
𝐓𝐖𝐎. 𝑻𝒉𝒆 𝒑𝒂𝒓𝒕𝒚
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⌗ 𐙚❤︎ 𝗛𝗘𝗦𝖨𝖳𝖠𝖭𝖳 𝖥𝖨𝗥𝗘⭑
partㅤ ♡ two !!
✩ ᵕ̈ ིྀ ! 𝗧𝗵𝗲 𝗣𝗮𝗿𝘁𝘆 •˙❤︎ ⌗ ⊱
O sábado à noite finalmente chega, e a ansiedade parece pesar no ar. Coloco o vestido preto de veludo, que me envolve com a suavidade do tecido e uma elegância que parece ter saído de um conto de fadas moderno. As alças finas deslizam pelos meus ombros, enquanto a barra franzida adiciona um toque de charme, e o acabamento delicado ao redor da saia faz o vestido parecer feito sob medida para mim. A meia-calça preta e os sapatos de salto da mesma cor completam o visual, tornando meus passos mais firmes e minha postura mais confiante. Meu cabelo está preso em um coque baixo, com uma trança lateral que adiciona um toque clássico e sutil, e, embora eu me sinta elegante, há algo mais — uma sensação de transformação, como se eu fosse outra pessoa, mais ousada, mais feminina.
Ao chegar à festa, o ambiente está vibrante, com risos e conversas ao fundo, mas tudo o que consigo fazer é procurar Nagi. Meu olhar varre o salão, focando em cada rosto, mas ele não está por lá. Sinto uma pontada de frustração se misturar com a ansiedade crescente. Respiro fundo e me viro para as minhas amigas, tentando esconder o nervosismo que sinto.
— Oi, meninas! O Nagi... ele já chegou? — minha voz sai mais alta do que eu gostaria, e minhas bochechas queimam com a vergonha instantânea.
Elas me recebem com sorrisos calorosos, mas seus olhares não mentem. Elas me avaliam de cima a baixo, aparentemente encantadas com a minha aparência.
— Uau, você está perfeita! Ele não vai conseguir tirar os olhos de você — uma delas comenta, os olhos brilhando de empolgação.
— O-obrigada! — Tento esconder a timidez que está transbordando, mas minha voz sai em um sussurro, entrecortada pelo nervosismo.
— Deixa disso! Você está incrível. Se o Nagi não notar, é porque ele é cego.
Eu sorrio nervosamente, um pouco sem graça, mas o nervosismo não me deixa tranquila. Lanço mais um olhar furtivo pelo salão, os passos já pesando com a expectativa.
— Mas ele deveria estar aqui a essa hora... Ele prometeu que viria!
— Relaxa, ele deve estar só atrasado. Tenho certeza de que vai aparecer. — Uma das meninas coloca a mão no meu ombro, oferecendo um apoio silencioso.
Antes que eu possa responder, meus olhos se fixam em um movimento próximo à entrada, e meu coração dispara no peito. É ele. Seishiro Nagi finalmente chegou.
Ele está simplesmente… perfeito. A camisa social branca que usa contrasta com a escuridão do ambiente, os botões no colarinho levemente abertos, dando um toque casual ao visual, mas sem perder a classe. As mangas dobradas até os cotovelos, combinando com as calças escuras ajustadas, formam uma imagem tão simples e ao mesmo tempo impecável. Ele caminha pelo salão com uma calma desconcertante, mas há algo em seu olhar que denuncia que ele está tão nervoso quanto eu.
Não consigo desviar os olhos, como se estivesse hipnotizada. Cada passo dele faz o ambiente ao nosso redor desaparecer um pouco mais. Ele está aqui. E está mais bonito do que eu poderia imaginar.
As meninas percebem a mudança em mim e trocam olhares cúmplices, como se soubessem exatamente o que estava acontecendo.
— Olha só quem chegou… — uma delas sussurra com uma risada divertida, notando a forma como meus olhos brilham.
Nagi se aproxima do grupo, cumprimentando todos com um aceno rápido, mas logo seus olhos se encontram com os meus. O movimento dele é quase imperfeito, como se hesitasse por um segundo antes de avançar. Ele se aproxima um pouco mais, e sua expressão suaviza, mas o nervosismo é palpável.
— O-o-oi, Nagi! — minha voz sai mais suave do que eu esperava, e o calor que sinto nas bochechas é como se meu rosto estivesse em chamas.
Ele parece desconcertado por um momento, seu olhar se perdendo no meu, e depois, finalmente, ele fala, embora as palavras saiam em um fio de voz, como se quisesse garantir que as ditasse de forma certa.
— O-oi… Você está… linda.
Eu dou uma risadinha, achando sua hesitação adorável. Ele está tão nervoso quanto eu.
— Obrigada. Você também está.
Por um instante, o som da festa desaparece, e parece que o mundo ao nosso redor está em pausa. Apenas nós dois ali, imersos na sensação de que algo está prestes a acontecer, como se aquela noite estivesse começando exatamente naquele momento.
Nagi sorri de volta, tentando disfarçar o nervosismo, mas seus olhos revelam o quanto está desconfortável. Ele me olha de cima a baixo, e, embora tente manter a postura, a tensão no ar é palpável. Suas mãos tremem levemente, mas ele não consegue desviar o olhar, preso no momento, como se estivesse tentando entender o que fazer a seguir. As meninas observam, divertidas, e seus sorrisos cúmplices aumentam a minha ansiedade.
— Bom, vamos? — Pergunto, tentando quebrar o gelo com um sorriso suave, enquanto pego sua mão. A sensação de tocar sua pele quente me dá um arrepio, mas faço o possível para não mostrar o quanto estou nervosa também. Começamos a caminhar, e ele me segue sem hesitar, mas posso sentir que ainda está tentando se ajustar à situação, como se o simples fato de estar ali fosse um pequeno desafio para ele.
Nagi acena com a cabeça levemente, os olhos baixando por um segundo, como se procurasse por palavras, mas nada sai. Seu rosto está ruborizado, o tom de sua pele tingido por uma mistura de timidez e incerteza. Ele segura minha mão com firmeza, mas há uma leve pressão, como se estivesse se agarrando a um ponto de estabilidade no meio do caos da festa.
“Certo... Ele veio! Preciso achar o momento perfeito para flertar com ele... Talvez quando tocar uma música mais sensual? Ou romântica? Ai, não sei... só sei que ele está um gostoso…”
Eu quase sinto o calor crescer no meu rosto, como se o simples pensamento sobre ele me fizesse derreter por dentro. Eu desvio o olhar para tentar disfarçar, mas não consigo evitar o sorriso bobo que se forma nos meus lábios.
— Quer alguma bebida, Nagi? — pergunto, tentando mudar de assunto e aliviar a tensão crescente entre nós.
Nagi acena com a cabeça, ainda com um toque de nervosismo em seu comportamento, como se estivesse tentando se convencer de que está tudo bem. Ele limpa a garganta, o som suave fazendo o ar ao redor parecer mais pesado, antes de falar, como se procurasse as palavras certas para se encaixar no momento.
— Ah, sim. Pode ser uma bebida. Mas não sou muito fã de álcool, então, algo mais suave, por favor.
— Tudo bem! Vamos lá, então! — Respondo rapidamente, com um sorriso encorajador. Meu foco agora está em não deixá-lo desconfortável, mas também em me manter calma.
Não vou me separar dele de jeito nenhum. Já vi alguns olhares curiosos e, sinceramente, não quero que zombem dele quando eu não estiver por perto.
Enquanto me dirijo ao bar, Nagi me segue de perto, seu corpo ligeiramente inclinado na minha direção, como se a minha presença fosse o único ponto fixo que ele pode se agarrar. Ele olha ao redor da festa, mas seus olhos se voltam para mim rapidamente, como se procurasse um porto seguro. Eu percebo isso e fico feliz por ele, por ao menos não se sentir completamente perdido aqui.
Mas, à medida que andamos, alguns rapazes começam a nos observar, seus olhares curiosos e, para alguns, um pouco zombeteiros. Não é difícil perceber a direção dos olhares — Nagi, com sua postura tímida, se torna o alvo de brincadeiras silenciosas. O mais desconfortante, no entanto, são os olhares de irritação que começam a se dirigir para mim, disfarçados de forma quase imperceptível. Eles começam a cochichar entre si, as palavras inaudíveis, mas os gestos e os olhares falam mais do que qualquer coisa.
Um nó se forma em meu estômago, um incômodo crescente. Eu só quero passar a noite ao lado de Nagi, sem que nada ou ninguém interfira no que temos aqui. Não vou deixar que essas pessoas, essas opiniões, estraguem esse momento. Ele merece estar bem, merece estar confortável, e eu estou determinada a garantir isso.
— Boa noite, moço! Me vê uma bebida suave para ele, por favor. E para mim, pode ser um champanhe. — Minha voz é suave, mas firme, e o sorriso que ofereço ao barman é genuíno, um reflexo da minha alegria em estar ali, com Nagi ao meu lado.
O barman me cumprimenta com um aceno, sua expressão profissional enquanto anota o pedido em um bloco. A leve tensão nos seus ombros desaparece assim que ele começa a se mover para preparar nossas bebidas, as garrafas refletindo as luzes baixas do ambiente.
Após alguns segundos, ele retorna, com as bebidas em mãos. Ele passa a Nagi o copo com uma bebida suave e me entrega o champanhe com um gesto preciso.
— Aqui está. Aproveitem! — A voz do barman é acolhedora, mas ele já está se afastando, se preparando para atender outros clientes.
Agradeço com um sorriso, os olhos brilhando ao olhar para a bebida borbulhante. O líquido dourado dança nas taças, e o som das borbulhas estourando suavemente dentro do copo ecoa em meus ouvidos. Dou um gole, sentindo o frescor do champanhe espalhar-se pela minha boca, as borbulhas deslizando pela garganta como uma carícia delicada.
Nagi, ao meu lado, também toma um gole da sua bebida, mas seus olhos percorrem o ambiente, a tensão perceptível em sua postura. Ele observa casais trocando olhares, cochichos abafados pelo som da música preenchendo o espaço.
— Está bom? — Pergunto, tentando aliviar o silêncio que se instala entre nós, a preocupação sutil em minha voz.
Nagi acena com a cabeça, os ombros relaxando um pouco, e ele toma outro gole, como se buscando conforto na bebida. Ele me olha de volta, seus olhos agora mais suaves, sem tanta apreensão.
— Sim... está bem suave. Não é muito doce, está ótimo.
— Que bom! Fico feliz! — Respondo com um sorriso aberto, o alívio claro no meu rosto, e meu coração parece bater um pouco mais rápido por causa disso. A felicidade transparece em meu sorriso, como se fosse impossível esconder o quanto eu realmente queria que ele estivesse bem.
Ele retribui o sorriso, seus olhos agora mais tranquilos, quase como se me enxergasse de uma maneira mais profunda. Ele me observa com mais atenção, como se as palavras que eu falasse agora carregassem algum peso maior. O silêncio entre nós se estende um pouco mais, mas é confortável.
