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Sua cabeça estava enfiada no travesseiro quando ouviu sua campainha tocar diversas vezes enquanto tentava arduamente ignorá-la, afinal, não queria levantar da sua cama às sete horas da tarde em uma sexta-feira chuvosa. Beatrice se perguntou, completamente irritada, quem seria o ser humano infeliz que decidiu atrapalhá-la naquela bela tarde... Bem, pelo menos aos olhos da morena, aquele dia não poderia estar mais perfeito. Levantou-se, sentindo o chão gelado sob os seus pés e dirigiu-se ao banheiro, onde lavou o rosto com uma pequena esperança de que a pessoa do lado de fora desistisse, devido a sua demora, e fosse embora. Não foi o que aconteceu.

Bocejou, descendo as escadas e andando até a porta, onde olharia no olho mágico e iria decidir se deveria atender ou apenas fingir-se de morta. Bom, para a surpresa de ninguém além da própria, ali se encontrava o único ser humano que trabalhava diariamente para tirar sua paz. Deveria deixá-lo na chuva? Essa com certeza parecia uma opção atraente, mas sua curiosidade certamente era muito mais. Mordeu o interior das bochechas, incerta do que faria em seguida e, então, abriu a porta.

— O que você quer? — Foi a sua primeira pergunta, podendo capturar o sorriso do garoto se abrindo aos poucos.

Tristan observou a calça xadrez amarela acompanhada pela metade dos seus cabelos presos no topo da cabeça. Suas roupas estavam minimamente amassadas devido ao fato de estar deitada há pouco tempo atrás, mas o olhar entediado era o único detalhe necessário para deixá-la incrivelmente linda. O loiro teve a visão da garota cruzando os braços enquanto não era respondida, mas o que ele poderia fazer? Essa morena o deixava sem palavras. Sempre achou engraçado o fato de alguém suspirar de amores enquanto estava perto da pessoa que gostava, mas agora o boato se confirmava, afinal, estava suspirando por Beatrice Mary Otinger.

— Eu... — Riu enquanto coçava a nuca. — Bem, eu nunca vi você usando alguma cor além de verde, marrom, preto ou azul.

— É sério? — A morena franziu as sobrancelhas.

— Sim. Você sempre está usando...

— É sério que não vai direto ao assunto?

— Estava pensando em irmos para Otinger's Origin e provarmos uma comida da chef. Ouvi dizer que é muito bem avaliado. — Deu de ombros com uma falsa inocência.

— O restaurante da minha mãe? — A garota abriu um sorriso irônico. — Só nós dois?

— Eu, você e a sua mãe.

— Podemos chamar a Paris, não?

— Na verdade ela foi dormir na casa da Rory. — Tristan observou Beatrice levantar as sobrancelhas. — Elas não te avisaram?

— Não... — Sentiu as mãos do mais alto em seus ombros.

— Eu estou brincando, Beatrice. — O mais alto sorriu. — Eu a incentivei, porque ela mal sai de casa. Quando vi que ela e Rory estavam se tornando... amigas, eu acho... falei para ela aproveitar e ir visitá-la. Então eu fui ao Otinger's Origin conversar com a sua mãe.

— E por que não foi direto para a sua casa? — Perguntou, abrindo espaço diante da porta. — Entre, eu estou ficando com frio.

— Ah bem, estava com vontade de conversar com a sogrinha. — Provocou, entrando pela segunda vez dentro daquela casa aconchegante e, finalmente, saindo de vez do tempo chuvoso.

— Só pensei que seus pais estariam sentindo a sua falta. — A morena ignorou a provocação, fechando a porta.

— Bom, eles estão viajando agora, você conhece o jeito dos Dugray.

— Na verdade, eu não conheço não. — Beatrice pôde ver o brilho repentino no olhar do loiro, que rapidamente segurou o seu rosto.

— Não se preocupe. Logo, logo você vira uma.

A Otinger até abriu a boca para respondê-lo, mas foi em vão. Suas bochechas já estavam ficando vermelhas e já havia se arrependido de tê-lo deixado entrar na sua casa. Não conseguiu olhá-lo nos olhos, afinal, ainda que estivesse ciente daquele tipo de provocação por parte do loiro, sabia que não havia como se acostumar com aquilo. Tristan sempre conseguiria arranjar alguma forma de a pegar de surpresa, independente de quanto tempo passasse, continuaria ficando envergonhada com as suas falas.

