daqui a pouco vocês passarão por aqui para conhecer seus colegas, mas antes de ocuparem seus lugares vocês serão selecionados para suas casas e são elas: Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. — ela fez uma pausa, Draco e Madelyn olharam uns aos outros balançando a cabeça quando o professor mencionou Sonserina.
— Enquanto você estiver aqui sua casa será como sua família com seus triunfos você ganhará pontos se não respeitar as regras você os perderá e no final do ano a casa com mais pontos receberá a taça da casa ...
— Trevor! — gritou um menino pegando seu sapo, a professora olhou para ele com a testa franzida e ele se afastou rapidamente. — Desculpe.
— A cerimônia de seleção começará em um instante. — ela disse começando a caminhar em direção à grande sala de jantar, deixando-os sozinhos por um momento.
— É verdade o que disseram no trem, Harry Potter veio para Hogwarts. — Draco disse um pouco alto para que todos pudessem ouvir, murmúrios começaram a ser ouvidos durante toda a recepção..
Ela disse Harry Potter?
— Draco, o que você está fazendo — Madelyn disse em um sussuro
— Estes são Crabbe, Goyle, Madelyn e Theodore. — ele avançou até onde Harry estava. — E eu sou Malfoy, Draco Malfoy
Um garoto ruivo ao lado de Harry soltou uma tosse fraca, que poderia estar escondendo uma risada. Draco estreitou os olhos para ele.
— Você acha meu nome engraçado, não é? Não preciso perguntar quem você é. Aquele rosto e aquelas roupas velhas e surradas.Você deve ser um Weasley. — ele olhou para Harry. — Você logo perceberá que algumas famílias são melhores que outras, Potter, você não quer fazer amizade com os errados — ele olha rapidamente para o ruivo — Posso te ajudar. — ele estendeu a mão para apertar a de Harry, mas ele não aceitou.
— Eu sei quem está errado, muito obrigado. — ele disse friamente.
Draco permaneceu em silêncio, um tom rosado aparecendo em suas bochechas pálidas.
A professora voltou, batendo suavemente no ombro de Draco com um pergaminho, ele se virou para olhar para ela e antes de retornar ao seu grupo olhou novamente para Harry com raiva.
— Mas o que você pretendia fazer, Draco? — Madelyn perguntou ao lado dele, franzindo a testa.
— Nada, eu só queria...
— Chegou o momento — interrompeu a professora. — Siga-me — disse ela para avançar em direção ao Salão Principal.
Madelyn olhou para o lugar com espanto. Estava iluminado por milhares de velas que flutuavam no ar acima das quatro longas mesas onde havia pratos, talheres e taças de ouro.
Na cabeceira da sala de jantar havia uma plataforma, havia outra mesa onde parecia que estavam sentados os professores e o diretor da escola.
A Professora Mcgonagall conduziu os alunos e os fez parar em frente à grande mesa onde Dumbledore estava.
— Por favor, espere aqui — os novos alunos pararam. — Agora, antes de começarmos, o Professor Dumbledore dirá algumas palavras para você.
Dumbledore levantou-se da cadeira, limpando a garganta.
— Antes de mais nada gostaria de dizer algumas coisas, os novos devem lembrar que os alunos não podem entrar na floresta proibida em hipótese alguma e nosso guarda Sr. Flinch — apontou para o velho que estava com um gato na entrada da o Grande Salão — ele me pediu para lembrá-los de que o corredor do terceiro andar, do lado direito, é proibido para quem não pretende sofrer uma morte terrível, obrigado.
Madelyn franziu a testa com a última frase.
A escola não deveria ser um lugar seguro?
— Muito bem, quando disserem seu nome você vai chegar mais perto, vou colocar o chapéu seletor em você — pegou um chapéu velho e sujo — E saberão qual é a sua casa — abriu o pergaminho lendo o primeiro nome Hermione Granger.
Uma menina com o cabelo bagunçado se aproximou e sentou na cadeira de frente para todos, a professora colocou o chapéu nela e ela começou a falar.
— Excelente, exato, sim — Ele murmurou com determinação. — Grifinória!
Toda a mesa da Grifinória começou a assobiar e bater palmas, animada por ser a primeira a voltar para casa.
— Draco Malfoy.
— Sorte. — Madelyn sorriu para ele e ele retribuiu.
Ele se aproximou e sentou, a professora colocou o chapéu nele e imediatamente ele gritou:
— Sonserina!.
Todos começaram a bater palmas com entusiasmo, incluindo Madelyn, que bateu palmas e sorriu feliz.
Pelo menos 3 crianças passaram quando chegou a vez de Harry Potter.
— Harry Potter.
Todos começaram a murmurar ao ouvir o nome dele, ele se aproximou nervoso da cadeira e sentou e ainda colocaram o chapéu nele.
— Uhmm difícil, isso é muito difícil, vejo que você tem coragem e uma mente muito valiosa, vejo talento assim e sede de provar que você é digno, mas onde vou te colocar?
Harry começou a murmurar algo baixinho, apenas para o chapéu ouvi-lo.
— Não na Sonserina, tem certeza? Existem ótimas desculpas, está tudo aqui na sua cabeça e a Sonserina vai te impulsionar rumo à grandeza não há dúvida disso, certo? Bem, se você tem certeza, vou colocá-lo... — houve um pequeno silêncio — Grifinória!
Toda a mesa da Grifinória começou a bater palmas e gritar em apoio a Harry.
— Madelyn Black.
A sala começou a murmurar assim como aconteceu com Harry, mencionando o sobrenome.
Outra Black?
Ela é filha do assassino Sirius Black?
Ela também traíra sua família?
Isso foi o que pôde ser ouvido em todo o Salão Principal.
— Não preste atenção aos comentários. — Theodore sussurrou em seu ouvido, segurando sua mão por alguns segundos, ela assentiu, sorrindo levemente.
Madelyn, ignorando os murmúrios, aproximou-se e sentou-se na cadeira na frente de todos enquanto olhavam para ela. Ela sentiu algo pesado em sua cabeça e o chapéu começou a falar.
— Ha, uma Black! É interessante, muito interessante. Uma mente muito poderosa. Você tem um poder grande e especial que ainda não descobriu, mas tudo no seu devido tempo. Você está definitivamente destinado à grandeza e assim como sua família, sua casa é a Sonserina!
Ela observou enquanto a mesa da Sonserina explodia em aplausos. Draco bateu palmas entusiasmado, assim como Theodore, que ainda estava nas grandes filas.
Madelyn levantou-se orgulhosamente e caminhou até a mesa da Sonserina, sentando-se ao lado de Draco.
— Parabéns, Draco.
— Da mesma forma, Madelyn. — ele sorriu.
Eles olharam para onde estava o chapéu, esperando que Theodore fosse nomeado.
— Theodore Nott. — seu nome finalmente foi ouvido.
O garoto se aproximou da cadeira e sentou-se, McGonagall colocou o chapéu nele e ele falou novamente.
— Excelente, Sonserina!
A mesa da Sonserina aplaudiu novamente ao receber um novo membro, Madelyn sorriu feliz por também ter Theodore em sua casa.
Theodore sentou-se ao lado dela, os dois
sorriram parabenizando um ao outro com os olhos. Então o som de um copo foi ouvido por toda a grande sala de jantar.
— Sua atenção, por favor. — disse a Professora McGonagall para que todos ficassem em silêncio.
— Que comece o banquete. — disse Dumbledore e com um movimento das mãos uma grande variedade de comida apareceu nas longas mesas.
Nenhum dos novos tinha visto uma quantidade tão grande de comida como agora, era surpreendente o que a magia poderia fazer.
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