— O que vamos fazer agora na festa? — Ele pergunta finalmente, seu tom mais relaxado, mas ainda com um toque de curiosidade.
Eu penso por um momento, olhando para a pista de dança iluminada à nossa frente, com pessoas se movendo ao ritmo da música. O som vibrante parece convidar todos a se perderem nele.
— Curte dançar? Ou prefere só curtir a música? — Pergunto com uma leve inclinação de cabeça, tentando entender melhor o que ele realmente quer. Eu não quero pressioná-lo a fazer nada que o faça se sentir desconfortável, então deixo a escolha completamente nas mãos dele.
Nagi se perde por um segundo, os olhos focados no chão enquanto ele parece pesar as opções. O franzir de seu cenho revela o esforço mental que ele faz para tomar uma decisão. Quando finalmente fala, sua voz é baixa, mas sincera, como se estivesse tentando ser honesto consigo mesmo.
— Hmm... dançar exige bastante energia, mas posso tentar se você quiser. Ou podemos só ficar sentados e conversar.
— O que for melhor para você está ótimo — respondo com um sorriso suave, mais tranquilo agora, deixando claro que não há pressa. Eu só quero que ele se sinta confortável, sem pressões.
Nagi olha para a pista de dança mais uma vez, seus olhos fixos nas pessoas se movendo, mas ele ainda parece hesitar. Eu percebo o conflito interno, mas não digo nada. Ele precisa do tempo dele.
Finalmente, ele solta um suspiro suave e me olha, a decisão tomada.
— Eu... acho que vou deixar a dança para outro dia. Hoje, só quero conversar com você.
— Por mim tudo bem! Desde que seja estar com você, já está ótimo para mim — confesso, meu sorriso se tornando mais doce, quase involuntário. A simples ideia de passar mais tempo com ele já é o suficiente para eu me sentir em paz.
Nagi acena com a cabeça, um leve suspiro escapando dos seus lábios enquanto ele se deixa relaxar com minha resposta. Ele leva o copo à boca novamente, o olhar ainda mais atento sobre mim. Quando ele coloca o copo de volta na mesa, seus olhos brilham com uma expressão travessa, como se tivesse algo a mais para dizer.
— Ei... acho que alguns caras estão te encarando. — Sua voz tem uma suavidade brincalhona, mas com um toque de malícia, como se estivesse gostando de me provocar.
Eu estreito os olhos, já sentindo o incômodo crescente. A presença daqueles olhares não me é estranha, e, ao que parece, são só mais uma parte da noite. Resmungo, tentando manter a calma, mas a irritação é evidente na minha expressão.
— São uns tarados! Só uns chatos da universidade! — Respondo com um tom mais ríspido, a raiva disfarçada, mas a frustração bem presente. Já estava cansada de ser vista mais como um objeto de desejo do que como alguém interessante por quem valesse a pena lutar. Essa era uma das razões pelas quais era tão difícil encontrar alguém que realmente me atraísse... até conhecer Seishiro Nagi.
Nagi solta uma risadinha, e seus olhos se estreitam com diversão, como se estivesse achando minha irritação particularmente encantadora. O som do seu riso se mistura ao murmúrio da festa, mas eu só consigo ouvir o quanto ele está se divertindo com isso.
— Eles provavelmente estão te olhando porque você está incrível. Não conseguem tirar os olhos de você. — Ele diz com um sorriso quase convencido, seus olhos deslizando por mim de forma lenta e apreciativa, como se a sua observação fosse um elogio legítimo e sincero.
Eu sinto meu rosto esquentar instantaneamente. As palavras dele são simples, mas o efeito que causam em mim é forte. A sensação de ser vista dessa maneira, especialmente por ele, me deixa desconfortavelmente quente, e uma onda de calor sobe pelas minhas bochechas.
Nagi ri de novo, o som cheio de leveza, e eu fico sem palavras por um momento, sentindo meu corpo reagir ao que ele acabou de dizer. A diversão dele é palpável, e o fato de ele se divertir tanto com minha reação só me faz me sentir ainda mais corada. Meu rosto, agora, parece estar pegando fogo.
Nagi percebe o desconforto no meu rosto antes mesmo de eu ter tempo de me esconder atrás de um sorriso forçado. O olhar dele se suavizou por um instante, e, com um sorriso travesso, ele estendeu a mão na minha direção, como se fosse um convite para escapar daquele momento.
— ‘Tá incomodada, não é? — A pergunta sai com uma leveza quase divertida, mas seus olhos carregam uma malícia sutil, como se ele estivesse compartilhando uma pequena piada com ele mesmo.
Ele se aproxima um pouco mais, e a oferta é irresistível. A tensão no ar entre nós parece crescer, mas, ao mesmo tempo, sinto que ele é a única coisa sólida naquele mar de rostos desconhecidos. Ele não me dá tempo para pensar. Em um movimento rápido e fluido, ele segura minha mão com uma firmeza gentil, me puxando para longe da mesa e dos olhares. O gesto é leve, mas determinado, como se fosse natural para ele assumir o comando, e eu, sem pensar, sigo-o.
A música alta da festa já parece distante, abafada pelas paredes e pelos passos apressados. Tudo ao nosso redor se dilui em borrões, como se a realidade estivesse começando a girar em torno de nós. Não dizemos nada, mas ele me guia por um corredor escuro, onde a luz azul da festa mal consegue alcançar. A escuridão parece acolhedora de uma maneira estranha, como se estivesse nos oferecendo uma pequena bolha de privacidade no meio da confusão.
Quando ele finalmente para, a tensão nos ombros desaparece. Estamos em um canto mais isolado, longe da multidão, e a pressão dos olhares curiosos se dissipa como uma névoa. Nagi se vira para mim, com um sorriso satisfeito, jogando a cabeça para trás em um gesto de triunfo, como se tivesse vencido uma batalha silenciosa.
— Aqui estamos… — diz ele, sua voz suave, mas com a mesma confiança que eu vi antes. Ele parece estar se divertindo com a situação.
Eu olho ao redor, absorvendo o silêncio e a privacidade recém-adquirida. A música agora está tão distante que se torna apenas um eco vago, e a tranquilidade daquele pequeno espaço me faz relaxar. Meu corpo, que antes estava tenso e apertado, começa a se soltar aos poucos. Respiro fundo, sentindo o alívio, como se a pressão tivesse finalmente dado lugar a algo mais leve.
Nagi encosta na parede, seus braços cruzados com um ar de quem está esperando por algo. Ele me observa com atenção, como se estivesse esperando por uma reação. Mas eu apenas fico em silêncio, aproveitando aquele momento de paz, sem pressa para quebrá-lo.
Ele me observa por um tempo, os olhos fixos em mim, como se estudassem cada pequena mudança no meu comportamento. E eu, sem saber o que dizer, me permito sorrir timidamente, o canto dos meus lábios se curvando. Não é só o fato de termos fugido da pressão da festa que me alivia, mas a presença dele — tranquila, sem pressões. Ele não espera nada de mim, o que me faz querer estar mais perto dele, sentir mais essa calma que ele parece trazer consigo.
— Está melhor? — A pergunta dele chega suave, mas carregada de uma curiosidade brincalhona. Ele ainda não se afastou, e seus olhos mantêm uma intensidade que me faz sentir uma onda de calor subindo pelas minhas bochechas.
Eu levanto os ombros, sem palavras, mas o sorriso tímido no meu rosto diz tudo. A sensação de alívio é tão forte quanto a necessidade de estar mais perto dele. O espaço entre nós parece mais confortável agora, mas, ao mesmo tempo, ele me observa com uma atenção que me faz questionar o que se passa em sua mente.
Por um momento, ele se aproxima um pouco mais, tão perto que posso sentir a leveza da sua respiração, quase imperceptível, mas carregada de uma energia quase palpável. Seu olhar se aprofunda, e a tensão entre nós se transforma em algo mais carregado, algo que eu mal sei como lidar.
— Bom, agora que estamos sozinhos… — Ele começa, a voz dele se tornando mais baixa, como se estivesse prestes a compartilhar algo importante, mas a provocação ainda brilha em seus olhos, insinuante, como se ele soubesse o efeito que tem sobre mim.
A sala ao nosso redor desaparece, e a única coisa que eu consigo ouvir é o som da minha respiração e o leve murmúrio de sua voz, o espaço entre nós carregado de uma tensão que me deixa nervosa e ao mesmo tempo, ansiosa.
Nagi solta uma risada baixa, quase imperceptível, ao perceber meu rosto corado. Ele observa a reação, como se estivesse encantado com a maneira como minha timidez se revela, e por um breve momento, ele parece perdido na minha expressão. Após esse pequeno intervalo, ele se aproxima um pouco mais, diminuindo ainda mais a distância entre nós. Sua voz baixa, quase sussurrante, atinge meus ouvidos com uma suavidade que me faz prender a respiração.
— Posso te perguntar uma coisa?
Eu não esperava a pergunta, e o simples tom de sua voz me faz sentir uma leve ansiedade. Tento manter a calma, mas é difícil quando a tensão entre nós parece palpável.
— Claro! O que seria? — respiro fundo, tentando disfarçar o nervosismo que se forma na ponta da minha língua.
Nagi hesita, seus olhos em mim agora com uma leve intensidade, como se estivesse buscando a maneira certa de formular o que está prestes a perguntar. Ele passa a mão pelo cabelo, um gesto que revela sua leve apreensão antes de respirar fundo e olhar diretamente nos meus olhos. O sorriso que antes brincava em seus lábios desaparece, dando lugar a uma expressão séria.
— Por que... por que você está se dando o trabalho de estar comigo hoje à noite? Você poderia estar se divertindo com qualquer um desses caras que estão te encarando...
A pergunta dele me pega de surpresa. Fico estática por um momento, a mente turbilhando com respostas que não chegam. Ele não está brincando agora. O olhar dele, tão sério, me faz sentir como se estivesse sendo examinada, e minha respiração falha por um instante.
— Bem, eu... eu não gosto deles — respondo, minha voz mais baixa do que eu gostaria, tentando manter a calma, mas as palavras soam quase como um murmurinho, carregadas de uma sinceridade que me surpreende.
— Entendo... — ele acena com a cabeça, mas ainda assim, o olhar dele permanece fixo em mim. — Mas isso não responde minha pergunta. Por que você não está se divertindo com suas amigas, ou com qualquer outra pessoa? Por que você está aqui... comigo?
A pressão da pergunta me faz engolir em seco. Meus pensamentos ficam bagunçados, e sinto o coração acelerar de forma incontrolável. O silêncio parece se estender entre nós enquanto tento encontrar palavras que façam sentido, mas o que eu realmente quero dizer parece tão simples, tão sincero, que me assusta. Respirei fundo e, com a verdade quase em forma de suspiro, finalmente falo.
— É que... eu queria passar o tempo... com você.
Nagi fica em silêncio, seus olhos se ampliam ligeiramente, como se estivesse tentando processar o que acabei de dizer. A surpresa é visível em seu rosto, mas a tensão que antes havia entre nós parece derreter um pouco. Um pequeno sorriso começa a se formar nos cantos dos lábios dele, e ele me observa com um olhar que agora carrega algo mais suave, mais íntimo.