— Mary?

— Sim? — A baixinha perguntou, não obtendo nenhuma resposta, fazendo com que, assim, olhasse para o Dugray. — O que foi?

Tristan tinha os lábios entreabertos, ao mesmo tempo que parecia quase que emotivo quando a olhava. O garoto respirou fundo, observando a de cabelos pretos com as sobrancelhas franzidas em confusão. A encarou por um tempo, ou melhor, a encarou nos olhos por um tempo, porém, no momento seguinte, seu olhar já caía sobre os lábios da Otinger. Beatrice o olhou envergonhada, tentando espantar os pensamentos do beijo para longe de si. Estavam, novamente, a sós. Tristan a oferecia uma carona novamente. Era como se houvesse uma força os juntando mais uma vez, porém, não havia coincidências ali, pois era o Dugray que estava tentando traçar este destino.

— Dugray?

— Acho incrivelmente fofo que você já tenha aceitado o apelido.

— É o meu nome. — Deu de ombros.

— Mas você sabe que eu não o uso neste sentido...

Beatrice desviou o olhar, lembrando do significado do apelido. Não queria dar o braço a torcer, porém, o apelido passava a fazer muito mais sentido agora que o loiro tinha ciência que foi o seu primeiro beijo. Tristan sorriu com a boca fechada ao observar a garota olhar para o chão, perdida em seus próprios pensamentos. Era fofo o quanto ela agia dessa forma diariamente, parecendo focada demais para perceber que ele a olhava. O mais alto colocou as mãos em seus ombros, a fazendo perder sua concentração em seus pensamentos e se concentrar apenas nele.

— Não me diga que está envergonhada.

— Estou curiosa. — Falou diretamente.

— Algo que queira compartilhar?

— Por que passou a me chamar de Mary sem nem me conhecer? Você não conhecia meu nome, não é? — A garota suspirou. — Na verdade, você nunca o considerou como um simples nome. Sempre foi um apelido idiota.

— Porque você sempre agiu como uma. — O loiro a disse de forma óbvia.

— Não. Eu sempre agi como uma pessoa silenciosa, apenas isso.

— Uma pessoa que representa força e que odeia outras pessoas. — Ele negou com a cabeça, quase como se estivesse decepcionado. — Mas tem algo no seu olhar que lhe entrega, Beatrice. A forma com que parece estar perdida no seu próprio mundo vinte e quatro horas por dia. A forma com que sempre fugia das atenções como uma garota tímida. Ou a forma com que pareceu horrorizada no dia em que eu estava com a Summer no seu armário, como se a adolescência a assustasse.

— Você fala como um perseguidor.

— Eu só sei ler as pessoas. — Deu de ombros.

— E é por isso que gostam de você? Está manipulando quantos desta forma?

— Não fale desse jeito, baixinha. Se há alguém para ser julgado aqui é você. É a única que me tem na palma da mão e, sinceramente, quanto mais eu tento descobrir sobre você, fico cada vez mais interessado e curioso sobre quem você realmente é.

— Por quê? Quando souber sobre a minha vida inteira eu vou passar a ser sem graça?

— Você se considera uma pessoa sem graça?

— Sim. — O respondeu, cruzando os braços.

— Por quê?

— Porque eu sou só mais uma pessoa neste mundo gigantesco. — Tristan levantou as sobrancelhas.

Não para mim, Beatrice.

A garota ficou quieta, ainda que quisesse muito perguntar o porquê, mas ela já sabia que o loiro iria falar palavras bonitas, ainda que a morena não acreditasse nelas. Talvez aquele não fosse o momento de falar, visto que se encaravam cara a cara. O Dugray já havia perdido as palavras, pois só conseguia pensar em se aproximar cada vez mais, mas talvez o destino realmente não estivesse do seu lado, principalmente quando o telefone do mais alto tocou, fazendo a morena limpar a garganta e dar dois passos para trás. Tristan respirou fundo, antes de pegar o aparelho na mão e responder seja lá quem fosse, vendo a garota cruzar os braços e desviar o olhar para o chão.

— E então? — O loiro perguntou, voltando a guardar o aparelho. — Vamos?

— Oi?

— No restaurante.