— Você... queria passar o tempo comigo? Mesmo com tantas pessoas mais legais e interessantes por aí?
Meu rosto aquece ainda mais, e um sorriso tímido e sincero surge nos meus lábios. Dou um passo mais perto dele, a distância entre nós diminuindo de maneira quase imperceptível, mas que deixa o ambiente carregado de algo novo, algo que não sei bem como lidar, mas que quero explorar.
— E existe alguém mais legal e interessante que você? — A pergunta sai de forma mais confiante do que eu esperava, minha voz carregada de uma leve provocação, mas também de uma sinceridade pura.
Nagi solta uma risada baixa, quase imperceptível, mas logo seu sorriso se dissolve, e ele se aproxima ainda mais de mim. Seus olhos, antes brincalhões, agora carregam um brilho diferente, mais introspectivo. Ele fala novamente, a voz mais suave e carregada de uma vulnerabilidade que eu não esperava, quase como se estivesse se confessando.
— Tem sim... Eu não sou bom em nada. Sou só um gamer e um jogador de futebol preguiçoso, entediante e sem iniciativa. Não sou nada especial, você ‘tá mentindo pra mim.
Aquelas palavras, tão duras consigo mesmo, me atingem de uma maneira inesperada. Eu o observo, sentindo uma mistura de surpresa e uma vontade imensa de afastar aquele peso que ele carrega. Sem hesitar, falo de forma firme, com uma leveza na voz que tenta suavizar as arestas da dúvida que ele parece estar carregando.
— Isso não é um problema para mim.
— Mas deveria ser. Eu não sou interessante. Não tenho nada para te oferecer de bom. Sério, estou até surpreso de você não ter percebido isso e ido falar com outro cara.
As palavras dele ficam no ar, pesadas, como se ele estivesse tentando se convencer de que não vale a pena. Sinto um impulso crescente de fazê-lo entender o oposto. Com calma, estendo a mão até seu rosto e coloco o dedo suavemente no queixo dele, sem pressa. Seguro-o com carinho, um gesto delicado que pede sua atenção. Forço-o a olhar diretamente nos meus olhos, mantendo o contato firme.
— Ei, não diga isso sobre você. Nunca mais. Você não é nada disso, longe disso. Como pode dizer que não oferece nada de bom se você me faz bem? Desde que começamos a conversar, você tem estado o tempo todo na minha cabeça. A realidade é que você me enlouqueceu. Você tem noção disso? Eu não quero outro cara, Nagi. Eu quero você. Foi por isso que te chamei para passar o tempo comigo essa noite.
Meu tom é suave, mas a sinceridade transparece em cada palavra. Ele fica em completo silêncio enquanto o olho, os dois imersos em um instante de pura intensidade. O ambiente ao nosso redor parece desaparecer, como se o tempo tivesse parado para que ele processasse tudo o que eu disse. Seus olhos estão fixos nos meus, e posso ver a confusão e a surpresa se espalhando por seu rosto. O ar entre nós parece carregado de algo novo, algo frágil.
Nagi permanece imóvel, o corpo tenso, e a expressão dele reflete a batalha interna que ele parece estar travando. Ele respira fundo, tentando absorver tudo, mas o choque ainda é visível. Por fim, ele sussurra, como se estivesse tentando acreditar no que ouviu.
— Você... você ‘tá falando sério?
— Claro que ‘tô falando sério, Nagi. — Minha voz sai firme, mas carrega uma doçura que eu sei que ele vai notar. Minhas palavras fluem sem esforço, como se meu coração estivesse ditando tudo. — Eu amo como você sempre parece tão calmo, mesmo quando tudo está uma bagunça. É como se você fosse um porto seguro no meio de um mar agitado.
As palavras o pegam de surpresa. Ele inclina a cabeça ligeiramente, os olhos semicerrados, como se estivesse tentando entender o que eu realmente queria dizer. Ainda assim, fico firme, avançando com a sinceridade que ele merece.
— Amo a forma como sua voz preguiçosa faz parecer que o mundo está menos caótico.
Vejo a sombra de um sorriso em seus lábios, mas ele não diz nada, apenas observa, como se não quisesse perder uma palavra sequer.
— E, sim, pode parecer idiota, mas eu me divirto tanto só de te assistir jogando no celular... Mesmo que você sempre me zoe por eu não saber fazer nada nesses jogos.
Ele arqueia uma sobrancelha, a expressão suavizando enquanto seu sorriso se torna mais evidente. A surpresa ainda está ali, mas há algo mais agora: curiosidade.
Eu suspiro, tentando não desviar o olhar. Minhas mãos se apertam contra o tecido da minha roupa, como se precisassem de algo para ancorar meus pensamentos.
— E, apesar de não entender nada de futebol... — continuo, minha voz mais suave, quase como se estivesse confessando algo precioso. — Eu acho incrível te ver jogando. Antes de te conhecer, eu nem sabia o que era um zagueiro!
A menção faz com que ele solte um riso curto, abafado, quase involuntário, mas seu olhar permanece fixo no meu.
— Mas, com você, eu amo aprender coisas novas, porque isso significa estar ao seu lado.
Um silêncio se instala, mas não é desconfortável. É um tipo de pausa carregada de significado, como se ele estivesse absorvendo cada palavra que eu disse. A expressão de Nagi muda lentamente; as linhas de dúvida em seu rosto se suavizam, substituídas por algo mais vulnerável, mais genuíno.
Ele balança a cabeça ligeiramente, e por um momento parece perdido em pensamentos, até que murmura, quase para si mesmo:
— Isso é estranho... — Ele desvia o olhar por um instante, mas logo volta a me encarar. Seus olhos, agora mais suaves, têm um brilho que eu nunca tinha visto antes. — Mas... eu gosto de ouvir você falar essas coisas.
— Gostou de ouvir? — provoco, inclinando a cabeça de leve, meus olhos brilhando com uma diversão travessa. Sinto a tensão entre nós mudar, como se o ar tivesse ficado mais leve. — Então posso continuar? Porque ainda não falei o quanto você parece um gatinho branco felpudo quando está com preguiça.
Nagi congela por um instante, seus olhos se arregalando enquanto processa o que eu disse. A surpresa é clara em seu rosto, e antes que ele consiga se recompor, uma risada curta e genuína escapa de seus lábios, quebrando qualquer resquício de seriedade entre nós.
— Um gatinho? Sério?
— A comparação é perfeita, não acha?
Nagi olha para mim, seus olhos cintilando com algo entre diversão e incredulidade. Ele sorri, e esse sorriso... é tudo o que importa. Não há mais espaço para qualquer dúvida sobre como ele se sente.
— Isso é o elogio mais estranho que já recebi.
— Isso é o máximo que você consegue falar sobre mim? — brinco, cruzando os braços de maneira desafiadora, um brilho de diversão nos meus olhos. Meu sorriso se amplia, quase provocando, enquanto o deixo sentir o peso da minha expectativa. — Porque, se for, você realmente está me subestimando.
— Não. Eu só estou tentando descobrir o que está acontecendo com você hoje. — A voz dele, antes cheia de despreocupação, agora carrega uma pitada de curiosidade genuína, algo que me faz querer continuar desafiando-o.
— O que está acontecendo comigo? Eu só estou sendo sincera. — A leveza na minha voz contrasta com o olhar que mantenho fixo nele, um convite silencioso para ele explorar mais.
Nagi dá um passo à frente, o movimento sutil, mas cheio de intenção. O ambiente ao redor parece diminuir, e a proximidade dele aumenta o calor entre nós. Sua postura fica um pouco mais séria, mas o brilho travesso nos olhos não desaparece, como se ele estivesse mantendo algo guardado.
— Eu sei. E isso é o que está me deixando perdido. — Ele solta, a voz um pouco mais baixa agora, um toque de admiração misturado à confusão. — Você realmente me faz ver as coisas de uma forma diferente.
Eu observo Nagi, atento a cada movimento sutil de seu rosto, a forma como ele processa minhas palavras. O brilho confiante que antes dominava seus olhos agora cede lugar a uma expressão mais pensativa, como se ele estivesse tentando encontrar algo no que eu disse. O ambiente parece silencioso ao redor, apenas o som de sua respiração e o leve eco da música distante preenchem o espaço entre nós.
— Eu nunca pensei que nossas conversas seriam assim... — Sua voz sai mais baixa, com um toque de incerteza que soa quase suave demais para ele. Ele olha para mim com um leve franzir de testa, como se estivesse reconhecendo algo novo em mim, algo que ainda não conseguia entender completamente.
— Às vezes, as coisas inesperadas são as mais interessantes, não acha? — Sussurro, minha voz suave, quase como se fosse uma provocação. O ar parece se espessar, e ele me observa com uma intensidade renovada, seus olhos agora mais atentos, como se quisesse dizer algo, mas acaba ficando em silêncio. Depois de um breve momento, ele balança a cabeça lentamente, como se estivesse aceitando a ideia, um sorriso discreto começando a se formar nos lábios dele.
Nagi parece perdido, seus olhos fixos nos meus, mas algo em sua expressão me desconcerta. Ele, que normalmente tem respostas prontas e um sorriso fácil, agora exibe uma incerteza palpável, como se estivesse tentando encontrar o que não consegue entender. O silêncio entre nós é denso, carregado de uma energia que parece vibrar no ar, como se o mundo ao nosso redor tivesse diminuído, tornando este momento o único que importa.
Eu sei que é o momento. Meu coração bate mais rápido, e um impulso crescente me faz dar o primeiro passo. Meus dedos tocam sua bochecha com uma leveza que contrasta com o peso do que está acontecendo, acariciando a pele quente e suave. A sensação de tocá-lo é quase pura, como se a simples ação de me aproximar dele já fosse carregada de significado.
Me inclino lentamente, o espaço entre nossos rostos diminuindo até que posso sentir sua respiração na minha. Meus lábios quase roçam os dele, e, com a pele arrepiada, minha voz sai como um sussurro, quase perdida no ar.
— Eu não sei o que vai acontecer depois... mas acho que precisamos descobrir.
Antes que ele tenha chance de dizer algo, o beijo acontece. É tímido, inseguro, mas ainda assim carrega uma intensidade silenciosa, um reconhecimento mútuo de que algo maior está começando a se desenhar entre nós. Nossos lábios se encontram de forma hesitante, como se ambos estivessem testando o terreno, mas, ao mesmo tempo, o contato entre nós é carregado de um calor crescente, algo que nem a dúvida pode apagar.
Nagi se afasta ligeiramente, seus olhos buscando os meus com uma intensidade que quase me paralisa. Há algo em sua expressão — uma mistura confusa de emoções e incertezas — que me faz sentir como se ele estivesse tentando decifrar o que acabou de acontecer. Seus dedos se perdem nos cabelos, como se tentasse organizar seus pensamentos, ou talvez encontrar uma explicação para o turbilhão que deve estar se formando em sua mente. O silêncio entre nós parece mais denso agora, mais carregado.
— Isso... foi inesperado. — A voz dele falha ligeiramente, a hesitação nítida em suas palavras, como se ele estivesse se questionando sobre o que realmente sentia naquele momento.
— Hum? Você achou que não ia acontecer? — Brinco, com um sorriso travesso, tentando dar uma leveza à situação. O nervosismo ainda está lá, mas a confiança já começa a se infiltrar entre nós.
Ele me encara por um momento, o olhar mais profundo agora, a expressão dele uma mistura de surpresa e algo mais difícil de identificar — talvez desejo, talvez algo que ele ainda não está pronto para nomear. Antes que eu tenha tempo de dizer mais alguma coisa, ele se aproxima novamente, o espaço entre nós desaparece com uma velocidade quase eletrica. Não há palavras desta vez. O beijo vem sem aviso, mais profundo, mais seguro, como se ele tivesse decidido que não precisava mais de respostas, apenas de ação.
O alívio é imediato. Sinto a tensão derreter enquanto meus lábios se encontram com os dele, e posso sentir que, assim como eu, ele está finalmente pronto para seguir em frente com o que quer que seja. O calor que emana dele é tudo o que eu preciso para saber que, apesar da incerteza, ele está disposto a dar o próximo passo.
Quando ele se afasta, nossos rostos ainda estão a poucos centímetros de distância, o espaço entre nós carregado de uma energia palpável. O ar ao redor parece mais espesso agora, e posso sentir o calor da respiração dele em minha pele. Ele olha para mim, seus olhos agora menos seguros, mais confusos, como se tentasse entender o que está acontecendo, mas a intensidade que brilha neles é impossível de ignorar — algo entre desejo e incerteza, um misto que me provoca.
Eu aproveito esse momento, sentindo a mudança, a leveza da situação se transformando em algo mais forte, mais intenso. O poder da cena, que até então estava em suas mãos, começa a se inverter lentamente, como se estivesse assumindo o controle da dança entre nós. Com um movimento lento e deliberado, minha mão desce até a nuca dele, meus dedos deslizando por sua pele com mais firmeza, o toque agora mais seguro, mais determinado. Ele reage a isso com um leve tremor, mas seus olhos ainda estão fixos nos meus, tentando entender o que estou prestes a fazer.
— Eu quero você, Nagi. — Minha voz sai firme, uma afirmação que parece ecoar no espaço entre nós, não uma pergunta, não um pedido. A certeza nas minhas palavras parece atingir o fundo de seu ser, e eu vejo os músculos de seu pescoço ficarem tensos, sua respiração ficando mais rápida.
Ele me encara, os olhos ampliados pela surpresa e, sim, desejo. Por um momento, ele fica em silêncio, como se estivesse absorvendo o peso do que acabei de dizer, o tempo se esticando entre nós. Posso ver o conflito interno em seu rosto, mas também percebo a aceitação — uma aceitação silenciosa, mas que diz tudo.
Quando ele finalmente se move, não há hesitação. É como se toda a tensão que se acumulou entre nós fosse liberada de uma vez, explodindo em ação. Ele puxa-me de volta para seus lábios, com uma força que é ao mesmo tempo possessiva e carinhosa, mais intensa, mais profunda. O beijo, que antes era suave e incerto, agora se torna urgente, como se ele também tivesse finalmente se rendido ao que estava acontecendo, ao que sempre esteve ali, entre nós.
A distância entre nós diminui lentamente, e a tensão no ar cresce a cada segundo, tornando-se quase palpável. O espaço entre nossos corpos parece carregar uma eletricidade invisível que faz meu coração bater mais rápido. O olhar de Nagi agora é completamente diferente, mais profundo. Há um brilho intenso no fundo de seus olhos, como se uma parte dele tivesse se acendido com a promessa do que está por vir. Eu posso ver que ele sente, tão intensamente quanto eu, o peso do momento. E isso só aumenta o desejo em mim.
Com a voz rouca, quase um sussurro, ele quebra o silêncio que se instalou entre nós, cada palavra carregada de desejo e desafio:
— T-tá tentando me matar assim? — Ele fala com uma surpresa disfarçada, mas o sorriso nos lábios trai a verdadeira intenção que ele tenta esconder.
Eu me inclino mais para perto, nossos corpos agora se tocando levemente, e sinto um arrepio percorrer minha espinha. Com um sorriso de canto, deixo minha resposta escapar, mais atrevida do que nunca.
— Mas já? Nem comecei direito ainda... — Minha voz é suave, mas as palavras, impregnadas de promessas, pairam no ar entre nós.
Nagi me encara, o sorriso torto se alargando em seus lábios enquanto ele se aproxima, os olhos fixos nos meus com uma intensidade que quase me faz perder a fala.
— Se você continuar assim, eu juro que vou puxar você pro canto mais escuro dessa festa... — O sorriso dele se torna perigoso, e eu vejo a chama do desejo em seus olhos crescer, uma chama que não consegue mais se esconder.
— É exatamente isso que eu quero. — Cada sílaba é um convite, uma provocação, e ele sabe disso. Não vai conseguir resistir.
Por um momento, o silêncio paira entre nós, mas logo a intensidade do olhar dele responde por si. Ele se aproxima mais, os movimentos agora mais decididos. E com uma força que me surpreende, mas que também faz meu coração disparar, ele me puxa para si, como se finalmente cedesse ao impulso que o tomava.
— Se isso é o que você quer, eu não vou mais resistir... — Ele diz, e as palavras, carregadas de desejo, são a última chave que quebra qualquer barreira restante. Quando ele me puxa mais para perto, posso sentir a seriedade em seu gesto, a certeza em cada movimento, e é nesse momento que o desejo entre nós se torna impossível de ignorar.
Nagi envolve seus braços ao redor de mim com uma força inesperada, os músculos tensos e decididos e, em um movimento ágil, me ergueu no colo. Sinto a mudança no ritmo, como se o tempo ao nosso redor tivesse desacelerado, e seus olhos encontram os meus com uma intensidade que quase me paralisa. Há uma determinação neles, uma certeza inabalável enquanto ele começa a caminhar com passos largos, me mantendo segura em seu abraço.
A multidão ao redor parece desaparecer conforme ele avança, e logo a festa se torna um borrão distante. Em poucos segundos, ele me leva para um canto mais afastado, onde as sombras parecem engolir tudo ao redor, criando um pequeno refúgio onde ninguém pode nos ver.
Ele não hesita. Com passos firmes, ele atravessa a escuridão, cada movimento seu carregado de propósito. Quando finalmente paramos, estamos em um espaço isolado, onde a luz mal consegue alcançar, e o ar está mais pesado, carregado de uma tensão que torna tudo ao nosso redor mais íntimo.
Nagi se vira para mim, sua presença imponente e determinada, e há algo em sua expressão que não posso ignorar — é uma decisão clara, algo que ele já escolheu fazer. Ele me aproxima de uma parede, a pressão do seu corpo contra o meu me fazendo perder o fôlego por um segundo. Sinto o calor de sua pele, o peso de sua força sutil, como se ele fosse a única coisa em meu campo de visão.
Ele me prendeu ali, mas de uma forma quase possessiva, sua mão no meu quadril, a outra contra a parede ao meu lado, criando um espaço onde nada mais importa além de nós dois. O toque é suave, mas firme, a proximidade dele tão intensa que posso sentir a batida do seu coração quase no mesmo ritmo que o meu.
Por um momento, o tempo parece dilatar. Nossos olhares se encontram, e a profundidade de seus olhos é suficiente para me fazer esquecer onde estamos. Ele me observa com tanta intensidade que sinto o peso de cada segundo. Não há pressa, só um silêncio que diz tudo.
Com um gesto delicado, ele leva uma das mãos até o meu rosto. A ponta dos seus dedos toca minha bochecha de forma tão suave que parece quase contraditório ao peso da tensão no ar, como se o carinho dele fosse um contraste perfeito com a atmosfera ao nosso redor. Cada toque dele transmite algo que palavras não podem captar, e, mesmo sem uma palavra dita, sei exatamente o que ele está dizendo.
— Ah, Nagi... Eu queria isso há tanto tempo... — minha voz sai suave, mas carregada de uma intensidade que sinto nas minhas próprias palavras. Os olhos dele permanecem fixos nos meus, e posso ver o brilho crescente neles, como se estivesse absorvendo cada sílaba, absorvendo cada sentimento que estou compartilhando.
Nagi hesita por um segundo, os lábios ligeiramente entreabertos, como se estivesse procurando as palavras certas. Quando finalmente fala, sua voz sai rouca, quase como um sussurro, mas cheia de algo que eu posso sentir na pele. O desejo contido, o anseio silencioso.
— Eu também... Eu só não conseguia tirar esses pensamentos da cabeça... — Ele diz, a confissão mais profunda do que as palavras podem expressar, sua voz trêmula por um momento, antes de se firmar novamente.
— Sério? Nunca imaginei isso vindo de um gamer preguiçoso... — As palavras saem com um toque de brincadeira, minha voz baixa e insinuante, tentando provocar uma reação dele.
A risada de Nagi é baixa e suave, mas consigo sentir o calor que ela carrega. Ele claramente achou graça na minha provocação, e isso só aumenta a tensão entre nós. Seus olhos brilham, e ele se aproxima ainda mais, deixando um espaço mínimo entre nossos corpos. O sorriso dele é ligeiramente torto, mas repleto de desafio, e consigo ver o jogo nos seus olhos.
— A imagem de gamer preguiçoso é só fachada... Por dentro, sou um animal selvagem. — Sua voz agora está mais firme, carregada de uma confiança provocante, como se cada palavra tivesse sido cuidadosamente escolhida para me envolver ainda mais.
Me arrepio quando o calor dele se aproxima, como se a sua presença invadisse todo o meu espaço, tornando tudo ao nosso redor mais denso. A tensão entre nós é palpável, crescendo a cada segundo, quase como se o ar ao nosso redor estivesse carregado de eletricidade. Meu corpo reage de maneira incontrolável, como se estivesse finalmente acordando para o que está acontecendo, e uma parte de mim se questiona por que demorei tanto para chegar aqui, a esse momento exato.
— Ah, Nagi... — O nome dele sai de meus lábios como um suspiro, suave e quase inaudível, carregado de um desejo que mal consigo conter. Parece um pedido não dito, uma confissão silenciosa que flutua no ar entre nós.
Nagi arregala os olhos ao me ouvir. O som é como um sussurro no ar, mas carrega uma carga elétrica que faz a atmosfera ao nosso redor se intensificar. Por um momento, ele fica parado, observando a reação, como se estivesse processando o impacto do que acabou de ouvir. Então, um sorriso malicioso se espalha lentamente por seu rosto, como se ele tivesse decidido seguir o próprio impulso sem hesitar. Ele se aproxima mais, seu corpo pressionando o meu com uma força inesperada, quase o sufocando com a proximidade. O calor dele se mistura ao meu, e o toque é implacável, como se quisesse marcar meu espaço, fazer com que sentisse cada centímetro do seu corpo contra o meu.
— Cale essa boquinha linda, vai… Não quero que mais ninguém ouça esses gemidinhos… quero ser o único a ouvir.