— Ah... — Tristan levantou as sobrancelhas, esperando a resposta. — Não sei.

— Você não quer ir?

— É que vai parecer muito com um encontro...

— Eu, você e a sua mãe? — O garoto riu. — É, vai ser um grande encontro.

— Não se faça, Dugray. Você conhece a Judy melhor do que eu.

— Beatrice, nós já ficamos sozinhos antes. — Apontou divertido.

— Mas não foi em um encontro.

— O dia do jogo foi como um...

— Não foi não, nós nem "saímos" juntos. — O cortou.

— Bem... então me deixe te compensar por isso. — Sorriu.

— Dugray, acho que você não entendeu...

— Mary, pare de me enrolar. — O loiro cruzou os braços com um sorriso presunçoso. — Vamos ou não?

— Espere aqui embaixo. — A garota bufou, virando-se em direção às escadas.

— Por quê? — Tristan passou a seguí-la escada acima. — Você vai?

Beatrice franziu as sobrancelhas ao parar na frente do próprio quarto e olhar para o garoto por cima dos ombros. O quarto estava aberto, fazendo o garoto ter a plena visão da cama bagunçada que a baixinha estava deitada há pouco tempo atrás. Seus olhos passaram para a cômoda ao lado da sua cama, que acomodava um rádio e alguns CDs empilhados ao seu lado. Tristan reparou em cada pôster na parede, sendo parcialmente iluminados por pisca-piscas pendurados na parede ao lado da cama, achando engraçado o quanto o quarto da morena refletia completamente sua personalidade.

— Eu disse para ficar lá embaixo.

— Quarto bonito. — Ele sorriu analisando as bandas de cada pôster sobre a parede branca e passando na frente da morena para checar cada canto.

— É, eu odeio minimalismo.

— É como um caos organizado. — Ele soltou um risinho ao ver a garota fazer careta. — Sabe que é a sua cara, não?

— Isto é uma ofensa?

— Nunca. Eu gosto disso.

— Você gosta de tudo.

— De onde tirou esta afirmação?

— Sei lá, você parece um raio de sol ambulante e idiota que sorri para tudo. Não sei como leva a vida de forma tão leve.

— Se for para levar tudo à sério, a vida torna-se cansativa, Bea. — A garota respirou fundo, passando a segui-lo até o lado do seu guarda-roupa e o olhando nos olhos.

— Tudo bem, vire-se.

— O quê?

— Meu guarda-roupa está uma bagunça, não quero que você veja.

O garoto levantou as sobrancelhas e negou com a cabeça. Tristan passou a olhar para a parede com o espelho, vendo as fotos penduradas ao seu lado. A mesma câmera que havia visto na detenção se encontrava acomodada em um pequeno banco embaixo das fotos. O reflexo denunciava uma "bagunça" tão mínima que mal poderia ser considerada desorganizada, mas conhecia Beatrice e sua síndrome de perfeccionismo. O loiro viu pelo espelho quando a baixinha se direcionou ao banheiro com um par de roupas em suas mãos e passou a observar as fotos. Apesar de não haver nenhuma foto em que o Dugray aparecia, o mesmo sorriu ao ver a foto com a Paris e a Rory na melhor noite de todas. Tristan ouviu os passos apressados da garota voltando para o quarto, que parou na porta calçando um par de coturnos pretos.

— Uau...

— Cale a boca. — Beatrice resmungou.

Tristan sorriu e alcançou a câmera devagar, a ligando e vendo Beatrice parar ao seu lado para se ver no espelho, porém foi o loiro quem passou a avaliá-la. Olhou para a meia-calça preta até o vestido preto básico, que logo foi escondido por uma jaqueta de couro. Haviam algumas presilhas no seu cabelo, evidenciando ainda mais o seu rosto. Foi um susto para a baixinha quando o flash disparou contra o seu rosto, porém, apenas viu o sorriso divertido do loiro enquanto a foto era impressa pela câmera.

— Tristan Dugray! — Foi tudo o que ouviu antes de erguer a foto no alto para que Beatrice não a alcançasse. — Eu juro que te mato, idiota!



"If I told you, you'd know how to go and break my heart in two
'Cause I wouldn't anyways, we'd end up like always
You know me, better show me that you could say it to my face
'Cause you we're the same, there's worse things I can take"
THE PERFECT PAIR - BEABADOOBEE

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