O calor que cresce dentro de mim é inegável, uma mistura de excitação e surpresa, enquanto suas palavras ousadas ressoam no ar. Fico sem palavras por um momento, a surpresa me deixando sem fôlego. Como ele pode estar falando assim? Como pode ser tão confiante, como se estivesse completamente confortável nesse momento, mesmo sendo a primeira vez dele? Os dedos dele, firmes e seguros, roçam minha pele, e a forma como ele me encara revela uma confiança que contradiz sua aparente inexperiência. A maneira como ele se entrega ao momento me faz questionar se, na verdade, ele sabe exatamente o que está fazendo, deixando-me ainda mais fascinada.
Meu corpo responde instantaneamente ao jeito como ele me trata, a tensão crescente entre nós fazendo cada toque, cada movimento, parecer ainda mais intenso. A forma como ele me observa, como se estivesse totalmente ciente do efeito que tem sobre mim, só aumenta a eletricidade no ar. Algo dentro de mim se acende, uma chama que eu não sabia que estava lá, mas agora se espalha por todo o meu ser. É uma mistura de prazer e algo mais sombrio, algo que me deixa questionando até onde estou disposta a ir. E, por mais que a ideia me surpreenda, uma parte de mim se pergunta se é isso que realmente desejo, esse jogo de poder, essa rendição ao momento. A sensação é tão viciante, tão pura em sua intensidade, que eu não posso deixar de me perguntar se, de alguma forma, estou adorando cada segundo disso.
— Só de imaginar você me dominando, já fico toda molhada… — Minhas palavras escapam como um sussurro carregado de desejo, e sinto meu corpo reagir antes mesmo de conseguir processar o que estou dizendo.
A ideia de ser dominada por ele é uma fantasia que, de alguma forma, sempre me acompanhou, mas agora, ao verbalizar, tudo parece mais real, mais tangível. Meu coração acelera, e a sensação de calor se espalha por mim, me fazendo estremecer levemente. Eu posso ver no rosto de Nagi, antes de ouvir sua risada, que ele gostou do que disse. Há algo nos seus olhos, uma chama que agora parece se acender com mais intensidade.
Nagi solta uma risada baixa, mas não é uma risada qualquer — é uma risada que transborda confiança, como se soubesse o impacto de suas palavras sobre mim. Ele se aproxima ainda mais, seu rosto quase tocando o meu, e o ar entre nós se torna denso, carregado de uma tensão elétrica que parece vibrar em cada célula do meu corpo. O calor do seu corpo, seu respirar mais rápido, quase em sincronia com o meu, faz meu peito subir e descer de forma desigual.
Com um gesto sutil, ele leva a mão até o meu rosto, a ponta dos dedos deslizando delicadamente pela minha pele, o toque suave contrastando com a força implícita em suas palavras. Cada movimento dele parece um lembrete de que ele tem o controle — e, de alguma forma, isso me excita ainda mais.
— Você fica toda molhada só de imaginar eu te dominando? Que garota fácil.
As palavras dele são como um desafio, mas não consigo negar o sorriso que se forma nos meus lábios, um sorriso que diz tanto quanto minha respiração irregular. Eu fico, por um momento, absorvida na forma como ele me vê, como ele entende o que sou, o que quero, e como ele consegue ler isso tudo apenas no mais simples dos toques.
— Eu fico assim só de olhar para você... Ou pensar em você... — Minhas mãos se movem de forma quase instintiva, e eu seguro o queixo dele com uma firmeza que, surpreendentemente, me dá confiança. O toque de meus dedos em sua pele macia e suave, mas firme, forçando sua atenção a me olhar diretamente. — Puta homem gostoso.
Quando Nagi ri, o som é baixo, quase um ronronar, e eu consigo sentir o calor que se espalha entre nós. Ele claramente adora a forma como me expresso, como se estivesse saboreando a ideia de ter esse controle sobre mim. A maneira como seus olhos brilham, intensos e cheios de algo mais, me faz estremecer, e a minha respiração fica mais pesada, quase como se o ar ao nosso redor tivesse ficado mais espesso.
Ele demora um segundo, talvez para saborear o momento, antes de sua mão deslizar até minha cintura com uma firmeza que me faz estremecer. O toque dele não é suave, mas também não é brusco; é um toque que impõe sua presença, que me coloca ainda mais perto dele. Eu posso sentir a pressão do seu corpo contra o meu, como se ele quisesse garantir que não há mais distância entre nós, que o espaço entre nós agora é completamente dele.
Seus olhos, antes brilhantes e provocadores, agora escurecem de uma maneira que me deixa sem palavras. Há uma intensidade neles, uma paixão que é quase palpável, e eu posso sentir a eletricidade na atmosfera, uma vibração que cresce entre nós, mais forte a cada segundo.
— É mesmo? Você só precisa pensar em mim para ficar toda molhada? Parece que vou ter que fazer um esforço extra para te satisfazer… gostosa.
— Porra, você me excita tanto que não é justo…
Nagi solta um riso baixo, quase desdenhoso, mas seus olhos brilham com um prazer evidente ao ouvir minha resposta. Ele parece se divertir com a forma como eu falo, com o jeito que estou me entregando à intensidade do que estamos vivendo. Em um movimento rápido, ele levanta uma mão e a coloca de forma possessiva sobre meu queixo, pressionando levemente, forçando-me a olhar diretamente para ele. A proximidade de seus dedos na minha pele faz um arrepio subir pela minha espinha.
O ar entre nós está carregado, cada segundo mais carregado de emoção à flor da pele, e sua voz, embora suave, tem um tom que me faz sentir sua presença de forma ainda mais marcante. Ele responde de uma maneira que me faz entender que está no controle, sua palavra soando como uma ordem disfarçada de desejo.
— Ah, você é só minha… Minha vadiazinha suja.
Meu corpo responde imediatamente à forma como ele me chama. Uma onda de excitação percorre minha espinha, e algo dentro de mim se acende, mais intenso do que antes. Eu não consigo esconder o arrepio que percorre minha pele, meu peito subindo e descendo de maneira rápida. As palavras dele são como um choque elétrico, fazendo meu coração bater mais forte, mais rápido. Ele sabe exatamente o que está fazendo e a maneira como me chama me faz sentir... diferente. Mais vulnerável, mais exposta, mas de uma forma que eu nunca imaginei que iria me agradar tanto.
Meus lábios se entreabre levemente, e eu mal consigo manter os olhos fixos nele. A sensação de ser chamada assim, com esse tom que mistura dominação e desejo, me faz querer mais, me faz querer que ele continue. Isso é o que eu precisava, o que eu queria. O ápice, o ponto onde tudo se torna claro. Tudo o que ele diz, tudo o que ele faz... me tira o fôlego. Eu estou completamente cativada, e ele sabe disso.
— Nagi... Eu quero… Por favor…
Eu vejo o sorriso se espalhando pelo rosto de Nagi, e algo dentro de mim se aquece ao perceber o prazer que ele sente ao me ver dessa forma. A ansiedade em mim é perceptível, minha respiração mais curta, mas ele… parece estar completamente à vontade, como se estivesse se alimentando da minha vulnerabilidade. O modo como ele me observa, com aquele brilho no olhar, faz meu corpo se contorcer de uma maneira que eu não consigo controlar.
Ele se move devagar, se agachando até que sua altura me força a olhar para cima. A sensação de ser observada assim, de cabeça inclinada para trás, aumenta a pulsação entre nós. Seu toque suave no meu rosto só intensifica a sensação de proximidade. Eu posso sentir a leveza de seus dedos deslizando na minha pele, mas há algo em sua calma que faz meu estômago se revirar, como se ele estivesse no controle de tudo. Tudo em mim está reagindo, sem saber se devo ceder ou resistir.
— Eu sei o que você quer, amor. Vou te dar exatamente quando eu quiser.
— Agora... Por favor. Eu necessito de você…
— Impaciente assim? Não pode esperar um pouquinho? — Ele agarra meu rosto, acariciando suavemente enquanto ele fala.
Minha mão desliza até o zíper da calça dele, a sensação do tecido sob meus dedos intensificando o crescente fervor no ar. Há uma hesitação, um pequeno momento de silêncio, e eu sei que ele percebe o que estou fazendo. Sinto a leveza do toque, a proximidade do que quero, e mesmo assim, meu corpo treme, esperando uma resposta dele, implorando em silêncio.
Quando Nagi olha para mim, seus olhos estão diferentes, mais escuros, mais intensos. A maneira como ele observa minha mão sobre o zíper da calça... é como se ele estivesse absorvendo o gesto, a expectativa crescendo entre nós. Ele engole em seco e soltou uma respiração pesada, como se estivesse tentando manter o controle, mas o simples fato de olhar para baixo, para onde estou, já é o suficiente para quebrar a distância entre nós.
— Você quer ele já, é isso?
Minhas palavras saem baixas, carregadas de um desejo crescente que eu mal consigo controlar. Ao falar, sinto o ar ao redor de nós pesar, como se a simples confissão já tivesse mudado a dinâmica entre nós. Quando vejo Nagi, seus olhos se alargam brevemente, e há algo ali que me faz estremecer, um reconhecimento silencioso de que ele entendeu o que eu quis dizer. Seu corpo fica tenso, como se a vontade de ceder e de se aproximar fosse irresistível.
Ele leva a mão até os meus cabelos, os dedos acariciando delicadamente, mas sua expressão revela algo mais profundo, mais intenso. Ele me encara, seus olhos agora com uma carga de desejo contida, e sua voz sai suave, mas com uma firmeza que não posso ignorar.
— Você já quer chupar meu pau? Está ansiosa assim por mim, vadiazinha suja…
— Você é tão malvado… Eu não aguento mais… — As palavras saem baixas, como se o simples som delas fosse uma súplica. A sensação de necessidade me consome de tal forma que, sem pensar, minhas mãos se movem, encontrando o zíper da calça dele, o movimento quase instintivo, como se meu corpo soubesse exatamente o que fazer, sem a permissão da minha mente.
Nagi me observa com uma intensidade crescente, meus batimentos ecoando no peito à medida que a distância entre nós diminui. O olhar dele é uma mistura de desejo e controle, como se quisesse se entregar, mas estivesse se segurando, como se cada segundo de espera fosse uma provocação silenciosa. O ar entre nós parece denso, cada respiração compartilhada criando um clima carregado que nos envolve.
Com os dedos trêmulos, começo a baixar o zíper da calça dele, e posso sentir os olhos de Nagi fixados em mim, carregados de uma antecipação palpável. Quando o faço, as palavras desaparecem, substituídas pelo som rítmico das nossas respirações e os batimentos acelerados que ecoam em minha mente. Ele permanece imóvel, controlando o impulso de se aproximar mais. Depois de um instante que parece se arrastar, ele finalmente quebra o silêncio com um suspiro, seus dedos firmes no meu rosto, puxando minha atenção de volta para ele.
— Ah, sim... Eu sou tão malvado, né? Estou torturando você assim...
A voz dele carrega uma provocação suave, mas também uma satisfação visível com o controle que exerce sobre a situação. A mão dele no meu rosto é quase suave demais, criando um contraste com a tensão palpável que paira entre nós. Engulo em seco, sentindo o calor crescer dentro de mim.
Com os dedos trêmulos, continuo, baixando não apenas a calça dele, mas tudo o que vem a seguir. A visão que se revela diante de mim me faz hesitar por um momento, absorvendo a intensidade daquele instante. Cada movimento meu parece um convite, mas também um teste de coragem e confiança.
Ele me observa, imensamente cativado, um sorriso curvando os cantos dos lábios, claramente impressionado com a minha atitude. A urgência entre nós se transforma em algo mais denso, quase elétrico. A maneira como ele me observa faz meu corpo tremer, e por um momento, me sinto vulnerável, exposta, mas desejada de uma forma avassaladora.
De repente, sua mão retorna ao meu rosto, e a suavidade do toque é o contraste perfeito com o desejo queimando nos olhos dele. Ele se aproxima, sua voz carregada de uma luxúria tão palpável que quase posso tocá-la.
— Olha para ele, amor... Tão duro e ansioso por você. Está pronta?
Sem dizer uma palavra, coloco minha boca ao redor dele, um gesto impaciente, quase faminto. Nagi fecha os olhos com força, como se o simples esforço de se controlar fosse o único comando que ainda conseguisse seguir. A eletricidade no ar é inconfundível, e posso sentir o corpo dele tenso, contido, enquanto ele tenta absorver cada sensação. Movendo-me devagar, quero prolongar a profundidade de cada momento. A cada movimento, ele solta um suspiro que soa como um lamento, e isso só aumenta meu desejo.
Quando ele finalmente coloca a mão nos meus cabelos, o toque é suave, como se estivesse lutando contra o impulso de me puxar com mais força. O gesto delicado me faz sentir uma onda de calor, uma mistura de vulnerabilidade e poder. Sinto o controle escorregando entre nós, mas ele ainda se segura, resistindo à tentação de se entregar completamente.
Nagi solta um gemido baixo, sua respiração pesada, como se cada segundo fosse um esforço para manter a compostura. Seus dedos tocam meu rosto com suavidade, como se tentassem se ancorar em algo tangível, mas sua mente já está perdida nas sensações. A intensidade do prazer que ele não consegue esconder apenas aumenta a necessidade de estar ainda mais perto dele.
Seus olhos estão fixos em mim, escuros e intensos, preenchidos com algo que não consigo mais ignorar. Cada movimento meu parece intensificar a tensão entre nós, como se ele estivesse se desfazendo a cada toque, mas ainda tentando manter o controle. O calor entre nós é quase insuportável, e a maneira como ele se morde, como se estivesse à beira de ceder, só me provoca mais, me dando uma sensação de poder inesperada.
Sinto a tensão nele, mas também sua rendição silenciosa. E isso, mais do que qualquer coisa, me faz querer continuar, desejando que ele se entregue por completo a esse momento.
— Caralho… Você fica tão gostosa assim… Me mostrando o quanto me deseja…
Nagi percebe que já não consegue mais manter o controle sobre o que há tanto tempo tentava conter. Seus olhos se fecham por um momento, o corpo tenso, e, com um suspiro, ele começa a se mover, cada movimento uma luta interna entre o prazer e o desejo de não perder o controle. Sinto a pressão das mãos nos meus cabelos, um toque que, embora suave, me mantém ali, cativa.
O calor entre nós cresce, e, a cada movimento, a intensidade aumenta. Não é apenas o toque, é a forma como ele está completamente presente, entregue, sabendo que a cada segundo se aproxima mais da rendição. Cada gesto, cada suspiro, me faz sentir que estamos criando algo além do físico — uma conexão profunda e impossível de ignorar.
Nagi luta contra algo que já está prestes a vencê-lo. Seu corpo tenso, ofegante, revela o esforço em cada movimento, como se estivesse à beira de um precipício emocional. Sua respiração, cada vez mais irregular, carrega a tensão entre nós, o calor crescente tornando o ar denso e palpável. Ele tenta resistir, mas é óbvio que o prazer o está consumindo, quebrando as barreiras que ainda restam.
A cada suspiro, sua vontade e desejo se entrelaçam, como se cada gesto que ele faz me arrastasse mais para uma cumplicidade que vai além do físico. Seu esforço me revela o quanto ele está se entregando, como se tudo o que ele fosse, tudo o que ele tem, fosse meu, naquele momento.
— Caralho, vou gozar… vou gozar na sua boca…
— Eu não posso imaginar nada tão delicioso e duro quanto seu pau, amor…
Nagi se contorce ligeiramente, como se a luta contra o que sabia ser inevitável fosse sua última resistência. Nossos olhares se encontram brevemente, os dele escuros e carregados, antes de se fecharem, permitindo que ele se perca completamente no que estamos vivendo. A respiração dele é irregular, cortante, e o calor entre nós parece quase tangível, preenchendo o espaço.
Um gemido grave escapa de seus lábios, carregado de uma mistura de vulnerabilidade e prazer. Ele tenta conter-se, mas o corpo trai sua mente. A mão dele encontra meu rosto, os dedos quentes traçando minha pele com uma ternura quase contrastante com a intensidade do momento. Sua voz rouca sussurra palavras que são mais do que convite; são promessas de êxtase.
Os tremores começam, sutis e incontroláveis, percorrendo o corpo dele enquanto, finalmente, ele se entrega. Seus gemidos se tornam mais audíveis, intensos, um reflexo da rendição de seu corpo e alma. Observar sua entrega é como testemunhar algo simultaneamente bruto e sublime, um ato de vulnerabilidade absoluta.
Quando ele começa a se recuperar, seus olhos se abrem lentamente, ainda mareados, fixando os meus com uma mistura de surpresa e uma admiração silenciosa. Ele respira fundo, a mão ainda acariciando meu rosto, como se quisesse eternizar aquele instante.
A profundidade em seu olhar faz meu coração acelerar, como se fosse uma declaração silenciosa de que o que acabamos de compartilhar foi muito mais do que físico. Foi uma verdadeira conexão, profunda, que não precisa de palavras para ser compreendida.
— Ah, porra… — Ele respira fundo enquanto continua a olhar para mim, claramente extasiado com a visão do meu rosto depois de chupá-lo. — Quero te devorar agora…
— Eu amo quando você fala assim.
— Pode deixar que vou te torturar ainda mais agora, amor… — Nagi fica em cima de você, abrindo com cuidado suas pernas. — Vou te fazer suplicar, amor. Isso até você esquecer seu próprio nome…
— Pois faça… Eu preciso de você dentro de mim agora mesmo…
— É mesmo? Já quer que eu te devore toda?
Os dedos dele deslizam lentamente até o topo do meu vestido, um movimento hesitante, como se quisesse prolongar a tensão que paira entre nós. Seus olhos, intensos e fixos nos meus, fazem meu coração acelerar, e eu sinto cada batimento pulsando no ar. O tempo parece esticar, criando um silêncio pesado onde só existe a eletricidade entre nós.
Com um cuidado quase reverente, ele começa a puxar o tecido, sua mão deslizando suavemente, mas com um toque que revela a urgência por trás de sua calma aparente. Quando ele tira minha meia calça e calcinha, o calor de sua respiração pesada no meu pescoço é como um reflexo do desejo que transparece nos seus olhos. Cada movimento dele é uma mistura de adoração e impaciência, como se quisesse absorver o momento enquanto se aproxima mais de mim.
Sua determinação cresce a cada segundo que passa e, finalmente, ele afasta o tecido com mais rapidez, como se a barreira entre nós fosse uma última resistência que ele precisava quebrar. Suas mãos, ao mesmo tempo firmes e cuidadosas, me fazem sentir desejada de uma maneira profunda, como se estivesse sendo adorada em sua totalidade. A entrega é mútua, um jogo de vulnerabilidade onde, assim como ele, me entrego sem reservas.
— Ah, Nagi... A demora de te ter está me matando…
— Acho que estamos no mesmo estado, amor...
Antes que eu possa processar, suas mãos firmes encontram minha cintura, o toque é decidido, mas carrega uma delicadeza que me faz estremecer. Em um instante, ele me guia até o chão, e o breve choque do movimento faz o mundo girar por um momento, até que tudo o que resta é ele. Só ele.
A superfície fria pressiona minhas costas, criando um contraste nítido com o calor que emana de seu corpo tão próximo. Ele se posiciona sobre mim, seus movimentos urgentes, mas carregados de um propósito silencioso. Minha respiração acelera, cada subida e descida do meu peito parecendo sincronizada com o olhar que ele me lança — intenso, profundo, como se pudesse enxergar tudo o que sou. Seus olhos, agora mais escuros, são uma tempestade de desejo, mas há algo mais ali, algo que me faz sentir ancorada e protegida.
Seu peso contra mim não é esmagador, mas conforta, como se me cercasse e me mantivesse exatamente onde ele quer que eu esteja. Cada movimento dele transmite essa certeza, uma dança entre firmeza e cuidado que fala mais do que qualquer palavra poderia. O espaço ao nosso redor desaparece, e o que sobra é a tensão que cresce a cada toque, cada olhar, um calor que parece consumir tudo o que somos, deixando apenas a essência pura desse momento.
— Eu nunca me senti tão atraída por ninguém como eu sou por você…
— Nem eu, com ninguém como você… — Ele desliza seu olhar pelo meu rosto, para minha boca e pescoço. — Você é tão… sexy…
Meu corpo se arqueia levemente, tomado por uma mistura irresistível de nervosismo e expectativa. O olhar de Nagi, agora ainda mais sombrio, me prende como se pudesse enxergar cada parte de mim, revelando segredos que nem eu mesma conhecia. Quando ele sorri, é um sorriso carregado de intenção, como se estivesse no controle de todas as minhas reações antes mesmo de eu percebê-las.
O calor explode pelo meu corpo quando seus dedos roçam meu pescoço, o toque firme o suficiente para me lembrar de quem conduz esse momento. Meu coração martela contra o peito, cada batida pulsando na garganta, enquanto ele observa cada nuance do que sinto. É como se ele estivesse me estudando, desvendando tudo com um cuidado quase cruel de tão preciso.
A outra mão dele desliza pelo meu corpo com a mesma intenção calculada, encontrando um caminho entre minhas pernas que faz minha respiração acelerar. O simples contato parece acender algo profundo dentro de mim, algo que não consigo — ou não quero — controlar. O olhar que ele lança é carregado de promessas silenciosas, uma dança hipnotizante entre o desejo e a vulnerabilidade, onde cada gesto dele me desmonta aos poucos.
Nagi mantém um ritmo deliberado, os toques mergulhados em cuidado e determinação, enquanto meu corpo responde sem resistência. A atmosfera ao nosso redor é densa, sufocante de tão carregada, mas ao mesmo tempo não consigo desejar outra coisa além de prolongar esse momento, de me perder completamente nele.
— Você ‘tá me matando de propósito, né?
— Pode ser… — Ele coloca suavemente a língua na lateral do meu pescoço e sua mão desliza suavemente entre minhas coxas. — Mas você gosta disso.
Um sorriso malicioso surge em meus lábios antes mesmo que eu perceba. Há algo irresistível na forma como ele me observa, como se cada olhar fosse um convite e um desafio ao mesmo tempo. Os olhos de Nagi, fixos nos meus, carregam uma intensidade que faz o ar ao nosso redor parecer mais pesado, quase elétrico. É como se ele estivesse me testando, esperando para ver quem vai ceder primeiro, quem vai atravessar essa linha tênue que separa o controle do abandono.
Sua mão desliza lentamente pela minha perna, os dedos traçando um caminho que parece queimar de leve por onde passam. Cada toque é meticulosamente calculado, como se ele quisesse gravar cada sensação na minha pele, deixando sua marca. Meu coração acelera em resposta, a tensão crescendo entre nós de forma quase insuportável. Apesar da provocação evidente, há algo tranquilizador na delicadeza do movimento, como se ele estivesse ao mesmo tempo reivindicando o controle e pedindo permissão, num equilíbrio perfeito entre domínio e cuidado.
— Ah, não tenta se fazer de malvada comigo, amor… — Ele coloca levemente uma de suas mãos em meu pescoço enquanto ele volta a falar próximo a meu ouvido novamente. — Eu vou te torturar mais ainda do que o quanto já estou te torturando agora…
— Desse jeito eu não vou aguentar… Quero você logo…
— Eu ainda não ouço você pedindo direito, vadiazinha… — Ele coloca novamente a língua suavemente no meu pescoço. — Diga que me quer…
— Amor, eu quero... Por favor…
— Agora sim… uma boa vadiazinha suja… — Ele abre um leve riso enquanto imploro, agora finalmente me dando o que quero enquanto ele responde suavemente. — Vou te dar o que você quer, amor…
O calor dele é sufocante, quase intoxicante, enquanto Nagi desliza suas pernas contra as minhas. O movimento é lento, mas carregado de propósito, cada roçar dos seus músculos nos meus enviando uma onda de arrepios que parece incendiar cada nervo do meu corpo. Ele se aproxima, diminuindo o espaço entre nós até que quase não reste mais nada. Minha respiração fica presa, como se o ar não fosse suficiente para conter a intensidade do momento.
Seus dedos encontram minhas coxas com uma suavidade meticulosa, mas há uma firmeza implícita, como se ele estivesse traçando territórios que só ele poderia explorar. Sua mão avança lentamente, cada movimento uma combinação de controle e convite, enquanto ele abre espaço entre minhas pernas de forma deliberada, saboreando cada segundo da minha rendição.
A proximidade da cabeça dele me faz estremecer. Sua respiração, quente e ritmada, roça contra minha pele, carregando o peso de algo não dito, mas impossível de ignorar. O silêncio ao nosso redor é ensurdecedor, preenchido apenas pela tensão que pulsa entre nós, mais poderosa do que qualquer palavra. Cada gesto dele parece um chamado primitivo, e tudo em mim responde, como se eu tivesse esperado por isso durante toda a minha vida sem saber.
— Coloque suas mãos nas minhas costas. Agora.
Minha mente não hesita, e meu corpo responde instintivamente, movido por uma vontade que não consigo controlar. Minhas mãos deslizam por suas costas, os dedos traçando cada curva e linha da pele quente e firme, como se quisessem eternizar cada detalhe em minha memória. O simples contato envia uma onda de eletricidade pelo meu corpo, acelerando meu coração e roubando minha respiração, como se eu estivesse me jogando em algo avassalador e inevitável.
Nagi não desvia o olhar. Seus olhos permanecem fixos nos meus, intensos e profundos, como se fossem capazes de desvendar cada segredo escondido em minha mente. O mundo ao nosso redor desaparece; só existe ele, e aquele magnetismo irresistível que me mantém presa, completamente vulnerável. Há um poder em seu olhar que me desarma e, ao mesmo tempo, me impulsiona a me entregar, a corresponder com a mesma intensidade.
— Boa garota… — Ele coloca suavemente uma de suas mãos na parte de trás de uma de suas pernas, abrindo mais ainda enquanto ele coloca suavemente a outra mão em sua cintura enquanto se aproxima. — Vou te devorar…
— Me devore, amor… Sou todinha sua.
As palavras mal escapam dos meus lábios, mas parecem ser tudo o que ele precisa para liberar algo dentro de si. O sorriso que se forma em seu rosto é amplo, quase predatório, mas há uma ternura latente, escondida sob a superfície. É um sorriso que promete muito mais do que palavras poderiam expressar, como se ele estivesse saboreando cada segundo do meu pedido. O olhar de Nagi me atravessa, carregado de uma intensidade que me faz sentir como se o mundo ao nosso redor tivesse desaparecido — como se, naquele instante, eu fosse tudo para ele.
Ele se inclina lentamente, a proximidade crescente roubando o ar dos meus pulmões. O calor de sua respiração contra minha pele é quase insuportável, um contraste delicioso com os arrepios que percorrem minha espinha. Seus movimentos são deliberados, lentos a ponto de serem torturantes, como se ele estivesse prolongando o momento de propósito, estendendo a tensão que nos prende. Cada centímetro que ele avança parece carregar uma promessa, um desejo tão palpável que quase consigo tocá-lo. Meu coração martela contra meu peito, e a irregularidade da minha respiração entrega o efeito que ele tem sobre mim.
— Ah, você é só minha… deixa eu devorar você todinha…
Sinto o calor da palma dele se mover devagar pela minha pele, deixando um rastro de sensações que me fazem arrepiar. A mão que antes estava firme em minha cintura agora desliza com uma suavidade quase reverente, encontrando a parte de trás da minha perna. Cada toque é como uma promessa silenciosa, cheia de intenção e cuidado.
Ele inclina-se lentamente, e posso sentir a proximidade crescente do rosto dele contra meu pescoço. O calor de sua respiração acaricia minha pele antes mesmo de seus lábios tocarem, enviando uma onda de antecipação que faz meu corpo reagir sem controle. A maneira como ele se move é deliberada, como se estivesse saboreando o momento, apreciando cada pequeno gesto, cada suspiro que escapa de mim.
Seus dedos pressionam levemente a minha perna, como se quisessem me ancorar naquele instante, enquanto a outra mão permanece em minha cintura, firme e protetora. O contraste entre o toque seguro e o deslizar provocante faz meu coração acelerar, e minha mente se perde na sensação do momento, totalmente entregue ao que ele provoca em mim.
— Nagi…
Sinto o calor de sua respiração se aproximando da minha pele antes que a língua dele toque suavemente a minha clavícula. O toque é lento, como se ele estivesse saboreando cada centímetro, e meu corpo estremece levemente com a intensidade desse gesto. Cada movimento dele parece desenhado para me fazer sentir mais, para me prender ainda mais naquele momento.
Quando ele ouve seu nome escapar dos meus lábios, há uma mudança sutil em sua expressão, algo como um fio de desejo que se intensifica. Ele se aproxima ainda mais, sua língua deslizando devagar, descendo pela minha pele, e sinto cada músculo do meu corpo se apertar em resposta. Não é só o toque físico, mas a forma como ele parece se entregar a cada som que faço, se perdendo na minha voz como se fosse a única coisa que importasse.
Seu nome, dito por mim, parece algo que o faz se aproximar ainda mais, levando-o a descer um pouco mais, como se ele quisesse explorar não só minha pele, mas cada sentimento que estou deixando transparecer. E, no fundo, sei que ele também está se perdendo nesse jogo, nesse espaço entre o que é dito e o que é sentido.
— Nagi... Eu te amo…
— Ah, amor, eu também te amo…
— Obrigada por... Aparecer na minha vida...
Eu te amo tanto que eu não sei... explicar.
— Você também apareceu na minha… Você iluminou minha vida no meio de tanta monotonia e indolência… Eu também não sei explicar… Eu te amo tanto…
A língua de Nagi desliza suavemente pela parte interna da minha coxa, o toque leve e controlado, como se ele estivesse experimentando cada centímetro de pele, provocando uma onda de sensações que vai do prazer à tensão. Meus olhos se fecham por um momento, mas logo volto a encará-lo, sentindo a intensidade de seu olhar diretamente sobre mim, um olhar que transborda desejo e foco, como se estivesse mais atento ao que eu estou sentindo do que ao que ele está fazendo.
Sinto meus dedos se apertando em seus cabelos, a necessidade de tê-lo mais perto crescendo a cada segundo. Cada movimento seu parece me prender mais, não só fisicamente, mas de uma forma que é quase impossível de descrever. Ele responde suavemente, sua voz rouca e baixa, carregada de uma sensação que não consigo ignorar, uma resposta que só aumenta a tensão entre nós.
— Posso te sentir tremendo, amor… E ainda nem entrei dentro de você…
Minha respiração está ofegante quando sinto a urgência crescendo entre nós, a pulsação no ar quase perceptível. Com um gesto rápido, minha mão desliza para a pequena bolsinha próxima ao meu vestido, jogado no chão ao lado. Meu coração acelera ainda mais enquanto eu pego a camisinha entre os dedos, meus olhos encontrando os dele em um momento que mistura cumplicidade e desejo.
Os lábios de Nagi se curvam em um sorriso sutil, como se aprovasse minha iniciativa, enquanto me observo com uma intensidade quase hipnótica. Minhas mãos trabalham rapidamente, rasgando a embalagem com cuidado e deslizando o preservativo sobre ele, meus dedos se movendo com delicadeza, mas firmes o suficiente para não quebrar o ritmo crescente do momento.
O toque envia um arrepio por toda a extensão do meu corpo, mas não há hesitação em meus movimentos. Assim que termino, os olhos de Nagi brilham com um misto de admiração e desejo, e ele não perde tempo em retomar o controle da situação, me puxando para mais perto como se quisesse me recompensar por cada segundo de antecipação.
Nagi se move com uma precisão quase cruel, a ponta da sua língua na minha boceta de maneira tão delicada que um arrepio percorre minha espinha. Ele não apressa, cada gesto é lento, como se estivesse me estudando, testando meus limites. Com uma das mãos, ele desliza até a parte de baixo da sua coxa, a pressão suave, mas firme. A sensação de sua proximidade me faz o coração acelerar, e seus olhos encontraram os meus por um segundo, como se soubesse exatamente o que estou sentindo, antes de me provocar mais uma vez. Cada movimento, cada toque, é uma dança silenciosa entre o prazer e a expectativa, e eu me vejo perdida no espaço entre os dois.
Um gemido mais alto escapa dos meus lábios, mais intenso que os outros, e percebo o efeito que isso tem nele. Nagi responde com algumas chupadas profundas, o som delas preenchendo o espaço ao nosso redor. Ele parece absorver cada gemido meu, como se minha voz fosse a única coisa que o mantém ali, preso àquele momento. Sua língua explora com mais profundidade, e a sensação é ao mesmo tempo intensa e delicada, como se ele soubesse exatamente onde tocar. Sinto sua mão apertando minha perna, firme e controlada, segurando-me sob seu controle, e a tensão entre nós cresce, cada toque mais avassalador que o anterior.
— Ah, que delícia… Me faz ficar louco ouvir você gemer assim para mim…
— Ah, Nagi... Me chupa mais que eu vou gozar…
— Vai mesmo, amor? Vai se entregar toda pra mim e gozar na minha boca assim…
Eu me perco no momento, um gemido que não consigo controlar escapando enquanto o prazer me invade de forma avassaladora. Nagi permanece ali, ouvindo cada som que escapa de mim, como se a minha resposta fosse a única coisa que importasse para ele. Ele continua, seu toque decidido e suave, como se se perdesse tanto quanto eu naquele momento. O sabor dele parece intensificar a sensação, e eu sinto cada movimento, como se ele estivesse absorvendo tudo, se deliciando com minha entrega. Sua resposta é suave, mas a satisfação em sua voz é clara, e, ao continuar, ele se entrega ao ritmo entre nós, como se o prazer fosse algo que ambos não conseguimos mais conter.
— Que delícia que você é… eu podia te chupar toda noite enquanto escuto seus gemidinhos…
— Ah, Nagi... Você é tão gostoso que chega a ser selvagem… — solto um suspiro pesado, mas logo volto a falar. — Agora quero você dentro de mim... Me dê tudo de você…
— Você quer o quê, amor? Me diga, diga que quer o meu pau.
— Por favor, amor... Esse pau é tudo que preciso... e talvez um pouco de ar…
— Ah, mas você terá tudo que precisa, minha vadiazinha suja.
Sinto a mão de Nagi deslizar suavemente entre minhas coxas, a pressão delicada, mas cheia de intenção. Ele me guia com precisão, cada movimento calculado, como se estivesse ouvindo o ritmo do meu corpo. Seu olhar permanece fixo no meu, profundo e intenso, como se estivesse esperando algo — uma reação, um sinal de que estamos na mesma sintonia. A cabeça do seu pau encontra a minha boceta, e, por um segundo, tudo fica suspenso. Seus olhos não deixam os meus, o silêncio entre nós carregado de uma promessa que ainda não se cumpriu.
Então, sua mão encontra minha cintura, e a sensação de seu toque firme me faz soltar um gemido. Nagi respira fundo, seus olhos escurecendo com algo primordial e, enquanto ele começa a se mover lentamente, posso sentir o controle que ele mantém, mesmo quando sua voz sai suavemente, como se quisesse me prender em cada palavra, em cada gesto.
— Ah, é disso que eu gosto... Isso é tão quente. Foda-me mais, amor…
Nagi aumenta o ritmo com uma suavidade que me faz prender a respiração, cada movimento seu cheio de controle e intenção. Ele escuta atentamente as palavras que escapam de mim, como se elas fossem a única coisa que importasse. Sua mão na minha cintura é firme, quase possessiva, como se me ancorasse ali, enquanto ele responde suavemente, seu tom carregado de prazer contido. Eu sinto cada movimento, profundo e ritmado, invadindo-me com uma intensidade que cresce a cada segundo, e eu não posso evitar de gemer, perdida no que ele me causa.
Ele continua, acelerando delicadamente, mas com uma precisão que me faz estremecer. Cada movimento mais fundo, mais rápido, como se estivesse se aprofundando não apenas fisicamente, mas em algo mais profundo entre nós. Seus olhos, fixos nos meus, refletem uma mistura de desejo e controle, e a respiração dele se torna mais pesada, mais urgente. É como se, a cada segundo, ele me levasse mais fundo nesse desejo que parece não ter fim.
— Ah... Seu pau está tão cheio... É uma sensação incrível…
Nagi continua gemendo, cada som seu se misturando ao meu, e posso sentir que ele está perdendo um pouco do controle. Há algo em sua respiração, entrecortada e profunda, que me diz tudo sem precisar de palavras. Ele responde suavemente, mas a tensão em sua voz é clara, como se estivesse tentando se manter firme, ainda assim, não conseguindo esconder o prazer que está me causando.
Ele acelera, e a pressão aumenta. Cada movimento se torna mais intenso, mais urgente, e eu quase perco o fôlego. Sinto seu corpo se aprofundar em mim, mais fundo, mais rápido, e os gemidos dele se tornam uma melodia que ressoa na minha pele. Sua resposta chega em um sussurro, entre os gemidos que escapam, e eu me sinto completamente tomada pela sensação, pelo momento, enquanto ele se entrega mais e mais.
— Me fode mais que eu vou gozar…
Nagi acelera ainda mais, e posso sentir cada movimento seu, mais rápido, mais intenso, como se ele estivesse se entregando ao prazer de forma mais profunda. Seus gemidos se misturam aos meus, abafados, mas presentes, e sua voz, suave e ao mesmo tempo dominante, reverbera por todo o meu corpo. Cada palavra que ele diz parece carregar uma força, como se ele tentasse controlar não só o ritmo, mas também o que está acontecendo entre nós. Ele continua, sem hesitar, e cada impulso seu me toma de surpresa, o prazer se intensificando enquanto ele acelera mais uma vez. Sua respiração se mistura com a minha, entrecortada e pesada, mas ele não para, continuando a se mover com uma determinação que me deixa sem fôlego.
— Ah, Nagi... Eu queria que você pudesse ficar dentro de mim para sempre…
— Eu também… Eu nunca quero ficar longe de você. Eu quero te provar a noite toda… Vou te foder até não conseguir mais pensar em nada mais além de mim…
Sinto o prazer tomando conta de mim, como se estivesse prestes a explodir, uma onda crescente que não consigo controlar. Nagi acelera, cada movimento mais rápido, mais intenso, e o som do seu gemido se mistura ao meu, uma sinfonia de desejo e necessidade. Sua voz, suave, mas tão dominante, ecoa em meus ouvidos, fazendo meu corpo reagir, perdido no ritmo entre nós.
Ele continua, sem hesitar, e eu quase me perco nas sensações. Ele acelera ainda mais, se movendo de forma mais profunda, mais urgente, como se não houvesse nada mais além daquele momento. Cada respiração sua é um reflexo da intensidade que ele está sentindo, e eu sinto tudo com ele, uma conexão tão forte que mal consigo distinguir onde ele começa e onde eu termino. A pressão, o calor, a forma como ele me domina sem perder a suavidade, tudo isso me leva para um ponto sem volta, e não consigo mais segurar.
— Ah, Nagi... Adoro o jeito como você me preenche…
— Eu também amo o jeito como você me chama, amor. Eu adoro o jeito como você geme para mim enquanto te preencho… Você é só minha… Vou te preencher toda noite e deixar você toda necessitada de mim.
O prazer me toma por completo, e um gemido escapa dos meus lábios, mais profundo, mais forte. Nagi acelera, mais rápido, mais intenso, e sinto meu corpo responder a cada movimento, quase perdendo o controle. Ele me acompanha, movendo-se com uma urgência que só aumenta, e cada respiração nossa se mistura, entrecortada, como se estivéssemos completamente sincronizados.
Eu me entrego ao prazer, e, quando ele atinge o ápice, posso sentir a diferença na forma como ele se entrega. Nagi geme, alto, e é como se o som dele fosse a última coisa que eu precisava para me perder nesse momento. Ele relaxa sobre mim, seu peso confortável, e posso sentir o ritmo da sua respiração, pesada e profunda. Sua mão se encaixa na minha cintura, com um toque suave, como se quisesse me manter ali, presente. Ele respira em meu ouvido, quente, quase como um sussurro, e a sensação de intimidade entre nós cresce, silenciosa, mas avassaladora.
— Amor… Eu te amo tanto…
— Eu te amo mais, amor... Muito, muito. Ainda lembro do dia... Que você pegou a caneta do chão para mim... Tudo começou aí.
— Esse foi um dos melhores dias da minha vida. Você não faz ideia do quanto eu te queria. Vou te amar para sempre, amor.
— Digo o mesmo, Nagi.
— Amor... Não sei se consigo me levantar... — Eu rio suavemente, sentindo o cansaço nas palavras. — Você realmente acabou comigo! Foi de verdade a sua primeira vez?
— Ah, sim… Você foi a minha primeira. Eu não quero mais ninguém além de você.
— Você foi incrível... Para uma primeira vez... — Digo, ainda sem acreditar no que aconteceu. — Mas agora... como vamos voltar para casa? Estamos no meio da festa!
— Vou te carregar de volta. A minha casa não é muito longe.
— Você consegue fazer isso mesmo? Eu realmente não sinto... Minhas pernas.
— Você se preocupa demais comigo, amor. Você é mais leve do que parece.
— Com esse seu corpo, imagino que deve ser fácil me carregar, né? — Sorrio de canto, sentindo a provocação no ar. — A-Ah, vou colocar meu vestido de novo!
Nagi pega meu vestido do chão com cuidado, seus dedos passando pela seda com uma leveza que parece quase reverente. Ele me olha, seus olhos intensos, e posso sentir a calma no ar, como se o momento tivesse desacelerado ao nosso redor. Ele se aproxima de mim, e suas mãos tocam meus ombros com uma suavidade que me faz arrepiar, a conexão entre nós crescendo com cada toque.
Enquanto ele coloca o vestido ao redor de mim, seus dedos deslizam pela minha pele, e uma onda de calor me envolve, não só pelo tecido, mas pela forma como ele cuida de cada movimento. Ele responde suavemente, como se cada palavra fosse uma extensão do toque, e eu me sinto envolta tanto no tecido quanto em sua presença, como se esse simples gesto fosse carregado de uma intensidade que só nós dois podíamos compreender. A suavidade dele me envolve, e, por um momento, eu me perco na sensação de ser vestida, não apenas pelo vestido, mas por ele, por esse momento.
— Você é tão bonita.
— Você também, amor.
— Eu não sou tão bonito assim… Você é a bonita da nossa relação, amor.
— Cadê a autoestima, hein? — Faço um biquinho, tentando esconder o sorriso.
— A minha autoestima já melhorou bastante graças a você, linda.
— Bom mesmo! Porque minutos atrás ‘tava se criticando demais! Nunca mais diga que você é um desinteressante com nada de bom para me oferecer, ‘tá ouvindo?
— Prometo que nunca mais vou dizer essas coisas, amor. — Ele ri um pouco enquanto olha diretamente em mim.
Nosso beijo foi rápido, mas carregado de uma intensidade que me fez esquecer tudo ao redor. Ele me olhou nos olhos, com aquele sorriso de quem sabe exatamente o que quer, e, antes que eu pudesse dizer algo, me pegou no colo com um cuidado inesperado, mas firme. O calor do corpo dele contra o meu me envolveu, e, em silêncio, ele começou a caminhar, cada passo meu batendo suavemente contra o peito dele. Eu me senti leve, quase flutuando, enquanto ele me levava para sua casa, como se nada mais importasse além de estarmos juntos.
A ideia de que amanhã é domingo trouxe um alívio doce. Não precisava me preocupar com nada além do momento que estava vivendo agora, ao lado dele. O melhor dia da minha vida, sem dúvida. Cada segundo ao seu lado parecia eternizar em mim, e a sensação de estar com quem eu amo, de compartilhar esse instante, era mais do que eu poderia pedir. Eu sabia que, ao olhar para trás, nunca esqueceria esse momento — o começo de algo que, no fundo, já sentia que seria inesquecível.
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